Iluminismo



Introdução

Chegamos a um período em que paradigmas tidos quase como imutáveis são rompidos. Isso só ocorrem por que regras e verdades são viloladas. A migração do Geocentrismo para o Heliocentrismo não se traduz apenas numa leitura mais aproximada do universo. Um e outro foram e são óbices na leitura ou releitura que a ciência fez e faz do mundo natural.

Geocentrismo – A teoria do universo geocêntrico ou geocentrismo é o modelo cosmológico mais antigo. Na Antiguidade era raro quem discordasse dessa visão. Entre os filósofos que defendiam esta teoria, o mais conhecido era Aristóteles. Foi Ptolomeu quem, na sua obra "Almagesto" deu a forma final a esta teoria, que se baseia na hipótese de que a Terra estaria parada no centro do Universo com os corpos celestes, inclusive o Sol, girando ao seu redor.

Heliocentrismo – É uma teoria científica que afirma ser o Sol o centro do sistema solar. Esta teoria foi proposta pela primeira vez pelo astrônomo grego Aristarco de Samos, mas só com Nicolau Copérnico e em especial com Galileu Galilei é que se tornou mais sustentada.

Domínios do Iluminismo

Nicolau Copérnico (1473 – 1543) – teólogo, médico e matemático; dispunha de poucos instrumentos de observação astronômica, tendo um relógio de sol, um tríquetro e um astrolábio, que baseado nas teorias de Aristarco de Samos, explicava o nascer e o pôr do Sol diário, supondo que a terra girava em torno do seu prorio eixo uma vez por dia. A Igreja não concordava com essa teoria.

Giordano Bruno (1548 – 1600) – mesmo nao sendo astrônomo, físico e matemático, aderiu a teoria de Copérnico e defendeu a teoria de um universo infinito, fazendo uma crítica ao aristotelismo.

Tycho Brahe (1546 – 1601) – juridico, teve interesse pela ciência e construiu aparelhos para observações astrônomicas. Em suas observações propôs correções nas tabelas astronômicas existentes. Descubriu uma estrela muito distante, que lhe sugeriu uma nova concepção de universo: o céu não era imutável nem limitado. Essa concepção significou o rompimento com a tradição aristotélica.

Johannes Kepler (1571 – 1630) – Teólogo, astrônomo e matemático, também aderiu a teoria copernicanica, estudou astronomia e astrologia, criou calendário profético que deu-lhe credibilidade, chegando a teorizar que “A máquina passa a ser o modelo explicatico da natureza e Deus passa a ser admirado como o Grande Construtor desse precioso engenho. Essas concepções, adotadas também para explicar o corpo humano, significaram mais um rompimento com o aristotelismo e uma adesão ao mecanicismo”.

Agrande virada: do Geocentrismo para o Heliocentrismo

Galileu Galilei (1564 – 1642) – é considerado um dos criadores da ciência moderna; físico e matemático, dedicou-se também à hidrsotática. Ainda jovens estabeleceu as leis do pêndulo. Construtor de telescópio produiu umz física teórica aplicada em problemas técnicos. Inventou o compasso geométrico militar, produzia também: bússola, compasso simples, quadrantes etc.
Historiadores referem-se ao corete galilaico que, na formação da física, é o corte epistemológico , o ponto sem regresso a partir do qual a física começa. Esse ponto tem seu marco histórico nos trablhos de Galileu sobre a queda dos corpos. Também tinha como teoria que a terra se move em torno do sol.

Francis Bacom (1561 – 1626) – barão de Verulam, foi chanceler da Inglaterra. Era contra a escolástica e a Aristóteles. Tinha como percepção, que “para conhcer a natureza, é preciso observar e acumular aos fatos, classifica-los e determinar suas causas”. É consoderado um dos criadores do método cinetífico moderno e da ciência experimental. Não aceitou a teoria de Copérnico, e foi contra o Heliocentrismo

René Descartes (1596 – 1650) – possuia o curso de direito, matemática, astronomia e física. Descartes entendia que a essência do pensamento não consiste na solução dos problemas, mas na elaboração de um sistema completo, com o qual pretendia substituir a escolástica, de todas as qualidades e formas substanciais em favor de um mecanismo universal que explicasse os fenômenos desse mundo visível coma ajuda de apenas três conceitos: extenção, fugura e movimento.

Isaac Newton – (1642 – 1727) – um dos miores gênios da ciência, deu sua contribuição as idéias iluministas com suas leis da física: O método matemático das fluxões, ou cálculo diferencial; A lei da composição da luz, base para o sistema científico da ótica; A lei da gravitação universal, a queda da maçã.

As Idéias Liberais

Jonh Locke (1632 – 1704) – Produziu uma das mais interessantes teorias sobra à linguagem, e atuou em múltiplas áreas como a medicina e a vida política, exercendo também cargos públicos. Dedicava-se a ver o mundo por meio da razão e da lógica da observação. Para Locke, Deus criou os homens iguais; nenhum homem é superior a outro. A razão é soberana sobre todas as ações humanas e é isso que diferencia o homem dos irracionais. No estado natural, cada um detém o poder executivo da lei da natureza, entretanto, se alguém a fere, os outros têm o direito de puni-lo. A filosofia política de Locke fundamenta-se na noção de governo consentido dos governados diante da autoridade constituída e o respeito ao direito natural do ser humano, de vida, liberdade e propriedade.

Jean-Marie Arouet - Voltaire (1669 – 1778) – filósofo defendeu a filosofia da razão contra as idéias que se manifestavam versus as luzes; destacando que “a filosofia não penetra sempre nos grandes que ordenam, e menos ainda nos pequenos que obedecem. Ela é a partilha de homens situados no meio-termo, igualmente afastados da ambição que oprime e da baixa ferocidade que está a seu serviço”. A filosofia assume em Voltaire um papel eminentemente crítico.

Denis Diderot (1713 – 1784) – escreveu a Enciclopédia, que buscou definir dentro do conhecimento do homem, as rupturas necessárias de idéias estabelecidas e com a autoridade intelectual; definiu que “sua finalidade é reunir os conhecimentos esparsos sobre a terra, expor seu sistema geral aos homens de seu tempo e transmiti-lo às gerações futuras, a fim de que aquilo que foi realizado no passado não caia esquecimento. Assim, tornando-se mais instruídos, os homens serão certamente mais virtuosos e mais felizes”.

Jean Le Rond D’Alembert (1717 – 1783) – filósofo e matemático colaborou na construção da Enciclopédia junto com Diderot, escrevendo verbetes e um manifesto dos ideais das luzes com Discurso Preliminar.

Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) - filósofo suíço, escritor, teórico político e um compositor musical autodidata. Uma das figuras marcantes do Iluminismo francês, Rousseau é também um precursor do romantismo. Faz duras crítica a razão, busca confrontar a realidade das sociedades com a razão, entende que as desigualdades de seu tempo, se deram a partir da transformação do espirito. Os males do progresso afetam o homem civilizado, usa o teemo do bom selvagem para definir parâmetros de sua filosofia , ou seja, o homem em seu estado natural, necessita o basico, já o home civilizado, torna-se escravo de sí próprio.

Condorcet (1743 – 1794) – matamático, contribuiu para a Enciclopédia e foi um escritor otimista, visto que estava dentro do contexto da Revolução Francesa. Ao contrário de Rosseau, nao via no progresso a desgraça do homem, mas uma necessidade natural como se diz “o homem é um ser com umamcapacidade infinita de se aperfeiçoar; ou seja, nao há por que impor limites aos progressos que a humanidade pode realizar. A história mostra que de fato o homem se aprimorou muito no decorrer dos séculos, oque nos permite que el continuará a progredir no futuro”.

Segundo so pensadores iluministas, a história é constituida pelos próprios homens. Saõ eles que, às vezes mesmo sem saber, determinam o curso dos acontecimentos, tecem o futuro com suas ações, levados por suas paixões ou por seus conhecimentos e sua concepção de mundo. No seculo XVIII, efetuou-se uma dessacralização da história: em vez de ser entendida como um processo dirigido por Deus, a história passa a ser compreendida como uma trajetória exclusivamente humana. Ou seja, pela razão.
Bibliografia
A razão ilustrada do século VXIII
CHASSOT. Attico. Aciência Através dos Tempos. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
FORTES, Luiz R. Salinas. O iluminismo: e os reis filósofos. São Paulo: Brasiliense, xxxx.
FALCOM, Francisco e RODRIGUES, Antônio. A Formação do Mundo Moderno. RJ: Elsevier,2006.


Autor: Prof. Ubiratã Ferreira Freitas


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