Assistência de Enfermagem ao Paciente Considerado Grande Queimado
Mauricio Marcelino da Silva Filho
Juliana Joisse Silva de Santana
Adaiton Francisco Carlos Magalhães
Resumo
Os acidentes por queimaduras ocupam o segundo lugar no mundo, perdendo somente para as fraturas. Embora o Ministério da Saúde não tenha um numero estatisticamente concreto estima-se variavelmente que no Brasil ocorram em torno de 1.000.000 de acidentes por ano, envolvendo queimaduras, sendo que 100.000 pacientes procurarão atendimento hospitalar e, destes, cerca de 2.500 pacientes irão falecer direta ou indiretamente de suas lesões. No Brasil, os dados estatísticos sobre as lesões por queimaduras são escassos, mas importantes para a implementação de programas de prevenção. O paciente vítima de queimadura exige do enfermeiro algo mais que o desenvolver de técnicas e a vigilância contínua. Contudo, este estudo constou-se de pesquisa bibliográfica, do qual objetivou-se oferecer aos leitores uma segmentação teórica de bibliografias pertinente ao paciente considerado um grande queimado, dando ênfase ao papel do enfermeiro frente à assistência de enfermagem. Sendo que sua atuação como membro da equipe multidisciplinar no tratamento desses pacientes é de extrema importância, pois será a sua capacidade de identificação dos problemas e estabelecimento de metas e para a resolução dos mesmos, que fará a diferença no tratamento da queimadura. Assim se da à necessidade do enfermeiro conhecer a patologia e a melhor e mais eficaz assistência a ser prestada ao paciente considerado grande queimado. Em virtude disto e necessário estudar e conhecer a pele, processo de cicatrização, queimaduras e tratamento do queimado. Sendo que toda a equipe multidisciplinar e a enfermagem em especial, devem buscar sempre estratégias humanizadas para salvar a vida desses pacientes, a fim, de não deixar seqüelas tão doloridas que possam interferir no seu retorno para sociedade.
Introdução
Nos últimos anos, o conhecimento médico e as técnicas cirúrgicas para tratamento de queimados evoluíram muito, permitindo um aumento significativo da sobrevida destes pacientes. O efeito imediato destes avanços foi o reconhecimento da crescente necessidade de abordagens da queimadura sob uma ótica multidisciplinar. Assim, os esforços para integrar prevenção primária, tratamento na fase aguda, cuidados para limitar seqüelas funcionais e estéticas e suporte psicológico são essenciais para a plena reintegração do queimado ao seu meio social. Toda essa equipe multidisciplinar atua com a finalidade de reverter um quadro grave provocado inicialmente pela perda da solução de continuidade da pele.
A queimadura é um dos traumatismos mais devastadores que pode atingir os seres humanos. Sua importância decorre não só da freqüência com que ocorre, mas principalmente pela sua capacidade de provocar seqüelas funcionais, estéticas e psicológicas, além da grande taxa de mortalidade. (RODRIGUEZ, 2002).
Ao saber da importância do profissional enfermeiro dentro de uma equipe multidisciplinar, nos surge o questionamento: “Qual o papel do enfermeiro diante da assistência de enfermagem ao paciente grande queimado?”.
Na presente pesquisa, encontra-se a enfermagem aliada ao tratamento clínico e cirúrgico com o objetivo básico de garantir o melhor restabelecimento funcional e estético possível do indivíduo. A assistência da enfermagem abrange o tratamento dos problemas já existentes e a prevenção dos problemas previstos para o futuro.
Dessa forma, apresenta-se a hipótese de que a assistência de enfermagem no paciente considerado um grande queimado, realizada de forma inadequada, pode contribuir para um déficit significativo no processo de saúde e doença. Devido à complexidade e gravidade das lesões por queimadura, a assistência de enfermagem ao grande queimado exige competência, habilidade e conhecimentos atualizados.
Outro fator que coloca em dúvida a vida do paciente grande queimado é o risco de infecção, pois a lesão por queimadura apresenta condições que favorecem seu desenvolvimento, não só pelas alterações imunodepressoras desencadeadas, como também pelas condições das feridas predisponentes ao crescimento bacteriano. A infecção da superfície queimada pode provocar o aprofundamento das lesões, o que causa o declínio do prognóstico desse paciente.
Portanto, este trabalho tem como objetivo geral analisar bibliografias pertinentes ao paciente consideradas um grande queimado, dando ênfase ao papel do enfermeiro frente à assistência de enfermagem e encontra-se composto por três capítulos que darão subsídios para responder o problema da pesquisa e confirmar ou não a hipótese.
No primeiro capítulo, busca-se conhecer teoricamente a fisiologia da pele e os processos de cicatrização, para um melhor entendimento dos procedimentos a serem adotados no decorrer do tratamento;
O segundo capítulo irá segmentar a eficácia e importância do enfermeiro para identificar e resolver problemas que possam agravar o estado clínico do grande queimado;
Por fim, o terceiro e último capítulo deverá demonstrar as diferentes concepções dos autores literários sobre a atuação do enfermeiro no atendimento do paciente considerado um grande queimado. Para isso, tornou-se necessário fazer uma revisão bibliográfica a respeito dos principais aspectos que envolvem a lesão de queimaduras, incluindo as principais seqüelas, além do tratamento implicado no processo de cura, desde o curativo, atuação da enfermagem até as correções cirúrgicas que possivelmente são realizadas.
Dessa forma, esta pesquisa deverá contribuir com a equipe de enfermagem para realização de uma assistência holística ao paciente considerado um grande queimado, com o intuito de promover uma reabilitação tanto social como funcional das vítimas de queimaduras, confirmando a importância da atuação da equipe multiprofissional através dos métodos existentes e disponíveis, tornando o tratamento mais acessível com a geração de maiores benefícios a esses pacientes.
Metodologia
Este estudo consta de pesquisa bibliográfica, da qual será realizado um levantamento sistemático das principais literaturas extraídas de fontes como: jornais, revistas, livros, artigos de bases de dados, entre outros. O conteúdo conterá informações detalhadas dos meios mais seguros e eficazes para a utilização de técnicas e procedimentos no tratamento do paciente grande queimado.
Segundo Brevidelli e Domenico (2006), a pesquisa bibliográfica é um estudo que envolve revisão de literatura e tem como principal objetivo a condensação de dados obtidos em outros estudos, a buscar aspecto em comum ou diferenças marcantes. Acrescenta que apresentar esses resultados em forma de tabelas e gráficos é uma excelente forma de demonstrar semelhanças, diferenças ou tendências de uma determinada realidade.
Cumpre ressaltar que na pesquisa bibliográfica o objetivo é conhecer as diferentes contribuições científicas disponíveis sobre determinado tema. Ela dá suporte a todas as fases de qualquer tipo de pesquisa, uma vez que auxilia na definição do problema, na determinação dos objetivos, na construção de hipóteses, na fundamentação da justificativa da escolha do tema e na elaboração do relatório final (BREVIDELLI E DOMENICO 2006).
Em virtude disto, a coleta de dados será feita a partir da escolhas de algumas literaturas importantes dentro da área da saúde, mais específica na clínica médica e cirúrgica, em que realizam o tratamento do grande queimado e a assistência de enfermagem apresenta papel fundamental na prestação desse serviço. As literaturas pelas quais escolhidas serão investigadas e analisadas para estabelecer relação com a hipótese e objetivos, servindo para subsidiar a estruturação da pesquisa.
Os dados que estarão na pesquisa serão no sentido de identificar o papel do enfermeiro como agente fundamental para assegurar ao paciente a eficácia do tratamento e uma boa e rápida recuperação, bem como contextualizar um estudo que possa fornecer aos leitores meios para mudar a realidade no seu trabalho diário na unidade de saúde. Desta maneira, para facilitar o entendimento dos leitores, será realizada uma comparação das opiniões de autores que trazem a “importância do enfermeiro como agente fundamental para identificar e resolver problemas que podem trazer futuras complicações para o grande queimado”, sendo que estas comparações serão postas lado a lado, com objetivo de facilitar a análise dos dados, e sugerir nas unidades de terapias de queimados a aplicação de diretrizes formuladas em um quadro que está inerente na pesquisa como meio de sistematizar o atendimento de enfermagem ao paciente considerado um grande queimado.
Revisão de literatura
I Capítulo
Anatomia e fisiologia da pele
Pele
Segundo Junqueira e Carneiro (2004, p. 256) “a pele é um dos maiores órgãos, atingindo 16% do peso corporal. Como maior sistema orgânico do corpo, a pele é indispensável para a vida humana. Ela forma uma barreira entre os órgãos internos e o ambiente externo e participa de muitas funções corporais vitais...”.
Para Rodriquez (2002) a pele cumpre diferentes funções no nosso corpo: a primeira é a de proteção e defesa, como primeira barreira física do organismo, diante de agravos em geral e de microrganismos. A segunda é a de manutenção da homeostase ou equilíbrio de água, íons e outras substâncias do nosso meio interno. E por último, também desempenha uma função informativa em relação ao meio que rodeia o indivíduo: proporciona a informação necessária sobre umidade, temperatura e pressão.
Como se vê, a pele é composta de duas camadas fundidas: epiderme e derme. A epiderme tem cinco camadas o estrato córneo, o estrato lúcido, o estrato granuloso, o estrato espinhoso e o estrato germinativo. A derme contém vasos sanguíneos, folículos pilosos, vasos linfáticos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. A derme é composta de fibroblastos, colágenos e fibras elásticas. O tecido subcutâneo é composto de tecidos adiposos e conjuntivos, além de grandes vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos. (HESS, 2002).
Queimaduras
Conceito
Queimadura é a lesão resultante da ação do calor, como energia isolada ou associada à outra forma energética, sobre o revestimento cutâneo. (KNOBEL, 1998).
Queimadura é uma lesão causada por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos que agem no tecido de revestimento do corpo humano, podendo destruir parcial ou totalmente a pele e seus anexos e até atingir camadas mais profundas, como tecidos subcutâneos, músculos, tendões e ossos. (MENEZES e SILVA, 1988).
Felipe JR (1990) ressalta que a injúria determinada por este trauma assume proporções variáveis, na dependência do tempo de exposição, do percentual de área queimada e do agente causador. Suas conseqüências envolvem desde um simples cuidado com a área atingida em tratamento ambulatorial até o óbito.
A gama de morbidade é mais ampla do que se pode imaginar, não significando a queimadura apenas uma lesão restrita à superfície cutânea, pois profundas alterações metabólicas, hemodinâmicas, psicológicas e funcionais alteram totalmente a vida do paciente. (FELIPE JR, 1990).
Incidência
É difícil estimar-se quantas pessoas se queimam por ano no país. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica revelam que, no ano de 1986, 6.747 pessoas foram internadas com queimaduras. Este dado indica apenas os casos mais graves que necessitaram internação, o que representa 30% das pessoas que se queimam. Mais recentemente por volta de 2001 a 2006, no Brasil variavelmente ocorram em torno de 1.000.000 de acidentes por ano, envolvendo queimaduras, sendo que 100.000 pacientes procurarão atendimento hospitalar e, destes, cerca de 2.500 pacientes irão falecer direta ou indiretamente de suas lesões. (MENEZES e SILVA, 1988).
Classificação
A classificação das queimaduras faz parte da avaliação do estado geral do queimado, oferecendo parâmetros da gravidade de acidentado. (SULLIVAN e SCHMITZ ,1993)
Quanto à profundidade
Segundo Sullivan e Schmitz (1993), essa classificação associa a extensão corpórea lesada à profundidade da queimadura. Uma definição total vai depender da própria evolução da lesão, sendo o estudo histológico e uma reavaliação das lesões após 48 e 72 horas importantes para a caracterização correta do quadro.
A. Queimadura superficial (Primeiro grau)
Nesta queimadura, o traumatismo e a lesão celulares ocorrem apenas na parte externa da epiderme. Devido à natureza avascular da epiderme externa, não ocorrerá sangramento. Haverá uma reação eritematosa, devido à irritação da derme subjacente, mas não há lesão ao tecido dérmico. (GOMES et al, 1995).
B. Queimaduras superficiais de espessura parcial (Segundo grau)
Numa queimadura superficial de espessura parcial, a lesão ocorre através da epiderme e até as camadas superiores da derme. A camada epidérmica é completamente destruída, mas a camada dérmica sofre apenas lesão leve a moderada. Devido à dilatação vascular ocorrente para ajudar na dissipação do calor pela exposição térmica, formar-se-ão bolhas, e haverá edema na área localizada da queimadura. (GOMES et al, 1995).
C. Queimadura de espessura integral (Terceiro grau)
No caso da queimadura de espessura integral, todas as camadas epidérmicas edérmicas estão completamente destruídas. Ademais, a camada adiposa subcutânea sofrerá alguma lesão. Todo o epitélio de revestimento no local da queimadura será destruído e descartado. Devido à profundidade da queimadura, não haverá região viável para a regeneração de tecido dérmico e epidérmico na área da queimadura de espessura integral. A extensão da lesão leva à necrose de coagulação das células, destruição dos vasos sangüíneos, edema maciço, e infiltração celular na ferida. As escaras terão ao toque, um aspecto ressecado e coriáceo. A ferida será rígida e inelástica. (GOMES et al, 1995).
D. Queimadura elétrica (Quarto grau)
Uma queimadura de quarto grau envolve a completa destruição de todos os tecidos, desde a epiderme até (e inclusive) o tecido ósseo subjacente. Este tipo de queimadura ocorre normalmente em resultado do contato com a eletricidade. (SULLIVAN e SCHMITZ, 1993).
Classicamente, haverá uma ferida de entrada, que estará carbonizada e deprimida. Onde a eletricidade deixou o corpo, haverá também uma ferida de saída, que normalmente exibe bordas explosivas. Se a corrente foi forte o suficiente, também poderão ocorrer fraturas do osso subjacente. A pele ao longo do curso da queimadura não branqueará. Serão necessárias as extensas excisões cirúrgicas e, possivelmente amputação, para que o paciente retorne o certo grau de capacidade funcional. (SULLIVAN e SCHMITZ, 1993).
Percentual de Graves ou grande queimado descrito por Sullivan e Schmitz (1993):
Queimaduras de 2º grau com 25% ou mais da superfície corporal em adultos, ou 20% em crianças. Queimaduras de 3º grau com 10% ou mais da superfície corporal. Queimaduras envolvendo mãos, pés, face, olhos ou períneo. Queimaduras complicadas por lesões por inalação. Queimaduras com fraturas ou traumatismos. Queimaduras elétricas por alta voltagem. Queimaduras em grupos de riscos, formado por pacientes que possuem idade avançada e/ou enfermidades.
Alguns pacientes com queimaduras médias e todos aqueles com queimaduras graves devem ser hospitalizados. Os demais pacientes podem receber tratamento ambulatorial. (DELISA, 2002).
3.15.1 Regra dos nove
O método mais rápido para a determinação da área queimada é constituído pela regra dos nove, desenvolvido por Polaski & Tennison, o qual divide a superfície corporal em segmentos que equivalem a aproximadamente 9% do total. Então, cada segmento corresponde a um percentual, ou seja, o corpo é dividido em múltiplos de nove: (FERREIRA, 2003).
Regra dos nove em adultos
Fonte: Ferreira – 2003.
Processo de cicatrização
Para Brasileiro Filho (2000, p. 106).
Cicatrização é o processo pelo qual um tecido lesado é substituído por tecido conjuntivo vascularizado, sendo semelhante quer a lesão tenha sido traumática ou por necrose. Uma cicatriz é considerada clinicamente uma marca visível de uma lesão e histologicamente são resultantes de uma reação fibroblástica.
Tratamento
O tratamento da sepse proveniente da queimadura tem início no momento da admissão na unidade específica. O tratamento tem dois objetivos principais: estimular o sistema imunológico do paciente e prevenir a proliferação bacteriana da ferida queimada. (GOMES et a.l, 1995).
Impedidos de ação antibacteriana de dentro para fora, em função da obstrução capilar por necroses de coagulação, o controle da população bacteriana é realizado através dos cuidados tópicos, com banhos e utilização de soluções degermantes diariamente. (FELIPE JR, 1990).
Prognóstico
Segundo Smeltzer e Bare (2005) nos últimos 20 anos, houve um aumento da sobrevida de pacientes com queimaduras. Há 50 anos, somente 50% dos queimados, com 40% da superfície corporal, sobreviviam. Atualmente, 50% dos queimados, com 80% da área corporal sobrevivem.
II Capitulo
Assistência de enfermagem ao grande queimado
Segundo Cândido (2001), o enfermeiro constitui ser uma peça fundamental para o tratamento do grande queimado e a anamnese de enfermagem serve como meio mais eficaz para saber qual o grau de gravidade do qual se encontra este paciente. Exemplo para identificar o agente causador da queimadura que podem ser: chama, escaldo, química, elétrica, entre outros. Analisar quais as áreas do corpo que foram atingidas, verificar a presença de flictenas, saber qual o tempo da queimadura, idade e peso do paciente, se tiver condições saber qual a procedência do paciente, checar imunização contra o tétano no adulto e esquema vacinal em crianças, monitorizar sinais vitais, avaliar a função respiratória (quando forem queimaduras de vias aéreas), avaliar função neurológica (grau de lucidez), checar acesso venoso, analgesia, colheita de exames, quando o tempo de queimadura for maior que 24h, realizarem balneoterapia e curativo tópico com clorexedine.
Os enfermeiros devem ter ciência que os queimados estão, muitas vezes, assustados e ansiosos no que respeita às lesões e tratamentos associados. Estas reações podem ser avolumadas pelo ambiente da unidade de cuidados intensivos. Os queimados sofrem de dor física e psicológica. A dor física está, geralmente, centrada em atividades específicas como limpeza e desbridamento da ferida, mudança de pensos, e fisioterapia. O doente poderá reagir à dor física de três modos: (1) ignorando-a, (2) aceitando-a, ou (3) tendo uma reação exagerada em relação a ela. (SMELTZER e BARE,1998).
Os enfermeiros, como toda equipe que prestar a assistência ao paciente queimado podem observar, todas as alterações físicas e psicológicas, a fim de reduzir possíveis fatos que possam levar o paciente a uma piora do seu estado clínico, bem como, reduzir as chances desses pacientes irem a óbitos por negligências.
O dialogo entre paciente e o profissional enfermeiro tanto quanto os outros profissionais devem ser mantidos sempre e em todos os aspectos, pois o doente, quando se apercebe da sua melhora, denuncia preocupações básicas como o medo de ficar defeituoso, os problemas no emprego e com a família e a nova situação econômica. As queimaduras da face tornam o reajustamento particularmente difícil. A enfermeira terá que reservar um tempo para ouvir e encorajar o doente. Se possível, o doente só deverá ver as queimaduras faciais depois de estar preparado para a experiência. Serão necessários apoios e compreensão da equipe multidisciplinar para que o paciente se reconheça nessa nova situação.
Segundo Dias (2006) o enfermeiro também é responsável por avaliar a reação do doente quanto ao posicionamento, imobilizações, exercício e capacidade do doente e da sua família para executarem os cuidados que se impõem fazer, diariamente, às feridas após a alta. No exame físico diário o enfermeiro tem necessidade de fazer uma avaliação cuidadosa quanto à circulação sanguínea, cianose de algum membro eventualmente apoiado (por talas ortoplásticas, por exemplo), e temperatura. Além de oferecer ao pacientes outros profissionais para a realização de exercícios físicos, as atividades da vida diária e a deambulação também são alvos de uma contínua avaliação quanto à tolerância física e emocional do doente.
Atuação da equipe de enfermagem na balneoterapia
Segundo Artz (1980), pacientes acompanhados pela equipe de enfermagem na balneoterapia apresentam menos chances de adquirir alguma infecção. Sendo que a balneoterapia é considerada o procedimento mais importante no tratamento das queimaduras, sendo fundamental que a equipe seja multidisciplinar e que tenha um rigoroso controle da infecção da ferida e prevenção da sepse.
Eles também podem observar presença de necrose, infecção, tecido de granulação e tecido de epitelização. Sugerir avaliação médica para provável indicação de curativo cirúrgico. (CANDIDO, 2001).
Papel do enfermeiro no curativo tópico do paciente grande queimado:
De acordo com Azeredo (1996), em pacientes que nesse procedimento em especial, se dispõem de uma equipe de enfermagem preparada e atenta para possíveis contaminações que podem ser um agravante para seu estado clínico, tem uma sobrevida maior do que pacientes que não dispõem desses profissionais. Mesmo as literaturas, relatando que a maioria dos pacientes considerados um grande queimado vão a óbito pela própria queimadura ou decorrente de alguma complicação.
Por ser um procedimento que requer uma atenção mais minuciosa, o enfermeiro é responsável pelo desenvolvimento de algumas técnicas e coordenação de outros profissionais durante a realização do curativo. Por isso fica ao seu critério estar sempre ressaltando aos outros profissionais que a mudança de curativo num queimado é sempre um momento extremamente doloroso e de grande stress. No entanto há determinadas intervenções que o poderão ajudar neste aspecto, intervenções que visem à diminuição da dor.
Problemas e intervenções de enfermagem
Para Dias (2006), os problemas de enfermagem são fixados a partir da avaliação dos dados do doente. Alguns dos problemas possíveis, para o doente com queimaduras, são os que se seguem, não estando a estes limitados. Exemplos: alteração da permeabilidade das vias aéreas, alteração do equilíbrio hídricos e eletrolíticos, dor e ansiedade, alteração da mobilidade física.
Todavia todas as alterações durante a internação do paciente podem ser identificadas pelos enfermeiros que deveram tomar os devidos cuidados através de suas intervenções com o objetivo de restabelecer o quadro clinico do paciente. Porém estas assistências requerem cuidados minuciosos e precisos, bem como, um aprofundamento em termo de conhecimento técnico e cientifico em relação a terapêutica que o paciente grande queimado esta inserido.
III Capitulo
Discussão
Os achados desta pesquisa comprovam que os pacientes considerados um grande queimado submetido ao acompanhamento contínuo de profissionais enfermeiros, desempenham ao longo de sua terapêutica uma melhor e maior sobrevida, diante daqueles que não dispõem desta assistência de forma integral. Quase todos os pacientes grandes queimados assistidos pelos enfermeiros, tendem a ter uma identificação e resolução de problemas mais rápidos, evitando complicações futuras do seu estado clínico.
Este prisma se afirma quando Azeredo (1996) relata que a maioria dos pacientes que são acompanhados por uma equipe de enfermagem treinada e atualizada no tratamento do grande queimado, em que esta equipe desempenha um trabalho multidisciplinar com outros profissionais de saúde, tem uma sobrevida e reabilitação maior dos que àqueles pacientes que não dispõem a uma avaliação contínua da enfermagem, mesmo que esses pacientes posteriormente possam vir a óbito.
Há que se concordar com a opinião do referido autor, porque o seu relato adequa-se atualmente nas nossas novas realidades hospitalares das unidades de terapias de queimados, pois profissionais treinados e mais especializados é mais propício para atender o paciente grande queimado por terem mais preparo e melhor desempenhar seu trabalho em equipe.
Mais recentemente, Cândido (2001) vem ressaltar que o enfermeiro constitui peça fundamental para a eficácia do tratamento do grande queimado, pois traz consigo algo essencial a “anamnese” que é o meio mais eficaz para saber qual o grau de gravidade que este paciente acometido pela queimadura está inserido. E esta “anamnese” posteriormente vem ser decisiva para saber como proceder na terapêutica.
Este é o autor que mais condiz com a realidade das unidades de terapia do queimado atualmente, por enfatizar o enfermeiro como sendo peça indispensável para a eficácia do tratamento e recuperação do paciente considerado um grande queimado, ressaltando a importância da anamnese de enfermagem.
Segundo Artz (1980), pacientes acompanhados por enfermeiros nas assistências empregadas na balneoterapia obtinham menor chance de adquirir infecções. Embora por volta desta época a equipe de enfermagem não atuava diretamente nos cuidados com o paciente grande queimado apenas nos cuidados com pequenas queimaduras no nível de 1ª grau. Era então, em lugares restritos que se viam enfermeiros trabalhando com grandes queimados. E devido à falta de uma equipe de multiprofissionais, a mortalidade desses pacientes era ainda maior.
Essa é uma visão mais restrita diante dos outros autores, pois relata apenas a importância do enfermeiro atuando na sala de balneoterapia para combater possíveis contaminações e redução de mortalidade de pacientes acometidos por grandes queimaduras e participando mais como uma ajudante e não como profissional fundamental.
No entanto, para Hess (2002), o enfermeiro hoje dependendo de sua conduta, é um profissional do qual o paciente deposita confiabilidade e segurança, sedo que partindo desses princípios pode ajudá-lo em diferentes aspectos como: encorajar o paciente a aceitar o seu estado clínico sendo ele temporário ou não; demonstrar que ele mesmo pode se auto ajudar, aceitando a terapêutica satisfatoriamente, entre outras. O autor traz também que durante a realização do curativo o enfermeiro pode identificar patologias físicas e psíquicas decorrentes da queimadura, solicitar acompanhamento de profissionais médicos, psicólogos, nutricionista entre outros.
Esse posicionamento ganha espaço entre as principais da literatura de hoje reafirmando em seus estudos o segundo objetivo específico desta pesquisa que é segmentar a eficácia e importância do enfermeiro para identificar e resolver problemas que possa agravar o estado clínico do grande queimado. Quando o mesmo relata que o enfermeiro pode identificar patologias físicas e psíquicas decorrentes da queimadura e quanto mais atualizadas e mais capacidade ele tiver de trabalhar com outros profissionais, melhor será para a eficácia do atendimento e tratamento do grande queimado.
Dias (2006) cita que o enfermeiro também é responsável direto por avaliar o paciente grande queimado atendendo suas necessidades físicas como mudança de decúbito, imobilização, orientação da família para que eles possam ajudar este paciente ao longo do seu tratamento, bem como, atentando-se para problemas psicológicos que o paciente pode apresentar. E para melhor embasar esta assistência o autor fez um levantamento dos principais diagnósticos de enfermagem para grandes queimados, pelos quais os profissionais enfermeiros podem utilizar para sistematizar a assistência.
Diante disso, o mencionado autor destaca-se ao enfatizar os cuidados de enfermagem, porque na maioria de suas literaturas que tratam de pacientes grandes queimados, demonstra o enfermeiro como sendo o profissional fundamental no tratamento do mesmo. Ao criar uma tabela dos principais diagnósticos de enfermagem no paciente grande queimado, efetuar a sistematização desta assistência, bem como, relatar que o paciente queimado tratado por enfermeiros tem maior sobrevida do que aqueles que não dispõem desta assistência.
Os grandes queimados sofrem dor física e psicológica. A dor física é causada geralmente pela exaustão da terapêutica e a psicológica pela exagerada solidão. E quando o enfermeiro dispõe de uma atenção continua a queixa do doente, podendo ser uma chamada de atenção que poderá ser satisfeita com a presença ou toque do enfermeiro que está a fazer o tratamento. Sendo muitas vezes fator primordial para sua recuperação. (SMELTZER e BARE, 2005).
Nas comparações literárias, esta pesquisa aborda mais a humanização da assistência ao descrever que o paciente grande queimado sofre alteração física e psicológica causadas pela prolongada e exaustiva terapêutica. Porém, quando o enfermeiro oferece-lhe uma assistência humanizada, muitas vezes isto se torna um ponto primordial para sua reabilitação mais rápida.
Seguindo a mesma concepção de pensamento, Guirro e Guirro (2002) reafirmam que pacientes acompanhados por enfermeiros em que os mesmos trabalham interdisciplinarmente com outros profissionais tem uma recuperação e reabilitação mais rápida do que os pacientes que não dispõem desta assistência. E volta a afirmar que as condições oferecidas para esses pacientes são notavelmente melhores e que os mesmos podem ate morrer, mas pela gravidade da própria queimadura da qual se encontra seu corpo.
Isso exemplifica recentemente que em pacientes que são assistidos continuamente por enfermeiros e de uma equipe de multiprofissionais podem ir a óbito, mas por determinação do agravante patológico e não por descuido ou por negligencia hospitalar.
Teixeira (2000) descreve as técnicas e procedimentos a serem desempenhadas pelos enfermeiros, no tratamento do grande queimado, mas não enfatiza o trabalho destes como sendo fonte fundamental para recuperação e reabilitação do enfermo na sociedade, apenas traz a importância do seu trabalho para identificar possíveis complicações.
Os enfermeiros podem ajudar o paciente a interagir com outras pessoas desviando seu foco de atenção da lesão para outra coisa como seu íntimo, porém possibilita aos mesmos uma maior interação social. Todavia, o enfermeiro deve mesmo é se preocupar para as alterações físicas do paciente como alterações no sono, apetite entre outros e realizar indistintamente suas intervenções. (AZEVEDO, 1998).
Contudo, Carneiro e Borges (2002) referem-se ao enfermeiro como um profissional que deve apenas centrar seus cuidados em alguns pontos como orientação dos familiares no cuidados com o paciente depois da alta e outras pequenas observações.
Apesar da opinião desses autores que afirmam que o enfermeiro é apenas mais um ajudante no tratamento do grande queimado sendo um profissional somente capaz de tratar de alterações patológicas físicas do paciente e realizar suas intervenções indistintivamente, verifica-se pela prática atual que o enfermeiro é mais que um simples coadjuvante nesse tipo de tratamento. A prova disto é que o próprio Azevedo em algumas pesquisas realizadas mais recentemente vem mudando sua concepção diante deste tema. Já em algumas de suas literaturas, o mesmo ressalta e enfatiza a importância dos enfermeiros nas unidades de terapia de queimados.
Todavia, foi interessante notar que ao longo de toda pesquisa, ao se fazer uma analise das colocações dos autores, e apesar de encontrar várias contextualizações literárias sobre queimaduras e especificamente o grande queimado e assistência de enfermagem, não foram encontradas estatísticas confirmadas do Ministério da Saúde sobre o número de pessoas vítimas de grandes queimaduras que morrem todo ano no Brasil. Apenas há relatos literais que afirmam que a maioria das vítimas é mulher, criança e homens jovens, em que apresentam 50% do corpo queimados vão a óbito nas primeiras 48 horas, embora os que persistem por maiores tempos vão a óbito por alguma complicação provocada muitas vezes pelo despreparo da equipe de saúde, ou pelo hospital publico não oferecer suporte estrutural adequado para o atendimento destes pacientes.
Entretanto, quando pacientes grandes queimados que é o enfoque da pesquisa, dispõem da unidade hospitalar com uma equipe de multiprofissionais, em especial a equipe de enfermagem que convive com o paciente 24 horas por dia e que devido as responsabilidades de seu trabalho e de sua competência na manipulação da realização de curativos, administração de medicamentos, exame físico diário, entre outras técnicas e procedimentos, esse quadro de mortalidade será reduzido.
Assim, estes profissionais, peças chave, podem oferecer aos grandes queimados melhores atendimentos através do aperfeiçoamento de suas técnicas, promovendo aos mesmos e a família mais conforto, segurança e eficácia do tratamento, minimizando o sofrimento diante da gravidade da patologia.
E para consolidação desta teoria e aplicação da prática clínica, tendo em vista os resultados obtidos na comparação de autores, sugere-se aos serviços de saúde a “capacitação de enfermeiros para com o atendimento ao paciente considerado um grande queimado” para que os possam ter subsídio para desenvolver nas unidades de terapias de queimados uma assistência sistematizada seguindo as diretrizes propostas nesta pesquisa, pela qual futuramente o Ministério da Saúde do Brasil possa utilizar para obter dados concretos e demonstrar estatisticamente o índice de sobrevida dos pacientes que dispõem da assistência de enfermagem continua e humanizada.
E para melhor compreensão dos leitores, essas recomendações foram sintetizadas em um quadro como mostra explicativa para realização deste projeto. O quadro apresenta as principais diretrizes e estratégias de ação retiradas de toda pesquisa de forma suscita de como o enfermeiro deve proceder no atendimento do grande queimado, sendo que neste mesmo quadro o leitor pode evidenciar claramente como os dados apresentados nesta pesquisa comprovam que assistência de enfermagem no paciente considerado um grande queimado, realizada de forma adequada pode contribuir para uma melhora significativa do processo saúde e doença desses pacientes, bem como, ajudar a promover profilaxia para futuras complicações no mesmo.
Entretanto, embora sem uma evidente diferença que relate a eficácia do tratamento destes pacientes para a atuação de outros grupos de profissionais de saúde, pode-se afirmar, a partir dos resultados colhidos, que os pacientes melhores assistidos pela equipe de enfermagem apresentam melhoras da saúde e de seu estado clínico.
Vê-se que a elaboração dessas diretrizes no quadro abaixo tem o objetivo de servir como um instrumento de coleta de dados visando ao registro de forma eficiente e validá-lo em sua forma aparente e de conteúdo, a fim de investigar os sinais e sintomas, incidências e morbidade e mortalidade freqüentemente encontrados em pacientes considerados grandes queimados e os categorizar estatisticamente. Posteriormente, o instrumento pode ser submetido a validações do conteúdo a fim de ser adotado como parte integrante do cuidado de enfermagem em unidades de tratamento com pacientes queimados.
Assim, apresenta-se através do quadro 3 as principais diretrizes e estratégias de ação de como o enfermeiro deve proceder no atendimento ao paciente considerado grande queimado.
QUADRO 3
Identificação de riscos Estratégias de controle e prevenção Suporte organizacional
Registrar e analisar os acidentes por queimaduras de forma sistematizada e
padronizada;
Definir prioridades de acordo com análise dos dados obtidos na 1ª fase. Incentivar a notificação dos pacientes considerados um grande queimado;
- Identificar as principais
circunstâncias (como foram provocados os acidentes);
- Estratégia 1. Controle do enfermeiro.
Definir os critérios de avaliação dos pacientes queimados;
- Fornecer treinamento para toda equipe de enfermagem de como a assistência de enfermagem ao grande queimado deve ser prestada;
- Avaliar se houve eficácia no tratamento desses pacientes. - Estabelecer protocolos de acompanhamentos dos pacientes queimados acompanhados por estes enfermeiros;
- Identificar padrões de ocorrências e tendências (idade, sexo e classe social);
- Estratégia 2. Controle das práticas de trabalho da equipe de enfermagem.
- Desenvolver habilidades técnicas necessárias e discutir e recriar situações de trabalho de forma a treinar a nova prática no contexto desta pesquisa. - Promover educação continuada da equipe de enfermagem no atendimento ao paciente grande queimado;
- Comparar os dados entre instituições. - Monitorizar a adesão as práticas dos profissionais já treinados. - Estimular o envolvimento de diversas categorias profissionais, criando uma assistencial multidisciplinar.
FONTE: Brevidelli- 2006
O quadro segue o modelo de Brevidelli, adaptado nesta pesquisa de acordo com a necessidade situacional da mesma. A mencionada autora recomenda nas suas pesquisas bibliográficas a elaboração de sugestões que fundamente os resultados obtidos, com o objetivo que estes possam vir a ser aplicados na prática clínica pelos leitores. Sendo assim, estas diretrizes e estratégias de ação ressaltam mais ainda o enfermeiro como sendo uns dos mais importantes profissionais para garantir ao paciente grande queimado eficácia de sua terapêutica, bem como, de estar sempre em busca de novos conhecimentos, a fim, de oferecer uma assistência mais completa e humana.
Considerações finais
A prestação de cuidados de enfermagem a um doente queimado é essencial para uma recuperação e reabilitação mais rápida e com menores chances de adquirir seqüelas para o mesmo. Cabe ao enfermeiro fornecer o apoio tanto à parte física do doente como também à parte psicológica e emocional. O profissional de saúde deve encarar o doente de forma holística e humanizada. Com a elaboração deste trabalho os objetivos propostos foram atingidos, sendo assim, convém dar ênfase a determinados pontos. Para melhor embasamento teórico e prático da assistência de enfermagem ao grande queimado se faz necessárias atualizações específicas de conteúdos como fisiologia e anatomia da pele, processo de cicatrização, queimaduras entre outros.
Neste ponto, surgiu, então, o interesse de investigar o paciente grande queimado por ser a vítima que suporta o traumatismo mais devastador que possa atingir um ser humano. Possui clinicamente aspectos peculiares que o diferencia dentre todos, fazendo, assim, despertar o interesse para tal assunto. Poucos são os traumas que trazem seqüelas tão importantes como à queimadura grave.
Este trabalho abrange a equipe multidisciplinar e as várias abordagens terapêuticas que atendem a este paciente, no entanto, é um paciente que sempre carregará consigo seqüelas desse trauma. Os grandes avanços científicos neste assunto ainda não são suficientes para fazer desse paciente um indivíduo livre de seqüelas funcionais, estéticas e psicossociais, além de se mostrar ineficiente para diminuir a grande taxa de mortalidade. É preciso criar meios para acabar com o estigma de que “uma vez queimado, sempre queimado”, pois esse paciente pode e tem perfeitas condições de retornar a um modo de vida tão normal quanto possível.
Então, conclui-se que, ainda há muito que se fazer para a ascensão desta especialidade na área de enfermagem. O interesse e a divulgação devem ser mais bem esclarecidos para melhor se conhecer sobre a profissão que mais auxilia o paciente queimado no ganho de independência, no retorno à sociedade com dignidade e, principalmente, na melhoria da qualidade de vida dessa vítima.
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SANTANA. SILVA. J. J. and M. CARLOS. A. F. NURSING CARE TO MAJOR BURN PATIENT, 2008.
Accidents by burns occupy second place in the world, losing only to the fractures. Although the Ministry of Health does not have a concrete statistical number but it is possible to estimate that in Brazil occur around 1,000,000 accidents per year involving burns which 100,000 patients will seek hospital care and about 2,500 of these patients will die directly or indirectly from their injuries. In Brazil, the statistical data about injuries by burns are limited but important for the implementation of prevention programs. The major burn patient requires more than techniques and monitoring. However, this study is consisted of literature search, which aimed to give readers a theoretical target of bibliographies about the major burn patient, emphasizing the role of nurses facing the nursing care. Since its role as a member of the multidisciplinary team to treat these patients is very important. Therefore the nurse´s abilities are essential to identify problems and setting goals to make the difference in the burn treatment. Thus, the nurse needs to know the pathology and the most effective assistance to be provided to major burn patients. Due to these necessities, nurses must study and know the skin, healing process, treatment of burn patients and burns. Since all the multidisciplinary team and nursing in particular, should always seek humanized strategies to save the lives of these patients, in order, not to let so painful sequels that might interfere their returntosociety.
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Key words: skin, burns, treatment, nursing.
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* Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade São Francisco de Barreiras.
** Acadêmico do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade São Francisco de Barreiras.
Autor: MAURICIO,JULIANA,ADAILTON filho,santana,magalhães
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