Pedaços De Mim...



Sinto-me de novo aqui nos encontros dos desencontros que a vida e o tempo provocam em mim.


Em frente ao mar profundo e belo no qual me prendo e me deixo naufragar aqui me confesso, aqui me assumo.


Sou águia cansada de voar, anjo que se precipitou e errou, ribeiro manso, árvore despida, cicatriz num coração de um Cupido que se cansou de tentar e falhar sou isto e muito mais.


Sou aquela que por ti arde, aquela que amas na noite, beijas na madrugada e abandonas quando a tarde inicia.


Dizer-te o que sinto não é um antídoto seria uma dor ainda maior ouvir-te suspirar após eu confessar que a ti aprendi a amar.


Sou a renunciada, a negada, a desprezada sou a amada, a desejada, a querida sou tudo e nada.


Eternamente permanecer calada ou transpor o abismo?


Doente de alma desejo ouvir os médicos com o seu ar combalido dizendo que vou partir, morrer condenada, pela morte ser ferida na próxima manhã de sol beijada e acarinhada pela morte a qual me vergarei aqui nesta bem-dita hora.


Não terei medo eu sei que fiz o mais importante amei.


Amei a ti e aos outros quero apenas descansar, retornar a casa sentir os meus olhos fecharem e saber que caminho em direcção ao sol que aquece a minha alma gelada.


Ferida me encontro, magoada, triste, decepcionada, amargurada desejando o passado que ficou lá atrás as noites em que contigo dormia o teu colo, o teu carinho, o teu abraço, o teu mundo


Terrivelmente só sem passado ou futuro que me acalmem espero no presente a morte do sonho, da alma, do físico que se encontram na encruzilhada desta vida sem sentida para mim contudo não espero a morte deste amor, a tua morte dentro de mim pois eu sei que mesmo depois de morta continuarei a te amar.


Autor: Ana Sofia Marques


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