Orkut: Os perigos da superexposição!



Nesse ano de 2009, levando em consideração a evolução da informática, da internet e a inclusão digital nos últimos anos, dificilmente encontraremos uma pessoa que não conheça ou pelo menos nunca tenha ouvido falar do Orkut. Essa ferramenta de comunicação virtual vem ganhando mais adeptos a cada dia que passa. Mesmo possuindo diversos aspectos positivos, faz-se necessário expor alguns alertas quanto aos perigos que cercam essa febre virtual.

Não somente os jovens, mas principalmente eles são usuários frequentes do Orkut. A princípio, apenas os maiores de 18 anos poderiam criar uma conta para entrar no site. Acontece que esta é uma norma ineficaz. Na realidade, não há como fiscalizar a veracidade das informações passadas pelos internautas. E no mundo virtual, já virou costume passar dados pessoais falsos.

Quando se está dentro desse universo chamado Orkut, inúmeros recursos e possibilidades estão à disposição do usuário. Entre eles, os mais utilizados são o álbum de fotos, as comunidades e a descrição no perfil. Começando pelas comunidades, estas existem dos mais variados assuntos. Muitas contém informações e conteúdos completamente inúteis. Porém, há comunidades em que o usuário participa porque tem relação com o seu dia-a-dia. Por exemplo, se a pessoa estuda no colégio "X", ela geralmente participa da comunidade "Eu estudo no X". Este é apenas um, de centenas de outros exemplos que podem ser dados. O recurso "comunidades" do Orkut na maioria das vezes é aquele que mais revela informações sobre uma pessoa. Através dele, pode-se descobrir aonde a pessoa estuda, qual curso está fazendo, que lugares frequenta, do que gosta e do que não gosta, suas preferências musicais, pra que time torce, qual a sua idade, quais programas mais gosta de fazer, entre muitas outras...

Quanto as fotos, o site agora dispõe da opção de bloqueio das mesmas. Assim sendo, apenas amigos do usuário podem ver suas fotos. Mesmo assim, muitas pessoas não utilizam essa opção de bloqueio, deixando suas fotografias virtuais à mostra para qualquer usuário do Orkut que acesse seu perfil. Pelas fotos, se conhece (além da aparência física da pessoa, é claro) seus amigos, seus familiares, alguns de seus pertences (como o carro e sua respectiva placa), entre outros complementos que muitas vezes as comunidades não conseguem informar.

O perfil é a página de boas vindas de cada usuário. É nele que se escreve "Quem sou eu". Nem todos preenchem o perfil por completo, mas os que o fazem, revelam informações como o nome completo do usuário, idade, relacionamento, cidade, escola, faculdade ou empresa onde trabalha, até mesmo sua visão política. Num perfil completo, sabe-se o quanto a pessoa ingere de bebidas alcoólicas, o quanto fuma, (regularmente, excessivamente...) suas paixões, esportes, livros, filmes, preferências culinárias... Para os mais aventureiros, há até espaço para telefones e endereços. Isso é tudo? Não, isso é apenas um breve resumo das possibilidades!

Agora peço que o caro leitor imagine uma pessoa de má-fé. Melhor, imagine um criminoso. Um ladrão, ou um sequestrador por exemplo. Caso ele venha a ter acesso ao seu perfil no Orkut, quais são as possibilidades? Quais informações você está passando a ele?

Enfim, faço minhas recomendações finais ao leitor, usuário do Orkut. Revise sua página pessoal do site. Analise suas comunidades, uma a uma se possível, e verifique se você está superexposto. Evite estar em centenas de comunidades ao mesmo tempo. Quanto aos álbuns de fotos, é altamente recomendado que se mantenha todos bloqueados, de modo que apenas amigos possam ver. Não possua um perfil "completo". Escreva algo interessante, que não contenha excesso de informações pessoais. Quanto aos recados, mantenha-os bloqueados, e melhor ainda será se forem deletados depois de lidos. Caso o leitor discorde do que foi exposto até aqui, o desafio a entrar no perfil de um amigo e, fingindo conhecer absolutamente nada sobre ele, veja o que você consegue descobrir apenas se utilizando das ferramentas contidas no Orkut. Boa investigação!


Autor: Fábio Roberto Steuernagel


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