A Incontestável Contribuição da Publicidade. O Seu Gigantismo é Justificável



Este é um pequeno ensaio escrito por Paulo Henrique Pinheiro Jacobina Santos, graduando em Publicidade e Propaganda, graduado em Estudos Sociais, graduando em Direito e mestrando em Educação, professor do Estado da Bahia. Trata-se de uma réplica a declaração de Millôr Fernandes, colunista de Veja, que afirmara que a Publicidade tem como objetivo filosófico a mentira e que ela não é digna de respeito.

Não pretendo insinuar que Millôr seja tão vaidoso quanto parece, nem tão precipitado quanto demonstrou ao afirmar tamanha incoerência; não é isso que quero discutir. Contudo, deixo clara minha vigilância epistêmica sobre seus "ensaios" e suas declarações. Confesso, sem nenhum receio, que sou um dos desconfiados de Millôr Fernandes quanto às influências que ele traz e quanto as suas tendências, conforme bem avisado por seu colega Stephen Kanitz, em sua coluna - Ponto de Vista da mesma Veja - de 03/10/2007, quando escreveu, de forma brilhante, sobre a necessidade de sermos sempre desconfiados. Ou seria Millôr o primeiro "escritor" a não dispor deste veneno natural, o veneno da ideologia e do individualismo?

Brilhante mesmo é o que declara Kanitz: "achar que tudo o que ouvimos é verdadeiro é viver ingenuamente, com sérias consequências para nossa vida profissional". Portanto, pensar que a Publicidade "tem como objetivo filosófico a mentira e que ela não é digna de respeito", é o mesmo que acreditar que nós não somos nós mesmos apenas porque um certo "escritor" o disse; é o mesmo que questionar os princípios do ordenamento matemático que é quem melhor demonstra que a publicidade tem sido uma contribuinte da evolução da sociedade humana. Contribui inclusive para auxiliar o Srº Millôr a melhor comprar e vender; ou quem sabe, se vender. Aliás, é mesmo inevitável verificar como o Fernandes tenta, voluntária ou involuntariamente, vender-se o tempo todo –quem lê Veja que o veja-, e o quanto recorre, continuamente, às ferramentas publicitárias (tão intrínsecas em suas piadas), bem verdade, passíveis de melhoramentos técnicos. O importante, contudo, é verificarmos a sua pretensão em se utilizar dos métodos da Publicidade, para chamar a atenção de seus "clientes". Ele tenta fazer Publicidade, do mesmo modo que um leigo tenta advogar sem conhecer o Direito, diagnosticar ou medicar sem conhecer a Medicina, e depois desdenha dos profissionais de fato e de direito, daqueles que se deram a empreender esforços e sacrifícios imensuráveis, para conseguir adquirir os conhecimentos técnicos necessários às suas formações de Publicitários.

Resta perguntar-lhe apenas, se ele consulta o CÓDIGO BRASILEIRO DE AUTO-REGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA, antes de o fazer.
Sucesso a todos que se dedicam com amor e respeito às suas carreiras acadêmicas e profissionais, em especial aos comunicólogos da Publicidade e Propaganda aqui provocados; provocaçãozinha proveniente de um menorzinho amargo, dormido e descafeinado: um café pequeno que ainda não viu o destaque dos publicitários brasileiros no cenário internacional. Como ele gosta mesmo é de piada, é deixar pra lá mesmo...

Sem "aquela propaganda enganosa", Paulo Henrique Pinheiro Jacobina Santos. Acadêmico em Publicidade e Propaganda. E-mail:[email protected]


Autor: Paulo Jacobina


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