Melhore sua auto-estima para renovar seu casamento



Interdepender pressupõe respeito e humildade, pois se não somos competentes em tudo precisamos estabelecer o equilíbrio nos associando com quem possua habilidades diferentes das nossas e trocar habilidades, talentos, força e energia.

Já a complementariedade é um juízo preconceituoso, para menos, das nossas capacidades e determina um relacionamento mais parasitário, pois quem busca a outra metade, no fundo, não acredita que pode desenvolver suas próprias potencialidades e, por isso, pensa que os conhecimentos, força, habilidade e energia do outro preencherão suas lacunas.

Esse é outro mito. Ninguém é tão inábil ou incapaz a ponto de precisar se sujeitar a relações em que seja tratado com desrespeito e desconsideração.

Se você se desvaloriza a esse ponto seus comportamentos e suas mensagens não-verbais denunciam: "pode me pisar você é mesmo muito melhor que eu". Isso reforça o sentimento de superioridade do outro e o autoriza a exercer mais poder na relação.

Você acaba se desobrigando de cuidar de si mesmo e, nas negociações, cederá tudo aos outros – que se sentem no direito de lhe fazer um excesso de cobranças, muitas vezes inadequadas.

Em lugar de escolher alguém que o complemente é mais interessante que você busque pessoas com as quais possa viver em regime de interdependência e simetria para que formem um casal que exercite o amor, o respeito e a aceitação das particularidades um do outro.

Mude seu ponto de vista

Questione se sua relação está simétrica, complementar ou se ela é uma mistura disso. Poder e interdependência são assuntos delicados, mas se eles forem sistematicamente colocados debaixo do tapete podem colocar a relação a perder.

Mesmo que vocês não conversem sobre isso, e um não diga claramente o que espera do outro, suas expectativas ficam subentendidas e, exceto se um de vocês for francamente autoritário, a nomeação de quem terá mais poder de decisão é muito sutil e se dará mais através das atitudes do que pelo discurso explícito. No passado o dever de obediência da mulher ao marido vinha descrito nos contratos de casamento. Inclusive o espancamento de esposas era sancionado por lei e pelos costumes sociais. É assim que o papel de quem manda e quem obedece se estabelece.

Você já deve ter visto uma mulher desistir de comprar uma blusa – ou um homem desistir de tomar mais um chope –, apenas pelo olhar que recebeu do outro quando fez menção de desejá-lo. Isso tem a ver com poder, mas tem a ver também com o modelo de relacionamento que as pessoas incorporam e reproduzem.

Ao invés de se prender a esse padrão de convivência – em que um manda e o outro obedece, um cria o outro copia; um ensina e o outro aprende – criem um ambiente favorável à renovação de suas idéias sobre o que seja amor; casamento; família; fidelidade; sexo e ciúmes a partir do ponto de vista de vocês dois.

Abram mão dos modelos fundamentados apenas nas opiniões transmitidas por suas famílias de origem, e por outras pessoas com quem conviveram, para descobrir que casamento é o seu. Parece bobagem, mas por mais modernas que pareçam ser, algumas pessoas ainda tentam reproduzir o casamento de seus pais.

Confiamos que se você fizer uma incursão por seu mundo interno descobrirá qual conceito de amor e vida compartilhada possui, se eles precisam ser renovados ou se são bons norteadores de sua vida afetiva.

E quando perceber que parte do aconchego que busca pode vir de coisas feitas por você mesmo, retirando dos outros a carga por sua felicidade, seu relacionamento será mais prazeroso, leve, livre e alegre do que é neste momento, não importando se esse é seu primeiro amor ou se já é o próximo. Se você já se casou ou se ainda vai se unir a alguém.


Autor: Sueli Nascimento


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