Intervenções Psicopedagógicas



Entende-se que o psicopedagogo é um " garimpeiro", no sentido de buscar nas diferenças o que o sujeito da aprendizagempossui de melhor. Avalia-se que essa é uma de suas principais funções.Atualmente debate-se sobre os termos dificuldades da aprendizagem ou patologia, na qual ambas estão presentes no discurso social escolar uma tendência a relacionar o insucesso escolar com a patologia da aprendizagem. Aprende-se que essa tendência traduzida sob a expressão distúrbio de aprendizagem representa uma posição: um olhar mais voltado para as questões do organismo. Sabe-se que o sujeito da aprendizagem é mais do que organismo. A preocupação com os distúrbios de aprendizagem se por umlado, tranqüiliza os envolvidos, no sentido de nomear um fenômeno, avalia-se que por outro, pode isentar de responsabilidade àqueles que se ocupam do ensino .

Avalia-se gramaticalmente a palavra jogo, originária do latim iocus que significa brincadeira, graça, diversão e principalmente alegria, estuda-se que é uma atividade muito antiga que para a criança é um aprendizado, já para o adulto se resume em satisfação. Analisa-se o jogo tanto pata a prática educacional em sala de aula, quanto para a psicopedagógica, ambas centralizam o objetivo principal que é propiciar a aprendizagem, busca-se a formação integral da criança, tanto no seu desenvolvimento motor quanto intelectual.

Podemos considerar o jogo extremamente importante em um contexto psicopedagógico por diversos fatores, é sabido que o jogo é uma atividade natural no desenvolvimento dos processos psicológicos básicos, por isso é essencial no desenvolvimento da criança. O autor Schiller (2001), escreveu que " O homem só é completo quando brinca". O jogo é primordial na formação do ser humano, porque a medida que a criança brinca ela esta atingindo objetivos e regras pré- estabelecidos. Percebe-se que através das brincadeiras ela imita a realidade na qual vive, ou seja, através da brincadeira ela transmite sua realidade.

O jogo torna-se mediante ao processo ensino- aprendizagem um suporte , isto é, um marco para o desenvolvimento e crescimento intelectual da criança, porque de acordo com a prática lúdica observa-se que os conteúdos adquiridos através dos jogos são mais prazerosos e significativos na aprendizagem escolar.

Observa-se que o jogo infantil é uma prova da vontade e personalidade da criança, de acordo com a prática psicopedagógica considera-se que a criança relata no jogo seus sentimentos, tais como: medo, ansiedade, raiva, sonhos , desejos e esperança de um futuro que é desejado e será conquistado aos poucos.

Deve-se enfatizar que o jogo é antes de tudo um teste de personalidade, ou seja, a criança posiciona-se como verdadeiro escritor que coloca em seu personagem o que gostaria de ter sido ou o que quer ser futuramente.

[...]A criança desfrutará plenamente do jogo e das diversões, que deverão estar orientadas para finalidades perseguidas pela educação: a sociedade e as atividades públicas se esforçarão para promover o cumprimento desse direito. (Declaração Universal dos Direitos da Criança artº7)

De acordo com a Declaração Universal dos Direitos da Criança, podemos considerar o conceito fundamental da essência do jogo na vida da criança que apresenta ou não o distúrbio de aprendizagem, avalia-se que jogar é acreditar que ganhando ou perdendo, a criança, o adolescente, o idoso, enfim todos são capazes de aprender e conquistar seus objetivos, vivencia-se que a criança que não joga, que se isola nas bricandeiras, ou pelo simples ato de não querer jogar para satisfazer seu desejo próprio torna-se um adulto frustado, com medo de ganhar ou perder sem se quer tentar arriscar.

Necessita-se encontrar alternativas que promovam o sucesso da escolarização. Reflete-se que um dos caminhos possíveis para aqueles que se identificamcom a pertinência da complexidade dos fatores envolvidos no processo de ensino- aprendizagem é a própria aprendizagem.

Apreende-se que a aprendizagem é para o homem o processo mais importante e a escolarização é uma questão no mínimo de sobrevivência social.Questiona-se que a escola pode ameaçar e desencorajar, mais do que libertar ou encorajar a criança. O pensamento corrente é que a criança vai para a escola para aprender, no entanto, muitas vezes a criança acaba perdendo sua espontaneidade e curiosidade, ao submeter-se a normas de rendimento ou métodos pedagógicos que não dão conta de sua subjetividade. Quando os métodos de ensino utilizados pela escola não são eficazes para uma minoria, rapidamente se cria um processo de seleção e de segregação para essas crianças.


Autor: Barbara Nice


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