O corpo não mente



Minha vó já dizia: "A verdade triunfa por si mesma. A mentira precisa de cumplicidade".

E é verdade, a mentira sempre precisa de cúmplices. Mas o único comparsa que ela nunca pode contar é com nosso próprio corpo.

Em função de impulsos naturais gerados pelo corpo, a linguagem não-verbal sempre acaba revelando nossas reais intenções.

Por mais que tentemos enganar e dissimular, nossas mãos ou nossos olhos transmitem a verdade por trás de nossos pensamentos.

Ora, isso é positivo. Para ficarmos na sabedoria da minha família: "A verdade é sempre o melhor caminho". Mas e quando somos vítimas de pessoas mentirosas e dissimuladas:?

Nesse caso, quanto mais conheçamos sobre o comportamento não-verbal, melhor. Portanto, vejamos:

Face e cabeça

De fato, a face e a cabeça são uma porta aberta para a alma das pessoas. Alguns sinais para observar são:

- alguém que está tentando esconder alguma coisa tenderá a evitar o contato visual direto ou irá interromper esse contato, quano não estiver sendo sincero.

- uma pessoa que esteja entediada poderá ficar olhando para outra direção que não a sua ou em redor da sala.

- alguém que esteja com raiva de você ou que se sinta superior a você poderá olhá-lo fixa e agudamente.

- alguém que esteja avaliando o que você está dizendo poderá girar ligeiramente a cabeça para um lado, quase como se quisesse ouvir você melhor.

- alguém que não tenha certeza sobre o que está sendo dito poderá inclinar ligeiramente a cabeça.

- alguém que esteja de acordo om o que você diz poderá oscilar a cabeça quanto você estiver falando.

- alguém que esteja sendo honesto e confiável manterá um bom contato visual e sorrirá.

Corpo

O corpo também tem um papel importante na comunicação não-verbal. Se a outra pessoa está inclinando-se para perto de você, você está fazendo progressos positivos. Quanto mais a outra pessoa gostar de você, mais perto ela procurará posicionar-se. Quando você diz ou faz coisas que ela discorda, ela tenderá a afastar seu corpo de você.

Alguns sinais a observar são:

- alguém que esteja interessado e de acordo com o que você diz irá inclinar-se em sua direção. O contrário também é verdadeiro.

- alguém que se move de um lado para o outro e se mexe sem parar pode estar-se sentindo inseguro, nervoso ou em dúvida.

Braços

Em geral, quanto mais aberta a posição dos braços, mais receptiva a outra pessoa estará.

Mãos

Sinais não-verbais com as mãos podem ser divididos em três categorias principais: mostara as palmas das mãoes, gestos de toque em si mesmo e movimentos involuntários das mãos.

Primeiro, as palmas abertas são consideradas uma mensagem não-verbal positiva. Isto vem desde a Idade Média. Mostrando à outra pessoa as palmas das mãoes, você mostra não estar armado e nada ter a esconder.

Segundo, gestos de toque em si mesmo como no nariz, queixo, orelha, braco, ou na roupa geralemnte indicam que a outra pessoa está nervosa, ou não tem confiança no que está dizendo.

Terceiro, o gesto mais revelador com as mãos é o seu movimento involuntário. As pessoas têm pouca habilidade em controlar seus sentimentos verdadeiros, os quais são relelados normalmente através do movimento das mãos.

Para terminar, segue uma série de dicas para avaliar as emoções das outras pessoas baseadas em seu comportamento não-verbal:

Domínio e poder: pés na mesa, olhar penetrante, mãoes atrás da cabeça ou pescoço, mãos na cintura, aperto de mãos com a palma para baixo, ficar de pé enquanto o outro está sentado, mãos juntas nas pontas dos dedos.

Desagrado, raiva e ceticismo: peleo avermelhada, apontar o dedo, olhar de lado, estar carrancudo, corpo virado, pernas ou braços cruzados.

Incerteza e indecisão: limpar os óculos, olhar enigmático, dedo na boca, morder os lábios, andar para frente e para trás, balançar a cabeça.

Avaliação: inlinar a cabeça, manter contato visual, alisar o queixo, dedo indicador nos lábios, mãos no peito.

Submissão e nervosismo: inquietação, mínimo contato visual, mãos no rosto, cabelelos, etc, pasta na frente do corpor, aperto de mãos com a palma para cima.

Tédio e falta de interesse: não manter contato visual, brincar com objetos na mesa, olhar distante, bater os dedos na mesa, pegar na roupa, olhar no relógio, na porta, etc.

Suspeito ou desonesto: tocar no nariz enquanto fala, cobrir a boca, evitar contato visual, pernas ou braços cruzados, distanciar o corpo.

Confiança, cooperação e honestidade: deslizar o corpo para frente, braços e palma das mãos abertos, bom contato visual, pés firmes no chão, pernas curzadas, movimentar-se de acordo com o ritmo da outra pessoa, sorrir.

Bibliografia:
Stark, Peter B. Aprenda a negociar: o manual de táticas ganha/ganha. TRadução de luiz LIske. São Paulo: Littera Mundial, 1999.


Autor: Alexsandro Rebello Bonatto


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