FOBIA DE COMPROMISSO



Para muitas mulheres e homens é difícil formar vínculos afetivos, e ele(a)s dão várias pistas disso mesmo antes do casamento.

Ao primeiro sinal de crise no namoro já pensam em desistir. Retraem-se quando percebem que o(a) outro(a) tem sentimentos e desejos contrários aos seus e que a diferença de opiniões vai requerer uma negociação. Erra quem pensa que isso é privilégio masculino. Atualmente, a fobia de compromisso acomete homens e mulheres, igualmente.

O(a)s fóbico(a)s de compromisso têm horror a se sentir pressionado(a)s, por isso quando são convidados para uma festa, precavidos, entram no ambiente dando uma geral. Olham tudo em panorama e rapidamente e se perceberem que o evento vai ser chato, fazem um levantamento mental de desculpas que usarão como saídas de emergência. Outros saem sem se despedir mesmo.

São ele(a)s que não telefonam no dia seguinte a um encontro. Embora se importem com os sentimentos dos outros, não sabem como dizer que não querem continuar um relacionamento e preferem desaparecer sem deixar vestígios. Quando a fobia é extrema chegam a terminar namoros pelo telefone ou por e-mail.


Depois da lua-de-mel
A fobia de compromisso continua depois do casamento e pode se manifestar por escapadelas sexuais ou pelo envolvimento em tantas atividades fora de casa – não importa quais sejam elas: passar muito tempo com sua família de origem ou com os amigos do trabalho; fazer horas extras além do necessário; exagerar na prática de um hobby ou de um trabalho voluntário; ir à academia de ginástica – que o(a) parceiro(a) se sente excluído(a), pensando que se uniu a alguém que não considera o casamento uma prioridade, e logo seu interesse em manter a união também arrefece.

Nem sempre o(a)s fóbico(a)s querem que o casamento acabe. Querem viver junto, mas não sabem como. Ele(a)s reconhecem que não conseguem administrar a vida compartilhada e se sentem mal por isso.

Quando a outra pessoa se cansa e quer por fim ao relacionamento fazem, em meio a cenas lacrimosas, juras e promessas de mudança de comportamento.

Comprometem-se a ser mais atencioso(a)s, mas tão logo se sentem pressionado(a)s pela responsabilidade afetiva da vida compartilhada reaparece o mutismo e o isolamento e os parceiro(a)s se sentem engabelado(a)s. E isso pode se arrastar por anos.

 Reaprender a sentir
A prática clínica demonstra que parte do sucesso dos casamentos longevos e felizes é a capacidade das pessoas em reaprender a sentir, renovar o interesse pelo outro.

Reinventar continuamente a relação é importante para criar e fortalecer vínculos, aumentar a intimidade e o respeito entre o casal.

Até onde sabemos, investir em mudanças do modo de pensar e agir, perder o medo de entregar-se às sensações amorosas e confiar nos sentimentos do(a)s outro(a)s são as únicas condições para superar a fobia de compromisso e tornar uma união mais duradoura e feliz.


Autor: Sueli Nascimento


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