Quando levar meu filho ao Odontopediatra?



Especialista do Portal do Sorriso fala dos principais cuidados com os dentinhos - Um belo sorriso de criança encanta qualquer pessoa. Quem é mãe sabe que todo cuidado é pouco para que esse sorriso continue cada vez mais gracioso. Por isso, contar com a ajuda de um especialista Odontopediatra é fundamental para educar pais e crianças sobre higiene bucal, cuidados com os dentes e hábitos saudáveis.

Mas, mamães e papais ainda têm muitas dúvidas dobre esse assunto, então, nada melhor do que falar com quem entende do assunto: Christiana Murakami, especialista em Odontopediatria da clínica Portal do Sorriso. Confira:

A partir de qual idade a criança deve ser levada ao dentista?
A idade ideal para se realizar a primeira consulta é aos seis meses, assim que os primeiros dentinhos erupcionam. O odontopediatra irá orientar os pais a como prevenir cáries, instituir desde cedo hábitos de dieta e de higiene bucal adequados para que o bebê nunca tenha problemas de saúde oral.
Os pais também irão aprender qual é a melhor escova, pasta de dente e técnica de escovação, quais as mudanças precisam ocorrer na alimentação para prevenir cáries, problemas de oclusão (mordida), erosão dental, traumatismos nos dentes e tudo sobre chupetas, mamadeiras, entre outros assuntos. Para o bebê é a hora de começar a se familiarizar com o dentista, o ambiente do consultório, a equipe e os procedimentos de maneira gradativa para que possa crescer sem medo e com um sorriso saudável.

Quais são os diferenciais entre o tratamento do adulto e da criança?
Os cuidados com crianças são muito distintos dos adultos, elas requerem mais tempo, ambiente, distração e psicologia. Pesquisas mostram que o medo de dentista, que inibe os pacientes adultos a procurarem tratamento, geralmente é conseqüência de uma má experiência quando criança. Existem técnicas psicológicas de manejo comportamental infantil específicas para cada faixa etária e para crianças de diversas personalidades e o Odontopediatra precisa estar muito bem familiarizado com tais técnicas para saber usá-las.

Quais são os principais problemas apresentados pelas crianças?
Apesar da prevalência da doença cárie ter diminuído muito nos últimos anos, continua sendo o maior problema de muitas crianças que chegam no consultório. Os traumatismos dentários, por acidentes e quedas, são também muito comuns. Crianças que chupam chupeta ou dedo, que não fazem a transição da mamadeira para o copo na idade certa ou que respiram muito pela boca podem apresentar alterações de oclusão (mordida). Quanto antes estas alterações são tratadas, mais rápido, eficaz e barato é o tratamento. Outra doença que muitos pais não conhecem é a erosão dental. Cerca de 51% das crianças de três e quatro anos de idade examinadas apresentavam desgastes dentais por erosão ácida.

Quando uma criança já chega ao consultório com trauma, qual é o procedimento?
A criança que já passou por uma experiência traumatizante, com um dentista ou com outros profissionais da área de saúde (médicos, enfermeiras etc.) precisa de uma abordagem especial. Ela precisa passar por um processo de “dessensibilização” no qual as etapas do condicionamento comportamental, que provavelmente foram puladas ou mal conduzidas, gerando o trauma por medo, sejam respeitadas e os procedimentos a serem realizados sejam explicados para a criança numa linguagem adequada à sua idade para que ela possa, gradativamente, entender o que será feito e como ela deve se comportar para que tudo corra bem.

Quando uma criança cai e quebra um dente, o que os pais devem fazer?
Existem vários tipos de traumatismo dental que podem acometer só o tecido mole (gengiva, lábios, bochechas e língua), só os dentes, só os ossos ou todos ao mesmo tempo. O tratamento depende do tipo de trauma que a criança apresenta. Se o dente ficar mole, normalmente é necessário fazer uma contenção deste dente, apoiando-o nos dentes vizinhos. Se o dente sair completamente da boca, a criança deve ser levada imediatamente ao dentista, pois se conseguir chegar dentro de 30 minutos no consultório há uma grande chance do dente poder ser reimplantado e salvo.

Cite algumas dicas de cuidados bucais para as crianças.


Com relação à doença cárie:

Evitar o consumo FREQUENTE de bebidas e comidas doces. Ao invés de comer um doce agora, dali a um tempo comer outro e dali a pouco comer mais outro, é melhor que a criança coma todos os doces que quer em um momento do dia (depois do almoço, por exemplo) e depois escove os dentes.  O pirulito, o chiclete e a bala permanecem por muito tempo na boca da criança, deixando o pH da saliva ácido por muito tempo, “matando” todas as bactérias boazinhas e deixando só as cariogênicas (causam mais cárie) fazendo festa com o açúcar.

Evitar alimentos doces que sejam pegajosos e grudem nos dentes. Os alimentos pegajosos são mais cariogênicos porque ficam grudados no dente por longos períodos e a criança pequena não faz a “autóclise” que é a remoção da comida que fica grudada nos dentes usando a língua.
Não oferecer bebidas doces na mamadeira porque quando a criança toma na mamadeira ao invés de no copo o tempo de contato do açúcar com os dentes é bem maior, gerando maior risco de aparecerem lesões de cárie.
Caprichar na escovação e no fio dental depois das refeições e ingestão de doces, principalmente antes de dormir, porque a produção de saliva cai (e esta é a única grande protetora natural dos dentes).

Com relação ao traumatismo:
Não deixar a criança andar descalça ou de meias sem antiderrapantes.
Evitar o uso de andador que dá uma falsa sensação de controle e muitas vezes a criança corre mais rápido do que consegue controlar, aumentando o risco de acidentes.
Evitar brincadeiras bruscas com adultos e crianças maiores.
Tomar cuidado especial em parquinhos de diversão e excursões em grupo.

Com relação aos problemas de mordida:
Evitar o uso prolongado e inadequado de chupetas e mamadeiras.
Evitar deixar a criança chupar ou morder o dedo, paninhos e outros objetos com freqüência.
Se perceber que a criança respira muito pela boca, procurar um Odontopediatra ou Pediatra para identificar a causa.

Com relação ao desgaste dental excessivo:
Evitar rotinas diárias muito intensas que possam deixar a criança excessivamente agitada e nervosa, (ela precisa de um período para descansar durante o dia), pois o ranger noturno pode estar associado ao dia-a-dia “estressante”.
Evitar a ingestão freqüente de alimentos e bebidas ácidas como catchup, mostarda, molho barbecue, vinagre, refrigerantes, isotônicos esportivos, iced teas e sucos azedos ou cítricos, tanto artificiais quanto naturais que causam erosão dental.
Evitar a natação freqüente em piscinas tratadas com cloro e cujo pH não é balanceado.
Se a criança vomita ou tem refluxo freqüentemente, procurar um odontopediatra para verificar se ela apresenta desgaste por erosão dental e obter informações sobre como evitar maiores danos.

Quais são os malefícios do uso da chupeta?
O hábito do uso da chupeta pode causar muitos malefícios como: prejuízos à amamentação no peito no primeiro mês de vida, maior ocorrência de otite média, alterações no alinhamento dos dentes, deformidades nos ossos e alterações na musculatura da face, aumento da chance de traumatismos nos dentes da frente, alterações de mordida, desenvolvimento de respiração bucal, alterações no padrão de deglutição (engolir), interposição lingual e alterações na fala.

A chupeta entorta os dentes? Quais são os prejuízos para a arcada dentária?
Sim. A oclusão normal na dentição decídua é muito importante para a estética, a fonação (fala), a mastigação, a deglutição e para o bom posicionamento futuro dos dentes permanentes. Crianças que têm o hábito de chupar chupeta comumente apresentam: mordida aberta anterior ou lateral (os dentes de cima e de baixo não se tocam), inclinação dos dentes da frente e de cima para fora, inclinação dos dentes da frente e de baixo para dentro, em direção à língua, mordida cruzada posterior, aumento da sobremordida (quando mordemos, é a “quantidade” que os dentes da frente de cima cobrem dos de baixo) e redução da largura da arcada dentária superior, com deformação do palato que fica ogival (alto e estreito).
 
O que traz menos prejuízos, chupar o dedo ou a chupeta? De qual dos dois hábitos é mais difícil se livrar? Por que?
Alguns estudos indicam que os prejuízos causados pela sucção de chupeta e de dedo são semelhantes.  Porém, certamente chupar o dedo é pior do que chupar chupeta, pois o dedo tem calor, odor e consistência muito aproximados aos do mamilo materno e faz parte do corpo da criança então está sempre disponível para ser sugado, o que dificulta muito a remoção do hábito. Além disso, o dedo não é “ortodôntico” como o bico da chupeta e a probabilidade de chupar o dedo de maneira incorreta, propiciando o desenvolvimento de alterações ósseas e dentais.
Se a criança apresentar o hábito de chupar o dedo, a chupeta deve ser oferecida, puxando-a levemente para fora da boca para estimular a sucção.  Nestes casos exclusivamente, se a chupeta for rejeitada, diferentes chupetas devem ser testadas com insistência no intuito de substituir a sucção do dedo.
 
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Autor: Mileny Kiyoshi


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