BRASA



Como foi difícil me tornar brasa.
No inicio eu era uma madeira, apenas um pedaço de madeira.
Quando senti o fogo me esquentando, cada vez mais eu pensei:
Chegou o meu fim!
Agora só restará a negritude do carvão e o cinza das cinzas.
Mas o que eu não sabia, era que antes da noite chegar, e em pó eu me tornar.
Haveria a glória, o vermelho meio alaranjado, as fagulhas quentes, o calor, o calor, o calor. Acabava de chegar.
O meu momento brasa chegou momento em que me envolvia em meio a outras brasas.
Brasas vivas, que recebiam e distribuíam calor por todos os lados.
Brasas acessas alimentadas pelo árido vento, que soprava do norte, sul, leste e oeste!
Brasas, que alimentam as chamas, chamas que conservam o calor.
Chamas carrascais que devoram tudo que acharem pela frente, se desordenadas forem.
Meu momento brasa era fogo, era vivo!
Meu momento brasa, era como o ouro, era fogo, era luz, era emoção, era tição que fumegava, era brasa que abrasava que fervia em ebulição.
Minha brasa arde, minha brasa arde como o amor.
Minha brasa fere, minha brasa fere como o ódio.
Minha brasa cauteriza, energiza, explode!
Minha brasa é sangue, minha brasa é coração!
Minha brasa é letra, minha brasa é poesia!
Minha brasa é inspiração.
Autor: IOZANIO GOMES


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