Tecnologia da Informação – Tendência? Não, necessidade competitiva!



Vamos ao panorama dos dias atuais: Disponibilidade de capital, boas instalações, muita informação e abundância de talentos. Cenário perfeito, todos concordam? Não exatamente! Isoladamente, esses fatores não garantem o sucesso de nenhuma organização. O sucesso resulta da forma como esses recursos são gerenciados: usando métodos, que privilegiam a função, ou através de processos, que enfatizam os resultados.

Você pode imaginar quantos empreendimentos não obtiveram os resultados esperados, apesar de reunirem todas as pré-condições para tal. Um grande país da América do Sul ou um banco que veio a falir (é preciso de muita capacidade destrutiva para falir uma instituição bancária!).

A informação e todas as derivativas de negócios estão globalizadas, portanto, exige colaboradores que tenham visão global da empresa e capacidade para tomar decisões dentro de um espírito de equipe, com o propósito de alcançar resultados e objetivos desafiadores. Em um ambiente de processos, todos trabalham visando a satisfação do cliente. E para isso, o universo da informática dá uma mãozinha.

Até a década de 70 os computadores, ou seja, apenas o tratamento digitalizado dos dados, era algo além da imaginação quando não se tratava de grandes corporações. O grande salto – que abriria os olhos das organizações menores para a primeira e real oportunidade de utilização do micro – viria em 1979, com o VisiCalc, a mãe de todas as planilhas eletrônicas de cálculo, que veio incorporado em um novo modelo que estava sendo lançado, o Apple II.

Desde então, e principalmente durante a década de 90, a Tecnologia da Informação (TI) passou a ser tratada cada vez com maior importância, cooptando muitos projetos de planejamento estratégico, visto que o uso eficaz de determinadas ferramentas tecnológicas se tornou um grande diferencial competitivo.

No entanto, nem tudo são flores. As várias empresas de pequeno e médio porte continuam a ter dificuldade para encontrar formas rentáveis de crescer. Os proprietários e gestores dessas empresas se vêem obrigados a aderir à onda da TI, investindo tempo e dinheiro em aplicativos múltiplos de software e ainda assim não contam com o controle total de suas operações de negócio nem de seus processos (financeiro, de vendas, suprimentos, entre outras). Além disso, continuam a ter problemas para obter as informações apropriadas no momento e da forma adequada, pois precisarão transformá-las em conhecimento para a correta tomada de decisões.

O uso de um aplicativo de software ERP (Enterprise Resource Planning) ou simplesmente Software de Gestão de Negócios, permite compreender como as coisas são feitas na medida em que revela problemas, estrangulamentos e ineficiências que, sem o seu uso, não seriam identificados em tempo hábil. Não basta fazer as coisas. Elas precisam ser bem-feitas, medidas, avaliadas, de forma integrada e sempre com foco no resultado final. Isto é gestão de processos.

O processo é eficaz porque as pessoas trabalham visualizando o todo, não apenas a sua tarefa. E isso reduz o tempo de cada atividade, diminui custos, elimina conflitos. Melhora a eficiência e a qualidade dos produtos e serviços. Aumenta a satisfação dos clientes e dos colaboradores. Enfim, a empresa fica bem mais competitiva.

Hélio Azevedo, diretor da SAP S&ME, alerta dizendo que são inúteis, no entanto, os esforços para inovar processos que nada acrescentam à competitividade da empresa, à melhoria no relacionamento com os clientes ou à entrada em novos nichos de mercado. Uma ferramenta como um ERP deve ser usado em toda sua potencialidade.

Tudo pode ser gerenciado por processos. Produção, marketing, vendas, suprimento, logística, recursos humanos, finanças, ou o que fizer parte das atividades da empresa, articulando de forma produtiva pessoas, instalações, equipamentos e demais recursos, visando produzir os resultados esperados.

Seus principais ingredientes são a liderança, o conhecimento e o próprio sistema de gestão. Dissemina-se, assim, o bom senso na empresa. Informadas e comprometidas, as pessoas perguntam: como, por que, para que e para quem. E tudo flui com rapidez e precisão. Há maior empenho para satisfazer o cliente e em produzir bons resultados.

O que não é medido não pode ser administrado com eficácia. A gestão deve avaliar todas as entradas de um processo (insumos, requisitos, conhecimentos), a eficiência da produção (custos, qualidade, conformidades e atendimento) e as saídas ou os resultados do processo (produtos e serviços), dentro do prazo e das exigências do consumidor.
Autor: Rodrigo Lellis


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