A Circulação do Livro Didático de História e as suas implicações curriculares na ótica de Ricardo Dreguer.



Análise do livro didático: História: Conceitos e procedimentos.

Autores: Ricardo Dreguer, Eliete Toledo- 1º Grau,1º edição – 2006, Editora: Atual.

Livro de bases relacionado a História intercalada.

Resumo: O livro faz chegar aos alunos através de sua estratégia didática, diversificadas e importantes fontes de reflexão histórica, tais como documentos escritos, pinturas, textos historiográficos, artigos de jornal, vestígios arqueológicos, cartaz publicitário, mapas, entre outros. As propostas para o trabalho em sala de aula levam em conta os conhecimentos prévios, o desenvolvimento cognitivo e a realidade vivida pelos alunos, oferecendo elementos que lhes permitiam estabelecer a relação entre o passado e o presente. Em linhas gerais, este livro investiga o modo de vida dos povos que viveram em diferentes regiões do mundo (América, África, Ásia, Europa), apresenta uma visão historiográfica renovada, mas aposta em uma estratégia de transmissão do conhecimento histórico, que não leva em conta no processo de aprendizagem à importância dos mecanismos de interação entre o professor os alunos e os livros didáticos que devem ser obtidos mediante a realização de muitas atividades de reflexão sobre os conteúdos expostos. Palavras – Chaves: Livro Didático – Reflexão Historiográfica – Plano Curricular.

1. Proposta histórica

1.1 - Concepção de História:

O livro "História: Conceitos e procedimentos" tem como concepção de história fazer uma "leitura crítica" do processo histórico desde a segunda metade do século XIX até os dias atuais tanto no Brasil como no Mundo. Destacaremos um foco importante que é a expansão dos valores burgueses em todo o mundo, bem como as propostas de críticas, contestações a esses valores criadas referente a esse período citado acima. A relação com que o livro "História: Conceitos e procedimentos"

Podemos perceber ainda que o livro aborda os sujeitos históricos com as problemáticas de seus contextos, os configura dentro do conceito de "luta de classe" constituída e representada no livro através de grandes heróis, vultos da história, construções de mitos e memórias, datas e fatos comemorativos da história e etc. Na minha concepção, esta apreensão visível na análise do livro "História: conceitos e procedimentos", que vem intitulado na própria capa do livro, são representações do contexto e do "lugar social" do próprio Ricardo Dreguer, onde as leituras marxistas influenciam diretamente na sua abordagem tanto histórica quanto pedagógica, logo a sua relação analítica para com os sujeitos históricos abordados no livro não poderiam deixar de estar correlacionados diretamente com as leituras críticas marxistas da segunda metade do século XIX.

O tempo histórico e cronológico proposto no livro é "linear", visto como evolucionista e processual em busca de uma suposta consciência. Em relação a abordagem historiográfica de Ricardo Dreguer apreendida nas temáticas do livro, pude perceber algumas "inovações" historiográficas inseridas nas temáticas, como por exemplo, discussões do cotidiano como vestimentas, alimentação, literatura e etc, além de trazer uma abordagem nova para o contexto da inserção da mulher do trabalho e a idéia de "mentalidade" dos grupos sociais.

1. 2 – Conhecimentos históricos:

Como já virmos anteriormente à época da produção do livro "História: conceitos e procedimentos" adota estratégias que permitem desenvolver adequadamente a proposta pedagógica, apoiada na visão de que uma das funções essenciais da História no Ensino Fundamental é a construção gradual de conceitos temporais que envolvem ritmos e medidas de tempo e ordenação. Contudo, não há a explicitação dos objetivos específicos de cada unidade ou capítulo nem a proposta de avaliação. O livro "História: conceitos e procedimentos" trazem iconografia rica e diversificada, revelando uma excelente pesquisa. Há, no entanto, em ambas, legendas mal elaboradas, o que pode dificultar a análise e a compreensão da narrativa histórica, pois carecem de informações significativas ou cometem equívocos.

" História: conceitos e procedimentos", apresenta sugestões quanto a filmes, paradidáticos, músicas e obras de arte, e, o que é fundamental, há explicações de como trabalhar com esses recursos e com as atividades recomendadas. Além disso, o autor frisa a importância de o professor ser autônomo em seu planejamento, utilizando textos, imagens e atividades correspondentes ao seu cotidiano e aos objetivos de trabalho. Ele auxilia adequadamente a prática pedagógica, com agregação de importantes informações ao Livro do Aluno. O livro História: conceitos e procedimentos, consegue atrair visualmente a atenção do leitor, pois o uso de cores, tons e diferentes recursos didáticos são bem inseridos nas páginas. Os aspectos visuais da coleção motivam múltiplas possibilidades de leitura; o

ritmo e a continuidade do texto estão assegurados, pois se empregam recursos gráficos para descanso visual, como entrecruzar textos e imagens. Em História: conceitos e procedimentos, há a presença de imagens muito pequenas ou de difícil compreensão.

Outro ponto importante que destaco em seu livro "História: conceitos e procedimentos" da unidade I em seu primeiro capítulo é justamente a Expansão burguesa. Então sempre que penso em "revolução burguesa" vem um nó na minha cabeça impossível de desatar. Para muitos historiadores a coisa é simples: revolução burguesa é aquela revolução política que visa a constituição de um Estado de economia capitalista, de rompimento total com os laços feudais. Mas para mim, não fica muito claro isso. É uma revolução burguesa, mas não é uma revolução de burgueses? Quem faz essa revolução sabe que é para a formação de um Estado capitalista? Se soubessem, não iriam estar interessados em voltar até a Idade Média? Há uma tendência histórica de se retornar ao passado mítico, por que isso não aconteceria com os atores dessas revoluções?

Com isso, vem a pergunta: quem são os burgueses? Bom, os burgueses são habitantes dos burgos. Para quem não sabe, burgo era a denominação comum para uma cidade não emancipada do domínio não oligárquico na Idade Média. Quando esse burgo se tornava emancipado ele mudava para "comuna". Então, seriam os burgueses habitantes das cidades? Sim, e não. Os habitantes das cidades medievais praticavam ofícios, geralmente presos em corporações que, ao contrário do que se pensa, não visavam uma acumulação primitiva de capital, mas sim, o abastecimento e a autosuficiência da cidade. Porém, com o desenvolvimento de um sistema capitalista mercantil no final século XV, essa burguesia se voltou para atividades financeiras e, com a crise do feudalismo, fez com que o êxodo rural alimentasse de empregados suas manufaturas. Somente com o fortalecimento do capitalismo podemos falar de burguesia no sentido moderno de grande financista. De outra forma, o termo serve apenas para designar o habitante das cidades européias.

Mas, na verdade essa designação é falha. A burguesia, o seu caráter como classe social, precisa ser revisto. Como ela mudou do simples citadino para o banqueiro moderno? Aí entra o que um dos meus historiadores favoritos chama de "experiência de classe". Edward Thompson possui uma interessante concepção marxista de que as classes sociais não são meramente uma estrutura social monolítica. As classes sociais são processos históricos. Elas se constroem através de sua "experiência de classe", que nada mais é do que a junção de indivíduos por interesses comuns. Não se pode falar de "revolução burguesa" em 1789 quando na verdade haviam burgueses apoiando a dinastia Bourbon....se fossem uma classe uniforme, estruturada monoliticamente, estariam todos lá, libertando os mendigos e loucos da Bastilha, todos bem vestidos e sem sentir a ausência dos camponeses, ou mesmo dos "sem-calças".

Voltando para a concepção de classe como produto de experiências coletivas, podemos afirmar que não houveram revoluções burguesas. Revoluções, em geral, são movimentos de sublevação popular. Não estão presas a uma única classe. Mesmo as revoluções proletárias dos séculos XIX e XX devem ser lembradas por dois aspectos que não a tornam meramente construídas por uma única classe: a presença de camponeses (que, segundo Marx, eram os mais conservadores membros da sociedade francesa do século XIX) e a inclusão de intelectuais da pequena burguesia. Sendo assim, como classificar de revolução proletária a revolução russa, por exemplo? Essa classe se formou por experiências únicas de acordo com interesses individuais.

1.3. Fontes históricas /documentos

As fontes textuais, trabalhadas sistematicamente na seção Trabalho com Fontes e nos exercícios, são abundantes, e ocupam um largo espaço no projeto da coleção, sendo utilizadas as mais variadas fontes primárias (cartas, diários, jornais, pinturas, charges, utensílios, letras de música, etc) ou as secundárias produzidas por pesquisadores, jornalistas poetas e outros profissionais. A inserção de temas sobre a cultura africana e a asiática é um dos pontos positivos da obra. A proposta de desenvolver a História por meio de conceitos leva a um intenso trabalho com textos, e são várias as estratégias e as técnicas empregadas para incentivar os alunos à atividade de leitura. Porém, os textos didáticos são longos, e a carga contínua, em alguns momentos, torna-se muito pesada para a faixa etária em questão.

As fontes históricas e os documentos que constituem o livro "História: conceitos e procedimentos", são elaboradas e configuradas a partir da historiografia e metodologia do contexto de Ricardo Dreguem que influenciam diretamente também os profissionais que fazem parte da editoração, pesquisa iconográfica, gerente de arte, supervisor de arte, diagramação, assistente de produção, coordenação eletrônica, etc. Sendo assim, consegui dentro da minha análise encontrar representações da "história quantitativa", "serial" e "estatística", além da utilização de mapas, cartografias, fotos, telas, depoimentos de jornais, datas comemorativas e etc. Todas estas representações contidas no livro se completam com a grande influencia econômica, política e social das leituras críticas marxistas- estruturalistas do contexto desde a segunda metade do século XIX.

1.4. Imagens

As imagens do livro "História: conceitos e procedimentos", bem selecionadas e bem legendadas, representam um instrumento eficaz de leitura. Entre as qualidades do trabalho de impressão, os recursos gráficos são pontos de destaque. Todavia, o que, às vezes torna difícil a consulta é a cor da numeração de página, lilás claro sobre fundo amarelo ou azul claro. Em algumas páginas, como pano de fundo, encontram-se faixas ou semicírculos coloridos (creme ou azul) – esse recurso, em alguns momentos, atrapalha a visibilidade. Todos os créditos das imagens encontram-se ao final de cada volume. É interessante que o professor transforme os mapas e as imagens em fontes de leitura e informação, visto que eles são pouco explorados. Ou seja, trata-se da imagem pela imagem, onde não há uma problematização da imagem que contextualize, primeiramente a vida de seu autor e o seu lugar social, em segundo lugar, Ricardo Dreguer e Eliete Toledo ou os responsáveis pela escolha das imagens não expressam o porque da escolha de tais imagens, sua colocação na temática discutida e assim sucessivamente.

É como se a imagem falasse por se só, mas ela fala! Fala do que se ver determinado na percepção coloquial da imagem ilustrada. Este Cartum de 1884 chama-se "O monstro do monopólio". Quem seria o "monstro" e por que foi representado como o povo? (p. 13) Esta foto é um caso a parte no livro didático "História: conceitos e procedimentos", ela vem ilustrada com o ano em que foi tirada, 1884. Mas quem seria o "monstro? O que representa? O polvo: metáfora do colonialismo português?

A história do polvo é mencionada pela primeira vez logo no início do romance. Quando, ainda em Lisboa, Aníbal confidencia à amiga Sara a possibilidade de ingressar na clandestinidade para lutar pela independência de Angola conta também uma estranha experiência que viveu na infância. Nessa mesma praia, que agora transformara num refúgio, encontrara com um "monstro", um polvo gigantesco. Desde então, jurou pra si mesmo que um dia voltaria àquela baía e o derrotaria. O polvo assustador, inimigo mítico, lhe aparecia em pesadelos antes das batalhas que travara na vida. Agora era chegada a hora do confronto. O enfrentamento com o polvo representava o embate contra todos os inimigos da trajetória de Sábio. E ele queria parecer, pra si, para o inimigo e para as aquáticas testemunhas do combate, o herói justiceiro, calmo e determinado, que representava o braço do destino. Como se considerava na juventude. Um salvador do mundo. Nobre missão que imaginava estar começando a cumprir promovendo a libertação de Angola.

2º Proposta pedagógica

2.1 – Metodologia de ensino e aprendizagem

O livro "História: conceitos e procedimentos", ainda adota uma posição pedagógica que pode ser considerada inovadora e, de certa forma, desafiadora. A abordagem de ensino-aprendizagem centra se no desenvolvimento de habilidades a partir do processo de construção-reconstrução de conceitos, ponto forte da obra, estando toda a proposta metodológica enfocada no trabalho com conceitos. Dentro da seção com a palavra o pesquisador, há fragmentos de textos historiográficos que embasaram a elaboração do tema estudado e, além disso, uma bibliografia básica por capítulo. Não há, porém indicações no campo da educação e da metodologia do ensino de História.

O livro propõe um conjunto claro e correto de atividades, articuladas ao texto didático, o que permite a consolidação dos conceitos e noções-chave. Os enunciados são claros na compreensão dos procedimentos propostos, e pode-se afirmar que um dos pontos positivos do livro é o conjunto de exercícios. Como não há proposta de avaliação, é importante que o professor monte uma estratégia avaliativa coerente com a proposta metodológica de Formação de Conceito para não transformar o ensino de História em um dicionário conceitual a ser memorizado.

A metodologia e o ensino aprendizagem do livro "História: conceitos e procedimentos" dentro de sua proposta pedagógica não foge também das matrizes do contexto da segunda metade do século XIX. No livro aqui analisado de Ricardo Dreguer, apesar das lacunas e incoerências esclarecidas anteriormente, já podemos perceber como as leituras críticas questionam as concepções tradicionais de ensino, vistas como depositárias de informações perante os alunos.

2.2 – Capacidades e habilidades

" Neste volume estudaremos os contatos estabelecidos entre os habitantes de diferentes partes do planeta desde a segunda metade do século XIX até os dias atuais. Destacaremos a expansão dos valores burgueses em todo o mundo, bem como as propostas de contestação a esses valores criadas nesse período.[...] As unidades apresentam conteúdos que abrangem diferentes sociedades de um mesmo período histórico ou diferentes períodos da história de um mesmo povo."(DREGUER, 2006, p. 3)

Dando continuidade à nossa análise, como não poderia deixar de ser, tomando como base esta citação de Ricardo Dreguer retirada da sua apresentação, percebemos que na segunda metade do século XIX, "Questionamentos sobre os temas da unidade", "Sugestão de filmes que abordam esses temas" e "Os principais conceitos e noções desenvolvidos no capítulo estão destacados em azul". São representantes da proposta pedagógica crítica que rompe com o modelo da pedagogia tradicional no ensino-aprendizagem, isto vai influenciar diretamente em uma ampliação e desenvolvimento da capacidade de crítica, investigação, interpretação, argumentação, comparação e formulação de hipóteses construídas pelo próprio alunado. Sendo assim, perguntas como. Na sua opinião, qual a intenção de Picasso ao representar Guernica dessa maneira? Justifique sua resposta.(p. 78).

Percebamos a formatação crítica desta pergunta que está dentro do capítulo 5 da unidade II. "O Fascismo e Nazismo", do qual está inserido a"Era Vargas" ( 1930 – 1945), realizada a partir da avaliação monitorando o estudo( p. 70). É interessante como a partir da problematização desta pergunta podemos perceber como o aluno é forçado a desenvolver sua capacidade de investigar e comparar como se deu a construção feita por Getúlio Vargas, a partir do seu Governo, de uma imagem democrática em prol de uma ditatorial muito forte em seu primeiro governo. Então interpretar, argumentar, sintetizar e apreender a diferenciação da Era Vargas dentro de um processo e trama política fazem parte da proposta pedagógica mediada por uma leitura crítica.

Com esta ligeira problematização pude compreender em minha análise que a capacidade crítica do aluno dentro desta proposta pedagógica abrange e alémde favorecer o desenvolvimento do pensamento autônomo e crítico do próprio aluno, apesar das lacunas e incoerências que já foram mencionadas anteriormente presentes no livro.

2.3 – Atividades e exercícios

Em relação aos exercícios organizados na obra "História: conceitos e procedimentos" são de quatro tipos: atividades voltadas para construção de conceitos e noções; atividades de ampliação do conhecimento, levando à conexão presente-passado; atividades que permitem ao aluno aproximar-se dos procedimentos de trabalho do historiador; e atividades lúdicas que buscam motivar para uma aprendizagem mais significativa. Exercícios envolvendo produção de texto, interpretação, estabelecimento de relação e co-relação estão presentes de forma mais intensa nesta coleção.

As atividades do livro "História: conceitos e procedimentos" procura desenvolver as habilidades de localizar informações, interpretar, refletir sobre o conteúdo do texto e elaborar argumentos para defender um ponto de vista. Apresenta condições favoráveis para o desenvolvimento das capacidades e das habilidades vinculadas ao conhecimento histórico, em especial para o desenvolvimento do pensamento crítico e autônomo do aluno dentro da própria sala de aula.

3. Conjunto Gráfico

3. 1 – Editoração e aspectos visuais

*A editoração advém do programa da Editora Atual dentro de uma perspectiva de uma história intercalada.

*A capa do livro condiz com as temáticas discutidas dentro de seus eixos temáticos, 1. Obra de Serov, intitulada "Trabalhadores, despertai!" Qual a possível intenção do artista russo ao compor esta pintura?, 2. Uma das cidades bombardeadas pelos militares alemães em 1937 foi Guernica. Pintor espanhol Pablo Picasso(1881 – 1973) representou esse bombardeio no painel Guernica. Quais são as sensações? Qual a intenção de Picasso ao representar Guernica dessa maneira?, 3. Destruição do Muro de Berlim(1989). Qual o simbolismo dessa imagem transmitida para o mundo todo?, 4. Multidão reunida em São Paulo, em 1984, exige "Diretas já!", A capa vem apenas com o título sem subtítulo, nome do autor, da editora, e a sua referência de ensino [1º grau].

*Na apresentação de Ricardo Dreguer (p. 3) ele faz uma síntese do que pretende abordar e problematizar nos capítulos propostos.

*Também está presente no livro o Gerente editorial, Editora, Assistentes editoriais, Revisão, Pesquisa iconográfica, Gerente de arte, Diagramação, Assistente de produção, Coordenação eletrônica, Projeto gráfico(miolo e capa), Fotos de capa, Time & Life Pictures e Mapas, além da localização da editora.

*O sumário é composto de 4 Unidades ( Unidade I – 4 capítulos, Unidade II – 2 capítulos, Unidade III – 3 capítulos, Unidade IV – 3 capítulos) capítulos, que vem compostas por subcapítulos dentro de uma seqüência cronológica da Expansão burguesa, Fascismo e Nazismo, do século XIX e XX até a Era da Globalização da década de 1980 e 1990.

*O corpo do livro é constituído como já foi citado, de textos, fotos, telas, mapas, depoimentos, datas, fatos importantes e etc, estes por sua vez possuem uma apresentação agradável. As abordagens temáticas e os eixos problematizadores são curtos de um capítulo para outro. Os conceitos mais presentes são os marxistas, assim como as suas utilizações passam pelo viés da história estruturalista.

*No intervalo de um capítulo para outro, existem exercícios extraídos para reflexão conforme o assunto estudado, e que se enquadram nas temáticas dos capítulos discutidos.

Em suma, podemos dizer que tenho "pouca" experiência em análise de livro didático, mais pelo pouco que sei desenvolver ao longo dos meus anos da referente disciplinas de práticas pedagógicas, tenho certeza que o livro didático é a raiz temática do auxílio de nosso ofício, pois é através dele que circulamos os conteúdos de ensino dentro do contexto da prática de avaliação na área pedagógica. Mas no meu ponto de vista profissional em história deve ter o livro didático sempre como suporte "secundário" de ensino, pois é da sua capacidade de atualização e domínio de conteúdo historiográfico que o(a) historiador(a) poderá trabalhar o livro didático como objeto passivo de "deslocamentos" e "reconfigurações" de seus olhares fixos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

  • DREGUER, Ricardo. História: conceitos e procedimentos, 8ª série, Eliete Toledo; cartografia Mário Yoshida. – 1. ed. – São Paulo: Actual, 2006.

Autor: Luciano Agra


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