A BORBOLETA
Ela bailava no ar, frente a mim,
Ao sabor da leve brisa que batia.
Vinda não sei de onde, enfim,
Volteava, ía, vinha, subia e descia...
E eu fiquei extasiado a admirar.
Geralmente estão em bando, pensei.
Esta não, preferiu se isolar.
O motivo certo, ainda não sei.
Era amarelinha, a borboleta solitária,
Mesmo assim parecia muito feliz,
Veio vindo, voando temerária,
E pousou logo abaixo do meu nariz.
Sim... Nos meus lábios ela pousou!
Cheguei a sentir o gosto do mel,
Que de alguma flor ela sugou.
De repente, célere, ela voou...
E por encanto, transformou em fel,
O mel com que me beijou!!
Soriévilo 25/01/09
Autor: Oliveiros Coelho Neto
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