Breve História da Educação em Campinas



História de Campinas:

O primeiro nome de Campinas foi Campinas de Mato Grosso, devido à floresta densa e inexplorada que caracterizava a região. Era passagem obrigatória das Missões dos Bandeirantes que iam para as minas de ouro no interior.

O povoamento teve início entre 1739 e 1744 com a vinda de Taubaté do Capitão Francisco Barreto Leme do Prado. Em 14 de julho de 1774, numa capela provisória, foi celebrada a primeira missa oficializando a fundação da Freguesia Nossa Senhora de Conceição de Campinas. Em 1797 é elevada à categoria de vila e altera o nome para Vila de São Carlos, e finalmente em 5 de fevereiro de 1842, já com 2.107 habitantes e cerca de quarenta casas, foi elevada à categoria de cidade com o nome de Campinas. Ficou conhecida como "cidade-fênix" - em alusão à lenda do fênix, que ressurgiria das próprias cinzas - por seu renascimento após o surto de febre amarela que devastou mais de 30% da população no início do século XX.

A agricultura teve papel de destaque na história da cidade, que se aproveitou do fértil solo de "terra roxa". A primeira cultura agrícola da cidade foi a cana-de-açúcar, logo suplantada pelas lavouras de café. Em pouco tempo, a economia cafeeira impulsionou um novo ciclo de desenvolvimento da cidade. Nesse período (segunda metade do século XIX), a população de Campinas concentrava um grande contingente de trabalhadores escravos e livres, empregados em plantações e em atividades produtivas rurais e urbanas. Em 1872, graças ao plantio de café e a construção da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, Campinas passa a ser uma das maiores cidades do País.

O final do século dezenove, no Brasil e em especial na Província de São Paulo foi marcado por acontecimentos que deram novos rumos não só para a economia, mas, também para a vida política e intelectual do país, como por exemplo, a fundação do Partido Republicano, na cidade de Itu, em 1873 e a expansão da doutrina positivista. A cidade de Campinas teve papel importante nesse processo. Ocorreu intensa modernização na infra-estrutura econômica, garantindo a produção cafeeira, bem como a introdução de novos meios de transportes, como as ferrovias.

Uma grande transformação na sociedade deu-se com a vinda dos imigrantes e a chegada de migrantes de outras cidades. Paralelamente também acontecia o deslocamento da própria população campineira que foi se concentrando ou visitando com mais freqüência a área urbana dando a cidade um novo aspecto arquitetônico, cultural, social, político e educacional.

Isto tudo explica porque apesar do café ser um produto agrícola, necessitando de muitas terras e conseqüentemente ser plantado em grandes fazendas, o que aconteceu em Campinas, na segunda metade do século, foi um florescimento da vida urbana. O espaço urbano passou a ser considerado como o principal, tanto na vida dos grandes proprietários e de suas famílias, quanto da classe média – profissionais como advogados, médicos, professores, comerciantes, pequenos industriais, – e também de uma população pobre que fazia desse espaço, o seu local de moradia e sobrevivência.

As fazendas, sítios e adjacências, ou seja, o campo, para muitos, em especial para os grandes proprietários e seus filhos e filhas, foi sendo considerada coisa do passado, associada à atividade açucareira que reduzia à vida ao engenho e às fazendas. O café, para essas pessoas, além de enriquecimento e poder, era sinônimo de modernidade e vida agitada nos centros urbanos.

Além desta cidade "glamourosa", que ostentava riqueza e poder, existia uma outra, suja e esburacada, onde muitas vezes a liteira, carregada pelos escravos, não era suficiente para livrar o seu senhor , ou senhora, de ter os pés atolados numa poça d'água, ou os sapatos sujos por resíduos deixados por inúmeros animais que dividiam o espaço com os transeuntes.

Além disso, a própria instituição da escravidão pode ser considerada o contraponto maior dessa situação que gerou a existência dessas duas cidades que conviviam: as ruas sujas e insalubres, as moradias improvisadas e ao mesmo tempo definitivas, o pouco ganho, o muito trabalho, a escravidão, as revoltas e as fugas de escravos, as injustiças sociais, o medo da violência cotidiana, a falta de escolas, fizeram parte dessa modernização contraditória, que ao mesmo tempo gerava riquezas e produzia misérias. Num ambiente de riqueza e também de pobreza, os diferentes, étnica e socialmente, se cruzavam com mais freqüência do que na sociedade anterior.

Com a crise da economia cafeeira, a partir da década de 1930, a economia de Campinas assumiu um perfil mais industrial e de serviços. A cidade então recebeu imigrantes provenientes de todo o mundo (destacando-se a imigração italiana), atraídos pela instalação de um novo parque produtivo. Entre as décadas de 1970 e 1980, a cidade praticamente duplicou de tamanho, por conta de fluxos migratórios internos. Devido o seu grande progresso também ficou conhecida como a "Princesa d'Oeste", referência esta por estar a oeste da capital do estado.

Com a construção de grandes rodovias como a Rodovia Anhanguera (1948) a Rodovia dos Bandeirantes (1978), a Rodovia Santos Dumont (década de 1980), a Rodovia D. Pedro I, Rodovia Governador Adhemar de Barros e a Rodovia General Milton Tavares de Souza (ou Tapetão), que é o principal acesso à REPLAN (Refinaria do Planalto Paulista), Campinas consolidou-se como importante entroncamento rodoviário.

Também se destacam um moderno parque industrial e tecnológico — fruto de um plano de instalação de "tecnopólos", e renomadas instituições de ensino superior, como a Universidade Estadual de Campinas e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Também é em Campinas que se localiza o Laboratório Nacional de Luz Síncotron e o Centro de Pesquisa e Comunicações (CPqD).

A partir de 1998, a cidade vem assistindo a uma mudança acentuada na sua base econômica: perde importância o setor industrial (com a migração de fábricas para cidades vizinhas ou outras regiões do país - em parte por causa da violência e dos altos impostos), e ganha destaque o setor de serviços (comércio, pesquisa, serviços de alta tecnologia e empresas na área de logística).

História da Educação em Campinas:

A partir de 1759, momento em que os jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias devido aos conflitos entre a Ordem e o governo português, determinou-se a criação de "aulas régias", para substituir os colégios dos jesuítas.

Em Campinas não existiam colégios e nem foram criadas aulas régias: alguns padres ou leigos com alguma instrução começaram a oferecer catecismo e ensino de primeiras letras. Um dos primeiros professores de Campinas foi Diogo Antonio Feijó, que veio morar na Vila de São Carlos em 1803, aqui permanecendo e lecionando as primeiras letras até 1818.

Apenas em 1814 foi criada uma cadeira de primeiras letras, a cargo do professor régio Bernardo José da Silva, nomeado no mesmo ano como professor oficial da Vila pelo governador do Estado. O segundo professor régio foi Custódio José Inácio Rodrigues, conhecido popularmente como "Custódio Manco".

Devemos evidenciar que na época imperial a instrução pública ainda engatinhava. Embora a Constituição de 1824 colocasse da obrigação do Estado em prover a instrução primária, havia poucas escolas, quase todas concentradas no Rio de Janeiro. Como coloca Schwarcz (1999), a formação escolar das elites era bastante previsível:

A própria vida escolar da elite brasileira era bastante previsível. Famílias de mais recursos contratavam tutores particulares, que preparavam seus pupilos para a entrada em liceus, como o do Botafogo para as meninas e o Atheneu e o Vitória para os meninos, ou, de preferência, no Colégio Pedro II, o qual, criado em 1837, era o caminho certeiro para os almejados cursos jurídicos e já garantia um diploma de bacharel em letras. A partir daí o destino era ou a Europa ou os quatro cursos de direito e de medicina, este último no Rio de Janeiro ou na Bahia. (p. 119)

O final do século e a cultura do café trouxeram um novo destaque à cidade de Campinas, já que aqui se instalaram fazendas que eram estruturalmente muito diferentes daquelas do Vale do Paraíba. Os famosos "barões do café" empreenderam a tarefa de tornar as antigas fazendas escravistas um negócio rentável, num viés mais competitivo diante do capitalismo internacional. Modernizaram o plantio e a colheita, introduziram a mão de obra assalariada na figura do imigrante europeu e, deixando a fazenda nas mãos de uma gerência (como se fosse uma grande empresa), puderam se fixar na cidade.

Como dissemos, existiam na realidade duas cidades que conviviam, a cidade "glamourosa" dos "barões do café" e seus inúmeros agregados e a cidade suja e sem brilho, a cidade do trabalho, vivida no dia-a-dia dos trabalhadores braçais, quer fossem eles escravos, libertos ou imigrantes/migrantes.

Neste ambiente rico de realizações, desigualdades e contradições, onde grupos diferenciados conviviam, a educação passou a fazer parte do discurso das elites campineiras. Existia a defesa da Educação tanto para os filhos daqueles que detinham o poder econômico, os "barões do café", como para os outros, os escravos, os imigrantes e migrantes, os libertos e os trabalhadores nacionais livres e seus filhos, que pouco possuíam além da sua força de trabalho.

Pessoas ilustres, que hoje dão nome às ruas centrais da cidade, como Campos Salles, Francisco Quirino dos Santos, Francisco Glicério eram citados exaustivamente nos almanaques e jornais de Campinas. Eram uma nova classe de cafeicultores, capitalistas, profissionais liberais e membros de várias entidades, tanto agrícolas como financeiras. Todos eles se envolveram direta ou indiretamente com construções e manutenções de escolas. Francisco Quirino, Francisco Glicério e José Maria Lisboa compuseram a Sociedade Propagadora de Instrução, que manteve as "Aulas Noturnas" da Loja Maçônica Independência. Campos Salles foi membro da Sociedade Corrêa de Mello, responsável pela manutenção da escola Corrêa de Mello, e todos se revezavam nas inaugurações e atividades referentes a educação.

Foi este mesmo segmento da sociedade: os cafeicultores e pessoas ligadas a eles que construíram colégios e escolas não só para os seus descendentes mas também para os "párias" que habitavam esta cidade tão cheia de contradições.

Quem construía estas escolas, as colocavam como alternativa aos estabelecimentos mantidos pela monarquia, baseando o seu discurso na suposição da inexistência de uma escolarização que deveria ser garantida pelo então regime monárquico, conforme a Constituição de 1824 (que já previa o Sistema Nacional de Educação, como meta ser alcançada).

A importância da questão era tanta que a própria princesa Isabel, enquanto regente do Império, na Fala do Trono (abertura do ano legislativo) de 1º de fevereiro de 1877, ressalta a necessidade de empenho dos parlamentares no sentido da consolidação do Sistema Nacional de Educação e da expansão da escola pública e gratuita:

A instrução pública continua a merecer do governo a maior solicitude. Foram criadas no município da corte escolas de segundo grau, e as normais, destinadas a preparar professores para o ensino primário de ambos os sexos, terão de ser brevemente inauguradas. Nas províncias este ramo de serviço apresenta sensível progresso, limitado, porém pela falta de meios de que podem dispor. Se os melhoramentos materiais por elas empreendidas têm recebido vosso auxílio, justificada será qualquer despesa que autorizeis para coadjuvar esse grande elemento de civilização.(FALAS..., 1977, p. 438)

Para os campineiros, no entanto, o governo aparecia como o grande responsável pela ignorância da população e os fundadores de escolas, aqueles que a salvariam. Assim , na visão deles, o espaço para a ação dos particulares abria-se como uma grande crítica à educação regida pelo império.

A doutrina positivista difundida pela intelectualidade da época, levava à defesa de uma nova proposta educacional, fazendo parte de um discurso que reconhecendo o crescimento econômico e as transformações advindas dele, entendia a educação como um dos pilares que garantiria o desenvolvimento social, acabando com a ignorância da população (identificada ao analfabetismo), considerada um dos grandes obstáculos para o progresso da nação.

Estes pressupostos, difundidos pelos intelectuais e oficiais do exército (como Benjamin Constant) levaram os grandes fazendeiros e pessoas ligadas a eles a construir inúmeras escolas em Campinas. Tanto foram criadas escolas destinadas aos filhos das elites campineiras como aos pobres. São dessa época as seguintes escolas e colégios: Colégio Cesarino ou Perseverança, Colégio Culto à Ciência, Colégio Florence (escola para educação feminina, fundada por Hércules e Carolina Florence, e que funcionou de 1863 a 1889), Colégio Internacional. Além desses, de maior expressão, outras escolas menores e particulares foram criadas como a escola "Malaquias Guirlanda", do "João Bahia", o colégio São João Batista, a escola de "Eufrozina do Amaral", de "Firmo Antonio da Silva", de "Severiano Borges Martins da Cunha" e muitas outras que apareciam nos jornais e almanaques da época como escolas pagas, destinadas a alfabetização ou oferecendo o chamado curso secundário, como o "Collegio de João Batista Pupo de Moraes", do "bacharel João Alves Pinto", de "Joaquim Roberto Alves e Emilio Henking", o "Collegio da Conceição", a "Eschola Fraternidade", o "Collegio para Meninas" de D. Ignacia de A. Camargo, o Externato da família Ferreira Penteado, o "Collegio Liberdade", a "Escola" de Anna Matilde Pinto, o "Collegio da Glória", a "Escola" de D.Maria Benedita Braga", e o "Externato Campineiro".

Outras sustentadas pelos imigrantes como as "Escolas Alemãs", as "Escolas Italianas" e a "Escola da Colônia Suíça" também eram freqüentemente citadas. Além dessas, a época foi marcada, também, pela construção das chamadas "escolas populares". Classificadas, na época, como destinadas ao povo, encontramos: As "Aulas Noturnas" da Loja Maçônica Independência, o "Curso de Comercio Noturno", criado pelos professores do Colégio Culto à Ciência, a "Escola do povo", a "Escola Corrêa de Mello",a "Escola Ferreira Filho", a "Escola Ferreira de Camargo", o "Asylo de Orphans", a "Aula Noturna" da Loja Liberdade e Ordem. Estas escolas eram o lugar onde se difundiam as idéias positivistas e republicanas.

Neste contexto entendemos porque o comendador Joaquim Ferreira Penteado (Barão de Itatiba), fundou a 'Escola do Povo', destinada a prover ensino primário a meninos pobres.

Como vemos, existiam camadas da população de baixa renda que tiveram mesmo, em alguns casos, precariamente acesso à escolarização básica. Como é de se supor, essas pessoas, na maioria, não freqüentavam os considerados melhores colégios existentes na cidade, como o "Culto à Ciência" ou o "Internacional" mas sim, as escolas mantidas por particulares, destinadas aos pobres e aos seus filhos, como entre outras, a "Escola do Povo", a Escola Corrêa de Mello e as "Aulas Noturnas", da Loja Maçônica Independência.

A Escola Corrêa de Mello, mantida por particulares, oferecia curso primário diurno e noturno gratuito à população pobre da cidade. Essa entidade teve a sua fundação baseada na defesa de que mais do que idolatrar a ciência, essa deveria apresentar resultados práticos para a humanidade. Assim, um cientista teria a sua glória coroada com uma escola que levaria adiante o ideal, e a prática, do cientificismo próprio do final do século.

A escola foi fundada em 18 de abril de 1881 por uma associação denominada "Sociedade Corrêa de Mello", em homenagem ao botânico campineiro Joaquim Corrêa de Mello, farmacêutico formado pela faculdade de Farmácia da Corte e estudioso da botânica de Campinas.

A "Sociedade", formada por fazendeiros e intelectuais campineiros, desde a morte de Corrêa de Mello em 1877, idealizava homenagear o "cientista" da cidade, com um monumento. Em reuniões, decidiu-se que, o culto à pessoa, deveria ser realizado não através da construção de uma estátua ou busto, mas sim, construir-se-ia uma escola. Essa construção mobilizou membros da sociedade que realizaram festas, leilões, etc... com o objetivo de arrecadar fundos para a construção do prédio, que deveria fornecer o ensino gratuito às crianças pobres.

Além da questão da formação da mão–de–obra urbana, essas discussões demonstravam também uma preocupação com a capacitação dos trabalhadores que encontravam-se na lavoura cafeeira.

A preocupação com a escolarização dessa parcela da sociedade, presente nessa escola apresentada, aparecia marcada por 3 itens: a escolarização básica, a profissionalização – tanto na perspectiva de preparar o trabalhador urbano como o rural – e o reconhecimento desse grupo enquanto cidadãos. Os dois primeiros itens garantiriam o terceiro.

A luta contra a febre amarela fez surgir o Liceu Salesiano (1892), sendo que em 1909 os padres salesianos transferiram sua escola para um local mais central, dando origem ao atual Externato São João. O Liceu também fundou uma escola agrícola em 1930, que também foi transferida em 1953.

Os salesianos também inauguraram uma escola profissionalizante, a escola São José.

Com base nas experiências anteriores e nas orientações da Diocese de Campinas surgiram outras escolas católicas, cada uma originada em uma nova ordem religiosa, como o Colégio do Sacré Couer (Sagrado Coração), criado pelas irmãs do Calvário em 1908.

Um grupo social de significativa presença em Campinas foi dos afrodescendentes, que haviam chegado, como dissemos, com a escravidão. Obtendo a liberdade, em diferentes épocas, descaram-se como importantes agentes da vida social na cidade, e não apenas como contingente da mão de obra não qualificada, urbana e rural, mas como profissionais atuantes em várias áreas.

Em 1860, em plena vigência da escravidão, o escravo liberto Antonio Ferreira Cesarino e suas irmãs Bernardina, Amância e Balbina fundaram em Campinas o Colégio Perseverança, conhecido como Colégio Cesarino, para mulheres. Lecionavam professores negros de grande prestígio e havia alunas negras sem recursos, sem qualquer tipo de subvenção oficial, além de alunas pagantes, inclusive de camadas abastadas da sociedade. Em 1876, a instituição foi visitada pelo Imperador D. Pedro II.

Outro caso importante foi a Escola de São Benedito, surgida nos fundos da Igreja São Benedito, no final do século XIX, para educar alunos afrodescendentes e pessoas sem recursos. A escola manteve uma banda musical reconhecida na cidade. Em 1902 transformou-se no Colégio São Benedito, funcionando com grande dificuldade em dependências anexas a Igreja até 1908.

Em 1900 foi criado o Colégio Progresso, instituição que sob a direção de Emília de Paiva Meira, a partir de 1902, tornou-se um marco no ensino de Campinas.

Em 1910 foi criada a escola Prática de Comércio, depois transformada em Escola Técnica Bento Quirino, instalada na Praça Bento Quirino. Esta escola oferecia ensino profissional masculino, gratuita, com recursos doados por Bento Quirino dos Santos, em um período em que a indústria já tinha grande destaque. O Instituto Bento Quirino (1915) teve o prédio projetado por Ramos de Azevedo, sendo assumido pelo Estado em 1927 e transformado em 1950 no Ginásio Industrial estadual Bento Quirino, na atualidade o COTUCA, incorporado à UNICAMP.

A Escola Complementar de Campinas (1902), de herança Republicana e Positivista, que funcionava no Largo da Catedral, deu origem à Escola Normal Carlos Gomes, cujo prédio só foi inaugurado em 1924.

Nesta época, a maioria das escolas de Campinas eram isoladas, contando com um professor que trabalhava com classes multisseriadas. No centro da cidade havia os Grupos Escolares, com uma estrutura semelhante ás atuais escolas. O primeiro Grupo Escolar Estadual construído em Campinas foi Francisco Glicério, inaugurado em 7 de fevereiro de 1897, em edifício construído por Ramos de Azevedo.

A partir de 1900 foram inaugurados o Grupo Escolar Dr. Quirino dos Santos, Artur Segurado (1910), Orozimbo Maia (1923), Antônio Vilela Junior, D. Barreto e D. Castorina Cavalheiro.

A Rede Pública Municipal assumiu proporções mais modestas, mantendo no início do século XX apenas duas escolas, o Grupo Escolar Corrêa de Mello e o Ferreira Penteado. Em 1907 a rede contava com 17 escolas, a maioria isoladas, e 749 alunos matriculados. Nas décadas seguintes, em resposta à demanda populacional, o número de alunos e escolas foi sendo progressivamente ampliado, apresentando na atualidade também uma complexa estrutura com centenas de escolas e milhares de alunos, professores e funcionários administrativos.

Bibliografia:

ANANIAS, Mauricéia. O ensino em Campinas na segunda metade do século dezenove: a escola Corrêa de Mello. http://www.anped.org.br/reunioes/24/T0211259873009.doc, acesso em 02 de agosto de 2008, 13:48.

FALAS do trono desde 1823 até o ano de 1889. Brasília, D.F.: INL/MEC, 1977.

PESSOA, Ângelo Emílio da Silva (org.). Conhecer Campinas numa perspectiva Histórica. Campinas: Secretaria Municipal de Educação, 2004.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do imperador. D. Pedro II, um monarca nos

trópicos. São Paulo, Companhia das letras, 2. ed. 1999.

SILVA, Rachel Aparecida Bueno da. O projeto de construção da nação republicana na visão de Euclides da Cunha / Rachel Aparecida Bueno da Silva. -- Campinas, SP: [s.n.], 2004. Orientador : Sérgio Eduardo Montes Castanho. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação.

Wikipédia, http://pt.wikipedia.org/wiki/Campinas, acesso 02 de agosto de 2008, 13h42.


Autor: Luiz Carlos Cappellano


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