O envelhecimento populacional brasileiro e a abordagem da mídia em relação a pessoa idosa



O envelhecimento populacional brasileiro e a abordagem da mídia em relação a pessoa idosa

Resumo: Este presente artigo tem por finalidade demonstrar de forma sucinta no cenário contemporâneo, o envelhecimento populacional brasileiro, bem como seus impactos na realidade social. Sabemos que a alta taxa de expectativa de vida é uma conquista mundial, porém, se não for planejada e estruturada, trará uma série de problemas e principalmente a falta de atenção e proteção a terceira e quarta idade. Não basta somente que a vida seja prolongada, é preciso que tenhamos qualidade de vida, em especial na terceira idade, pois é nesta faixa etária que se manifestam em grande parte, as conseqüências de uma vida com hábitos inadequados. O aumento da expectativa de vida, traz grandes desafios a serem superados, como: a aceitação da família, a questão da pobreza, o desafio da aposentadoria, a situação precária dos asilos em sua maioria, a questão da saúde ou seja, o bem estar biopsíco-social e a formação profissional adequada e qualificada para atender a população idosa. Para além disso, está a abordagem da mídia sobre a terceira idade. Compreendendo os meios de comunicação, como canais de poderes e ideologias, muito vem sendo feito no sentido de estigmatizar a figura da pessoa idosa, favorecendo e ressaltando a importância do novo, do belo, do atual, reforçando desta maneira o modo capitalista, onde o consumo está acima de tudo. Neste sentido discutiremos para mostrar a importância da pessoa idosa, bem como sua participação social, econômico e político, além da reflexão da abordagem da mídia em relação ao processo de envelhecimento e suas conseqüências na realidade brasileira.

Palavras-chave: envelhecimento, população idosa, expectativa de vida, mídia.


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* Acadêmica do 7° semestre de Serviço Social pela Universidade Federal de Mato Grosso, estagiária do Núcleo de Organização e Estudos da Terceira Idade – NOETI.
Muitas pessoas afirmam que a única certeza que temos em nossa vida, é a certeza que a morte chegará, porém nos dias atuais esta certeza vem sendo adiada em relação à morte decorrente da velhice. Vemos altos índices de óbitos relacionados a homicídios, acidentes de trânsitos, violências relacionadas às drogas, doenças das mais diversas. Mas a algo que vem mudando cada dia mais, é a expectativa de vida. Até a metade do século vinte, o Brasil era considerado um país jovem, as pessoas morriam antes dos 50 anos em decorrência de diversas doenças e elevadas taxas tanto de natalidade quanto de mortalidade.
Com 14.536.029 pessoas com mais de 60 anos, segundo o Censo Populacional de 2000, não podemos mais dizer que o Brasil ainda seja um país jovem, este número corresponde cerca de 8,6% da população brasileira que virá crescer ainda mais, o que já torna o Brasil em um país de “Meia-idade”. De acordo com as projeções da Organização Mundial de Saúde (OMS), entre os anos de 1950 e 2025, a população de idosos no país crescerá dezesseis vezes contra cinco vezes a população total, o que nos dará a colocação do sexto país com maior população idosa, ocorrendo assim uma verdadeira “Revolução demográfica”.

Processo de envelhecimento brasileiro

Este processo de envelhecimento ocorre em conseqüência da transição demográfica, no qual ocorre uma mudança da situação de mortalidade e natalidade elevadas, com populações jovens, para uma situação com mortalidade e natalidade baixas, portanto com um aumento significativo de idosos. Essa mudança ocorre graças aos avanços tecnológicos e da saúde que permitem o aumento da expectativa de vida, bem como uma vida de qualidade, diminuindo e/ou controlando as doenças infantis, além do controle de natalidade, que engloba questões culturais, econômicas, sociais e políticas.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa média de vida ao nascer do brasileiro aumentou de 66 para 68,6 anos na última década, o que os países europeus levaram quase um século para fazer, prevê que o Brasil fará em trinta anos, dobrar a proporção de idosos de sua população de 7% para 14%. Mas para que isso ocorra, não basta apenas aumentar a expectativa de vida.
A partir dos anos sessenta, com o auge dos métodos contraceptivos, as taxas de fecundidade caíram no Brasil, a taxa de fecundidade total diminuiu de 5,8 filhos por mulher em 1970 para 2,3 filhos em 2000. Em 1980, existiam cerca de 16 idosos para cada 100 crianças, vinte anos depois, essa relação dobrou, passando para quase 30 idosos para cada 100 crianças (KALACHE,1998). Mas famílias menores prejudicam também os cuidados com as pessoas idosas, fazendo crescer a necessidade de instituições para cuidados de longo prazo, como os asilos.
Mas devemos ressaltar que embora a fecundidade seja o principal componente da dinâmica demográfica brasileira, em relação a população idosa, é a longevidade que vem contribuindo para esta evolução. Ocorre em nosso país, um maior crescimento proporcional dos grupos etários com mais de 75 anos (também chamados de quarta idade). De 1991 a 2000, observa-se que a população total de idosos passou de 36,5%, enquanto que o grupo de 75 anos ou mais, passou a 49,3%. Não podemos deixar de citar outro crescimento bastante significativo, os dos centenários ou mais, que segundo o Censo Demográfico de 1991, foram de aproximadamente 13 mil pessoas e já no Censo de 2000, passou a 24.576 idosos.
Outro fator influenciador, é a composição das populações e no nosso país, têm contribuído para que algumas regiões, que não são desenvolvidas e com altas taxas de natalidade e mortalidade, tenham uma elevada proporção de idosos. Podemos mostrar o estado da Paraíba, que em 2000 contava com cerca de 10% de idosos na sua população, muito mais que os 8,6 % observados em 1997. Existe uma grande migração de jovens da Paraíba e de outras regiões pobres do país, para cidades mais desenvolvidas, em busca de uma oportunidade de trabalho. Nessas regiões, mesmo que a transição demográfica seja incompleta, a proporção de idosos aumenta muito, pois são eles que permanecem nessas localidades (KALACHE,1998)
Atualmente, 81% dos idosos brasileiros estão nas áreas urbanas e as capitais com a maior proporção de idosos são Rio de Janeiro (12,8%) e Porto Alegre (11,8%). Essa tendência de urbanização continuará, observando que mais homens idosos vivem em zonas rurais, enquanto as mulheres vivem nas cidades. Este processo de urbanização fica evidente, quando verificamos que em São Paulo, por exemplo, residem cerca de 1 milhão de idosos, já em Boa Vista e Palmas apresentaram apenas 3,8% e 2,7% de idosos respectivamente.
A feminilização da velhice é outro fator que deve ser abordado, pois devido fatores biológicos, sociais e culturais, as mulheres vivem em média 8 anos a mais que os homens, trazendo assim inúmeras implicações como por exemplo, o fato de 93% das idosas serem responsáveis pelos seus domicílios mesmo vivendo com seus cônjuges. Apontando os indicadores por distribuição de sexo, 44,9% sendo homens e 55,1% sendo mulheres e média de anos vividos de 72,6 anos para mulheres e 64,8 para os homens.
Um grande problema e desafio para os idosos nos dias atuais, é a sua adaptação com o mundo moderno. Dificuldade este resultante da deficiência educacional desta geração, em que freqüentar escola era privilégio a um grupo reduzido de pessoas. Desta feita, há um alto índice de analfabetismo, que atinge 5,1 milhões de idosos no país. Sendo, ainda, mais agravante em determinadas regiões, como no Nordeste no qual cerca de 56,1% da população idosa são analfabetos segundo o IBGE.
A média de anos de estudos dos idosos da cidade de Niterói é de 8,2 anos, já no Piauí, nos municípios de Barra de Alcântara e de Novo Santo Antônio, os idosos têm uma média de 0,2 anos de estudo. Existindo, ainda, analfabetas funcionais, que são indivíduos que estudaram menos de 4anos. Correspondendo cerca de 59,4% dos idosos responsáveis pelos domicílios. Havendo um crescimento de somente 16,1% de alfabetização em relação ao Censo de 1991. Em relação a questão de gênero, os homens, ainda, continuam sendo mais alfabetizados que as mulheres, devido ao fato de que até os anos 60, terem mais acesso a escola que as mulheres, sendo 67,7% dos homens alfabetizados contra, 62,6% da mulheres alfabetizadas.
Devido ao processo de envelhecimento, de acordo com a revista de Saúde Pública do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo- HUUSP- , muitos idosos se tornam mais vulneráveis às doenças, sendo geralmente portadores de múltiplas enfermidades crônicas, se tornando assim importantes consumidores dos recursos destinados à saúde. Essas debilitações prejudicam a capacidade funcional e autonomia dos idosos, causando a incapacidade e requerendo cuidados especiais em tempo integral em cerca de 30% a 50% dos indivíduos com mais de 85 anos.
Há estimativas, segundo o IBGE, que em 2020 o Brasil terá 25 milhões de idosos, que representarão 11,4 % da população brasileira. Em 2002, o país já contava com 16.022.231 de pessoas com 60 anos ou mais representando assim 9,3% da população, sendo 56,0% mulheres. Verificou-se que os idosos representam 10,2% da população do Sudeste, 10,0% da população Sul, 9,3% da população Norte, 8,9% da população do Nordeste e 7,2% do Centro-Oeste.
Em relação aos centenários, segundo o Censo de 2000, residiam cerca de 4.457 idosos em São Paulo, 2.808 centenários na Bahia, 2.765 em Minas Gerais e 2.029 no Rio de Janeiro.
Do Censo de 1991 ao de 2000, houve um crescimento de 63% nos rendimentos do idosos, passando de R$403,00 para R$657,00, sendo que no corte por gênero, os homens ganham em media mais que as mulheres, sendo R$752,00 para os idosos e R$500,00 para as idosas. As divergências são enormes, pois a renda dos idosos na área rural representa cerca de 40% da área urbana e já nos estados com áreas rurais mais desenvolvidas, o rendimento médio urbano e rural já são bem próximos. Porém, o rendimento na área rural dos estados das regiões Norte e Nordeste, representa em média, menos que a metade do urbano. É importante ressaltar, que embora muitos pensem que os idosos são economicamente inativos, não contribuem para o crescimento econômico, influenciadores na sobrecarga da Previdência, 62,4% dos idosos e 37,6% das idosas, segundo o Censo de 2000, são chefes de família, somando 8,9 milhões de pessoas, além de 54,5% dos idosos chefe de família sustentam seus filhos. Além disso, cerca de 20% dos idosos aposentados continuam trabalhando, sendo 28,9% os homens e 11,5% as mulheres. Essas contribuições chegam a 4,5%dos postos de trabalhos do país, no qual 6,3 tem mais de 60 anos e ainda 40% trabalham por conta própria.
Passando do aspecto econômico para o político, segundo Ademar de Martins, é comum vermos a discussão sobre os votos dos adolescentes de 16 a 18 anos(cerca de 4 milhões), porém pouco se fala sobre o público idoso, que representa cerca de 14,5 milhões de pessoas idosas. Na faixa obrigatória de votar na terceira idade, de 60 a 69 anos, existem mais de 8 milhões de eleitores, o dobro de eleitores adolescentes. Mesmo com o crescimento da participação dos idosos na economia do país, não ocorreu ainda a conscientização em relação à força política pertencente à população idosa.
Digno de nota está à questão da saúde da pessoa idosa e as causas de mortalidade na terceira idade. Dentre as principais causas de morte em idosos no Brasil, nos anos de 1980 e 1998, as causas externas representaram 3,5% da mortalidade geral, ocupando assim a sexta posição. Os dados indicam a tendência de queda desse tipo de óbitos que, já em 1998, significou 3,2% da mortalidade geral nessa faixa etária, tendo sido superado pelas doenças infecciosas e parasitárias, que estavam logo abaixo do ranking das causas da mortalidade. Em 1998, morreram 13.184 idosos por acidentes e violência no país, significando cerca de 37 óbitos por dia, conforme explicita a pesquisa do HUUSP.
Devemos destacar que embora ainda seja a causa de violência mais significativa de mortes de idosos, os acidentes de trânsitos decresceram proporcionalmente no ano de 1998. Ao contrario, os homicídios e as quedas apresentaram crescimento proporcional, passando respectivamente de 7,2% e 13,7% do total de mortes por acidentes e violências, em 1980, para 9,6% e 16,6% em 1998. A proporção de homicídios deve ser abordada, pois cresceu de 6,7% para 7,8% neste período de 1980 a 1998.
Há também outros fatores que são determinantes no tocante a saúde da pessoa idosa, como a questão de gênero, pois os homens têm possibilidade de morrer 2,7 vezes maior que as mulheres. Embora as mulheres reclamem mais sobre a saúde, refere-se à qualidade de vida, pois tendo a vida aumentada, convivem com mais doenças, porém devido às diferenças biológicas consideradas protetoras da mulher, como hormônio feminino, estão um pouco mais protegidas que os homens. Outro fator de risco é a própria questão da idade, ter idade igual ou superior a 75 anos representa um risco de óbito aproximadamente quatro vezes maior em relação aos idosos com idade entre 60 e 74 anos.
Segundo a pesquisa da Organização Pan-Americana da Saúde, realizada em São Paulo no ano de 2000, em relação à “doenças referidas” estão principalmente as doenças cardíacas, que aumenta o risco de óbito em 2,7 vezes. A hospitalização também é considerada como um fator de risco, por provocar condições de agravo à saúde como infecções, isolamento social, iatrogenias, entre outras que pode proporcionar perda da independência e autonomia, muitas vezes, levando-os a morte.

Terceira idade e mídia

Para abordamos sobre o reflexo da pessoa idosa na mídia devemos compreender o significado e função dos meios de comunicação. Podemos considerar os meios de comunicação como instâncias da comunicação de massa, ou seja, a imprensa, a rádio e a televisão em suas acepções públicas, privadas ou comunitárias. Trata-se de mecanismos que permitem a disseminação em massa da informação, facilitando a construção de consensos sociais, a construção e a reprodução do discurso público e certos níveis de interação, principalmente dos novos meios independentes, alternativos e comunitários.BB
Estes meios de comunicação social possuem basicamente três funções distintas: informar, entreter e educar. Segundo esta concepção, a informação refere-se à comunicação dos fatos que ocorrem no contexto social: educar, a capacidade que tem o homem para enfrentar-se com este contexto e entreter é transportar mentalmente o espectador para longe do seu contexto, com o objetivo de descanso.
Contudo, segundo o cientista político-americano, Harold Lasweel, resumiu as funções dos meios de comunicação em: vigilância do contexto, correlação social, transmissão cultural, socialização e entretenimento.
Compreendendo então que a mídia tem como função, informar, educar, entreter, devemos ressaltar que:

“Os pensamentos da classe dominante são também, em todas as épocas, os pensamentos dominantes, ou seja, a classe que tem o poder material dominante numa sociedade é também a potência dominante espiritual. A classe que dispõe dos meios de produção material dispõe igualmente dos meios de produção intelectual; de tal modo que o pensamento daqueles a quem é recusado os meios de produção intelectual está submetido igualmente à classe dominante. Os pensamentos dominantes são apenas a expressão ideal das relações materiais dominantes concebidas sob a forma de idéias e, portanto, a expressão das relações que fazem de uma classe a classe dominante; dizendo de outro modo, são ais idéias e, portanto, a expressão das relações que fazem de uma classe e classe dominante; dizendo de outro modo, são as idéias do seu domínio”.(Marx, 1976:55 e 56)

Desta forma podemos observar que os padrões, ideologias, pensamentos são passados para a sociedade a todo o momento conforme o pensamento da classe dominante. Sendo esta classe voltada para o capitalismo, para o consumo excessivo, visa o novo, o belo, o atual. Inferioriza então o velho, o usado, o passado.
É neste contexto que se localiza a terceira idade na mídia, sendo na maior parte, ridicularizada e estigmatizada, como se estivesse esperando somente a morte chegar. Fica notória a figura da pessoa idosa, voltada para planos funerários, convênios médicos e produtos dentários, como por exemplo, fitas adesivas para dentadura.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a pessoa idosa é economicamente ativa como já mostrado anteriormente, sendo muitos ainda chefes de família, e buscam não somente a extensão da vida, mas sim esta com qualidade. Por isso a terceira idade, busca o consumo de diversos produtos como toda a pessoa independente de sua faixa etária.
Não somente em relação ao consumo, é afirmado no Estatuto do Idoso, que a pessoa idosa tem direito a programações voltadas a esta faixa etária, esclarecendo e informando sobre o processo de envelhecimento, o que raramente se efetiva.
Conforme afirma uma das representantes de um dos conselhos estaduais do idoso, a pessoa idosa vai ser respeitada, somente quando a terceira idade for no Brasil um fator econômico sério.
Mesmo a terceira idade sendo um dos públicos que mais geram audiência aos meios de comunicação em massa, a mídia continua não se preocupado com eles, pelo contrário, despreza, desdenha a pessoa idosa, fazendo então uma espécie de “culto de idolatria” aos jovens, voltando se cada vez mais para a infância e adolescência, devido os pré-requisitos da beleza estética e do consumismo.
A mídia deveria educar, ao invés de “deseducar”, passar valores de respeito e aceitação das diferenças e não o contrário. Por isto, devemos como afirma a presidente da Associação Nacional de Gerontologia:

“Deveríamos fica bem atentos para reagirmos a todas essas propagandas tão maléficas, a todos esses esteriótipos que passam à geração futuras, no sentido de dar cada vez mais um peso maléfico à velhice”.

Desta maneira, devemos buscar cada dia mais, a aceitação da velhice em todas as esferas, pois desde o momento que nascemos estamos envelhecendo, sendo este processo de envelhecimento, algo inerente ao ser humano. Buscar a valorização da pessoa idosa é algo que deve ser contínuo, para que assim como vem acontecendo de maneira tímida, a pessoa idosa venha a ser respeitada e valorizada, não pregando a busca da juventude, mas sim a aceitação da velhice, velhice esta com qualidade e respeito.

Considerações finais

Verifica-se que o nosso país muito se destaca no tocante ao processo de envelhecimento. Há a expectativa de que em 2025, o Brasil seja o sexto país com população idosa no mundo, o IBGE. Porém não há muito que se comemorar.
Observamos ao decorrer deste artigo que muito deve ser feito para que não somente a expectativa de vida venha a ser aumentada, mas sim acompanhado de um envelhecimento digno, respeitada, de qualidade e realizações. Pois há muito idosos analfabetos, sem moradia, lazer, educação, cultura, recebendo da área da saúde um trabalho curativo e emergencial e não um trabalho eficaz sócio-educacional de prevenção e orientação.
muitas mudanças deverão ocorrer, mas dentre essas, há maior deve ser feita em relação ao respeito a pessoa idosa, pois não houve um preparo para este crescimento demográfico da terceira idade, com isto esta temática vem imbricada de diversos preconceitos, esteriótipos, estigmas e valores invertidos, em virtude até mesmo do nosso modo de produção capitalista, que valoriza somente o novo, descartando o “antigo” ou o “usado”. As mudanças deverão ser de valores, isto é, a partir do individual para o coletivo, mudando a nossa visão sobre velhice.
Devemos compreender que tratar da velhice não é assunto somente dos geriatras e/ou gerontólogos, mas sim de toda a população, pois todos nós envelhecemos. Conscientizando a todos que a vida deve ser prolongada, mas em conjunto da luta constante pelos direitos, respeito, pela igualdade e justiça social.


Referências Bibliográficas

DEBERT, Guita Grin. Artigo “O idoso na mídia”. Extraído do site www.comciencia.br/reportagens/envelhecimento/texto/env12.html acessado dia 03/12/07
_________O velho na propaganda. Extraído do site www.scielosp.org/scielo.php Cadernos Pagu n°21 Campinas 2003, acessado dia 28/11/07

GUARESCHI, Pedrinho A., Sociologia Crítica: alternativas de mudança. Mundo Jovem. 1999-45ª edição - EDIPUCRS
Autor: Thais dos Santos Moreira


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