Cuidados da Enfermagem no Pós-Operatório de Prostatectomia



I – INTRODUÇÃO:

O presente trabalho trata-se de estudo de caso elaborada no Ciclo V, do Curso de Graduação em Enfermagem da Unirondon - Centro Educacional Cândido Rondon.

A realização deste estudo tem como finalidade aumentar meu conhecimento cientifico e transmiti-lo quando necessário, e realizar a sistematização da assistência de enfermagem em um paciente pós-operatório de Prostatectomia, em na unidade de clinica médica, de um hospital filantrópico no município de Cuiabá.

A seguir passo a relatar o presente estudo de caso de um paciente portador de neoplasia da próstata, internado há 01 dia em uma Clínica Cirúrgica de um Hospital filantrópico/SUS de Cuiabá, MT. A opção por este estudo ocorreu considerando o alto numero de acometimento de indivíduos do sexo masculino, pela patologia, sendo encontrados relatos no mundo todo do crescimento do numero de casos.

Segundo,(América Câncer Society, 2006) Nos Estados Unidos da América, estima-se que aproximadamente 234.000 casos sejam diagnosticados a cada ano, sendo que cerca de 27.000 homens morrem a cada ano devido a essa doença. Embora muitos homens sejam diagnosticados com câncer de próstata, a maioria deles não morre por essa doença.

Enquanto o risco de diagnóstico desse câncer, durante a vida, seja de 17%, apenas 3% dos pacientes morrem devido ao câncer. Além disso, já foi demonstrado que até 30% dos homens que morrem após os 50 anos apresentam câncer de próstata que não foi diagnosticado em vida. Isso sugere que o câncer de próstata pode crescer tão lentamente que muitos homens morrem por outras causas, antes de desenvolverem sintomas relacionados ao câncer de próstata, (América Câncer Society, 2006).

No Brasil, segundo, (INCA, 2008) as estimativas do Instituto Nacional do Câncer mostram que serão diagnosticados aproximadamente 49.530 casos de câncer de próstata, em 2008. Isso corresponde a uma razão de 52 casos para cada 100.000 mulheres. O câncer de próstata é o mais diagnosticado em todas as regiões do país, quando se exclui os casos de câncer de pele não-melanoma. O câncer de próstata é considerado um câncer da terceira idade, já que três quartos dos casos do mundo ocorrem nos homens com mais de 65 anos.

II- Justificativa

A apresentação do presente estudo de caso e parte do método de avaliação do conhecimento adquirido pelo acadêmico, durante e pós o estagio supervisionado, PIC,onde o acadêmico deve estar apto a religar os saberes e praticas , realizando á sistematização, semiotécnica e semiologia. Realizando atividades que contribuíram para o aprendizado acadêmico, e aprimoramento técnico e científico.

III - Objetivo:

Realizar estudo in-loco, traçando um plano de cuidados baseado da integralidade e multidimensionalidade do cuidado individualizado, visando um atendimento humanizado, que a principio atenda as expectativas do usuário em minorar a sua estada na internação hospitalar.

IV - Metodologia:

O presente estudo será realizado através de entrevista com o paciente, e durante a entrevista será foi realizado a anamnese, após o exame físico para a realização de todos os passos da sistematização da assistência em enfermagem. Classificação dos diagnósticos e intervenções de Enfermagem. Os dados serão foram analisados através de pesquisas bibliográficas, Internet e orientações fornecidas por professores do curso de graduação de Enfermagem. Considerando o exposto, o estudo tem como objetivo: Elaborar a prescrição de enfermagem bem como a sua fundamentação científica no intuito de intervir e armazenar as alterações apresentadas pelo paciente em estudo.

V– COLETA DE DADOS:

V-I Identificação

Nome: A.P.M.N.,Idade: 64 Anos,Masculino,Divorciado,Diarista,Católica ,Residente: Várzea grande/MT ,Natural de Cáceres/MT

V-II – História

Quadro Dia: Refere dor em incisão cirúrgica abdominal, prostactomia.

História Pregressa da Moléstia Atual:

Paciente internado desde o dia 28/10/2008, para realização de uma cirurgia cujo procedimento: prostatectomia radical, realizada no dia 29/10/2008 no período vespertino, segundo prontuário e relatos de enfermagem, usuário chegou a clinica cirúrgica, com sonda vesical de demora e com incisão oclusa no quadrante inferior médio do abdômen, punção periférica em MSD, com hidratação venosa correndo a 500ml/ 6horas, paciente responsivo, normocorado e referindo dor.

Relata que descobriu a patologia há 8 meses,quando teve sinais e sintomas característicos da patologia, incontinência urinaria, passando a utilizar sonda vesical de demora ate que fosse agendado o procedimento cirúrgico.

V.III histórico sócio-cultural:

Acostuma dormir durante toda a noite não possui a necessidade de dormir durante o dia; Não pratica exercícios físicos se alimenta bem, almoça as 12h00minhs e janta as 19h00minhs, se hidrata bem, come diariamente: feijão, arroz, verduras cozidas e cruas, porém nesta fase de internação recebe dieta prescrita pelo serviço de nutrição informa mastigar e deglutir sem nem uma dificuldade; Evacua diariamente até 2 vezes ao dia tem emissão involuntária de urina a mais ou menos 8 meses; Toma banho duas vezes diariamente, consegue fazer sua higiene pessoal perfeitamente; Reside sozinho em casa própria; 3 peças, sendo quarto sala e cozinha com banheiro, separado da casa, fossa asséptica e água encanada, têm luz elétrica, e possui eletrodomésticos necessários ao seu conforto, relata que recebeu todas as vacinas, e visita o médico regularmente pelo menos uma vez ao ano, tornando-se constante nos últimos 8 meses, por causa da patologia que o acometeu.

V-IV Expectativas e percepções:

Tem grande preocupação enquanto tempo terá de se afastar das suas atividades laborais, visto que este anda tem de trabalhar para prover suas necessidades básicas. 

V-V.5Antecedentes Pessoais:

Nega etilismo ou tabagismo nega uso de drogas e comportamento de risco e Nega alergia a medicamentos. Em uso de: Kefrin 500mg/6 em6 hs, Plasil 20mg de 6/6 hs, Omeplazol de 12/12 hs e Dipirona se tiver dor.

V-VI Antecedentes Familiares;

Usuário não soube informar, pois não conhecia o quadro da patologia.

V-VII Internação Atual:

O paciente tem como diagnóstico: Doença de Neoplasia Prostática.

V-VIII - Ao Exame Físico Atual:

Sinais Vitais: PA: 110x60; FC: 60 bpm; FR: 26 rpm; Tº: 35,8ºC; Pulso 82 bpm Consciente, calmo, orientado no tempo e espaço, comunicando-severbalmente, couro cabeludo sem descamação ou sujidade, cabelos limpos e pintados, abertura ocular espontânea, pupilas isocóricas, foto-reagente, conjuntivas coradas (róseas), acuidade auditiva D e E preservada normal com ausência desujidade ou anormalidade, nariz simétrico, fossas nasais com ausência de coriza e desvio de septo, fala normal, boca com dentição própria e completa 16 dentes inferiores e prótese total na parte superior (dentadura), com boa higiene. Pescoço normal sem gânglios palpáveis ou infartados. Tórax simétrico com boa expansibilidade torácica, frêmito torácico vocal presente, ausculta pulmonar sem presença de ruídos, com sons claros e limpos. Ausculta cardíaca com b1 e b2 com sons normocardio. Abdômen plano, flácido, e abesidade visceral, som timpânico e presença de ruídos hidroaéreos, reflete dor a palpação em quadrante inferior médio devido a procedimento de prostactomia, apresenta cicatrização no local de ocorrência do ato cirúrgico, Pele íntegra, boa perfusão periférica, MMII sem edema ou lesão.

VI- Diagnóstico Médico

Doença de neoplasia prostática..

VI-I Exames Laboratoriais e Diagnósticos por Imagem:

Prontuário do usuário não trazia exames pré - operatório presente.

VI-II Medicações:

Medicação Dose Via Horas:

Kefrin I.V

3 x ao dia

Omeprazol 20 mg

VO x 2 x dia

Dipirona 500 mg

VO S/N

Plasil 20mg

2 x dia

Captopril 20mg

1x dia

Obs. Nos anexos constam princípios da farmacodinâmica e Farmacocinética.

VII - Fisiopatologia:

O câncer da próstata é uma doença maligna; A próstata é uma pequena glândula masculina que se localiza abaixo da bexiga e acima do reto (porção final do intestino, que se abre no ânus). A função da próstata, basicamente, é a de produzir o líquido seminal que ajudar a carregar o esperma durante a ejaculação.

A principal patologia que acomete este órgão é o câncer de próstata,um tumor que de forma geral, cresce lentamente, ocasionalmente, entretanto, o tumor apresenta metástases repentinamente ou se dissemina rapidamente para todo o organismo.

A Hiperplasia Prostática, segunda causa de cirurgias em idosos, define-se como um aumento do volume total da próstata após uma proliferação das células epiteliais e do estroma, podendo ser iniciado pela ação de androgênios,hormônio característico do organismo masculino.

Pesquisadores ainda procuram a resposta em estudos mais aprofundados, sobre o que pode desencadear o processo de tumoração prostática.

Quando células cancerosas são encontradas, o cirurgião pode remover os linfonodos pélvicos para detectar a presença de câncer. Caso contrário, o tumor provavelmente não se disseminou além da próstata, e a remoção completa é freqüentemente recomendada.

Nos estágios mais avançados da doença, outros tratamentos são escolhidos: radioterapia, utilizando altas doses de raios X ou outras radiações de alta energia para destruir as células tumorais; terapia hormonal, utilizando hormônios femininos ou drogas que reduzem a produção dos hormônios masculinos; quimioterapia, que até o presente momento não mostrou resultados satisfatórios; e a terapia biológica, uma tentativa de estimular o sistema imunológico do paciente e restaurar as suas defesas naturais para combater a doença.

VIII-Aspectos Biogenéticos:

Um dos fatores predisponentes é a hereditariedade, e a etnia, isso evidenciado por relatos porem observou-se que alguns homens têm risco maior que outros - aqueles acima de 65 anos de idade, os que apresentam pai ou irmão com a doença e os negros (que têm duas vezes mais câncer de próstata que o branco e maior risco de morrer pela doença).

IX- Aspectos Epidemiológicos Relacionados:

Fatores condicionantes e determinantes:

- Idade: todos os homens apresentam risco de desenvolvimento de câncer de próstata, porém o risco aumenta significativamente com o avançar da idade. Esse câncer raramente é diagnosticado em indivíduos com menos de 50 anos.

- Ascendência Negra: os homens negros desenvolvem câncer de próstata com maior freqüência que os homens brancos. Além disso, o risco de morte por esse câncer também é maior entre homens negros.

- História Familiar: os homens que possuem um parente de primeiro grau (pai ou irmão) que teve câncer de próstata apresentam maior risco de desenvolver a doença.

- Dieta: dieta rica em gordura animal pode aumentar o risco de câncer de próstata.

IX.I Formas de Diagnostico:

O rastreamento do câncer de próstata envolve basicamente dois tipos de exames: (1) toque retal; e (2) dosagem do PSA (antígeno prostático específico).

IX.II Toque Retal

No toque retal, o médico introduz o dedo indicador no canal do reto do paciente, e procura identificar qualquer alteração como nódulos ou irregularidades na superfície da próstata. A próstata encontra-se encostada na parede do reto, por isso pode ser sentida através do toque retal. Esse exame consegue detectar alguns casos de câncer que não são demonstrados pela dosagem do PSA, no entanto não é possível atingir todas as regiões da próstata durante o exame. Devemos lembrar que em alguns casos os tumores são tão pequenos que não podem ser sentidos pelo toque retal.

IX.III PSA

A PSA é uma proteína produzida pela próstata, sendo que o exame de sangue é capaz de detectar a quantidade deproduzida. Embora muitos homens com câncer de próstata apresentem níveis aumentados de PSA (acima de 4,0ng/mL), nem sempre níveis aumentados significam câncer. Uma doença benigna denominada Hiperplasia Prostática Benigna também pode estar associada a aumento do PSA; outras causas seriam infecção ou traumatismo da próstata. A prática de atividade sexual pode elevar o PSA, de forma que o exame deve ser realizado pelo menos 48 horas após a relação sexual.

De maneira geral, quanto maior o valor do PSA, maior a chance do paciente apresentar câncer de próstata; no entanto, alguns pacientes com esse câncer não apresentarão PSA aumentado. Assim, o exame isoladamente não é 100% seguro.

Se o toque retal ou o PSA forem positivos, não se deve ficar alarmado, já que existem causas benignas de alterações. Porém, esses resultados não podem ser ignorados. Nessa situação, recomenda-se a realização de outros exames para se confirmar a presença ou não da doença.

Na confirmação do diagnóstico de câncer de próstata, dois exames são fundamentais, sendo realizados ao mesmo tempo.

IX-IV. Ultra-som Transretal

O UltraSon transretal pode ser feito no consultório, sem necessidade de sedação ou anestesia. Nesse exame, a sonda é introduzida pelo ânus e utiliza ondas de som dirigidas em direção à próstata. O computador converte os sinais detectados em imagens da próstata. Aproximadamente 80% dos cânceres apresentam achados anormais ao Ultrason, podendo-se identificar nódulos e irregularidades. Durante o exame, é realizada coleta de material para biopsia, com auxilio de uma agulha que é introduzida no interior da próstata, em regiões suspeitas. Várias amostras devem ser obtidas.

IX-V.Biopsia Prostática:

A biopsia da próstata é recomendada quando o exame de toque retal está alterado (próstata aumentada ou com irregularidades) ou se o PSA está acima de 4,0ng/mL. No entanto, dependendo da velocidade de aumento do PSA, em um ano, a biopsia pode ser indicada mesmo se o PSA estiver abaixo desse valor. A coleta das amostras é realizada durante o US transretal, e dura cerca de 15 minutos.

Essas amostras são examinadas no microscópio por um médico patologista, que vai definir se existe ou não câncer. Além disso, ele classifica o câncer dando uma nota composta por dois números, mostrando se o câncer é mais ou menos agressivo (quanto maior a soma dos dois números, mais agressivo é o câncer).

Após a coleta do material para a biopsia, o paciente pode sentir um desconforto no reto ou região do períneo, podendo eliminar sangue ou sêmen na urina.

X- Tratamento:

O tratamento do câncer de próstata é determinado de acordo com o acometimento pela doença. Quando o câncer é inicial e acomete apenas a próstata, sem disseminação para outros órgãos, o tratamento se baseia na cirurgia ou radioterapia. A cirurgia envolve a retirada de toda a próstata e estruturas próximas, com o objetivo de eliminar todo o tumor existente. A radioterapia é um tipo de tratamento oncológico no qual se aplicam feixes de raios-X na região da próstata; esses raios X levam a alterações moleculares específicas na região do tumor e levam à morte das células tumorais. Essas duas opções de tratamento apresentam resultados semelhantes, e serão escolhidas de acordo com diversos fatores relacionados ao paciente e à doença.

No caso da doença avançada, ou seja, quando o tumor saiu da próstata e acomete outros órgãos, como os ossos, o tratamento visa o controle da doença e dos sintomas. Nesses casos, o paciente pode apresentar dor intensa, devido às metástases ósseas ou outros sintomas relacionados aos órgãos acometidos. O tratamento se baseia na redução dos níveis de testosterona. Esse hormônio masculino, produzido principalmente nos testículos, atua estimulando as células tumorais a crescerem e multiplicarem, fazendo com que o câncer aumente. O tratamento de redução dos níveis de testosterona pode ser feito de duas maneiras: (1) cirurgia, com a realização de orquiectomia; ou (2) hormonioterapia. A cirurgia consiste na raspagem do testículo, deixando-se apenas a porção mais externa, ou cápsula; com isso, retira-se o principal responsável pela síntese de testosterona. A hormonioterapia é realizada com medicamentos, injetáveis no músculo e comprimidos, que bloqueiam a produção da testosterona. As duas opções são equivalentes, podendo ser escolhidas conforme a preferência e comodidade para o paciente. Os efeitos colaterais associados a esse tratamento são decorrentes da redução da testosterona: redução do interesse pelo sexo, impotência, ondas de calor (como na menopausa) e aumento temporário do volume da mama. No entanto, devemos ressaltar que todos esses efeitos colaterais podem ser adequadamente tratados.

Quando o tumor é avançado e não responde ao tratamento com redução dos níveis de testosterona, está indicada a realização de quimioterapia. Assim, esse tipo de tratamento representa o último caso, no câncer de próstata.

XI-. Aspectos Legais:

Segundo a Ética e Bioética em Enfermagem. O enfermeiro tem a responsabilidade total sobre o paciente, cabe ao enfermeiro prestar socorro necessário e livre de danos decorrentes aos pacientes que estiverem em sua responsabilidade e supervisionar todos os auxiliares e técnicos para que este socorro prestado não seja de forma corrupta pode-se provar estas palavras acima pronunciando o capitulo III do no artigo 16 do livro de Ética e Bioética em enfermagem que diz. É das responsabilidades do enfermeiro Art. 16. Assegurar ao cliente uma Assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.(FONTINELE, 2000, p, 19).

XII-.DIAGNOSTICOS DE ENFERMAGEM:

1)Déficit de conhecimento sobre os cuidados no Pós.Operatório relacionado à idade avançada;

2)Risco para integridade da pele prejudicada relacionado a repouso no leito secundário à Prostatectomia;

3)Déficit de volume de líquidos relacionado à hemorragia e à ingesta líquida reduzida;

4)Mobilidade física prejudicada relacionada à dor, dreno penrose e acesso venoso periférico evidenciado na queixa do usuario.

XIII-. PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM

-       Manter ambiente tranqüilo;

-       Proporcionar conforto;

-       Manter o usuário em decúbito dorsal e leito em semi- fowler ;

-       Administrar e controlar hidratação oral (soro e ingesta de líquidos);

-       Monitorizar cateterismo vesical de demora, com controle de irrigação;

-       Manter acesso venoso;

-       Verificar SSVV de 6/6 horas

-       Observar ingesta de alimentos.

XIV-. EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM

Verificou-se que o usuário obteve a melhora desejada pela equipe de enfermagem,tendo uma evolução no seu quadro,podendo assim recuperar em partes a sua autonomia,para realização de das necessidades fisiológicas e de higiene.

XV-.   PROGNOSTICO

O índice de sobrevida em cinco anos no câncer de próstata é de quase 100%, mesmo sem o tratamento da doença. Os médicos costumam preferir essa abordagem quando o paciente tem mais de 70 anos de idade e pode não suportar uma Prostatectomia radical - remoção cirúrgica completa da glândula afetada -, particularmente quando apresenta outros problemas graves de saúde.

Paciente (nome), no entanto, tem 64 anos de idade. Para pacientes nessa faixa etária e que se encontram saudáveis, a cirurgia pode ser o tratamento de escolha, desde que os médicos estejam certos de que o câncer não se disseminou além da próstata e seja a opção do paciente.

A escolha do tratamento depende da idade do paciente, da agressividade e da localização do câncer. Muitas pessoas na idade de paciente (A.P.M.N) realizam a cirurgia porque ela é a opção com maior chance de cura. Entretanto, esse procedimento apresenta efeitos colaterais.

Um desses efeitos é a impotência, que ocorre em até 50% dos pacientes submetidos à cirurgia da próstata.

Nos estágios iniciais do câncer de próstata não existem sintomas, motivo pelo qual a American Cancer Society recomenda que os pacientes realizem dosagens anuais do PSA (sigla em inglês para antígeno específico da próstata) a partir dos 50 anos de idade.

Não se trata de um teste diagnóstico, podendo apenas indicar que o paciente pode apresentar um câncer de próstata. Em associação ao teste do PSA, a ACS recomenda o exame de toque retal para detectar o aumento da próstata.

Este, também, não é um exame definitivo. Através do toque, o médico pode determinar o tamanho da próstata e a sua consistência. Mas por volta dos 50 anos de idade, cerca de metade dos pacientes têm próstatas aumentadas de tamanho, o que pode levar a urinar mais freqüentemente.

No entanto, esse aumento da próstata pode ser benigno, sem relação com o câncer. Quando o toque retal e os níveis de PSA sugerem que pode haver algum problema.

Estudos têm apontado maneiras pelas quais o risco talvez possa ser reduzido. Uma das principais é a mesma recomendação dada para a redução do risco de outras doenças, desde as doenças cardíacas até a depressão: manter uma alimentação saudável, rica em verduras, frutas e grãos integrais; evitar alimentos ricos em gorduras e carboidratos; praticar atividades físicas regularmente, pelo menos 2 ou 3 vezes por semana. Há um interesse crescente nos suplementos alimentares para a redução do risco do câncer de próstata, particularmente a vitamina E e o cromo.

XVI-. Conclusão:

O paciente em estudo foi internado no dia 28/10/2008 e ficou sob os nossos cuidados durante 3 dias. Onde pudemos levantar os problemas de enfermagem e fechar alguns diagnósticos de enfermagem: 1)Déficit de conhecimento sobre os cuidados no P.O relacionado à idade avançada; 2)Risco para integridade da pele prejudicada relacionado a repouso no leito secundário à Prostatectomia; 3)Déficit de volume de líquidos relacionado à hemorragia e à ingesta líquida reduzida; 4)Mobilidade física prejudicada relacionada à dor, dreno penrose e acesso venoso periférico. Durante esse período vivenciamos situações inusitadas, que foram de suma importância para a nossa evolução acadêmica. Realizamos atividades que contribuíram para o aprendizado do grupo, bem como: aprimoramento técnico – científico; e relacionamento interpessoal que, futuramente, poderão ser exercidas por nós, até então, discentes do Curso de Graduação de Enfermagem.

Ao que pudemos presenciar, concluímos que a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) é de grande relevância e importância no hospital para um bom prognóstico. Percebemos, na prática, que a melhor assistência é a individualizada e humanizada, onde o usuário é um ser único e plural, multidimensional, nas suas necessidades básicas, para tanto devemos como futuros enfermeiros estar assistindo o cliente como um ser único, respeitando as suas necessidades biopsico-sociais.

Devido à alta hospitalar, não foi possível realizarmos a Plano Assistencial de enfermagem, mais completo e amplo no sentido de conhecermos melhor as necessidades de saúde do usuário o Sr.A.p.m.n.

XVII.Referencia Bibliográfica:

FONTINELLE. Ética e bioética em enfermagem. Ed 200. Goiânia; AB: 2000.

GOVERNO FEDERAL. lei de criação dos conselhos, decreto de regulamento da profissão. [s. ed.]. Brasília; [s. edi]:1986

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância de Câncer.

Estimativas 2008: Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2007

POTTER, P.A., et al. Grande Tratado de Enfermagem Pratica, Clínica e Pratica Hospitalar,

10ª edição, Editora Santos, São Paulo, 2007.

GUYTON, C. A., et al. Fisiologia Humana e Mecanismos das Doenças. Editora Guanabara

Koogan S.A., edição 6ª, Rio de Janeiro, 1998.

XVIII - ANEXOS:

FARMACODINAMICA:Mecanismo de ação das drogas.

Princípio básico: A droga deve se ligar a um constituinte celular (proteína - alvo) para produzir uma resposta farmacológica.

4 tipos participam como alvo primário para ligação com a droga:

1.Enzimas

2.Moléculas transportadoras

3.Canais iônicos

4.Receptores

O termo receptor é usado para interações do tipo regulador fisiológico aumentando ou inibindo a resposta. A potência (resposta) da droga depende de dois parâmetros: a afinidade da droga por seus receptores (isto é, tendência a ligar-se aos receptores) e da eficácia (isto é capacidade, uma vez ligada, de iniciar alterações que levam a efeitos).

Para antagonistas a eficácia é zero.

(Agonistas totais possuem elevada eficácia; agonistas parciais possuem eficácia intermediária).

FARMACOCINÉTICA:é o estudo da velocidade com que os fármacos atingem o sítio de ação e são eliminados do organismo, bem como dos diferentes fatores que influenciam na quantidade de fármaco a atingir o seu sítio. Basicamente, estuda os processos metabólicos de absorção, distribuição, biotransformação e eliminação das drogas.

1-Absorção – é a passagem do fármaco do local em que foi administrado para a circulação sistêmica. Constitui-se do transporte da substância através das membranas biológicas.

2-Biodisponibilidade – indica a quantidade de drogas que atinge seu local de ação ou um fluido biológico de onde tem acesso ao local de ação. É uma fração da droga que chega à circulação sistêmica.

Captopril (25 mg).

3- Bioequivalência – é a equivalência farmacêutica entre dois produtos, ou seja, dois produtos são bioequivalentes quando possuem os mesmos princípios ativos, dose e via de administração, e apresentam estatisticamente a mesma potência.

4-Distribuição – é a passagem de um fármaco da corrente sangüínea para os tecidos. A distribuição é afetada por fatores fisiológicos e pelas propriedades físico-químicas da substância.

5-Biotransformação ou metabolismo - é a transformação do fármaco em outra(s) substância(s), por meio de alterações químicas, geralmente sob ação de enzimas inespecíficas. A biotransformação ocorre principalmente no fígado, nos rins, nos pulmões e no tecido nervoso.

6-Indução enzimática – é uma elevação dos níveis de enzimas (como o complexo Citocromo P450) ou da velocidade dos processos enzimáticos, resultantes em um metabolismo acelerado do fármaco.

7-Inibição enzimática – caracteriza-se por uma queda na velocidade de biotransformação, resultando em efeitos farmacológicos prolongados e maior incidência de efeitos tóxicos do fármaco. Esta inibição em geral é competitiva. Pode ocorrer, por exemplo, entre duas ou mais drogas competindo pelo sítio ativo de uma mesma enzima.

8-Metabólitos – é o produto da reação de biotransformação de um fármaco. Os metabólitos possuem propriedades diferentes das drogas originais.

9-Excreção ou eliminação – é a retirada do fármaco do organismo, seja na forma inalterada ou na de metabólitos ativos e/ou inativos. A eliminação ocorre por diferentes vias e varia conforme as características físico-químicas da substância a ser excretada.

10-Meia-vida – a meia-vida (T1/2) é o tempo necessário para que a concentração plasmática de determinado fármaco seja reduzida pela metade. Supondo então que a concentração plasmática atingida por certo fármaco seja de 100 mcg/mL e que sejam necessários 45 minutos para que esta concentração chegue a 50 mcg/mL, a sua meia-vida é de 45 minutos.

CAPTOPRIL:

Composição; (amido de milho, lactose, celulose micro cristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício coloidal, ácido esteárico)

Mecanismo de ação:

O exato mecanismo de ação do CAPTOPRIL ainda não foi completamente elucidado. Os efeitos benéficos do CAPTOPRIL na hipertensão e na insuficiência cardíaca parecem resultar principalmente da supressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona.
O CAPTOPRIL impede a conversão da angiotensina I em II, pela inibição da enzima conversora de angiotensina (ECA), resultando na diminuição das concentrações séricas de angiotensina II, que é uma das mais potentes substâncias vasoconstritoras endógenas. A redução da angiotensina II leva a uma secreção diminuída de aldosterona e, como resultado, podem ocorrer pequenos aumentos de potássio sérico, juntamente com perda de sódio e líquidos.

A enzima conversora de angiotensina (ECA) é idêntica à "bradicininase", sendo assim, o CAPTOPRIL pode inibir a degradação da bradicinina. Isto resulta no aumento da concentração da bradicinina e, conseqüentemente, no aumento da biossíntese de prostaglandina. A bradicinina e a prostaglandina são substâncias vasodilatadoras endógenas, podendo assim, fazer parte do efeito terapêutico do CAPTOPRIL.

Farmacocinética: O CAPTOPRIL é rapidamente absorvido por via oral; os níveis sangüíneos máximos ocorrem por volta de 1 hora. A absorção mínima média é de aproximadamente 75%. A presença de alimentos no trato gastrointestinal reduz a absorção do CAPTOPRIL em cerca de 30 a 40%, motivo pelo qual o produto deve ser administrado uma hora antes das refeições. Aproximadamente 25 a 30% da droga circulante são ligada às proteínas plasmáticas. A meia-vida de eliminação é inferior a 3 horas. Em um período de 24 horas, mais de 95% da droga absorvida é eliminada na urina; 40 a 50% como droga inalterada e o restante como metabólitos (bissulfeto dímero de captopril e bissulfeto de captopril-cisteína). Em pacientes com comprometimento renal, no entanto, ocorre retenção de CAPTOPRIL.

Início da ação: 15 a 60 minutos. Tempo para atingir a concentração sérica de pico: 30 a 90 minutos. Tempo para atingir o efeito de pico: 60 a 90 minutos. Duração da ação: aproximadamente 6 a 12 horas, sendo dose relacionada.

Farmacodinâmica: Após a administração oral de uma dose isolada de CAPTOPRIL, reduções máximas da pressão arterial são freqüentemente observadas dentro de 60 a 90 minutos. A duração do efeito está relacionada com a dose ingerida. Entretanto, a redução da pressão arterial pode ser progressiva, podendo ser necessárias várias semanas de tratamento para se atingir o efeito terapêutico máximo. Os efeitos hipotensores do CAPTOPRIL e do diurético tipo tiazídicos são aditivos. A pressão arterial é reduzida na mesma intensidade, tanto na posição em pé ou deitada. Os efeitos ortostáticos e taquicardia são infreqüentes, mas podem ocorrer em pacientes volume-depletados. A retirada abrupta do CAPTOPRIL não tem sido associada com o rápido aumento da pressão arterial. Em pacientes com insuficiência cardíaca têm sido demonstradas reduções significativas da resistência vascular periférica (sistêmica) e da pressão arterial (pós-carga), redução da pressão capilar pulmonar (pré-carga) e da resistência vascular pulmonar. Demonstrou-se aumento do débito cardíaco e do tempo de tolerância ao exercício (TTE). Estes efeitos clínicos e hemodinâmicos ocorrem após a primeira dose e parecem persistir durante a terapia. A melhora clínica tem sido observada em alguns pacientes nos quais os efeitos hemodinâmicos foram mínimos.

Estudos realizados em pacientes com infarto do miocárdio demonstraram que o tratamento com CAPTOPRIL resultou em melhoria da sobrevida em longo prazo e dos resultados clínicos, mesmo quando adicionado a outras terapias pós-infarto do miocárdio, tais como com trombolíticos, betabloqueadores ou ácidos acetilsalicílico. Os mecanismos pelos quais resulta nessas melhorias incluem a atenuação da dilatação progressiva e da deterioração da função do ventrículo esquerdo e a inibição da ativação neuro-humoral.

O CAPTOPRIL reduziu a proteinúria em pacientes hipertensos com nefropatia diabética. Esse efeito pode ser devido à mudança na hemodinâmica intrarenal (vasodilatação renal e redução da pressão de filtração).

Intervenções de Enfermagem

1. Iniciar o uso da medicação no hospital, sob supervição da enfermagem.

2. Informar ao paciente as reações adversas mais freqüentes, como tosses e palpitações.

3. Recomendar para o paciente verificar diariamente a PA, antes de

tomar a medicação e após 60 minutos, onde o medicamento atinge o pico de ação.

4-informar o paciente sobre interações medicamentosas com outras substancias.

Omeprazol:

O primeiro inibidor da bomba de prótons foi o benzimidazol substituído por omeprazol. Este fármaco atua através da inibição irreversível da bomba de prótons, que por sua vez tem a função reguladora da secreção de ácido pelas células parietais, que constitui a etapa terminal na via de secreção ácida. O omeprazol inibe acentuadamente a secreção de ácido gástrico tanto basal quanto estimulado.

É inativo em pH neutro, todavia por ser uma base fraca acumula-se no ambiente.

Ácido dos canalículos da célula parietal estimulada, onde é ativado. Esse acúmulo

preferencialmente em áreas de pH muito baixo, como as que ocorrem singularmente nos canalículos secretórios das células parietais gástricas, significa que esse agente exerce um efeito especifico sobre essas células.

O uso clínico do omeprazol é indicado para úlcera péptica, esofagite de refluxo, terapia de infecção de Helicobacter pylori, síndrome de Zollinger – Ellison (condição rara causada por tumores secretores de gastrina).

O omeprazol é administrado por via oral, entretanto devido à sua rápida degradação em Ph baixo, é apresentado na forma de cápsulas contendo grânulos de revestimento entérico. È absorvido e, a partir do sangue, penetra nas células parietais, dos canalículos. Administração de doses elevadas produz aumentos desproporcionalmente maiores nas concentrações plasmáticas.

A apesar de ter uma meia vida de cerca de uma hora, a administração diária de

uma dose única afeta a secreção ácida durante 2-3 dias devido acúmulo nos canalículos.

Com doses diárias observa-se um efeito anti-secretório crescente por um período de até 5 dias, quando se atinge um platô.

Os efeitos indesejáveis não são comuns. Inclui cefaléia, diarréia (ambas algumas vezes grave). Foram relatadas a ocorrência de tontura, sonolência, confusão mental, impotência, ginecomastia e dor nos músculos e articulações.

REAÇÕES ADVERSAS: Dermatológicas: Erupções cutâneas, usualmente pruriginosas, e algumas vezes acompanhadas de febre, artralgia e eosinofilia, ocorreram em cerca de 4 a 7% dos pacientes (dependendo do estado renal e dose), geralmente durante o primeiro mês de tratamento. Elas são usualmente maculopapulares, porém raramente urticariformes. Prurido, sem erupção, ocorre em cerca de 2% dos pacientes. Uma associação reversível de lesão tipo penfigóide e fotossensibilidade também foi relatada. Rubor e palidez também foram relatados raramente (< 0,5% dos pacientes).
Cardiovasculares: Pode ocorrer hipotensão. Taquicardia, dor no peito e palpitação têm sido observadas em aproximadamente 1% dos pacientes. Angina pectoris, infarto do miocárdio, síndrome de Raynaud e insuficiência cardíaca congestiva têm ocorrido em taxas < 0,3% dos pacientes.

Gastrintestinais: Aproximadamente 2 a 4% dos pacientes (dependendo do estado renal e dose) desenvolveram diminuição ou perda do paladar (disgeusia). A falta de paladar é reversível e usualmente auto-limitada (2 a 3 meses) mesmo com a continuação da administração da droga. A perda de peso pode ser associada à perda do paladar.

Hematológicas: Neutropenia/agranulocitose tem ocorrido. Casos de anemia, trombocitopenia e pancitopenia têm sido relatados.

Angioedema: Angioedemas envolvendo as extremidades, face, lábios, mucosas, língua, glote ou laringe tem sido reportada em aproximadamente 0,1% dos pacientes. Angioedema envolvendo as vias aéreas superiores têm causado obstrução fatal.

Respiratórias: Foi relatada tosse em 0,5 - 2% dos pacientes tratados com CAPTOPRIL em estudos clínicos.

Renais: Cada uma das reações adversas citadas a seguir foi relatada raramente (< 0,2%) e sua relação com o uso da droga é incerta: insuficiência renal, dano renal, síndrome nefrótica, poliúria, oligúria e freqüência urinária. Relata-se proteinúria.

Intervenções de Enfermagem

1. Informar ao paciente as reações adversas mais freqüentemente relacionadas ao uso da medicação, principalmente a diarréia.

2. Orientar enxágües orais freqüentes, manter boa higiene oral e o consumo de balas ou gomas de mascar podem minimizar o efeito.

3. Orientar que as possíveis tosses secas podem ser da interação medicamentosa do captopril.

Kefrin (cefalexina):

A cefalexina é um antibiótico de amplo espectro que pode ser encontrado em forma de cápsulas ou suspensão oral. Pode ser também conhecido como Keflex, Cefacimed, Ceflexin ou Cefaxon.Está indicado para o tratamento de todas as infecções causadas por microorganismos sensíveis a este antibiótico como no tratamento de infecções do trato respiratório causadas por S. pneumoniae e estreptococos beta-hemolíticos do grupo A.; otite média causadas por S.pneumoniae, H.influenzae, estafilococos, estreptococos e M.catarrhali; infecções da pele e suas estruturas causadas por estafilococos e estreptococos; infecções ósseas causadas por estafilococos ou Proteus mirabilis; infecções genito-urinárias, incluindo prostatite aguda, causadas por E.coli, P.mirabilis e Klebsiella sp. E iinfecções dentárias causadas por estafilococos ou estreptococos.

Contra-indicações: O uso da cefalexina não está indicado para o tratamento de meningites mesmo quando causadas por microorganismos sensíveis, pacientes que apresentem hipersensibilidade aos antibióticos cefalosporínicos e antibióticos relacionados. 

Efeitos colaterais: Urticária, prurido e erupções cutâneas, febre, eosinofilia, dores nas articulações, mialgia, angiedema, edema, eritema, síndrome de Stevens-Johnson, reações semelhantes às da doença do soro e anafilaxia, diarréia, dispepsia, dor abdominal, náuseas e vômitos, prurido anal e genital, vaginites, tontura, fadiga, cefaléia, agitação, nefrite intersticial reversível, neutropenia, trombocitopenia, elevações da transaminase glutâmico-oxalacética (TGO) e transaminase glutâmico-pirúvica (TGP), hepatite transitória e icterícia colestática.

A cefalexina é um antibiótico semi-sintético do grupo das cefalosporinas para administração oral. É o ácido 7-(D-amino-fenilacetamido)-3-metil-3-cefem-4-carboxílico monoidratado. Sua fórmula molecular é C16H17N3O4S.H2O e peso molecular de 365,4. Possui o núcleo dos demais antibióticos cefalosporínicos. O composto é um zwitterion, isto é, a molécula contém agrupamentos ácido e básico. O ponto isoelétrico da cefalexina em água é de aproximadamente 4,5 a 5. A forma cristalina da cefalexina é de monoidrato. É um pó cristalino branco, com sabor amargo. A solubilidade em água é baixa à temperatura ambiente; 1 ou 2 mg/ml podem ser dissolvidos rapidamente; porém, concentrações mais altas são obtidas com dificuldade. As cefalosporinas diferem das penicilinas na estrutura do sistema bicíclico de anéis. 3

A cefalexina tem um radical D-fenilglicílico como substituinte na posição 7-amino e um radical metil na posição 3.

Farmacologia Clínica: Farmacologia Humana - A cefalexina é ácido estável, podendo ser administrada sem considerar as refeições. É rapidamente absorvida após administração oral. Após doses de 250 mg, 500 mg e 1 g, níveis sangüíneos máximos médios de aproximadamente 9, 18 e 32 mcg/ml, respectivamente, foram obtidos em uma hora. Níveis mensuráveis estavam presentes 6 horas após a administração. A cefalexina é excretada na urina por filtração glomerular e secreção tubular. Os estudos demonstraram que mais de 90% da droga foi excretada inalterada na urina dentro de 8 horas. As concentrações máximas na urina durante este período foram de aproximadamente 1.000 mcg, 2.200 mcg e 5.000 mcg/ml, após doses de 250 mg, 500 mg e 1 g, respectivamente.

Microbiologia - Testes in vitro demonstram que as cefalosporinas são bactericidas porque inibem a síntese da parede celular. A cefalexina mostrou ser ativa tanto in vitro como em infecções clínicas contra a maioria dos seguintes microrganismos, conforme relacionadas no item INDICAÇÕES:

Aeróbios gram-positivos: Estreptococos beta-hemolítico; Estafilococos (incluindo cepas coagulase positivas, coagulase negativas e produtoras de penicilinase,); Streptococcus pneumoniae (cepas sensíveis à penicilina).

Aeróbios gram-negativos: Escherichia coli; Haemophilus influenzae; Klebsiella spp.; Moraxella catarrhalis; Proteus mirabilis.

Nota: Os estafilococos meticilino-resistentes e a maioria das cepas de enterococos são resistentes à cefalexina. Não é ativa contra a maioria das cepas de Enterobacter spp., Morganella morganii e Proteus vulgaris. A cefalexina não tem atividade contra as espécies de Pseudomonas spp. Ou Acinetobacter calcoaceticus. Os Streptococcus pneumoniae penicilino-resistentes apresentam usualmente resistência cruzada aos antibióticos beta-lactâmicos.

Testes de Sensibilidade - Técnicas de Difusão - Os métodos quantitativos que requerem medidas de diâmetro de halos de inibição fornecem estimativas reproduzíveis da sensibilidade da bactéria às substâncias antimicrobianas. Um desses métodos padronizados, que foi recomendado para uso com discos de papel para testar a sensibilidade dos microrganismos à cefalexina, utiliza discos com 30 mcg de cefalotina. A interpretação do método correlaciona os diâmetros dos halos de inibição obtidos com os discos com a concentração inibitória mínima (CIM) para cefalexina. Os relatórios de laboratório, dando resultados do teste de sensibilidade com disco único padrão, com um disco de cefalotina de 30 mcg devem ser interpretados de acordo com os seguintes critérios:

Diâmetro do halo (mm)Interpretação

≥ 18(S) Sensível

15 – 17(I) Intermediário

≤ 14(R) Resistente

Intervenções de Enfermagem:

1. Informar ao paciente os sintomas relacionados às contra indicações do medicamento.

2. Recomendar a equipe de enfermagem, na observação das reações adversas e no cuidado na administração, quanto à via e possíveis reações alérgicas.

3. Monitorar os sinais de disfunção hepática durante a terapia.

Dipirona:

Potente analgésico, antitérmico e antiflamatório.

Apresentação comprimidos de 320mg e 500mg. Frascos com 10ml, 15ml e 20ml

(500mg/ml) solução oral gotas. Frascos com 100ml (500mg/ml) de solução oral mais

medida graduada (2,5ml, 5ml,7,5ml, e 10ml). Supositórios com 300mg (infantil) e 1g

(adulto). Ampolas de 1ml, 2ml ou 5ml (500mg/ml de solução injetável).

Farmacocinética, usos VO, IM, EV ou retal. Possui absorção rápida e total pelo trato gastrintestinal a distribuição tanto da droga como dos seus metabólicos ligam-se fracamente as proteínas plasmáticas e difundem-se rápida e uniformemente nos tecidos, possui uma concentração máxima de 1,2 – 1,5 horas (VO e IM) a eliminação é pela urina (eliminação total dos metabólicos) e sua meia vida de eliminação é de 7 horas.

A dipirona é indicada como antitérmico inclusive em convulsões febris em crianças

e até em doenças malignas, quando a febre não puder ser controlada por nenhum outro meio, também pode ser usada como analgésico.

A posologia se for pelas vias VO, IM, EV ou retal (adultos) 500mg – 1g, repetidos

conforme necessários em 3/3, 4/4 ou em 6/6 horas. VO, IM, EV ou retal (crianças) a dose é variável de acordo com o peso da criança. Crianças menores de 6 anos 1g/dia, criança de 6 – 12 anos 2g/dia e crianças acima de 12 anos 3g/dia.

As contras indicações e precauções são diversas, portanto recomenda-se suspender o uso da medicação tão logo que seja observada alteração na contagem sangüínea ou sinal de agramilocitose.

Nefrites crônicas, discrasias sanguíneas, certas doenças metabólicas, como

porferia hepática ou deficiência congênita de glicose – 6 fosfato – desidrogenase. Asma e infecções respiratórias crônicas. Grave comprometimento cardiocirculatório, são exemplos das contras indicações.

Além das contras indicações ter cautelas ao administrar a dipirona, pois pode

surgir as reações adversas que são bastante desagradáveis.

Na pele pode surgir erupções cutâneas, sistema gastrointestinal pode apresentar,

náuseas, vômito e hemorragia do sistema gastrointestinal, sistema nervoso central pode ocorrer tremores, como também pode surgir outras reações que podem ser, anúaria, edema, reações alérgicas (asma, edema angioneurótico, agravamento da hipotermia e queda súbita da PA).

Durante a terapia evitar interações como álcool, pois é possível a potencializarão do efeito dessa droga, bem como os anticoagulantes, barbitúrico, ciclosporina, clorpromazina e nefretóxicos.

Intervenções de Enfermagem

1. Dar banho em pacientes até a estabilização da temperatura corporal no caso de hipertermia.

2. Recomendar que o paciente evite atividades que requerem estado de alerta, durante a terapia, pois pode causar tontura e sonolência.

3. Avaliar, os sinais vitais, função cardíaca, função renal, função respiratória, reações dermatológicas, reações hematológicas e hipersensibilidade.

Plasil (metocoplamida)

É um produto de síntese original dotado de características químicas farmacológicas e terapêuticas peculiares; sua substância ativa metoclopramida é quimicamente o cloridrato de (N-dietilaminoetil)-2-metoxi-4-amino-5-cloro-benzamida.

Farmacodinâmica: A metoclopramida, antagonista da dopamina, estimula a motilidade muscular lisa do trato gastrintestinal superior, sem estimular as secreções gástrica, biliar e pancreática. Seu mecanismo de ação é desconhecido, parecendo sensibilizar os tecidos para a atividade da acetilcolina. O efeito da metoclopramida na motilidade não é dependente da inervação vagal intacta, porém, pode ser abolido pelas drogas anticolinérgicas.

A metoclopramida aumenta o tônus e amplitude das contrações gástricas (especialmente antral), relaxa o esfíncter pilórico, duodeno e jejuno, resultando no esvaziamento gástrico e no trânsito intestinal acelerados. Aumenta o tônus de repouso do esfíncter esofágico inferior.

Farmacocinéticas: A metoclopramida sofre metabolismo hepático insignificante, exceto para conjugação simples. Seu uso seguro tem sido descrito em pacientes com doença hepática vançada com função renal normal.

Após a dose oral, o pico plasmático é alcançado em 30 a 60 minutos. A sua excreção é feita principalmente pela urina e sua meia-vida plasmática é de aproximadamente 3 horas.


Autor: Erasmo Braulino/dr. Enfermeiro


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