ORAÇÃO DE MANASSÉS



ORAÇÃO DE MANASSÉS

A oração de Manassés é um texto apócrifo atribuído ao rei Manassés, ímpio governante que se arrependeu após o cativeiro (II Reis 21: 1-18, II Cr 33: 1-20). Este texto apareceu em edições da Septuaginta em apêndices da Vulgata. O texto é aceito como deuterocanônico pelos cristãos ortodoxos do Sínodo de Jerusalém e aparece junto à II Cr na Bíblia etíope.

1 Ó Senhor, Poderoso Deus de nossos pais, Abraão, Isaque e Jacó, e de sua justa semente;

2 Que fizestes os céus e a terra, com tudo aquilo que estão neles;

3 Que separaste o mar com a palavra de teu mandamento; que prendeste nas profundezas, e selastes com o seu temível e glorioso nome;

4 Que todos os homens tenham temor, e tremam diantediante de teu poder;

5 Porque ninguém pode suportar perante a majestade da tua glória, e tua ira contra os pecadore é insuportável;

6 Mas tua promessa misericordiosa é imensurável e insondável;

7 Porque tu és o maior Senhor, de grande compaixão, paciente, muito misericordioso e perdoa as maldades dos homens. Tu, ó Senhor, de acordo com a grande bondade prometeste o perdão àqueles que pecaram contra ti; e de tuas infinitas misericórdias conferistes o arrependimento aos pecadores, para que possam ser salvos.

8 Tu portanto, ó Senhor, que é Deus dos justos, não conferistes arrependimento aos justos, assim como a Abraão, Isaque e Jacó, que não pecaram contra ti; mas tu conferistes arrependimento a mim, pecador;

9 Porque eu pequei tanto o número das areias do mar. Minhas trasgressões, ó Senhor, são multilicadas: multiplicadas, e eu não sou digno de contemplar os altos céus por causa da multidão das minhas iniquidades.

10 Estou preso por correntes de ferro, não posso levantar a minha cabeça, ninguém me libertou; porque eu provoquei tua ira, e fiz o que era mau perante ti; eu não fiz tua vontade, nem guardei teus mandamentos; eu levantei abominações, e multipliquei ofensas.

11 Assim, agora eu dobro os joelhos de meu coração e imploro pela tua graça.

12 Eu pequei, ó Senhor, eu pequei, e eu reconheço minas iniquidades;

13 Por isso eu humildimente imploro, perdoa-me, ó Senhor, perdoa-me e não me destruas com as minhas iniquidades. Não te ires comigo para sempre, com o mal para mim; nem me condene às partes mais baixas da terra. Porque tu és Deus, o Deus daqueles que se arrependem;

14 Em mim derrama tua bondade; porque tu me salvaste, apesar de eu não merecer, de acordo com tua grande misericórdia.

15 Por isso eu o louvarei em todos os dias da minha vida; porque todos os poderes dos céus louvam a ti, e a tua glória para sempre e sempre. Amém!


Autor: Atevaldo Fernandes do Nascimento


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