RISCO DE INFECÇÕES DA CORRENTE SANGUÍNEA RELACIONADAS AO CATETER EM UTI



Adriana de Macedo de Araújo[1]

Deborah M. Viera[2]

Letícia Lima Barreiros[3]

Maria Gabriela Izoton[4]

Ivanede F. Souza[5]

Resumo

Este artigo trata-se de infecção da corrente sangüínea relacionada à cateter ocorre quando o germe presente no local de inserção atinge a corrente sangüínea, resultando em bacterimia, que quando não contida, provoca infecção com grave comprometimento clínico, podendo resultar em septicemia. Segundo nogueira (2003) ressalva que na suspeita ou confirmação de infecção sanguínea relacionado a cateter que se faça a retirada do mesmo. A troca do local de inserção, deverá ser feita quando houver evidencias de sepse grave ou choque séptico. Segundo Pedrosa e Conto (2003), os pacientes graves alem de mais vulneráveis intrinsecamente a infecção, são freqüentemente expostos aos fatores de risco mais relacionados ao desenvolvimento de infecção tais como: cirurgias complexos, drogas imunossupressoras, antimicrobianos múltiplos, amplas e continuas interações com a equipe hospitalar e a realização de procedimentos invasivos. Na fisiopatogênia destas infecções, o evento inicial preponderante è o da colonização bacteriana dos epitélios orgânicos e das próteses invasivos para monitoração e manejo clinico, que nas UTIs processa-se preferentemente com patogenos selecionados e resistentes a partir de reservatórios endógenes e exógenes, fato que influirá no tipo e prognóstico da infecção subseqüente. A pesquisa foi realizada através da coleta de dados bibliográficos e de campo no município de barreiras no Hospital do Oeste na Unidade de Terapia Intensiva através de questionários com três profissionais do setor. Foram variáveis associadas á infecção: acidente vascular cerebral, Traumatismo craniano encefálico, infarto agudo do miocárdio e insuficiência renal crônica. Os fatores de risco o tempo de permanência dos cateteres e o estado imunológico dos pacientes. Foram fatores de proteção: uso concomitante de antibióticos e infusão intermitente seguida de heparinizaçao quando comparada á infusão continua sem heparinizaçao. Portanto deve se retirar o cateter venoso central ou periférico assim que possível e como medida profilática a lavagem das mãos antes e após os procedimentos.

Palavras- chaves:

Infecções- cateteres- Unidade de terapia intensiva

INTRODUÇÃO

Os cateteres intravasculares são indispensáveis na prática da medicina moderna, particularmente em unidades de terapia intensiva (UTIs) sendo, no entanto, importante fonte de infecção da corrente sanguínea. Aproximadamente 150 milhões de cateteres são puncionados cada ano nos hospitais e clinicas, sendo mais de 5 milhões de cateteres venosos centrais.

O risco de infecção, relacionado ao acesso vascular, esta associado à localização do acesso, solução infundida, experiência do profissional que realiza o procedimento, tempo de permanência, tipo e manipulação do cateter, colonização do cateter, entre outros, (NNISS/ CDC)[6].

Embora a incidência de infecção da corrente sanguínea seja mais baixa que as outras infecções hospitalares (IH) como as pneumonias, infecções do trato urinário e aqueles do sitio cirúrgico, a infecção da corrente sanguínea tem sua importância por ser causa de substancial morbidade, mortalidade e elevação dos custos hospitalares, tentando reduzir a lacuna de conhecimento existente surgiu a seguinte pergunta de pesquisa: "Porque pacientes internados em UTIs são susceptíveis a infecção pelo uso de cateteres?

Esta pesquisa tem como objetivo refletir sobre as causas das infecções em pacientes em UTI e sua relação com o uso de cateteres vensos, bem como refletir sobre indicações do uso de cateteres intravasculares, procedimentos adequados para inserção e manuseio desses dispositivos. Parte-se da hipótese que as infecções de corrente sanguínea em UTIs são originadas da quebra de barreiras que decorrem dos dispositivos intravasculares utilizados para manter a vida do paciente e os microrganismos estão associados à forma como interagem com o hospedeiro, ocorrendo a invasão da corrente sanguínea por germe através da colonização do cateter venoso.

Com este estudo pretende-se contribuir para a elaboração de ações voltadas para a prevenção e o controle das infecções da corrente sanguínea em pacientes em uso de cateter, assim como para uso racional desses dispositivos.

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Autor: Adriana Macedo


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