Cartas da Quinzena



A leitora Sandra D,. de Calotas (DF), diz que o significado de silogismo  traduz-se por - partindo de duas premissas distintas, chega-se numa terceira conclusão. Sandra alega ser muita palavra pra nada. E exemplifica: fla x flu = maracanã cheio. O adolescente Atavares Jr., de Cânhamo (PE), indaga por que o uso de ponto entre os parágrafos. Leonina Malhada, de Santas Botas de Jota (SP), quer saber qual o motivo de não traduzirem apócrifo por fake, já que em setembro último unificaram a língua portuguesa. Dzeta G., de Impostura (TO), anuncia ter ficado chocada com a prisão do jovem em Cotia (SP), em novembro último. E mais ainda, com a declaração da autoridade, externando que "vamos verificar se houve abuso". A carta de Dzeta é muito longa, tendo dela sido extraído o seguinte trecho: "Como assim, se houve abuso? O jovem foi preso sexta à noite. Sábado de manhã foi levado duas vezes para o pronto-socorro. E não saiu de lá vivo. O laudo aponta rompimento de baço e fígado, além de escoriações por todo o corpo. O que ocorreu então? Ele teve um transe histérico dentro da cela, e jogou-se inúmeras vezes contra as grades, até sucumbir?"

Orígines, de Pinguaciba (RS), adverte sobre a falta de fome entre as refeições. Sementinha de Caju, de Engole Vento (MT), formada em lingüística, afirma que o verso certo não é o "batatinha quando nasce se esparrama pelo chão", e sim "espalha a rama pelo chão".
Tancredo M., de Pelebreu (CE), quer saber por que canais de TV que mostram orações durante o dia, exibem orgias à noite?
Constanz T., de Reiunada (SP), não entende o motivo da sugestão da criação de mais 7.500 novos cargos públicos. 

Leonina Sarada, de Búlgaro Paulista (MG), atesta ter ficado atônita quando soube que o empréstimo federal para as vítimas de Santa Catarina teria juros de 1, 45% ao mês, já que a constituição estabelece juros de 12% ao ano. Sarada cogita se a usura é correta nesse caso.  Deletério F., de Montes Roxos (PA), explica que tragédias como essa de Santa Catarina, que já ocorreram, ocorrerão de novo, pois onde havia um rio, fizeram um mar (Itaipu), sendo a conjunção dos vapores desse com os do oceano atlântico uma péssima resultante.  A professora Celeumas, de Covas de Rio Debaixo (PR), exulta com a teórica condenação do banqueiro, e assinala o que ela repete há 30 anos, para os seus alunos: "dize-me com quem andas, e te direi quem és". O leitor Sebastião T., de Rancho Fundo (PR),  alerta que teurgo é um macumbeiro à moda antiga. Ariovalda S., de Flechópolis (SP), orienta que nem sempre palavras derivadas do latim surgem entre vírgulas. Manfreda P., de C. Paradiso (RJ), pergunta por que a torcida  do A Eterna Esperança F.C. não é organizada.


Autor: Bernard Gontier


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