Os Palhaços Corporativos



É muito comum nos depararmos, com relativa freqüência, com pessoas que comparam as corporações, independentes de seu tamanho, com outros tipos de organismos e isso é fácil de entender, pois as empresas são verdadeiramente compostas por indivíduos que mantém uma simbiose constante, fazendo com que cada membro se torne parte importante de um mesmo, grande e complexo organismo.

Dentre as comparações, uma merece, no meu entendimento, destaque especial, pois equiparam as empresas, a verdadeiros circos onde cada setor representa uma parte integrante do espetáculo vivido a cada dia dentro de uma organização e que geralmente passa despercebida pelos atores dessa odisséia cotidiana, senão vejamos:

Em toda empresa existe aquele executivo ligado à área de finanças, preocupado com as receitas e despesas, com o público alvo (clientes), com as metas de vendas, prestação de contas aos acionistas e toda a sorte de inquietações provenientes de seus cargos e funções. De certo podemos facilmente comparar esta brava e preocupada criatura com o mestre de cerimônia, sempre ocupado com o bom andamento do espetáculo e vestido com garbo é o responsável pela aparência da empresa e encontra-se sempre no picadeiro apresentando todas as atrações sempre da melhor maneira possível.

Existem também os malabaristas, que podem ser comparados com os executivos ligados ao marketing da empresa, preocupados com a qualidade e imagem dos produtos e com o atendimento aos clientes. Estes estão sempre se equilibrando entre o lado financeiro e as expectativas e satisfações dos funcionários e clientes.

Porém uma figura merece destaque neste imaginário de comparações por estar presente de forma peculiar no espetáculo corporativo. Ele é representado por uma figura que sempre brinca das mais diversas situações enfrentadas no dia a dia neste cativante porem bastante competitivo mundo dos negócios. Este funcionário é o 'palhaço corporativo'.

Quem entre nós não conhece pelo menos uma dessas figuras que, independente de seu nível dentro da hierarquia na empresa, estão sempre de bom humor e encontra sempre alguma solução engraçada para os mais diversos momentos vividos em nosso dia-a-dia, mesmo àqueles que no primeiro momento nos pareça desagradável ou carregado.

Geralmente esses 'palhaços' são lembrados pelas mirabolantes frases com que descarregam qualquer ambiente tempestuoso, mesmo que seja uma carrancuda reunião para tratar de assuntos que geralmente após algumas semanas ou meses, ninguém se lembra mais ou já não faz parte das prioridades da empresa. Mas, dos gracejos de nosso 'palhaço' todos se lembram. Aliás, eis aí a maior importância de nosso 'palhaço corporativo', pois é geralmente com o seu jeito extrovertido que ele consegue ser uma espécie de cano de escapamento para qualquer ambiente, mesmo que não seja muito favorável, muito comum nesses dias de turbulência e competitividade bastante acirrada.

Porém, o fato de ser essa figura, não quer dizer que o 'palhaço corporativo' seja um funcionário displicente ou não envolvido com os objetivos da empresa. Geralmente é o contrário, esse funcionário, apesar de sua irreverência, é uma pessoa comprometida com a missão da empresa, atualizada com os fatos mundiais, de bem com a vida e com os colegas de trabalho.

Cabe ao gestor identificar quem são estes verdadeiros menestréis corporativos sempre prontos a surgir com uma idéia inovadora ou uma frase capaz de melhorar qualquer ambiente, por mais carregado que esteja, e buscar inspiração nessas figuras para que a empresa encontre um bom clima organizacional, tão procurado e almejado nos dias atuais.


Autor: Wagner Araujo


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