EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA: MELHOR QUE UM PROFESSOR ENSINAR É O ALUNO APRENDER



Acadêmica Keyse Muniz Silva Carvalho

Acadêmica Girleide Santos Vieira

Orientadora Mestre Maria José de Azevedo Araújo

RESUMO

A tecnologia na educação, não é apenas importante na vida escolar, mas também na vida profissional e social de todo indivíduo. Neste artigo pesquisou-se aspectos bibliográficos sobre o saber-pensar e o saber-fazer da educação tecnológica. Procurou-se criar uma discussão sobre a educação, seus conceitos, seus objetivos e novos paradigmas que estão colocados no mundo de hoje como uma concepção talvez mais estratégica numa fase de transição entre a modernidade e a pós-modernidade. Analisou-se a importância da sociedade "tecnologizada" com suas características básicas, sua finalidade, seus procedimentos, mas principalmente, como uma tentativa de estruturá-la a partir de sua concepção pedagógica. A educação tecnológica é uma realidade, que permite aos educadores uma interação e construção do conhecimento, como pudemos constatar na educação. As novas tecnologias quando bem usadas são valiosas ferramentas em nossas mãos, e nós ajudará a fazer realmente uma educação para todos, para isso devemos estar dispostos a experimentar novas formas de ensino.

PALAVRAS-CHAVE

Educação, tecnologia, ensino

ABSTRACT

Technology in education is not only important in school life, but also in professional and social life of every individual. This article was researched bibliographic aspects of the know-thinking and know-how in technical education. We tried to create a discussion about education, its concepts, their goals and new paradigms that are placed in today's world as a design perhaps more strategic in transition between modernity and postmodernity. We analyzed the importance of society "technologize" with its basic characteristics, its purpose, its procedures, but mainly as an attempt to structure it from its instructional design. Media education is a reality that allows educators an interaction and knowledge construction, as we have seen in education. New technologies when used well are valuable tools in our hands and we will help make a real education for everyone so we must be willing to try new ways of teaching.

KEYWORDS

Education, technology, education

INTRODUÇÃO

. Aborda-se um tema muito importante na vida educacional e profissional dos estudantes e das pessoas de modo geral, pois a educação tecnológica é uma forma nova de se colocar em prática uma área da Educação apoiada em teorias tecnológicas. A tecnologia é muito importante saber, pois mostra ao educador como fazer para que seu aluno tenha parazer em sala de aula.

Mas, para que serve uma educação tecnológica?

Para formar um indivíduo, na sua qualidade de pessoa humana, mais crítico e consciente para fazer a história do seu tempo com possibilidade de construir novas tecnologias, fazer uso da crítica e da reflexão sobre a sua utilização de forma mais precisa e humana e ter condições de convivendo com o outro, participando da sociedade em que vive transformar essa sociedade em termos mais justos e humanos.

Há momentos de conhecimento da tecnologia, de sua relação com a ciência, da compreensão do binômio tecnologia e progresso e suas repercussões nas relações sociais.

(...) saber é todo um conjunto de conhecimentos metodicamente adquiridos, mais ou menos sistematicamente organizados e susceptíveis de serem transmitidos por um processo pedagógico de ensino. Ciência é o conjunto das aquisições intelectuais, de um lado, das matemáticas, do outro, das disciplinas de investigações do dado natural e empírico, fazendo ou não uso das matemáticas, mas tendendo mas tendendo mais ou menos á matematização. Epistemologia é o estudo metódico e reflexivo do saber, de sua organização, de sua formação, de seu desenvolvimento, seu funcionamen-

to e de seus produtos intelectuais JAPIASSU,(1992:15-6).

Os educadores podem desenvolver suas aulas usando as novas tecnologias, como projetores, computadores, sem deixar de fazer bom uso das tecnologias mais antigas, que não deixam de serem tecnologias, como por exemplo, o quadro e o giz. Essa pesquisa foi realizada para mostrar aos professores, algumas maneiras de melhorar o aprendizado dos seus alunos e assim mantê-los inclusos na sociedade.

O QUE PODEMOS ENTENDER SOBRE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA?

Poderia, por exemplo, estar ligada ás tecnologias educacionais, poderia ser uma dimensão mais específica de uma educação profissional ou educação técnica, ou poderia ser uma forma nova de se colocar em prática uma área da Educação apoiada em teorias tecnológicas. (Bertrand, 1991).

Afirma Bastos (1997), que a educação no mundo de hoje tende a ser tecnológica, ou seja, vai exigir o entendimento e interpretação de tecnologias. A tecnologia é tão importante, que é como agente já fizesse parte dela e vice-versa. Então nós lembramos de uma cena do filme "Tempos Modernos" de Charles Chaplin, quando Chaplin caiu dentro de uma máquina, ele se encaixava direitinho nela, parecia que fazia parte daquela tecnologia.

A Educação Tecnológica pode ser focalizada de vários pontos de vista: do mundo da educação, do mundo do trabalho, da produção de conhecimentos ou da necessidade de novas metodologias. O conceito de Educação Tecnológica, diz respeito á formação do indivíduo para viver na era tecnológica de uma forma mais crítica e mais humana. como afirma Mello:

(...) como liderança, iniciativa, capacidade de tomar decisões, autonomia de trabalho, habilidades de comunicação, constituem novos desafios educacionais.Em contraposição ao acúmulo de informações segmentadas e superficiais, torna-se mais importante dominar em profundidade as básicas e as formas de acesso á informação, desenvolvendo a capacidade de reunir e organizar aquelas que são relevantes.

Na educação de hoje, não devemos estar apenas comprometidos com a diversidade de conteúdos, com o aprendizado das diferentes linguagens, mas também com a formação de competências sociais,

Quando falamos em usar a tecnologia no ensino, logo vem em nossa mente o uso da Informática e é lógico pensarmos assim. Mas, a tecnologia não se resume apenas em computadores, o lápis e o papel, por exemplo, também é uma tecnologia e que as vezes nós nos esquecemos. Bem, sabemos que a informática é importante na educação, mas isso não significa que ela é a solução de todos os problemas, mas ela serve para facilitar e até tornar mais divertido o aprendizado dos alunos e as horas em sala de aula.

Para isso é preciso que o professor conheça os recursos que ele oferece e crie formas interessantes de usá-los. Precisamos ter claro em nossa mente que melhor que um professor ensinar, é o aluno aprender. Bem, antes de usar o computador, o professor precisa saber que método de ensino-aprendizagem ele pretende usar. Visto que para o aluno aprender, não basta apenas ter tecnologias modernas, mas o professor precisa também usar novas metodologias de ensino, porque não adianta novas tecnologias com metodologias arcaicas.

Como diz Guimarães Rosa, em Grande Sertão Veredas: "Será que realmente ensinamos alguma coisa a alguém? Mestre não é aquele que sempre ensina, mas quem de repente aprende."

É bom sempre lembramos que, a tecnologia no ensino tem que servir para auxiliar o aluno, para ajudar o aluno a pensar e a fazer, não para substituir. Então o professor precisa usar uma metodologia que faça o aluno saber-pensar. A informática pode entrar na escola, por ela ser um recurso que pode ajudar a minimizar a exclusão de muitos sujeitos já excluídos em muitas outras situações.

SERÁ QUE OS ALUNOS DAS CAMADAS POPULARES VÃO CONTINUAR SAINDO DA ESCOLA SEM SABER AO MENOS DIGITAR?

É muito difícil uma escola conseguir preencher todas essas lacunas dar a seus alunos acesso a esse universo cultural. Assim também como é difícil uma escola manter uma biblioteca atualizada com jornais de outros estados, jornais diários e revistas semanais e quinzenais.

Pois é aqui que entra a informática, mais especialmente a Internet. Nessa rede o que era impossível passa a ser alcançável. Com a Internet os alunos podem viajar e conhecer muitas novidades. Uma sociedade tecnologizada é, antes de tudo, uma sociedade com toda a sua trama de relações sociais. A tecnologia oferece recursos e avanços, mas impõe determinadas normas e regras; nascendo uma nova ética nessas relações. Esperamos que isso não se dê apenas nas camadas privilegiadas da sociedade.

AS NOVAS TECNOLOGIAS NO COMEÇO DO SÉCULO XXI

Entre 1997 e 2001 dava-se início a uma explosão e disseminação das novas tecnologias da informação e comunicação, como o telefone móvel, o nascimento da televisão digital, o acesso a Internet. Junto com todos esses avanços tecnológicos veio também o surgimento de novas empresas no ramo da telecomunicação, facilitando assim o nosso cotidiano.

Com o aparecimento dessas novas empresas, a sociedade só teve a ganhar, pois antes da década de 90, eram raras as pessoas que tinham condições para adquirir uma linha telefônica, porque o custo era alto. Hoje temos um leque de opções em empresas de telefonia, já que o produto caiu de preço, ficou mais fácil da população ter acesso. Graças esta baixa de preço, até hoje há uma procura muito grande nos aparelhos de telecomunicação, tanto móvel como fixo.

O crescimento e o progresso não veio só para empresas de telecomunicações,veio também para as indústrias de modo geral. Com o surgimento da Internet e como o crescimento do fluxo de acesso a mesma, as indústrias e empresas em seus vários ramos, começaram a investir no surgimento da inovação e do desenvolvimento no mundo da comunicação einformação, facilitando assim o andamento e crescimento da empresa em seus diversos setores. Beneficiando principalmente o setor financeiro, pela comodidade que a Internet proporciona facilitando assim transações financeiras, vendas de seus produtos e etc.

Essas empresas de telefones celulares tiveram nos últimos anos um crescimento exorbitante em seu lucro, por isso suas ações na bolsa de valores dispararam. O crescimento do acesso a Internet é incrível em tão pouco tempo, basta lembrar que no começo dos anos 90, pouquíssimas pessoas tinham acesso a esse meio de comunicação e informação, mas no final dessa mesma década, a Internet já tinha virado quase uma epidemia. Daí a Internet com o objetivo de beneficiar a todos os setores, além do setor empresarial, também o setor cultural e educacional.

CARACTERÍSTICAS DA EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

·a Educação Tecnológica, promove o despertar para a interpretação do contexto atual à luz de seus condicionamentos e fundamentos;

·pretende levantar questões relativas aos valores, sobressaindo a dimensão ética;

·exige uma interação da teoria e prática ;

·busca integrar ensino e pesquisa fazendo com que se entendam as questões vivenciadas pelos educandos;

·procura identificar a partir do trabalho as novas exigências impostas pelas relações sociais;

·a fundamentação básica da Educação Tecnológica, resume-se no saber-fazer, saber-pensar.

A TV E A ESCOLA - PROBLEMAS E POSSIBILIDADES

¹ É muito comum que alunos e professores critiquem a TV na sala de aula, mas ao chegar em seus lares se entregam acriticamente, fascinados aos suspiros das novelas e às falácias dos telejornais. Mas por que esta contradição acontece?

É preciso ter em mente um fenômeno complexo das sociedades contemporâneas: a midiabilidade. A midiabilidade implica a existência de um campo social dominado pela mídia, sobre tudo mídia eletrônica, catalisando um conjunto de experiências e identidades sociais. Todos nós, alunos ou professores, estamos sujeitos à ação da mídia.

O problema é que nos grupos mais jovens, inclusive naquelas subculturas juvenis que se julgam extremamente rebeldes, a ação da mídia é determinante para a constituição da identidade do grupo. O fenômeno da midiabilidade implica a difuculdade em estabelecer fronteiras definidas entre a experiência enraizada nas relações sociais mais tradicionais( vividas no bairro, no trabalho, na escola ou na família) e aquela vivida "através" da mídia, incorporando valores e comportamentos

___________

¹Argumento retirado do livro: Como usar a televisão na sala de aula/ Marcos Napolitano. 5. ed.- São Paulo. Pg.12 e 13

dos seus tipos e personagens.

A midiabilidade é um dos principais problemas a serem pensados pela escola, ao objetivar a incorporação do material veiculado pela TV como fonte de aprendizagem. Não se trata de tentar dissipar a influência da mídia na vida das pessoas, mas de explicitar este fenômeno e fornecer alguns pressupostos críticoas, valorizando elementos culturais que muitas vezes os alunos já possuem.

A tarefa primordial da escola, tendo em vista o trabalho com o material da TV, será a de pensar o grau de midiabilidade das suas diversas clientelas e dos indivíduos e grupos sociais envolvidos no trabalho escolar, bem como as diversas formas de recepção dos conteúdos veiculados pela mídia. É preciso pensar a influência da mídia em nossas vidas, reconhecendo não só suas características escapistas, alienantes ou conformistas, como apreendendo suas diversas facetas e os resultados de sua influência sobre a sociedade.

Voltemos à pergunta: como, em sala de aula, pode-se falar mal da mídia, numa atitude aparentemente hipercrítica, mas que acaba se tornando artificial? Nestes casos pesamos que ocorre uma situação ambígua, pois ao mesmo tempo, que se questiona o conteúdo da mídia é possível seduzir-se pela sua forma. A midiabilidade costuma se realizar menos pelo conteúdo e mais pelos códigos e linguagens de que se constitui a mídia. Na TV, este fenômeno é particularmente importante e decisivo para sua inserção social.

Paralelamente á reflexão sobre o grau de midiabilidade das nossas vidas cotidianas, opiniões e valores correntes, é necessário que a escola incorpore o material veiculado pela TV (a mídia mais sofisticada, poderosa e abrangente) como possibilidade de conhecimento. Desde já destacamos que o trabalho com as imagens e conteúdos televisuais será tanto mais profícuo quanto maior for a capacidade de leitura dos alunos.

Não se trata de propor a substituição da palavra escrita por imagens, visando atualizar a escola numa época de crise das suas formas tradicionais. Nem tampouco de utilizar a TV como estímulo e reforço didático-pedagógico para as atividades e conteúdos desenvolvidos em sala de aula. Aceitando o princípio de que o conteúdo da televisão se desenvolve a partir de um conjunto de linguagens básicas, subdivididas em gêneros específicos de programas, propomos uma espécie de "alfabetização" que cumpara dois objetivos: a) estimular uma reflexão crítica acerca dos conteúdos transmitidos pela TV e b) incorporar parte dos seus conteúdos e programas como fontes de aprendizado, articulando conteúdo e habilidades.

É bem possível que os professores de humanidades (incluindo o ensino de línguas) se sintam mais à vontade para trabalhar com a TV. Disciplinas como história, geografia e português encontram na programação de TV um material mais próximo dos seus conteúdos tradicionais. Novos temas escolares como ética, educação sexual, ecologia, entre outros, também encontrarão nos programas veiculados pela TV um vasto material. As atividades devem ser ampliadas, podendo ser adaptadas e direcionadas conforme a disciplina e o conteúdo especifico em questão.

BLOGS E AS PRÁTICAS DE ESCRITA SOBRE SI NA INTERNET

Blog é uma corruptela de weblog, expressão que pode ser traduzida como "arquivo na rede". O blog é concebido como um espaço em que o escrevente pode expressar o que quiser na atividade da (sua) escrita, como escolha de imagens e de sons que compõem o todo do texto veiculado pela Internet. A ferramenta empregada possibilita ao escrevente a rápida atualização e a manutenção dos escritos em rede, além da interatividade com o leitor das páginas pessoais. Os blogs possuem, portanto, características diferenciadas dos diários tradicionalmente escritos.

Da perspectiva de uma rede de comunicação como a Internet, o espaço a ser ocupado é infinito. O trabalho do escrevente é, pois, bastante árduo. Uma das principais características atribuídas aos suportes eletrônicos da Internet é a questão da interatividade. Trata-se da interface entre o usuário e a máquina, mas também da possibilidade de contato entre o usuário e outros usuários, na utilização de ferramentas que impulsionam a comunicação de maneira veloz, com a eliminação de barreiras geográficas. A noção de interatividade na Internet pode ser assim associada à questão do tempo e à do espaço. É interessante analisar a interatividade na intertextualidade e no modo de circulação dos textos produzidos.

O suporte material da Internet coloca o escrevente em contato com o outro. Sua utilização condiciona novas práticas para a escrita e a leitura das páginas hipertextuais. É bom deixar esclarecida a crença de que a comunicação mediada por computador é uma das práticas possíveis para se buscar no outro, resposta ás questões subjetivas.

NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO: EDUCAÇÃO E TRABALHO

Na sociedade atual, a informática, junto com as telecomunicações e a microeletrônica, torna possível a produção massiva e sistemática da informação, tecnologia e conhecimentos; sua função principal é a substituição e amplificação do trabalho mental do homem. "A expansão da economia do conhecimento costuma ser valorizada como grande progresso social na transição da economia do músculo à economia do intelecto, um salto qualitativo do simius nudus ao simius informaticus. (GUBERN, 1991, p.56).

Com as novas tecnologias informatizadas, o trabalho adquire uma nova conformação: podem ser mencionadas as mudanças que são produzidas sobre o emprego, as qualificações profissionais, as relações trabalhistas, as condições e o meio ambiente de trabalho. Além disso, formaram um conjunto de novas ocupações, como por exemplo: analistas de sistemas, programadores, engenheiros eletrônicos e etc.

Entre outros fatores, as novas tecnologias da educação e da informação, possibilitam o desenvolvimento acelerado do conhecimento na sociedade.

COMO PODEMOS DESENVOLVER ATIVIDADES QUE DESPERTEM O PRAZER DE APRENDER DOS ALUNOS?

Bem, o professor poderá usar o computador, para apresentar de forma bonita e animada um monte de conteúdos que os alunos têm de saber. Se a concepção de aprendizagem for conteudista e baseada na memorização, o computador atenderá muito bem. Programas de apresentação de slides como o Power Point, podem transformar o computador em um lindo quadro que não é mais de giz nem negro, mas que vai funcionar em sala de aula da mesma forma que as tão conhecidas lousas, que servem de suporte para o professor apresentar todo o saber.

Por outro lado, muitos professores que não têm computadores e projetores e que contam com o quadro negro para darem suas aulas, podem com esse recurso, fazer das suas aulas um momento de interação entre alunos e professores, criando uma situação de construção coletiva do saber. Ou seja, o professor também precisa ser inovador, porque não adianta um professor ter todos os recursos tecnológicos em suas mãos como, computadores, projetores e usar metodologias de ensino arcaicas.

Para melhor explicar: imagine um professor que leva seus alunos ao laboratório de informática. Os alunos ficam empolgados, pensando que terão uma aula diferente. Então o professor pede que os alunos abram os seus livros em tal página e pede para que eles façam uma cópia dos textos que estão ali, no Word.

SERÁ QUE A AULA VAI SER TÃO LEGAL ASSIM? OU VAI SER MONÓTONA QUANTO ÀQUELA DE QUADRO E GIZ?

Então é isso que queremos mostrar, o computador por si só não vai fazer a aula ficar melhor, mas sim, a metodologia de ensino que o professor irá usar em sala de aula com os seus alunos. Se o professor for criativo, ele pode usar a Internet, por exemplo, para motivar seus alunos. Existem inúmeros sites educativos que o professor pode levar para sala de aula e ter um rendimento muito bom com seus alunos.

Entre os professores, a disseminação de computadores, Internet, celulares, câmeras digitais, banda larga e uma infinidade de engenhocas da modernidade provoca reações variadas. Por ser relativamente nova, a relação entre a tecnologia e a escola é bastante confusa e conflituosa. Mas, quando se deve usar a tecnologia em sala de aula?

Bem, só se deve levar a tecnologia para a classe, se ela estiver a serviço dos conteúdos. Isso exclui, por exemplo, as apresentações em Power Point, que tornam as aulas mais divertidas (ou não!), os jogos de computadores que só entretêm as crianças ou aqueles vídeos que simplesmente cobrem buracos de um planejamento mal feito[1].

O CAMPO DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL

Atualmente, aparecem definições do campo nas quais coexistem estas diversas concepções, versões da Tecnologia Educacional, que ao mesmo tempo, poderiam ser enquadradas em momentos particulares de seu desenvolvimento[2]. Entre os especialistas espanhóis, Sarramona López (1994) afirma que a Tecnologia Educacional é aquela que reflete sobre a aplicação da técnica á resolução de problemas educativos, justificada na ciência vigente em cada momento histórico. Enfatiza o controle do sistema de ensino e aprendizagem como aspecto central e garantia de qualidade, ao mesmo tempo em que entende que as opções mais importantes estão relacionadas com o tipo de técnica que convém e como incorporá-la adequadamente.

Atualmente, na Argentina, Litwin (1993) propõe uma conceitualização do campo que recupera especificidade: "entendemos a Tecnologia Educacional como corpo de conhecimentos que, baseando-se em disciplinas científicas encaminhadas para as práticas do ensino, incorpora todos os meios a seu alcance e responde á realização de fins nos contextos sócio-históricos que lhe conferem significação. A Tecnologia Educacional, preocupa-se com as práticas do ensino, inclui entre suas preocupações o exame da teoria da comunicação e dos novos desenvolvimentos tecnológicos: a informática, hoje em primeiro lugar, o vídeo, e TV, o rádio, o áudio e os impressos".

A EDUCAÇÃO TENOLÓGICA INCLUSIVA

A tecnologia tem um papel fundamental na sociedade. É em torno dessa tecnologia, principalmente da tecnologia da informação, que tem criado uma enorme perspectiva de melhoria na vida das pessoas em todos os aspectos, sejam eles, social, cultural ou ambiental.

O que podemos observar é que a tecnologia evolui mais nos aspectos econômicos e sócio-políticos, quando esta evolução poderia está acontecendo na busca de soluções para problema gerais.

Com as tecnologias da informação e comunicação, houve grandes mudanças na forma do individuo se comunicar e relacionar-se com os outros, principalmente no que se di em relação à aprendizagem e educação das pessoas com deficiências físicas, ou alunos especiais, tornando assim a tecnologia da informação um potencial ferramenta de trabalho do professor para ajudar na concretização da inclusão dos alunos com necessidades especiais, pois não podemos negar se entendemos e aprendemos que a educação é um direito de todos, então não podemos privar a essas pessoas que usufrua dessa tecnologia.

Como professores temos e devemos estar preparados para e entusiasmado para o uso desses meios de informação, educando todos os componentes da sociedade com suas formas variadas de ser, aprender, mover-se ou se socializar.

"O objetivo da educação e que cada pessoa desenvolve sua personalidade, suas aptidões e sua capacidade mental e física, até o máximo de suas possibilidades e esteja preparados para assumir uma vida responsável dentro da sociedade". (Carmen Alba, p.132).

Mas para que esse desenvolvimento aconteça precisamos está atento para o desenvolvimento do mundo, todos tem direito de acompanhá-lo, sem exceção, porque o direito é de todos.

Ao decorrer dos anos essas novas tecnologias, se tornaram um poderoso instrumento para o desenvolvimento do homem, tento por conseqüência a diminuição da pobreza, porque hoje os atrasos tecnológicos significam aumento da pobreza, chegando ao ponto das pessoas que não tem esse conhecimento prévio, dessas novas tecnologias correrem os riscos da exclusão social. Mas para que isso não aconteça precisamos levar esse conhecimento, na medida do possível, a essas pessoas, as pessoas mais próximas que são os nossos alunos.

Uma das barreias a serem destruídas é usar as Tecnologias de Informação Comunicação (TIC), com os alunos com deficiências físicas, as escolas, até mesmo as faculdades, a maiorias delas, não estão preparadas para acolher esse tipo de aluno. Aluno com deficiência visual, por exemplo, qual a escola que está preparada para incluir esse tipo de aluno, junto com a turma de alunos considerados normais?

A quanto tem se fala em inclusão, mas pouca gente sabe como fazer para que essa inclusão aconteça de verdade. Não depende só do professor, mas também, do governo, não basta só o governo fazer propaganda para estimular essa inclusão, tem que se investir principalmente em recursos tecnológicos e capacitar o facilitador.

A tecnologia pode nos levar ao acesso de informação do mundo inteiro, podemos saber Poe exemplo, como funciona a educação de pessoas com deficiência, nos EUA ou no Japão, usando as TIC como ferramenta na sala de aula. Segundo Carmem Alba, "essas diferenças no acesso ás tecnologias da informação, desigualdades culturais e reduzidas e deficiente representação de muitos grupos nas redes e em seus conteúdos, geram procedimentos silenciosos de exclusão dos processos educativos e formativos, que vão criando novas barreiras e distâncias entre quem está conectado e quem não está (2006) p.136.

Bem, não favorecendo esse acesso à informática e não transformando em aliada para a educação, sobre tudo das camadas populares, queremos finalizar dizendo que, a escola precisa encarar seu papel, não mais apenas de transmissora de saber, mas de ambiente de construção de conhecimento. Os alunos precisam saber aprender, saber onde encontrar as informações de que precisam ter autonomia para lidar com essas informações. Para isso é preciso que a escola abra mão de um conteúdo ou uma "matéria" rigidamente predeterminada e seja capaz de administrar a flexibilidade exigida daqueles que querem adotar uma postura de construção de conhecimento. Assim, conseguiremos partir do que os alunos já sabem, ajudá-los a conquistar novos espaços. O professor precisa motivar seus alunos a pensar, ou seja, usar suas habilidades intelectuais. O professor precisa respeitar o estilo de aprendizado dos alunos, seja esse estilo visual, auditivo ou sinestésico. É necessário que o educador conheça esses estilos e se adapte, usando metodologiasnovas fazendo uso das novas Tecnologias de Ensino.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É notória a exclusão social de indivíduos, que por não terem acesso a certas tecnologias, não são tão aceitos na sociedade. Nas escolas, principalmente as públicas, percebemos que muitos alunos ali, não têm acesso à tecnologia, não sabem utilizar o computador, não tem uma aula diferente, pois infelizmente alguns professores não estão bem preparados. Visto que, para que se tenha um bom rendimento em sala de aula, tanto os alunos quanto os professores, precisam está preparados e informados. Usar esses recursos tecnológicos em sala de aula, ajuda aos alunos a terem mais prazer em aprender, isto é, se o educador também usar novas metodologias de ensino.

Não podemos dispensar, nos tempos de hoje essas novas tecnologias, como fontes de pesquisa e instrumento de trabalho em sala de aula. Como professores, não podemos ignorar tais instrumentos, que direta ou indiretamente contribuem para o desenvolvimento do aluno e também do educador. Tudo que usamos em sala de aula é uma tecnologia, desde um lápis até um data show.

Em termos de uma educação para viver a era tecnológica, há que se pensar sobre valores subjacentes ao indivíduo, que pode criar, usar, transformar as tecnologias, mas não pode se ausentar, nem desconhecer os perigos, desafios e desconfortos que a própria tecnologia pode acarretar. O principal objetivo da tecnologia é aumentar a eficiência da atividade humana em todas as esferas, incluindoprodução. Ela se caracteriza de maneira geral, como um conjunto de conhecimentos, informações e habilidades que provem de uma inovação ou invenção científica.

É a educação tecnológica que nos possibilitará que a interação e participação do aluno em sala de aula seja efetiva, pois cada vez mais a tecnologia da informação e comunicação vem crescendo em sala de aula.

SOBRE AS AUTORAS

Keyse Muniz Silva Carvalho e Girleide Santos Vieirasão graduandas em Letras/Português na Universidade Tiradentes, em Aracaju/SE. Cursam o 2º período, no segundo semestre de 2009. O presente artigo é resultado de uma pesquisa qualitativa do tipo bibliográfica, sob orientação da mestre Maria José de Azevedo Araujo. Contato [email protected]

REFERÊNCIAS

GRINSPUN, Mirian Paura Sabrosa Zippin. (Org.) Educação tecnológica: desafios e perspectivas, 2° edição, São Paulo: Cortez 2001.

MELLO, Guiomar Namo. Cidadania e competitividade: desafios educacionais do terceiro milênio. São Paulo, Cortez, 1993.

COSCARELLI, Carla V.Alfabetização e letramento digital. Belo Horizonte: Caele; Autêntica , 2005.

LITWIN, Edith. (Org.) Tecnologia educacional: políticas, histórias e propostas, Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

SANCHO,Juana Maria; HERNÁNDEZ, Fernando; Tecnologias para transformar a educação, Porto Alegre: Artmed, 2006.

MARCUSHI, Luiz Antônio; XAVIER, Antônio Carlos; Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção do sentido. 2 ed.- Rio de Janeiro: Lucerna,2005




Autor: Maria José de Azevedo Araujo


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