Transtono do Pânico: Cuidados e Intevenções de Enfermagem



TRANSTONO DO PÂNICO CUIDADOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

 Ana Alice Silva de Melo¹

Abraão Portela da Silva ¹

Eduardo de Oliveira Cunha¹

Anderson Pablo de Sousa¹
Adriana Ferreira dos Santos¹
André Luiz dos Santos Custódio¹
Emerson dos Santos Duarte Mafia2

RESUMO
O pânico é uma reação há muito tempo conhecida pela humanidade. Os gregos já a descreviam, e criaram toda uma explicação mitológica na tentativa de entender aquilo que temiam. Já o transtono do pânico, refere-se a uma onda súbita e incontrolável de medo, que surge de maneira inexplicável e acompanhada de intensas manifestações autonômicas. Este trbalho trata-se de uma pesquisa de caráter bibliográfico, exploratório, descritiva, na qual apresenta as características da doença e posicionamento adequado inerente à temática. Este estudo tem como objetivo descrever as características da doença, associado aos cuidados e intervenções de enfermagem. Este estudo apresenta-se como um caminho relevante para a formação do profissional enfermeiro, e também para sensibilização da comunidade quanto as cuidados a serem prestados a um paciente com transtorno do pânico. Através do desenvolvimento deste artigo foi possível entender melhor as pessoas que possuem esse sofrimento psíquico,e conhecer como deve-se agir frente a alguém que esteja passando por algum ataque do pânico ou sofra dessa doença. Neste sentido, o enfermeiro deverá desempenhar um papel de fundamental importância no processo do cuidar em saúde, e também na promoção a saúde, além de estar preparado para a implantação de ações preventivas, e cuidados relevantes a recuperação do paciente.
Palavras - Chave: Transtono do Pânico; Enfermagem; Saúde Mental.

RESUMEN
El pánico es una reacción de largo que conoce la humanidad. Los griegos ya descrito, y ha creado toda una explicación mitológica en un intento de comprender lo que había temido. Pero el pánico trastorno de la personalidad se refiere a una repentina ola de temor e incontrolable, que parece tan inexplicable y acompañado de intensas manifestaciones autonómicas. Esta OA se trata de una investigación bibliográfica, de tipo exploratorio y descriptivo, que tiene las características de la enfermedad y una posición adecuada inherentes al tema. Este estudio tiene como objetivo describir las características de la enfermedad, asociada con el cuidado y las intervenciones de enfermería. Este estudio se presenta como una forma relevante a la formación de enfermeros profesionales, y también para la sensibilización de la comunidad respecto al cuidado que debe darse a un paciente con trastorno de pánico. En el desarrollo de este producto ha sido posible entender mejor a las personas que tienen este sufrimiento mental, y saber cómo se debe actuar en contra de alguien que está pasando por un ataque de pánico o que sufren de esas enfermedades. En este sentido, la enfermera debe desempeñar un papel fundamental en el proceso de la atención, y también en la promoción de la salud, y estar preparados para la aplicación de medidas preventivas y de atención pertinentes a la recuperación del paciente.
Palabras - clave: Pánico trastorno de la personalidad; Enfermería, Salud Mental.

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1 Academicos do 5° Semestre do Curso de Enfermagem da Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB
2 Enfermeiro Especialista em Saúde da Família, Graduado pela Faculdade Redentor – RJ.

INTRODUÇÃO

O pânico é uma reação, há muito tempo, conhecida pela humanidade. Os gregos já a descreviam e criaram toda uma elucidação mitológica na tentativa de entender aquilo que temiam. Portanto tinha pânico aquele que ao considerar algo tremendamente feio sofria uma paralisação. Sobre o aspecto histórico o nome Pânico tem ascendência no nome do Deus grego Pan, um ser transgênico, a combinação entre um ser humano e uma cabra. Este deus era muito feio e teria assustado a própria mãe a ponto de fazê-a correr após seu parto. Este deus vivia nas montanhas da Arcádia e seu comportamento mais comum era surgir, sem avisos, na presença das pessoas que, apresentavam em conseqüência, extrema reação de medo e intensos sinais de ansiedade, surgindo daí o termo pânico. Há referências de que os gregos arquitetaram um templo ao deus Pan na Acrópole, nos arredores do mercado principal de Atenas denominado Ágora: local ou praça pública. Assim foram observadas pessoas (pela civilização grega) que apresentavam medo de ir a este local, onde o termo Agorafobia começou a caracterizar o medo de freqüentar tal mercado, ou melhor, os locais públicos. Provavelmente desde tal período a associação se mostrou profícua entre o Transtorno do Pânico a Agorafobia (Caetano, 1990).
Os transtonos mentais caracterizam-se por uma falha do indivíduo em comportar-se de acordo com as probabilidades de sua comunidade o que leva a uma forma imperfeita de viver, e seus sinais são expressos no desempenho individual, afetando-o em cada aspecto e refletindo-se em seus pensamentos, sentimentos e ações. O indivíduo não obtém mais encontrar soluções suficientes para seus conflitos e seus mecanismos de defesa são aproveitados de forma menos eficaz. (OMS & ONU, 2001).
Quanto à metodologia para tanto o tipo de pesquisa utilizado foi a bibliográfica. A prática da pesquisa foi o levantamento de dados, por meio de artigos ligados ao tema, livros, manuais do ministerio da saúde bem como de uma busca na internet, seguido de análises textuais, interpretativa e crítica. Assim teremos como objetivo geral conhecer a doença e os danos que ela pode causar as pessoas acometidas, e os objetivos espercífico seram conhecer as formas de tratamentos tantos farmacologicos quanto alternativos, sinais e sintomas, causas e consequencias e os cuidados e intevenções de enfermagem com esses pacientes.

REFERENCIAL TEORICO

Em 1948, a OMS adquire a divulgação da “Lista internacional de causas morti” e divulga a sexta edição da CID 6 e nela foram adicionados, pela primeira vez, os transtornos mentais. Transtorno é um termo empregado para indicar a experiência de um conjunto identificável de sintomas ou comportamentos clínicos. O CID 10 e a DSM IV, catalogam critérios específicos que consentem o estabelecimento de uma aprovação diagnóstica. (Portella, 2001).
Após a segunda Guerra Mundial muitas das literaturas se dirigiu ao estudo da ansiedade, principalmente, no estudo do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e aos sintomas que no futuro diriam respeito ao Transtorno do Pânico. Tamanha era a dificuldade em lidar com o Transtorno do Pânico, que cardiologistas no Massachusetts General Hospital instituíram o termo astenia neurocirculatória, para apresentar um grupo de pacientes que apresentava uma desordem cardíaca funcional sem ter nenhuma doença cardíaca orgânica que se mantinha constante e não conduzia a obtenção de doença cardíaca estrutural (Rangé, 1995).
Em Louzã (1995) é referido que a Organização Mundial da Saúde organizou as Diretrizes Diagnósticas e de Tratamento para Transtornos Mentais em apontados primários e só ultimamente, os estudos epidemiológicos sobre a saúde mental em nosso país, deram visibilidade a um fato que permanecia sob véus, mostrando que 20% da população brasileira se deparava com transtorno ansioso enquanto 10% a 20%, transtorno do humor, notadamente depressão Uma grande parte dos portadores de transtornos mentais 90%, são atendidos na rede básica de saúde por “médicos, não os psiquiatras, e demais membros das equipes de saúde que agem na rede de cuidados primários”.
Chegamos ao século XX com alguns avanços: profissionais da saúde e filósofos aderem que para conhecer as doenças da alma, é imprescindível “saber descrever a consciência do homem e encontrar as causas dos seus atos”, (Luria, 1991).
Conhecimentos mostram que a relação saúde-doença manifesta uma afinidade que transcorre no corpo individual e no meio social, confrontando as desordens do ser humano enquanto ao ser total. Quando suportamos, somos atingidos e afetados no mais intenso de nossa alma. E nossos nervos reagem a essa desordem. E quando isso ocorre, pode evoluir da tristeza a magoa profunda, o que faz das lembranças, períodos de desprazer que pode levar a depressão, enquanto demonstra a dificuldade do corpo em acomodar-se a nova norma. E a cura nestes casos, é a restauração de um estado de equilíbrio das normas fisiológicas (Canguilhem, 2006).
Um ataque de pânico tem a permanência de 5 a 20 minutos; quando alguém tem ataques iterados, ou sente ansiedade severa sobre ter outros ataques é chamado portador de transtorno do pânico. Acontece assim, preocupação acerca das conseqüências do ataque ou uma inquietação do comportamento por causa do ataque. Devem acontecer vários ataques no período de um mês, em média três ataques; Um ataque separado, porém, não individualiza a crise, a ocorrência de apenas um ataque pode estar acompanhando de outros transtornos mentais, como em fobias específicas, fobia social, transtorno de estresse pós-traumático, como também pode incidir com o uso de drogas ou abstinência delas (ALMEIDA, 2006).
Não existem causas notórias para o transtorno ou crises de pânico. No entanto alguns fatores podem cooperar para o seu desenvolvimento: fatores genéticos, estresse, alterações em estruturas cerebrais, (Rangé 1995).
Ainda de acordo com Rangé (1995) os fatores de risco para uma pessoa desencadear o transtono do pânico ela deparam-se com os sintomas de pânico e comumente iniciam-se na adolescência até por volta dos 30 anos. E do mesmo modo é comum em mulheres do que nos homens. Muitas pessoas apresentam apenas uma ou duas crises de pânico no transcorrer da vida, e o problema submerge, sem evoluir para um transtorno de pânico. Alguns fatores podem elevar o risco de alguém desenvolver o transtorno de pânico, tais como: parentes com síndrome do pânico; evento estressante expressivo ou duradouro; morte ou doença séria em pessoas amadas; abusos físicos ou sexuais na infância; acidentes, assaltos, estupros ou outros eventos traumáticos.
Para Rangé (1995) o stress excessivo tem características que podem instigar Ataques de Pânico. Na clínica é notado que o stress em suas fases iniciais tem mais sintomas físicos que psicológicos, aumentando conforme se ativa, dependendo da história genética e dos estágios do indivíduo há uma predisposição para que no ápice do stress, este indivíduo tenha um adoecimento orgânico, psicológico ou ambos. Dentro do adoecimento psicológico há ainda outra divisão que empurra o indivíduo (baseado em suas características) para Transtornos Depressivos ou Ansiosos, originariamente; pois outras dificuldades podem durar (a exemplo de um indivíduo com histórico grande de parentes com esquizofrenia e de como convivência com estes).
As anormalidades ou ataques de pânico duram alguns minutos e raramente atingem uma pessoa por horas seguidas. As crises de pânico podem surgir em qualquer momento sem nenhum fator desencadeante, mas também podem estar adjuntas a algumas circunstâncias estressantes. É comum, que pessoas com transtorno de pânico passem a evitar sair de casa devido ao medo do ter um ataque de pânico. Assim essas pessoas podem se deparar esses sintomas citados a seguir.

Os sintomas mais comuns são: taquicardia, perda do foco visual, falta de ar, dificuldade de respirar, formigamentos, vertigem, tontura, dor ou desconforto no peito, medo de perder o controle, sensação de irrealidade, despersonalização, medo de enlouquecer, sudorese, tremores, náuseas, desconforto abdominal, calafrios, ondas de calor, medo de desmaiar, sensação de iminência da morte, boca seca, (Scarpato 2007, p. 03-04)

Comparando com Brasil (2009) os sintomas não se deferem e quase sempre se apresentam em formas de calafrios, confusão mental, desconforto abdominal, distorção da realidade, dor ou desconforto no peito, falta de ar. Fechamento da garganta, formigamento, medo de morrer ou de cometer ato descontrolados, sudorese, vertigem ou sensação de desmaio entre outros sintomas.
De (acordo com Brasil 2009) comumente os diagnósticos e as suspeitas do Transtorno do Pânico dar início nos prontos-socorros ou clínicas cardiológicas e na maioria das vezes, o paciente volta para casa com o diagnóstico de que não é nada, é só estresse. O diagnóstico da síndrome do pânico é efetivado por um médico, em especial o médico psiquiatra. Para isto, o médico fará uma consulta para detalhar toda história do quadro e também solicitar exames que servirão para descartar outros diagnósticos, como problemas cardíacos ou de tireóide. Hoje, isso está mudando com a grande veiculação na mídia sobre o Transtono do Panico e sua discussão nos Congressos Médicos. Profissionais de outras áreas médicas, tão logo suspeitam da possibilidade do enquadramento de um possível portador ao Transtono do Panico, os encaminham à Psiquiatria.
Devido aos sintomas incidir em comuns a algumas doenças, tais como asma, diabetes, hipoglicemia, tumores das glândulas supra-renais, cardiopatias, hipertireoidismo, hipotireoidismo, tensão pré-menstrual (TPM), labirintite, prolapso da válvula Mitral, Síndrome social e outras, o diagnóstico tem que ser adequado e feito por um profissional de sua confiança. Se você suspeita que possa ser um portador do Transtono do Panico, procure um psiquiatra, ele solicitará exames clínicos para rejeitar outras causas. Em seguida, após avaliação, ele extinguirá também as causas psíquicas e dará o diagnóstico e o tratamento. Uma única crise não caracteriza o Transtono do Panico. Somente a assiduidade e o número de sintomas poderá ser avaliado como um possível diagnóstico de Transtono do Panico. Crises isoladas podem ser provocadas por alcoolismo, drogas e estresse, (Brasil, 2009).
Ainda de acordo com o autor citado acima podemos assegurar que para um diagnostico mais delineado incluí-se uma Anamnese, uma entrevista particularizada sobre a história das crises, exame físico, tais como avaliação do coração e da pressão arterial, exames laboratoriais, exames de sangue, hemograma, glicose, bioquímica e hormônios da tireóide, exames de imagens, tais como tomografia computadorizada de crânio. A solicitação de exames complementares depende da avaliação médica e de cada caso, nem todo mundo com crise de pânico tem o diagnóstico de transtorno de pânico. Alguns critérios são efetivos para o diagnóstico, os ataques de pânico são bruscos e repetidos. Existe a aflição em ter outro ataque de pânico, algumas situações ou locais passam a ser impedidas devido ao medo de se ter crises de pânico; As crises de pânico não são causadas por substâncias de abuso, outras doenças clínicas ou mesmo por outras doenças mentais, como depressão.
Para Brasil (2009) é preferencialmente que o tratamento do Transtorno do Pânico necessitará ser feito por um Psiquiatra, pois esse profissional primeiro teve a sua formação acadêmica em medicina, para depois se especializar em Psiquiatria e, portanto, está capacitado a receitar medicamentos e aplicar a Psicoterapia. Já o Psicólogo não poderá receitar medicamentos, e tem a capacidade de promover a Psicoterapia. O tratamento sobreposto varia de indivíduo para indivíduo, mas em geral é de acordo com antidepressivos, ansiolíticos e Terapia Cognitiva Comportamental no caso de aumento de fobias. Exercícios de respiração diafragmática e relaxamento autógeno contribuem para o controle da ansiedade.
O Transtorno do Pânico tem sido responsabilizado pelo desmoronamento de vários lares e o responsável por isso acontecer não é o portador do Transtono do Panico. A sustentação da família de um portador depende de seus familiares. É imprescindível o apoio familiar. O portador do desse transtono precisa sentir que não está sozinho e que seus familiares acreditam nele. Os familiares precisam adquirir conhecimentos sobre a patologia, para entenderem que a limitação de quem está na fase inicial é total e que o sofrimento que acomete um portador na hora da crise, não tem comparação em escala e em qualquer tipo de doença. É o pavor da morte iminente, que embora não esteja acontecendo e nem vai acontecer, para ele não é fantasia, é uma horrível e triste realidade, ( Brasil, 2009, p. 06).
De acordo com Scarpato (2007), os remédios podem ser recursos auxiliares formidáveis para o controle das crises de pânico, trabalhando conjuntamente com a psicoterapia para ajudar na superação da Síndrome do Pânico. Entretanto, há algumas avaliações sobre seu emprego eles não ensinam à pessoa como ela própria pode influenciar seus estados internos e assim a superar o sentimento de fraqueza que o pânico traz. Não ensinam a pessoa a compreender os sentimentos e conhecimentos que desencadeiam as crises de pânico. E não ajudam a pessoa a perder o medo das reações de seu corpo e a ganhar uma inclusão mais profunda de seus sentimentos. Os remédios, quando empregados, devem ser vistos como auxiliares do tratamento psicológico.

Portanto o mesmo autor afirma que:

Algumas pessoas optam por um tratamento conjugado de medicação e psicoterapia enquanto outras optam por tratar o pânico somente com uma psicoterapia especializada. Na psicoterapia especializada utilizamos técnicas de auto-gerenciamento – para manejar os níveis de ansiedade e controlar as crises – e ao mesmo tempo trabalhamos as questões psicológicas envolvidas. A opção mais precária seria tratar o pânico somente com medicação, visto que o índice de recaídas é maior quando há somente tratamento medicamentoso do que quando há também um tratamento psicológico. Os remédios mal administrados podem acabar mascarando por anos o sofrimento ao invés de ajudar a pessoa a superá-lo, atualmente é possível tratar a pessoa com Síndrome de Pânico sem a utilização de medicação e temos obtido bons resultados tanto com pessoas que estão paralelamente tomando medicação como com aquelas que preferem não tomar remédios, (SCARPATO-2007).

O tratamento com antidepressivos tríciclico demostra-se bastante experiente, pois demostra sua ação há mais de 30 anos e provavélmente o de maior eficacia, não só as drogas de primeira escolha como ao tratamento e sim inibidores seletivos de recaptação da serotonina. A imipramina e a clopramina são antidepressivos que mostra eficacia em paciente com transtono do pânico, pois bloqueia os ataques e assim melhora o estado geral dos pacientes, ( Rangé; Berbik, 2001).
Segundo Ballone 2005 os modos preventivos incidem em dormir bem, se tiver dificuldade procure um profissional para pesquisar o motivo desse sono pertubado, evitar comer durante o trabalho e horarios inrregulares, parar e fazer as refeições com calma, comer uma fruta entre as refeições, fazer uma atividade física pelo menos 60 minutos diarios, pelo menos, três vezes por semana, fazer apenas o que estiver a seu alcance, para aquilo que estiver fora do seu alcance, realizar com mais frequencia o que gosta de fazer o que pode fazer bem para seu bem estar, ser menos rigoroso consigo mesmo, procurar ajuda de um profissional para o caso de haver necessidades de uso de farmacos.
Para prevenir as crises de pânico são incluídos exercícios regulares, para tentar melhorar a qualidade de vida através de uma boa alimentação, boa relação com as pessoas, e boa capacidade de liberar e externar as tensões. É preciso neste momento, que ocorra uma interação multiprofissional com educadores físicos, nutricionistas e psicólogos, para uma melhor elaboração no planejamento de exercícios e na qualidade da alimentação, (Spinelli 2006 p. 18 -19).
Os cuidados de enfermagem são dados apartir das necessidades específicas, a cada paciente e as ações de enfermagem são aplicadas de acordo com a individualidade de cada família. Assim, têm-se uma reorganização dos sintomas dos pacientes e uma prevenção para futuros episódios, melhorando a qualidade de vida do grupo familiar, seu papel frente à sociedade e entre seus próprios membros, evitando a deterioração definitiva que leva à incapacidade mental.
A enfermagem psiquiátrica está fundamentada no relacionamento interpessoal enfermeira paciente, através do qual observa os aspectos biopsicossociais do ser humano. No aspecto biológico, a enfermagem observa efeitos colaterais da medicação e acompanha a saúde geral do jovem paciente e de sua família. No campo psicossocial, pode se envolver em diversas atividades, tais como a visita domiciliária, a coordenação de grupos de pacientes em oficinas e outros temas. A promoção do acesso do paciente e família aos recursos da comunidade pode contribuir para a reabilitação do doente e da família. O cuidado de enfermagem, com enfoque no sistema familiar, tem se mostrado bastante útil por permitir observar os aspectos biopsicossociais do paciente e de sua família e contribuir para uma melhor articulação do grupo com a comunidade, (Laraia, 2001 p. 607).
Assim de acordo Kirschbaum (2000) as avaliações das precisões específicas e as ações de enfermagem são aplicadas de acordo com a personalidade de cada paciente. Assim, têm-se uma reorganização dos sintomas dos pacientes e uma prevenção para futuros episódios, abrandar a qualidade de vida do grupo e da familiar, seu papel frente à sociedade e entre seus próprios membros, evitando a deterioração definitiva que leva à incapacidade mental. As ações de enfermagem ocorrem em serviços específi- cos para o atendimento do primeiro surto e em serviços de saúde primária. Assim que pacientes e famílias apresentam uma melhor aceitação da nova condição, são encorajados a enfrentá-la através de atividades com recursos da comunidade, o que possibilita a recuperação da vida social e, uma reabilitação mais rápida e eficiente.
A Equipe de Enfermagem tem todos os instrumentos necessários para auxiliarem pacientes com transtornos psiquiátricos e diminuírem seu sofrimento psicológico com esclarecimentos e técnicas bem fundamentadas. A enfermagem pode atuar aferindo os sinais vitais de paciente que fazem uso de fármacos avaliando e observando os efeitos colaterais e adversos que esse paciente possa apresentar mediante uso dos fármacos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A síndrome do pânico é conhecida como transtorno da angústia ou da ansiedade constituída de ataques persistentes (Gabbard 1998).
E para Scarpato (2007) é caracterizada pela ocorrência de freqüentes e inesperados ataques de pânico acompanhados de algum sintoma específico.
Na definição de Síndrome do Pânico, os autores citado acima complementa que a discussão do outro, e sempre tendo o mesmo enfoque, que é o “ataque”, o qual caracteriza o pânico. Portanto, estes autores citam que esta síndrome, além de ser chamada de síndrome da angustia ou da ansiedade, traz o ataque como principal indício de uma evolução para a doença. É de extrema importância para nós, conhecermos esta síndrome, bem como todos os aspectos de sua evolução, afim de que, como profissionais, possamos identificar e saber o que se passa com nossos pacientes, sejam eles de uma Unidade da Básica da Saúde da Família, de algum Setor Hospitalar, ou, de uma Unidade de Atenção Psicossocial.
Segundo Andrade (2006), pesquisas realizadas nos Estados Unidos da América (EUA), demonstram que para cada 1000 indivíduos cerca de 1 a 3 são afetados pelo Transtorno do Pânico . A incidência desta síndrome no mundo é muito diversificada; em países desenvolvidos, encontram-se praticamente os mesmos números. No Brasil, as estatísticas são inconclusivas, pôr não termos números evidenciados em pesquisas da SP, isto não significa que não existam casos ou que estes casos sejam insignificantes; apenas ainda não existe um estudo de caráter nacional que mostre a incidência ou a prevalência de casos diagnosticados no país.
Assim podemos observar que não há uma discórdia entre os autores e as bibliografias pesquisadas que ambos se referem, ao Transtorno do pânico de uma única forma sem contradições.

CONCLUSÃO

A característica essencial do Transtorno do Pânico são os ataques recorrentes de uma ansiedade grave (Ataques de Pânico), que não ocorrem unicamente numa situação ou em circunstâncias determinadas, mas, na realidade são imprevisíveis. Como em outros transtornos ansiosos, os sintomas essenciais comportam a ocorrência brutal de palpitação e dores torácicas, sensações de asfixia, tonturas e sentimentos e existe, além disso, freqüentemente um medo secundário de morrer, de perder o autocontrole ou de ficar louco. Não se deve fazer um diagnóstico principal de transtorno de pânico quando o sujeito apresenta um transtorno depressivo no momento da ocorrência de um ataque de pânico, uma vez que os ataques de pânico são provavelmente secundários à depressão.
Através do desenvolvimento deste artigo foi-nos possível entender melhor as pessoas que possuem esse sofrimento psíquico,e conhecer como deve-se agir frente a alguém que esteja passando por algum ataque do pânico ou sofra dessa doença, ficando em nós a consciência de que não se pode simplesmente discriminar alguém porque ela está passando por uma situação de pânico sem algum perigo real, mas tentar entendê-la é o mínimo, que nós, profissionais da saúde devemos fazer.
Dessa maneira, analisamos que esta é uma área na qual a enfermagem pode e deve desenvolver pesquisa, oferecendo à comunidade científica e profissional um apontamento de problemas e ações de enfermagem e de suas contribuições para melhorar a qualidade de vida do paciente e da sua família, também conhecimentos sobre o transtorno do pânico e as ações de enfermagem que possibilitem nosso desenvolvimento teórico e assim a realização de uma boa praticam com os cuidados nos paciente que apresentem esse trantono.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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GABBARD, Glen O. Psiquiatria psicodinâmica. Art Méd. 2° ed. Porto Alegre. 1998.

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LARAIA MT. Psicofarmacologia. In: Stuart GW, Laraia MT, editores. Enfermagem psiquiátrica: princípios e prática. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2001. p. 607-39.

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SCARPATO, A.- Síndrome do pânico um tratamento eficaz. 2007.

RANGÉ, B. (org.) Psicoterapia Comportamental e Cognitiva: de transtornos psiquiátricos. Editorial Psy II, Campinas, 1995

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Autor: Ana Alice Melo


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