O Poder das Lideranças Informais nas Organizações



O Poder das Lideranças Informais nas Organizações

Filipe Medina da Silva

RESUMO

Após diversas análises bibliográficas e artigos científicos, verificou-se a necessidade de demonstrar como surgem nas organizações os líderes informais, qual sua importância e como suas atitudes podem impactar no resultado das empresas. Partindo da idéia que as modificações sofridas pelas organizações de trabalho são constantes, e que seus Líderes devem tomar decisões rápidas e produtivas, constata-se a dificuldade que elas possuem em acompanhar o mercado, principalmente pela falta de atualização de seus comandantes. Essas atitudes baseiam-se principalmente na troca de seus conceitos antigos por novas ferramentas gerenciais, que possuam novos formatos, permitindo mais flexibilidade e criando barreiras resistentes aos impactos externos. Nesse contexto nota-se que a importância dos Líderes informais. São pessoas que em sua grande maioria não possuem cargos de Diretoria ou que possam tomar grandes decisões, mas vali-se de uma personalidade forte e perspicaz, liderando seus companheiros na busca de um objetivo comum. Por estarem normalmente no operacional estão mais informados sobre as dificuldades da empresa e dos efeitos do ambiente externo. Cabe a estas pessoas em muitos casos motivar e traçar os melhores caminhos para atingir as metas ou objetivos traçados. Percebe-se que os principais pontos que levam as pessoas a seguirem estes Líderes Informais, são a suas expressões e linguagem de fácil compreensão, sendo respeitados e tidos como grandes mentes dentro de um departamento. Um dos pontos negativos das organizações que possuem em demasia este tipo de liderança são os conflitos de egos e responsabilidades sobre as atividades. Estas lideranças informais podem estar espalhadas pela organização e produzir um grande impacto positivo quanto ao posicionamento da empresa e em seus resultados.

Palavra Chave: Poder + Lideranças Informais + Organizações

Estudante do Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior – FTEC – Gerente Comercial e Licitações da empresa UHY Moreira – Auditores e Sócio-Diretor da New Trade International Consultoria e Assessoria Ltda.

ABSTRACT

After several literature reviews and scientific papers, the need was identified to show how organizations create informal leaders, why it is important and how their actions can affect the outcome of the business. Starting from the idea that the changes experienced by labor organizations are constant, and their leaders must make quick and productive decisions,there is the difficulty they have to follow the market, due to lack of updating of their commanders. These attitudes are based mainly on the exchange of their old concepts for new management tools, which have new formats, allowing more flexibility and create resistant barriers to external impacts. In this context the importance of informal leaders was noted. These are people who in most cases don't hold directorships or have the authority to make big decisions, but possess a strong and insightful personality, leading his colleagues in search of a common goal. Because they are usually in the operational level, they are more informed about the company's difficulties and the effects of the external environment. In most cases these people often motivate and outline the best ways to achieve the goals or objectives outlined. We can see that the main points that lead people to follow these informal leaders, are their use of expressions and language that are easily understood, while also being respected and regarded as great minds within a department. One of the disadvantages of the organizations that have too much this kind of leadership is the conflicts of egos and responsibilities in regards to activities. These informal leaders can be spread out by the organization and produce a major positive impact on the positioning of the company and its results.



INTRODUÇÃO

As organizações têm sido invadidas por inúmeras mudanças antes inimagináveis. Empresas são constantemente atingidas pelas mudanças impostas pelo mercado, trazendo uma nova realidade, onde as decisões devem ser rápidas e que produzam efeitos imediatos. Esta necessidade célere provoca diversas dificuldades às organizações, principalmente as mais antigas ou que possuam modelos de gestão de grande sucesso e que possuam dificuldades de implantar mudanças.

Atualmente podemos ver que o mercado oferece diversas ferramentas e novos conceitos de gestão empresarial, onde o foco na qualidade de atendimento é o alvo para ser bem sucedido. Apesar dos inúmeros estudos na área, um dos principais pontos críticos na implantação e desenvolvimento de tais estratégias é a dificuldade dos vulgos lideres da organização em mudar, livrando-se de seus conceitos antiquados e abrindo suas mentes para novas estratégias.

Mesmo hoje, onde são difundidas entre as empresas inúmeras teses referentes às organizações horizontais, verificamos que as decisões ainda estão sendo tomadas por pessoas que compõem os níveis hierárquicos superiores, e sem a sinergia necessária. Talvez por essa dificuldade ou por uma questão de personalidade é que o mundo empresarial vem deparando-se com os Líderes Informais.



LIDERANÇA

A grande diversidade de literaturas e pensamentos que explicam o processo de liderança, suas definições, estilos e diferenciais, mas em uma forma pura e de fácil entendimento podemos definir a liderança como o processo de condução de um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que venha gerar resultados ou que tenham objetivos comuns. Define-se como a habilidade de motivar e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da organização.

SegundoChiavenato(1992, p.147)a liderança é definida como"uma influência interpessoal exercida numa dada situação e dirigida através do processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos".

Para os leigos, líder é apenas um dote a mais que as pessoas comuns adquirem, é um dom que possibilita atrair as pessoas pelo carisma, confiança e lealdade, porém, é também o desenvolvimento e aprendizagem contínua dessas habilidades.

Para Bowditch e Buono (2002, p.118) "a liderança pode ser considerada como um processo de influência, geralmente uma pessoa, através do qual um indivíduo ou grupo é orientado para estabelecimento e atingimento de metas". Portanto, entende-se que não há lideres sem seguidores.

O líder não é somente uma pessoa que simplesmente troca seus serviços e orientações pelas promoções financeiras. Sua relação com os liderados é tão ampla que se torna parte da vida dessas pessoas, criando um relacionamento que desperta sentimentos.

Na visão de Bergamini (1994, p. 31), o líder caracteriza-se:

"por uma forte busca de responsabilidade e perfeição na tarefa, vigor e persistência na perseguição dos objetivos, arrojo e originalidade na resolução de problemas, impulso para o exercício da iniciativa nas situações sociais, autoconfiança e senso de identidade pessoal, desejo de aceitar as conseqüências da decisão e ação, prontidão para absorver o stress interpessoal, boa vontade em tolerar frustrações e atrasos, habilidade para influenciar o comportamento de outras pessoas e capacidade de estruturar os sistemas de interação social no sentido dos objetivos em jogo."

Pesquisadores evidenciam que o trabalho do líder envolve mais do que a determinação. É preciso ter visão, comprometimento, comunicação, integridade, realidade e intuição. O líder é, antes de tudo, uma pessoa de visão, pois se compromete em projetar o futuro e a realizá-lo. O comprometimento gera responsabilidade, poder e confiança, fazendo com que as metas estabelecidas possam ser atingidas.

Drucker (1996, p.1), considerado o pai da administração moderna, afirma que "(...) o líder tem que gerenciar a si próprio; conhecer as suas forças e colocá-las em beneficio dos bons propósitos. A liderança começa, não quando você estabelece regras para os outros, mas quando você traça regras muito exigentes para si próprio."

O líder deve observar freqüentemente o comportamento pessoal e profissional de seus colaboradores, identificar os pontos fortes e os pontos fracos de cada indivíduo e direcionar para a busca de melhorias contínuas, tanto no aspecto técnico quanto no comportamental. Precisa também, incentivar e mobilizar a realização de mudanças, buscando a superação dos desafios de cada dia. E, assim, determinar prioridades e identificar as melhores soluções para os problemas, sejam eles pessoais ou profissionais.



2. ESTILOS DE LIDERANÇA

Estilos de liderança são teorias que estudam os diversos comportamentos do líder em relação aos seus subordinados, maneiras pelas quais o líder orienta sua conduta. Essa abordagem se refere às atitudes do líder, isto é, seu estilo de comportamento para liderar.

Existem vários estilos de liderança, como a liderança afetiva, a autoritária, a democrática, a liberal, a coaching, a diretiva, a modeladora, a participativa, a visionária, entre outras. Porém, a defesa de apenas um estilo como sendo o mais adequado é praticamente impossível, já que existem inúmeras situações pelas quais um grupo pode estar passando e que exigirá uma forma ou outra de liderança. Fatores como a maturidade dos membros do grupo, o relacionamento grupal, as crenças e valores pessoais, as diferentes tarefas que serão cumpridas e os prazos para execução deverão certamente influenciar no comportamento do líder.

Embora variem os estilos de liderança, todos os bons líderes têm certas características em comum como caráter, carisma, comprometimento, comunicação, discernimento, foco, iniciativa, atenção, responsabilidade, confiança e autodisciplina, que são pré-requisitos da liderança bem-sucedida.

Segundo Chiavenato (1992) "destacam-se três diferentes estilos básicos de liderança, a autocrática, a liberal e a democrática. "

Porém, o que se percebe é que cada estilo tem seu devido valor dentro de sua área de atuação, como por exemplo, numa atividade militar, em que as pessoas precisam de uma liderança mais firme. Então, acredita-se que o estilo autoritário seja mais eficiente.

Contudo, destacam-se as ramificações dos estilos tendo como base os estilos autocrático e democrático. No estilo autocrático a ênfase é centrada no líder que fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo, determina providências e as técnicas para execução das tarefas. Já o estilo democrático é centrado no líder e nos subordinados. As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo. Há liberdade completa para as decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder.

As teorias situacionais de liderança partem do princípio de que não existe um único estilo ou característica de liderança válida para toda e qualquer situação. O verdadeiro líder é aquele que é capaz de se ajustar, a um grupo particular de pessoas, sob condições extremamente variadas. Um estilo adotado por um líder pode ser extremamente eficaz em determinada situação e, num outro momento, o mesmo estilo poderá ser totalmente inadequado.

3. Diferença entre Gerentes, Chefes e Líderes

Para que possamos entender como as lideranças informais podem impactar positivamente nas organizações é necessário que se entenda as principais diferenças entre os cargos de chefia e gerencia e os líderes. A liderança não deve ser confundida com chefia ou com gerência. Um bom gerente ou chefe não deve ser, necessariamente, um bom líder. O líder nem sempre é um gerente ou chefe. Na realidade, os líderes devem estar presentes em nível de direção, gerência e em todos os seus níveis hierárquicos, ou seja, em todas as suas áreas de atuação. Contudo, é na gerência que reside o ponto mais crítico da liderança. Nele, são elaborados e traduzidos os objetivos e necessidades da empresa e transformados em metas e esquemas de trabalho para serem implementados e realizados pelos demais níveis da hierarquia empresarial. A gerência passa a atuar como intermediária entre os objetivos fixados pela alta direção e os meios utilizados pelo nível operacional.

O líder passa a maior parte do tempo convencendo as pessoas a seguirem suas idéias. Já, o chefe não precisa agir dessa forma, ele apenas ordena os seus subordinados a atingir os objetivos programados. O líder atua para o progresso da equipe, já, o chefe trabalha para atingir suas aspirações. O líder ouve com atenção as idéias dos elementos do grupo. Neste caso, o chefe faz com que todos ouçam com atenção as suas determinações. O líder acredita no alcance do bom trabalho, visando à motivação, já o chefe não se importa com essa psicologia motivacional, seu interesse principal é obter lucro. O líder aceita reclamações, procurando melhorar sempre, e o chefe é aquele que mais se mostra descontente com os funcionários.

Mesmo com todas essas diferenças, em algumas empresas ainda se confunde o papel do líder com o do chefe, porém liderar é um processo mais amplo. Chefiar é, simplesmente, fazer um grupo funcionar para que seja atingido determinado objetivo. Já liderar é a habilidade de exercer influência e ser influenciado pelo grupo, através de um processo de relações interpessoais adequadas à consecução de um ou mais objetivos, comuns a todos os participantes. Mas, a cada dia que passa, essa diferença se torna mais aparente, fato pelo qual o termo "chefe" está sendo substituído pelas expressões: supervisor, inspetor, coordenador, entre outros.

O líder precisa agir de acordo com seu discurso, uma vez que suas atitudes devem servir de exemplo para as pessoas que o seguem. Quando qualquer profissional executor de atividades técnicas passa a assumir um papel de liderança, a equipe espera que os objetivos estejam claros e as estratégias adequadas para conduzir as ações em direção aos resultados

organizacionais. Entretanto, é importante ressaltar que a condução das ações passa, primeiramente, pela condução das pessoas em detrimento de seus objetivos pessoais.

Outra abertura nas organizações que permite o surgimento e o desenvolvimento das lideranças informais é a dificuldade de antigos dirigentes ou dirigentes que não se atualizam ou não acompanham o desenvolvimento constante do mercado. Os líderes informais, por fazerem parte do ambiente operacional e normalmente buscarem constantemente mais conhecimento para melhor efetividade de seus trabalhos, desenvolve pensamentos críticos que permitem diagnosticar pontos críticos na condução das organizações e estão mais preparados para propor as melhorias necessárias.

4. A LIDERANÇA INFORMAL

Talvez a grande diferença entre um líder formal e um líder informal seja a existência de um cargo ou algum tipo de nomeação. Apesar dos integrantes da empresa estarem conscientes de que devem seguir as orientações do gerente ou diretor, nem sempre os responsáveis têm a habilidade de conduzir os colaboradores a atingir os objetivos propostos. Nesse momento é que pode atuar o líder informal, que não possui uma nomeação formal, mas tem o dom e a capacidade de influenciar seus companheiros.

Como o próprio nome define, o líder informal não exerce liderança normativa, legal e nem sempre possui cargos importantes. É uma pessoa comum, porém, com extraordinário brilho pessoal, fruto de traços de inteligência, de comportamento ético, de domínio técnico a respeito de temas específicos e de ótimo relacionamento interpessoal. Impõe-se com naturalidade e conquista o respeito e admiração dos companheiros, pelo simples fato de ser uma pessoa completamente natural e autêntica. Portanto, suas ações ou decisões são previamente analisadas, com o intuito de evitar futuras preocupações. Normalmente estes líderes informais surgem da necessidade natural dos grupos sociais, onde seus componentes necessitam de uma condução mais estruturada ao desenvolvimento das atividades. Muitas vezes esta necessidade de condução transforma-se em medo ou simplesmente orgulho de dirigir-se a um superior quando há necessidade de esclarecimento ou orientação.

5. AS DIFICULDADES INFRENTADAS PELAS LIDERANÇAS INFORMAIS

Uma das questões que impactam de forma negativa na organização por força dos lideres informais, são os fatores emocionais. O desenvolvimento de sentimentos negativos como, ciúmes, desprezo e inveja, ocorre diariamente nas organizações e devem ser bem conduzidos tanto pelos lideres formais como informais, para que não haja uma desmobilização substancial das equipes ou fatos isolados que prejudiquem o ambiente. Sendo por parte de colegas, que vêem os lideres informais como "Os queridinhos do Chefe" ou "O Sr. Sabe Tudo" ou por parte de seus superiores que podem sentir-se incomodados ou até intimidados pela postura forte e exemplar de seus líderes informais, os líderes informais devem sempre equilibrar-se em uma linha entre ser um simples funcionário e possuir um cargo acima. Este é o ponto crucial para alguém que se considera um líder informal, ter a perspicácia e conhecimento, são as melhores receitas para evitar fatos ou sentimentos negativos em seu entorno ou que venham prejudicar suas atividades. Demonstrar vontade, conhecimento e disponibilidade, sem perder o respeito, o companheirismo e a humildade.

Conforme entrevista com a CEO, New Trade International, empresa de consultoria em negócios internacionais, Srª Márcia Rafaela Brendel, a principal dificuldade em termos bons líderes informais nas equipes é o sentimento de dependência de Gerentes quanto a estas pessoas.

"Muitas vezes os Líderes Formais (Gerentes, Supervisores, etc..), sentem-se acuados por tais lideranças, frente à diretoria, pois dependem muito destas pessoas para concluírem suas atividades, e criam um sentimento de medo de perderem seus cargos. Hoje a empresa possui poucos gerentes, e a maioria das decisões são tomadas de forma democrática, pois a empresa entende que não há ninguém melhor para ajudar no desenvolvimento das atividades do que os consultores que estão diariamente nos clientes e lidam com as dificuldades apresentadas na organização".

Outra visão de preocupação quanto às lideranças informais, foi apresentada por, Alexsandro Sampaio Aguiar, Gerente Operacional da Celiberto Logística Internacional, empresa de despacho aduaneiro e logística:

"Apesar de ser difícil, um bom chefe deveria possuir liderança visando à motivação constante dos colaboradores, principalmente se ele atua junto à área operacional. Esta dificuldade existe no padrão geral da chefia pelo medo de perder o poder ao compartilhar conhecimento e, por outro lado, de se considerar inferiorizado quando se propõe a escutar as idéias de um subordinado". 

Na empresa Celilberto Logistica Intenacional temos por característica da política de Gestão de Pessoas investir nos líderes informais, ou seja, pessoas que se destacam pelo desempenho e pela influência na equipe.

A empresa identifica como base do perfil de líder; que esses profissionais atuam como influenciadores do comportamento das equipes; têm determinação e comprometimento com a empresa, além de alavancarem resultados das equipes.

Mas ele comenta um problema que pode existir, se por um lado os líderes informais contribuem muito para o desempenho da organização, por outro sua saída pode intensificar falhas na comunicação e o clima de incerteza e desmotivação, enfraquecendo a rede de comunicação informal que, em definitivo, é o motor que movimenta a roda do trabalho cotidiano.

5. A LIDERANÇA INFORMAL E SEU BENEFICIOS AS ORGANIZAÇÕES

Em diversas empresas onde as lideranças informais são aceitas e bem difundias, os resultados administrativos e financeiros, apresentam bons índices de crescimento. Como por exemplo, a empresa UHY Moreira – Auditores, que por intermédio de seu Diretor Executivo,Sr. Diego Rotermund Moreira, expôs que em sua empresa todos os gerentes de departamentos e filiais, possuem pessoas que respondem e organização diariamente as atividades de suas equipes, mesmo sem ocupar cargas de chefia.

"Em nossa empresa sempre tivemos diversos cargos de Gerencia, supervisores, etc.. Mas a alguns anos iniciamos uma reestruturação em nosso organograma e uma renovação de pessoal. Buscamos contratar pessoal com altos níveis de conhecimento e relacionamento inter-pessoal para formar equipes de líderes"

Após esta reestruturação a empresa aumentou o faturamento em torno de 60%, e há grande modificação no ambiente de trabalho, pois todos têm o sentimento de responsabilidade quanto às decisões e o crescimento da organização.

Outro ponto visível na valorização das lideranças informais foi à diminuição substancial nos profissionais que estão saindo da empresa. Hoje a empresa esta investindo mais na formação dos profissionais, pois tem mais garantias de que os mesmos vão permanecer mais tempo na organização. Esse investimento tem impacto direto nos serviços da empresa, que estão mais qualificados e seus profissionais demonstram mais conhecimento sobre as necessidades dos clientes.

Um dos grandes benefícios trazidos pelos líderes informais, é a criação de novos canais de comunicação. Uma das grandes necessidade e reclamações do meio empresarial é a dificuldade de criar e ampliar de forma qualificada canais de comunicação dentro das empresas. Estes canais tornam-se mais fortes quando são conduzidas por pessoas interadas dos assuntos de sua área e capacitadas para utilizá-las da melhor forma possível.

Por terem bom conhecimento da área operacional, analisando e identificando suas dificuldades o líder informal pode propor melhorias na condução das atividades, obtendo conhecimento pesado e repassar tais necessidades as pessoas com poder de decisão. Este tipo de feedback, facilita aos gerentes terem uma visão mais precisa dos problemas enfrentados por suas equipes e auxilia seus os componentes das equipes a solucionarem seus problemas, com novas ações. Talvez o grande poder que estas lideranças tenham nas organizações, seja o de motivar as pessoas, e ampliar a visão do corpo diretivo quanto ao real posicionamento da empresa em seu contexto ambiental.



CONCLUSÃO

Verifica-se a importância de valorizarmos os líderes informais, não em detrimento aos líderes formais, mas com ações que induzam estes indivíduos a se fortalecerem e que possivelmente no futuro eles venham a ser um líder formal.

Sua importância se traduz, desde o momento que analisamos que em um grupo todos seus indivíduos estão constantemente se relacionando, e nada mais importante em uma relação que o equilíbrio. Este equilíbrio pode facilmente ser incumbido aos líderes informais, que ao mesmo tampo sabem liderar de forma ambiciosa e responsável e sabem ser liderados com respeito e confiança.

A liderança é um importante ingrediente no processo de administração. A influência de pessoas no processo administrativo é fundamental para reunir esforços em prol de um objetivo e o líder informal possui uma característica essencial da liderança: o respeito.

Conclui-se que a liderança informal é um movimento natural dentro das organizações e que sua administração pode trazer muitos benefícios, impactando principalmente na questão do ambiente de trabalho.



REFERÊNCIAS

BERGAMINI, Cecília W. Liderança administração do sentido. São Paulo: Atlas, 1994.

BOWDITCH, J. L.; BUONO, A. F. Elementos do comportamento organizacional. São
Paulo: Pioneira Thomson, 2002.

CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando pessoas: o passo decisivo para a administração
participativa. São Paulo: Makron Books, 1992.

DRUCKER, Peter F. O líder do futuro. São Paulo: Futura, 1996.

Entrevistas:

Diego Rotermund Moreira – Diretor Executivo – UHY Moreira – Auditores – Uma das 10 maiores empresas de Auditoria do País e líder na área de Auditoria de Sistemas de Segurança da Informação.

Márcia Rafaela Brendel – Diretora Geral – New Trade International Consultoria e Assessoria Ltda – Empresa de Consultoria na área de Negócios Internacionais.

Alexsandro Sampaio Aguiar - Gerente Operacional - Celiberto Logística Internacional, empresa de despacho aduaneiro e logística:




[1] Estudante do Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior – FTEC – Gerente Comercial e Licitações da empresa UHY Moreira – Auditores e Sócio-Diretor da New Trade International Consultoria e Assessoria Ltda.


Autor: FILIPE MEDINA DA SILVA


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