MORADORES DO TEMPO
Ando pelas ruas e vejo miséria,
fome e degradação;
pessoas chorando, desejando a morte
por não encontrarem na vida uma solução.
São vistas de costas
sem qualquer atenção,
rejeitadas pela sociedade
que nem se quer lhes estende a mão.
As lágrimas são inevitáveis,
o desespero, natural;
a dor de verem sem pão seus filhos,
é uma dor sem igual.
Pelas ruas elas vagam
à procura de alimento;
todos dizem não e se afastam,
maldando o mal intento.
Vai trabalhar! É o que falam,
mas nem se dispõe a ajudar;
só sabem tapar os olhos,
quando poderiam ensiná-las a mudar.
Julgar é muito fácil
quando não se está no problema;
eu quero ver julgar ferido
passando pelo mesmo dilema.
Autor: ROGÉRIO RAMOS
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