O plástico oxi-biodegradável pode amenizar o problema da poluição plástica em Bambuí - MG e também no planeta.



Nilza Regina da Silva – Doutoranda pela UNESP-Botucatu e Professora do IMESSM

Antonio Carlos Dalacqua da Silva – Professor Mestre no CEFET-Bambuí – MG

Desde os anos 30, foram incinerados no contexto mundial, só 5% do plástico produzido pela indústria petroquímica. O restante continua em algum lugar do planeta. São dezenas de bilhões de toneladas de lixo, que levarão séculos para se decompor. Grande parte desse plástico se acumula em aterros sanitários e lixões. Outra parte cai nos bueiros, é arrastada pelos rios até os oceanos, onde se acumula cada vez mais. Espécies ameaçadas, como as tartarugas marinhas, confundem o plástico (sacolinhas de supermercado convencionais) com algas e, ao comê-las, morrem asfixiadas.

Uma das maiores iniciativas para se lidar com essa tragédia ambiental mundial, seria a adoção de um novo tipo de plástico, conhecido como plástico oxi-biodegradável. Foi desenvolvido a partir dos anos 90 por gigantes da indústria petroquímica, como a Dow Chemical. Trata-se de um tipo de plástico, com um aditivo especial – d2w- que se decompõe sob a ação do sol, da umidade ou do oxigênio, em prazos que variam de poucos meses até cinco anos. Este mesmo plástico, nos dias atuais, já se encontra amplamente pesquisado nacional e internacionalmente, demonstrando que sua decomposição no meio ambiente (em aterros sanitários e lixões) se dá em torno de 18 meses. Em contato com o ar, ele se desmancha em milhões de partículas que posteriormente serão consumidas pelos microorganismos existentes no ar e no solo destes lixões.

No estado do Paraná, só para exemplificar, todo o varejo, desde abril de 2008 é obrigado a utilizar sacolas de uso único de rápida degradação, seja oxi-biodegradável ou de papel, sob pena de multa diária, assim como em diversos estados e cidades já existe a lei municipal da obrigatoriedade do uso do plástico oxi-biodegradável.

Várias cidades em vários estados da federação, já discutiram amplamente este assunto e já estão adotando a tecnologia do plástico oxi-biodegradável. Bambuí, com todos os esforços que vem fazendo para cuidar bem do meio ambiente, temos certeza que em breve estará fazendo uso desta tecnologia para ajudar a desplastificar o planeta. Já existe no Brasil, especialmente no estado de São Paulo, empresas ecologicamente corretas que já estão produzindo este novo tipo de sacolinha de supermercado (com o aditivo d2w) .Este plástico oxi-biodegradável pode ser a tecnologia eleita por nós, para ajudarmos neste processo, evitando montanhas e montanhas de plásticos em todos os lugares. As pesquisas demonstram que 20% de tudo o que está nos lixões e aterros é composto de plástico convencional, grande parte sacolinhas de supermercado, e menos de 1% é reciclado.

Bambuí e região aderindo às sacolas oxi-biodegráveis, o planeta agradecerá e a humanidade também.


Autor: Antonio Carlos Dal acqua da Silva


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