DE BOM GRADO



Se de graça dás o que assim recebeste,
Sem olhar a quem hás de causar benefício,
Verás que não consiste, tal, num sacrifício,
Mas sim num bem estar qu'inda não conheceste...
 
Se caberia a outrem, por dever de ofício,
Suprir necessidades, curar dor ou peste,
Não te isentes do humanismo em nome deste,
Estende a mão para quem beira o precipício...
 
Do que tu precisas, há muito que te sobra,
Enquanto falta ao menos favorecido,
Contrapartida inexorável desse mundo...
 
Procura então pautar teu proceder segundo
O que te manda a alma, frente ao ser sofrido:
Faz de bom grado o que a vida te não cobra.
Autor: Mario Roberto Guimarães


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