O VELHO E O NOVO



Por Marcelo C. P. Diniz
 
Antigamente, eu olhava para os meus avós como pessoas de maior respeito, mais sábias, inclusive. Tinham muito significado aqueles cabelos brancos. Os velhos eram também muito respeitados em várias outras culturas ­ a dos índios, por exemplo. O Conselho dos Anciãos da antiguidade oriental inspirou o Senado Romano e muitos outros Conselhos que temos hoje.
 
O mundo evoluiu muito de lá para cá e as novas tecnologias deram acesso a um vasto e veloz conhecimento, sobretudo entre os mais novos, aqueles que mais rapidamente assimilaram essas tecnologias. O conhecimento é a interpretação da informação. Este excesso de informação do mundo moderno indica freneticamente novos caminhos e modismos, assim como propicia uma avalanche de inovações, muitas vezes equivocadas.
 
No entanto, nada disso tem a ver com a sabedoria. Esta diz respeito ao conhecimento da verdade, à aplicação inteligente dos conhecimentos, ao discernimento adquirido pelas experiências de uma longa vida, ou seja, ao que se costuma atribuir à sabedoria dos anciões.
 
Um jovem pode ser sábio? Pode. Mas as informações velozes e genéricas da internet e da televisão, unicamente, proporcionam sabedoria? Não. Muito melhor fonte poderá ser a experiência de uma vida bem explorada.
 
Hoje em dia, o velho costuma sofrer grande discriminação.
__ Isto é velho, não quero.
__ Isto é velho, ninguém quer, não vende, não serve, não é moderno.
 
Ledo engano. O velho pode ser melhor do que o novo, desde que demonstre sabedoria e, consequentemente, interesse. O que o mundo (todas as áreas de negócios  e de conhecimento, inclusive a politica) mais precisa é de um pouco de verdade.



Autor: Marcelo Diniz


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