FUGA



Estou fugindo de mim
numa fuga desenfreada,
tentando esquecer o passado
e com ele a escolha errada.

        Estou fugindo de um "fantasma"
        que me maltrata o coração;
        ele veio do passado
        trazendo uma louca paixão.

Estou abdicando da minha vida,
pois ela sem sentido se tornou;
se perdeu num mar de lágrimas
e em algo insignificante se transformou.

        Nessa fuga insana
        sou apenas um plebeu,
        um co-adjuvante de mim mesmo,
        personagem que morreu.

No imenso palco da vida
um fugitivo eu interpreto,
vivendo diante do mundo
a rejeição e o cáos completo.

        Quando as cortinas se fecham,
        não sou mais eu quem aparece,
        sou apenas um protótipo
        de um personagem que fenece.

E assim vou findando
a fuga de uma louca paixão;
mais perto da morte vou chegando,
desacelerando meu ferido coração.

Autor: ROGÉRIO RAMOS


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