O Jornalismo Televisivo
Quem sou eu, mero estudante de jornalismo, para apontar casos em que a televisão está ou não errada na forma como se trabalha o gênero na TV. Vou apresentar aqui, então, o meu ponto de vista de cidadão, de telespectador.
O Jornal Nacional, exibido pela Rede Globo, produz reportagens muito bem feitas, de relevância nacional, porém não muito se preocupa se o telespectador está entendendo. Lembro-me de passagem o caso do povo brasileiro ser comparado ao personagem Homer Simpson.
De forma geral, o jornalismo da Rede Globo é o melhor da atualidade. Quando querem investigar algo, vão até o fim para mostrar a verdade. Entrevistas exclusivas nem se fala.
Temos o jornalismo do SBT que, pelo menos por enquanto, não representa muita coisa de forma geral. As reportagens do SBT Realidade, com a jornalista Ana Paula Padrão, são as melhores da casa, ou seja, é o único que se salva. O que todos sempre reclamam é que a mudança constante e repentina na grade horária do SBT nunca fará com que as pessoas se programem para acompanhar os noticiários exibidos pela emissora.
Voltando no tempo, o SBT esculachou com o jornalismo quando colocou na bancada do principal jornal da casa Cintia Benini e Analice Nicolau para apresentar as notícias mais importantes do
momento, ambas participantes do extinto reality show Casa dos Artistas. A questão não era o lado profissional, e sim saber se os telespectadores prestavam atenção nas pernas ou nas notícias.
Para não deixar de citar, a Rede TV trabalha com o jornalismo mais social do que todos os outros juntos, sempre no meio das celebridades, das festas, badalações...
E pra finalizar, tem o jornalismo adotado pela Rede Record, que, a caminho da liderança, só serve para mostrar tragédia alheia. Neste domingo, 01 de março, o programa Domingo Espetacular lembrou o caso Nardoni, numa entrevista com os pais de uma garota que foi torturada e morta numa praia da Bahia. E o Balança Geral? Sem comentários.
É necessária uma revisão do jornalismo apresentado na televisão brasileira. Programas jornalísticos são os únicos sobreviventes da leva em que podemos ainda assistir com a família, com os filhos, sem se preocupar com conteúdo baixo ou apelativo. Mas cá entre nós: tem hora que só não sai sangue da tela por que ainda não chegaram nessa tecnologia.
Autor: Hans Misfeldt
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