Uma Convivência Global



O mundo do negócio e ainda muito importante, e a prossecução do lucro é tao universal como sempre, mas os valores das pessoas nao sao mais valores comerciais, mas valores profissionais. A sua maior parte ja nao faz parte da sociedade comercial, mas da sociedade do saber.

As grandes mudanças na nossa sociedade vao ser efectuadas no campo educacional."

Quando o jornalista mais adiante sugeriu se o mundo do seculo XXI se caracterizaria por uma competição entre três grandes blocos comerciais, a saber a Europa, a America do Norte, e a Asia, Drucker respondeu: "Sim, e as actividades destes tres grandes blocos vao ter consequencias politicas. Eu penso que nós ja nos encontramos no meio desta situação, e o padrão não vai ser "fair trade" ou protecionismo, mas reciprocidade."

Estas afirmações dum homem endurecido no mundo do negócio revelam-nos uma realidade presente caracterizada pela mudança dinâmica em todas as frentes, pelo poder que a posse de informação e de saber podem conferir, pela primazia da educação nesse contexto de alterações profundas, por relações entre pessoas, instituições e povos baseadas no conceito da reciprocidade.

E se não vejamos: A Europa busca com determinação o atenuamento das divisões de séculos; as nações do Pacifico lideradas pelo Japão procuram encontrar urn entendimento que Ihes faculte urn lugar mais condigno no plenario internacional; os sultanados do 1slão tentam desesperadamente uma expressão mais coesa e que melhor corresponda á sua nova influencia no mundo.

O progresso efectuado na area das comunicações transformou o regime de fronteiras numa quase irrelevancia. A busca de novos mercados deu origem a colossos económicos apátridas capazes de exercerem uma influencia profunda na vida de povos e nações. O rasgamento da cortina de ferro parece ter roubado a ultima barreira visivel e palpavel a um mundo forçado

a aceitar cada vez mais, compreendendo cada vez menos.

Esta vertigem de mudanças politicas e tecnologicas tem promovido um movimento constante nao só de pessoas, mas sobretudo de ideias e de informação. O conhecimento das coisas e agora instantaneo, o volume de informação sufocante, a capacidade de absorção testada até ao limite. Povos e culturas, que ha escassas dezenas de anos só eram conhecidas atraves do poder imaginativo, visitam-nos diariamente nas nossassalas de estar, e assim, aquilo que era estranho, exotico, aventura, se torna cada vez mais num lugar comum.

A civilização dos nossos dias difere profundamente daquela que a antecedeu.

A civilizaçãodo seculo XIX, que se prolongou pela prime ira demicenturia do século XX, era essencialmente uma civilização urbana, fundamentada nas caracteristicas da cidade. A revolução industrial e a aparição de grandes empresas comerciais, quando equacionadas com a tecnologia disponivel, exigiram o desenvolvimento de grandes centros urbanos capazes de movimentarem pessoas de casa para o trabalho com grande eficiencia.

A situação hoje é completamente diferente. A capacidade de comunicação instantanea possibilita, pela primeira vez, uma concepção de empresa em que os seus objectivos possam ser, em grande parte, realizados independemente da presença fisica da mão de obra no lugar de trabalho.   Por sua vez, o conhecimento sempre maior das mais variadas gentes, a proliferação dos serviços informativos, e a quase que abolição da distancia como barreira, reduziram significativamente as proporções da nossa realidade.


Autor: Artur Victoria


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