Análise do Filme The Woodsman (O Lenhador) - Um Caso de Pedofilia



Objetivo

O objetivo do presente trabalho é fazer uma análise do filme The Woodsman (O lenhador) fazendo uso de três perspectivas teóricas: a perspectiva interacionista, a Fenomenologia e a Etnometodologia. Para um melhor entendimento, cada uma dessas perspectivas será analisada separadamente e em cada parte serão discutidos os pontos do filme que apresentam as maiores relações com a perspectiva em questão. Vale lembrar que não é objetivo do trabalho promover um amplo entendimento do filme citado e sim promover uma discussão dos pontos relacionados à temática do crime. Além disso, haverá uma aplicação prática das teorias a um fenômeno específico – a pedofilia - e não uma explicação sucinta das mesmas.


Sinopse do filme

Depois de doze anos preso por pedofilia, Walter, é solto em liberdade condicional. Com um emprego novo e uma namorada, ele tem a chance de recomeçar sua vida, o que não é o suficiente para que os "fantasmas" de seu passado desapareçam. Morando em frente a uma escola primária, e com o detetive que supervisiona sua condicional diariamente, Walter vive um grande conflito entre seus piores desejos e conseguir levar uma vida normal.

Perspectiva Interacionista

Neste ponto, a análise será voltada para a reação e para as respostas que a sociedade dá ao indivíduo criminoso, bem como para as influências que estas respostas podem exercer sobre o modo que o indivíduo criminoso se percebe e sobre a suas condutas posteriores.

Como já foi dito anteriormente, Walter cometeu o crime de pedofilia. Como sabemos, a pedofilia é um dos crimes que mais causa revolta na sociedade e que também trás uma discussão sobre o normal e o patológico, já que é considerado, por alguns, como uma doença (não discutiremos aqui o paradigma normal x patológico).

Algumas "cerimônias" promovem o reconhecimento de um indivíduo como criminoso; uma das principais cerimônias desse tipo é a condenação formal e é exatamente o que acontece com Walter. Os doze anos que ele passou na cadeia foram mais do que suficientes para promover o reconhecimento dele, perante a sociedade, como criminoso e construir diversas situações que ele precisou enfrentar quando saiu da prisão. Como o filme não mostra o comportamento de Walter antes do aprisionamento, não analisaremos as mudanças psicológicas e comportamentais que o período de encarceramento provocou, mas podemos, com relativa precisão, afirmar que ele passou por muitos rituais que certamente promoveram mudanças significativas na sua psique e em seu comportamento. Assim, o próprio Walter passou a se perceber de forma diferente, ou seja, houve também uma alteração em sua auto-imagem.

Ao sair da prisão, Walter recebe diversas instruções, tais como: manter distância mínima de 100 metros de qualquer escola, ver o terapeuta uma vez por semana, receber o agente da condicional pelo menos uma vez por semana, entre outras. Essas obrigações já iniciam um processo de rotulação: ele é um indivíduo diferente, com uma rotina e obrigações específicas. Como resultado disso, Walter não possui mais nenhum amigo e o único familiar com quem ele tem contato é Carlos, o marido de usa irmã Annete. Além disso, ele só consegue um emprego porque antes de ser preso ele havia trabalhado em uma madeireira que ainda existia e era administrada pelo filho do dono da época que ele trabalhou lá, mas, mesmo assim, é tratado como um funcionário diferente; recebe instruções específicas, de cunho pessoal e não unicamente profissional. Obviamente é a sua ficha criminal que promove, a princípio, esse tratamento diferenciado.

O trabalho permite a Walter algum contato com outras pessoas. Esse contato trás dois eventos peculiares: o primeiro é a perseguição que ele sofre, devido ao seu passado, por alguns "amigos" de trabalho, mais especificamente uma mulher chamada Mary – Kay, essa questão analisaremos aqui; o segundo é uma relação amorosa que ele constrói com uma mulher (por se tratar de uma interação mais direta, faremos essa análise etnometodologicamente).

Mary – Kay investiga o passado de Walter e começa a persegui-lo, sugere que ele procure outro emprego, coloca cartazes em seu armário de trabalho e, por fim, encontra na internet a ficha individual de Walter. Ela imprime esta ficha e a coloca no armário de Walter de modo que todos a vejam e tomem conhecimento do passado dele. Baseados em seus esteriótipos, os outros funcionários o agridem verbalmente e quase fisicamente. O que Mary – Kay faz é expor o passado de Walter aos demais e, com isso, aumentam as perseguições, as ameaças, as críticas, enfim, as conseqüências do rótulo que ele carrega.

Além das pessoas de seu trabalho, o próprio agente da condicional, o sargento Lucas, também funciona como elemento rotulador e causador de conflitos pessoais para Walter. O sargento Lucas, em suas visitas, sempre trata Walter como um ser humano desprezível, irrecuperável, inescrupuloso. Pergunta se ele se masturba enquanto observa crianças pela janela e o pior, ele sempre o acusa, de forma indireta, de crimes que acontecem nas redondezas, como o abuso de uma criança de 10 anos próximo ao local que ele mora, o espancamento de um homem (que, de fato, foi cometido por ele, mas analisaremos adiante). Além disso, o agente da condicional buscava sempre fazer com que Walter acreditasse que ele não tinha nenhum valor, que ele poderia matá-lo e ninguém sentiria sua falta, etc. Sabemos que autoridades policiais podem interferir de forma direta no modo que um indivíduo se percebe e, sobretudo, na forma que a sociedade o faz.

Agora chegamos ao ponto central e, no nosso caso, também final, da análise. Nessa discussão utilizamos muitos dos conceitos do Labeling e, segundo essa perspectiva esse processo de rotulação a partir de uma delinqüência primária poderá (e por muitas vezes o faz) gerar uma delinqüência secundária. Muitas vezes o processo fundamental para que o indivíduo passe por essa experiência é uma Cerimônia degradante, que constitui um processo punitivo tão intenso que faz com que o indivíduo experimente uma mudança de identidade. Isso significa que esse processo de rotulação pode promover algo chamado role-engulfment, ou seja, Walter poderá experimentar uma transformação tão acentuada em sua auto-imagem (a maneira como ele se percebe) que ele passa a se enxergar exatamente da forma que as pessoas e as instituições o rotularam e, portanto, assume o papel de delinqüente como sendo o papel primado. Segundo a perspectiva interacionista seria esse o acontecimento mais provável nesses casos.

No caso de Walter ele, de fato, chega a praticar outro crime, ele agride um pedófilo. Todavia, essa prática não parece estar, como discutiremos na perspectiva fenomenológica, totalmente ligada à questão dos rótulos em si, mas obviamente essa é uma hipótese a ser considerada. Essa perspectiva foi aqui apresentada como uma possibilidade real de acontecimento, tendo em vista, no entanto, que não se trata de uma perspectiva determinista e, por isso, não podemos afirmar veementemente a repetição de atitudes delinqüentes.

Perspectiva Fenomenológica

Nessa seção o estudo será voltado para o modo como o ator/autor percebe o seu papel, sem interferência de regras específicas de observação. Além disso, veremos o sujeito como ele se apresenta no momento do fenômeno em questão. Então, veremos como Walter percebe o fenômeno em que ele está inserido e, também, como ele se percebe.

A pedido de seu terapeuta, Walter começa e escrever um diário, no qual ele registra as os fatos a que ele atribui importância, bem como as sensações que ele experiência em circunstâncias específicas. Walter costuma perguntar a seu terapeuta quando ele vai ser uma pessoa normal. Entretanto, quando é questionado sobre o que, para ele, significa ser normal, ele não consegue responder.

Walter costuma observar as crianças pela sua janela e ele percebe que um homem sempre está perto das crianças. Ele escreve: "observo as crianças chegando à escola e nas ultimas semanas eu percebi que mais alguém as observa. Eu o chamo de Candy". Voltaremos a esse ponto no final dessa seção.

Muitas passagens do filme revelam a forma como Walter enxerga a questão da pedofilia. O que é interessante notar e que talvez não tenha ficado muito claro, é que ele não está completamente recuperado; ele está lutando o tempo todo contra desejos que ele ainda possui, ele não se permite mais praticar a pedofilia, mas isso não significa que ele não deseje fazê-lo. Ele precisa se "curar" disso que ele parece enxergar como uma doença. Nesse sentido, ele é tomado por sensações estranhas quando vê crianças nos ônibus, nas ruas, quando elas esbarram nele. Ele continua observando Candy e imagina como seria se ele chamasse a polícia; ele sabe que não teria muito crédito, afinal há uma diferença substancial entre um possível abusador de crianças e alguém que passou doze anos preso por abusar de garotinhas; como já foi dito, a condenação jurídica de um indivíduo faz com que haja uma redução substancial em sua credibilidade perante a sociedade e, também, perante o próprio sistema de justiça.

Em certa ocasião, Walter começa a observar uma garotinha no shopping e resolve segui-la até uma loja. Nesse momento ele parece se arrepender e sai da loja apressadamente. Ele conta esse acontecimento a seu terapeuta e se mostra muito nervoso por não saber o que poderia acontecer. Ele não sabe até que ponto ele seria capaz de ir, não sabe se seria capaz de manter o controle caso tivesse a oportunidade de estar com a garota. Nessa seção terapêutica ele responde que "ser normal, para ele, é poder ver uma garotinha e não pensar em (...)". Essa afirmação, bem como seu comportamento, revela a vulnerabilidade a que ele permanece sujeito, mostra que ele próprio tem a consciência de que pode vir a praticar crimes de pedofilia novamente e isso lhe causa medo, ansiedade, etc., muitas vezes revelados em pesadelos.

Walter sempre observa uma garotinha que, com certa freqüência, pega o mesmo ônibus que ele. Um dia ele resolve segui-la e descobre que ela vai a um parque observar pássaros. Ele inicia um breve diálogo com a garota, ela se mostra um pouco assustada, diz que precisa ir para casa e vai embora. O que podemos perceber nessa situação é que Walter parece estar se testando. Ele parece querer iniciar relações "normais" com as crianças, ou pelo menos ver se isso seria possível.

Em uma das vezes que Walter observa Candy ele percebe que ele saiu de carro com um garotinho. Nesse momento ele é tomado por um sentimento de raiva e parece muito incomodado por não puder fazer nada. O que fica subentendido é que ele parece sentir que se ele pudesse fazer alguma coisa talvez aliviasse um pouco os sentimentos negativos que ele nutre por si.

Depois de mais uma visita do sargento Lucas, onde ele conta sobre uma garotinha de sete anos que foi abusada e morta e, mais uma vez, expõe seus sentimentos sobre pessoas como esse abusador, Walter vai ao parque e encontra a garotinha que observava pássaros novamente (Robin). Ele mais uma vez inicia um diálogo com a menina, pergunta a idade dela (ele já havia revelado em outra passagem do filme que gosta de saber a idade de suas vítimas) e ela responde que tem onze anos (ele já havia revelado também que suas vítimas tinham entre dez e doze anos). Aqui chegamos ao ápice da obra e dessa análise também, uma vez que analisaremos o ator/autor no momento de um possível acontecimento do fenômeno em questão. Walter pergunta se Robin quer sentar-se no colo dele. A menina responde que não e ele diz que está tudo bem. A menina então pergunta se ele quer que ela sente no colo dele e ele responde que sim, que ia gostar. Ele a convida para um outro lugar, bem tranqüilo e com bastantes pássaros. Robin começa a contar que costuma sentar no colo do pai, mas diz que não gosta quando ele pede isso. Walter pergunta por que ela não gosta, se eles estão sozinhos quando ele pede isso, se ele diz coisas estranhas, se toca nela de forma estranha. Robin começa a chorar. Depois de algum tempo, Robin pergunta se ele ainda quer que ela sente no colo dele, diz que não se importa. Ele sugere que Robin volte para sua casa. Ela o abraça e parte. Walter chora e parece sentir-se muito mal com a estória.

Nessa passagem do filme pudemos ver a forma que Walter costumava atuar. Encontrava garotas que estivessem sozinhas, iniciava um diálogo, convidava para outro local e, então, praticava o abuso. Todavia, pudemos ver aqui que ele teve uma oportunidade real e não praticou o abuso. Percebemos, também, que ele passou a repugnar atividades que outrora ele mesmo realizava.

No caminho de volta pra casa, Walter ver Candy abrindo aporta de seu carro e um garotinho saindo dele correndo. Nesse momento, Walter começa a bater com muita violência em Candy, sem dizer absolutamente nada. O fato interessante a ser observado aqui é que enquanto bate no roto de Candy, Walter, por vezes, ver seu próprio rosto, o que pode ser entendido como uma espécie de autopunição. Essa é a passagem que, de forma mais clara, faz com que percebamos a maneira como Walter se percebe e como percebe o crime que ele próprio praticava, ou seja, apresentam-se aqui os elementos da consciência do sujeito em relação ao fenômeno praticado por ele e isso representa exatamente o ponto de análise da perspectiva fenomenológica que essa seção se propôs a discutir.

Perspectiva Etnometodológica

Nessa perspectiva estudam-se os métodos que o indivíduo utiliza para descrever, interpretar e construir o mundo social. Percebemos o indivíduo como representante de um papel que ele próprio construiu a partir das interações sociais que ele estabelece no seu dia a dia e não percebemos esse papel como algo imposto pela sociedade (Silva, 1998). Além disso, é importante notar que a análise é voltada para o "aqui e agora". A etnometodologia privilegia a abordagem micro sem se desvincular do contexto mais envolvente; ao contrário, busca alicerçá-la às visões macro (Silva, 1998). Assim sendo, faremos a análise das relações quotidianas que Walter estabelece e a forma que ele significa essas relações em relação ao seu comportamento.

Como já deve ter ficado claro, Walter não possui muito contato com outras pessoas. Ao longo do filme Walter convive com pessoas que apenas direcionam críticas a ele e se relaciona de forma pessoal apenas com duas pessoas: seu cunhado e uma mulher (Vicki) que ele conhece na madeireira em que ele trabalha. Depois de doze anos convivendo apenas com detentos, Walter tem muita dificuldade de relacionamentos, afinal, na prisão as normas de conduta eram as da instituição (específicas) e as que os próprios prisioneiros criam e, possivelmente, seguem.

Aos poucos, Walter vai moldando seu comportamento com base nas interações sociais que ele estabelece. Vicki apresenta-se como principal elemento nesse processo. Vicki quer saber o que houve com Walter, o que ele fez, afirmando que não se choca com facilidade. Walter quer saber qual foi a pior coisa que ela já fez. Esse é um ponto interessante para analisarmos. Quando Walter procura saber qual foi a pior coisa que Vicki já fez, ele revela certa necessidade de perceber que outras pessoas também podem transgredir as regras, uma espécie de comparação. Vicki conta que transou com o marido de sua melhor amiga. Aqui percebemos mais um ponto interessante. Vicki transgrediu uma espécie de regra social, também bastante condenável perante a sociedade, todavia, não há uma punição jurídica; traição não é crime e, por isso, não implica em conseqüências tão marcantes como um ato realmente criminoso. Mesmo assim, essa revelação parece ser suficiente para que Walter sinta-se a vontade para falar dos crimes que cometeu. Ele conta que molestou garotinhas e Vicki começa a rir. Esse é mais um aspecto interessante: quando ela ri, ela demonstra achar que ele está fazendo uma brincadeira; isso ocorre porque as pessoas tendem a formular um tipo ideal de criminoso ou com propensões para o crime, e, quando alguém que não apresenta esses padrões específicos comete um crime, causa surpresa na maioria das pessoas. Quando Vicki começa a rir, Walter diz-lhe que doze anos na cadeia não é brincadeira e essa é mais uma dica das dificuldades vividas no período de encarceramento, mais uma vez podemos fazer referências às cerimônias habituais sofridas por criminosos desse tipo.

Depois de revelar para Vicki os crimes que cometeu, Walter pede para que ela vá embora e ela diz que o avisou que não se chocava fácil. Walter fica muito irritado e diz que ela deveria estar chocada e chega a perguntar se ela, por acaso, curte esse tipo de coisa. Percebemos aqui uma confrontação estabelecida por Walter. Ele mostra que possui a consciência em relação ao ato que cometeu e mostra a interpretação que ele dá as suas atitudes passadas. Além disso, ele mostra a idéia de generalização: todos devem abismar-se com atitudes como aquela, pois isso significa que não o fariam (isso fica claro quando ele pergunta se ela "curte esse tipo de coisa").

Algum tempo depois, Vicki procura Walter novamente e conta-lhe que foi vítima de incesto. Ela fora abusada por seus três irmãos. Walter diz que ele deve odiá-los. Isso revela que é isso que ele acredita que suas vítimas sintam por ele. Em uma das seções de terapia, Walter revela que costumava ficar com sua irmã em sua cama, diz que gostava de cheirar o cabelo dela, mas conta que é só isso. No entanto, quando o terapeuta começa a fazer questionamentos ele mostra claramente que não era apenas isso que acontecia. Este é possivelmente mais um elemento que justifica o fato de sua irmã tê-lo abandonado. Em uma de suas relações amorosas com Vicki ele reproduz a forma que cheirava o cabelo de sua irmã e depois chora; ele está mais uma vez se percebendo por meio da relação com o outro.

Em sua busca pela "normalidade", Walter pergunta a seu cunhado se ele alguma vez já sentiu "sensações" por Carla, sobrinha dele. Carlos fica muito furioso e diz que não possui a doença nojenta dele, se é que é uma doença mesmo, além disso, Carlos diz que se algum dia Walter encostar na filha dele, ele o mata. O que fica claro nessa passagem é que Walter está tentando descobrir se é possível que outras pessoas, pelo menos por vezes, sintam as mesmas coisas que ele. Com essa pergunta Walter encerra uma das suas poucas relações pessoais.

No final do filme Walter encontra-se com sua irmã. Ele considera que ela o ajudaria muito em sua recuperação. Entretanto, eles não se entendem muito bem. Walter escreve: "eu vi minha irmã. Foi bem difícil. Ela ainda está magoada, ta com raiva, mas eu entendo, eu entendo...".

Na perspectiva etnometodológica pudemos perceber como as interações entre os indivíduos influenciam a elaboração e a representação dos papéis sociais. Através delas vamos moldando os comportamentos, significando ações, construindo e interpretando as normas. Além disso, o indivíduo é percebido no contexto específico em que ele está inserido, esse fator diminui o risco de generalizações completamente ilógicas, uma vez que as particularidades individuais e os elementos do contexto em que as situações se desenrolam são eficientemente considerados.

Conclusão

Por todas as questões aqui discutidas percebemos que o estudo do crime é algo bastante complexo. Uma análise fidedigna requer uma observação atenta dos mais diversos espectros do fenômeno.Não pode haver reducionismo nem determinismo para que uma análise seja considerada satisfatória. No caso específico deste trabalho observamos a percepção que o indivíduo delinqüente tem de si, a forma que a sociedade enxerga esse indivíduo e o modo que as respostas dadas por ela podem interferir na auto-imagem e consequentemente na conduta posterior do mesmo e a importância das relações quotidianas no processo de descrição, interpretação e construção do mundo social. Essas perspectivas fornecem uma visão bastante ampla do fenômeno em questão, mas, existem muitas outras perspectivas para se analisar essa temática e promover um melhor entendimento do mesmo.

Bibliografia

Cobra, R. Q. Fenomenologia. Cobra Pages, 2001. Disponível em: <http://www.cobra.pages.nom.br/ftm-fenomeno.html>. Acesso em 10 jul. 2008.

Garfinkel, H. Estudios en etnometodología. In: Beriain, J. (org.). Autores, textos y temas. México: Anthropos Editorial, 2006. p. 9-46.

Schutz, A. Fenomenologia e relações sociais. In: Wagner, H. R. (org.). Textos escolhidos de Alfred Schutz. Rio de Janeiro: Zahar editores, 1979. p. 3-50.

Silva, C. A. F. As regras do jogo e o jogo das regras. In: VOTRE, S. J. (Org.). Representação social do esporte e da atividade física: ensaios introdutórios. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto / INDESP, 1998. p. 29-51.


Autor: Tiago Moura


Artigos Relacionados


A Função Da Escola E Da Educação

Pasma Imaginação

O Ciclo Do Nitrogênio E A Camada De Ozônio

A Perspectiva Construtivista De Ensino

As Pontuais Mudanças Trazidas Pela Lei 11.689/08 = Júri

Via LÁctea (poesia)

Progresso