Crônica de uma crônica em uma crônica!



E tudo começa novamente! Um grande circulo, que por vezes penso ser sincronizado, com pontos marcados minuciosamente posicionados para que apenas a perfeição do "passar de estágio" possa ser observada. E tem um som! Seco e eficaz como um grito que pode ou não extravasar os melhores ou maiores pormenores desse que apenas é o tempo da vida, que bate, que toca, que conta, mas que sempre vai e sempre volta para de onde ele nunca saiu: de nós mesmos! Não é raro: é invisível!

O ciclo depende daquele que o sente, essa eterna gangorra de altos e baixos com um singelo toque de melancolia é que me deixa capcioso, inquieto e por vezes confuso. Qual será o meu ciclo? O que está por vir na próxima página? Onde fica essa fonte de inesgotável entusiasmo e relevância que nominamos novidade? É nela: uma variável! Pode parecer coisa de "nerd", mas a variável sempre muda tudo: seja um amor que surge e deixa a vida sem mais arestas apenas continuísmo; talvez uma reconciliação de amigos, irmão familiares que permite a reflexão no por que de sempre termos dificuldade de controlarmos nosso próprio ego; ou quem sabe o retorno dos ausentes, dos que se foram seja na lembrança, presença ou na dor de uma ferida que nunca cicatrizou de verdade.

Depois desses momentos sempre há um recomeço, podendo ser trágico, eufórico, mas com certeza moldado com muita vontade e constatação de que esse é o mais importante de toda a nossa existência. "Só eu sei/Nos mares por onde andei/Devagar/Dedicou-se mais/O acaso a se esconder/E agora o amanhã, cadê?", ta aqui na frente reluzindo. Essa é a frase poesia de baixo ciclo, de destempero. Daí: "Eu quis te convencer, mas chega de insistir/Caberá ao nosso amor o que há de vir/Pode ser a eternidade má/Caminho em frente pra sentir saudade", vem luz do sofrimento que sempre traz a verdade: somos feitos pra suportar essa variação destemperada, pois nós acrescentamos o "molho" que dá o gosto de nossa existência. Somente de sons então seguimos, musicas que começam e terminam.

De repente uma animada, no outro uma triste, mas sempre todas verdadeiras obras primas compostas pelo senhor de sua existência: você! E repete-se até que uma hora ela não fará mais nenhuma diferença, pois o que era novo se torna senso comum, ai é o momento em que ela se torna diferente, fala outra língua e assim segue sem começo, meio ou fim apenas uma disco em uma vitrola esperando a única coisa que pode determinar sua partida: o tempo que é aliado se tornar mais um vilão, eis um contraste da vida!
Autor: Phelipe Fabres


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