Mitologia de casal



Independente de vocês estarem namorando, ou já serem casados, ambos trouxeram para a relação seus mitos familiares. Na mitologia de casal cada um desempenha um papel e ao longo do tempo, e com a convivência, os dois constroem mais alguns papéis para se ajustar à relação e ao que um espera do outro e isso vai ajudar na auto-regulação do casamento.

Mas se suas expectativas forem rígidas seus mitos farão mais que regular a vida a dois, eles fomentarão crises. Na verdade, muitas crises são desencadeadas por idéias estereotipadas que o casal reproduz sem perceber e que se convertem em modos de se comportar. Vamos usar o alfabeto para tipificar alguns casais.

Existe o casamento tipo A em que um está muito distante do outro, mas eles têm um interesse em comum, talvez um bebê recém-nascido fruto de gravidez não programada, que representará o traço horizontal do A. Conforme o tempo passa os dois se aproximam mais e mais até que finalmente se juntam e o relacionamento se estabiliza.

Um casamento tipo H pode começar da mesma maneira, mas os dois nunca se aproximam e o casamento conserva-se unido por um único laço que podem ser os filhos ou o patrimônio.

O casamento tipo I começa com duas pessoas que com o passar do tempo se fundem numa única unidade formando o casal simbiótico.

Num casamento tipo O as pessoas entram e saem de crises, andam em círculo, repetem os mesmos erros e nunca chegam a lugar nenhum, até a separação. Podem se converter num supercasal.

Um casal tipo S é mais maduro. Ele vagueia a procura da felicidade e, em termos afetivos, os dois estão insatisfeitos, pois embora se sintam perto de onde queriam estar, nunca estão no lugar exato. O desapontamento os torna bons candidatos à psicoterapia uma vez que reconhecem seus desejos em comum e suas dificuldades. O divórcio é sua última opção.

Um casamento tipo V tem início com os dois muito ligados, mas logo após a lua-de-mel eles começam a divergir e não conseguem aceitar as particularidades um do outro. É possível que a relação não sobreviva à primeira crise e se separem em pouco tempo. Também pode ser que se torne um casal sem ninguém dentro.

Um casal tipo X viveu um amor profundo, mas uma crise grave os distanciou. Eles esperam que, milagrosamente, as coisas voltem a ser como eram no passado, mas não se propõem a discutir a relação e ligam o piloto automático. O marasmo, e a conseqüente crise existencial de um deles, pode leva-los buscar ajuda psicoterápica ou à separação. Mas se ninguém se incomodar continuarão empurrando o casamento com a barriga.

Por último há o casamento tipo Y que começa com uma união forte que arrefece quando as dificuldades, tanto as da relação como as individuais, se multiplicam. Então cada um encontra seus próprios interesses e segue o próprio caminho, outro casal sem ninguém dentro.

É importante que os casais observem seu modo de interagir e compreendam em que baseiam seus argumentos para continuarem juntos, em seguida será preciso negociar a melhor maneira de realizar sonhos e preservar os sentimentos.


Autor: Sueli Nascimento


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