O OLHAR DA ENFERMAGEM FRENTE AS EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS



    FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS  - FESO

    CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS  - UNIFESO

    PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

    CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE- CCS

    CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM


IVANIA MATSUMOTO

TERESÓPOLIS

2008.1

CONCEITO

       

-    Uma Emergência Psiquiátrica é um distúrbio urgente e grande do comportamento, afeta o pensamento que torna o paciente incapaz de lidar com as situações da vida.

-    É um fato imprevisto que necessita de uma intervenção imediata. A Emergência Psiquiátrica é um conjunto de interesses afetivos e práticos constantes, onde o paciente e sua crise é uma totalidade e não uma parte. É importante determinar se o paciente está, atualmente, sobre tratamento psiquiátrico, de modo que possa ser feito o contato com o terapeuta ou médico que atenda o paciente.

Lei nº 10.216, de 06 de Abril de 2001.
. Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:

-     I – ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;

-     II – ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;

-     III – ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;

-     IV – ter garantia de sigilo nas informações prestadas;

-     V – ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;

-     VI – ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;

-     VII – receber o maior número de informações a respeito de sua doença e tratamento;

-     VIII – ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;

-     IX – ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.

EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA NO TRANSTORNO DO PÂNICO

-     O transtorno do pânico (TP) pertence ao grupo dos de transtorno da ansiedade caracterizado por repetidos e inesperados ataques de pânico, nos quais predominam os sintomas somáticos e intensa apreensão relacionada à idéia de perda de controle ou morte iminente. Entre os sintomas somáticos que o paciente pode apresentar, a dor torácica exerce papel preponderante, reforçando a idéia de que ele esteja desenvolvendo problema cardiovascular grave, ameaçador à vida, levando à repetida busca por atendimento em unidades cardiológicas ou outros serviços de emergência.

-    É importante que sejam criados critérios e métodos diagnósticos específicos para o TP associado à dor torácica. Pacientes com dor torácica que procuram serviços de emergência devem ser sistematicamente investigados em relação à possibilidade de TP.

É fundamental que tanto psiquiatras quanto cardiologistas, especialmente aqueles que trabalham em serviços de emergência, estejam atentos à complexa inter-relação que envolve o transtorno de pânico e o sintoma de dor torácica.

 

Sintomas

-    dificuldade para respirar;

-    sensação de sufocamento;

-    dor no peito;

-     vertigens;

-    medo de morrer;

-    dormência nas mãos;

-     e sensação gelada no corpo.,

-    pressão arterial e

-    freqüência cardíaca nos limites da normalidade

 

TRATAMENTO

Histeria

-     As síndromes histéricas apresentam manifestações tanto no corpo quanto na mente.O paciente histérico caracteriza-se, geralmente, por apresentar um traço denominado "histriônico". Essa palavra estranha significa teatralidade. Assim, esse paciente costuma ter comportamento afetado, exagerado e exuberante, como se estivesse representando um papel. A pessoa é extrovertida, dramática e eloqüente; busca sempre chamar a atenção e seu comportamento varia de acordo com as reações das pessoas ("a platéia").Tem uma disposição a hiperespressividade no que se refere a gestos, linguagem, atitudes e sintomas doentios.

-     A sintomatologia da Histeria tem motivação (inconsciente)e ,  um significado que representa uma tentativa inconsciente do paciente resolver conflitos aparentemente insuperáveis.

-     A ausência de achados físicos e laboratoriais que poderiam ser responsáveis pelos sinais e sintomas apresentados, não é em si uma base sólida para o diagnóstico de um distúrbio psiquiátrico , porém a histeria pode ser   uma das causas de alcalose respiratória, um  ataque de histeria pode às vezes fazer com que uma pessoa respire muito rapidamente.

Observações

-     São mais comuns em mulheres,

-     Tendem a surgir na presença de outras pessoas, durante o dia, após discussões ou brigas familiares. Raramente surgem durante o sono,

-     Muitas vezes são confundidas com crises epiléticas,

-      Raramente há liberação de esfíncteres durante a crise,

-     Geralmente não há confusão mental, obnubilação, tontura, cefaléia intensa ou hipotonia muscular após uma pseudo-crise,( semelhantes a crises epilépticas),

-     Abrange os sentidos da visão, audição, paladar e olfato, caracterizados como: cegueira completa, surdez, perda do paladar;

 Variam desde sensações peculiares até a hipersensibilidade, parestesias, anestesias e paralisias;

-     Vertigens com conservação da consciência, amnésia, estados depressivos ou de agitação, estados de fuga,

-     Grandes  sofrimento como  dores agudas, para as quais nenhuma causa orgânica pode ser determinada;

-     Tremores, tiques, quedas , gritos,contrações (podendo parecer crises epiléticas),  convulsões. Afonia, gagueira,  tosse, náusea, vômito, soluços ;

-     Sabe que tem problemas mais, não sabe quais ou como corrigi-los.

Conduta de Enfermagem:

-     Mantenha o paciente separado dos amigos ou parentes , durante a entrevista e/ou  procedimentos de exame;

-     Atitude compreensiva, tranqüilizante sem ser complacente;

-     É impróprio afirmar para os familiares  que qualquer incapacidade habitualmente dura apenas horas ou dias.

-     Administração de neurolépticos, tranqüilizantes ou hipnóticos

-     Atentar para medicamento neuroléptico tem meia vida de 20-40hs, tendo indicação de dose única;

-     Observar possíveis  efeitos colaterais: secura da boca e da pele, constipação intestinal, dificuldade de acomodação visual, sonolência, tonteiras, prejuízo na memória, fadiga, ataxia(   falta de coordenação dos movimentos podendo afetar a força muscular e o equilíbrio de uma pessoa) , leve queda da pressão arterial, e, mais raramente, retenção urinária.

Distonia Aguda

-     Certamente um dos quadros mais comuns em serviços de emergência psiquiátrica. Quadro clinico: contrações musculares tônicas,dolorosas que atingem principalmente músculos do pescoço, mandíbula, língua, e face. Podem ocorrer crises oculógicas ( posicionamento da cabeça e dos olhos para cima ). Surge nas primeiras horas ou dias do inicio do tratamento, sendo que cerca de 100% dos pacientes que fazem uso de  antipsicótico apresentam essa reação. É mais freqüente em adultos jovens do sexo masculino em uso de antipsicóticos de alta potência e sem uso anterior dessas medicações. Um fato não raro em serviços de emergência é o atendimento de pessoas que usam anticolinergicos abusivamente devido á sensação de euforia que essas drogas causam.

Catatonia

-   Sinais e sintomas

 

-   Diagnóstico

 

-   Tratamento

 

-   Intervenções de enfermagem

 

-   Estabeleça uma presença

Transtornos bipolares
(também designados como transtornos maníaco-depressivos)

-     São transtornos afetivos caracterizados por oscilações graves e patológicas do humor. Tipicamente o paciente apresenta altos extremos (mania ou hipomania) alternando-se a baixos extremos (depressão). Entremeados aos altos e baixos estão períodos de humor normal. Podem ocorrer variações no padrão de altos e baixos. Por exemplo, algumas pessoas apresentam somente episódios agudos de mania.

-            O início do transtorno bipolar se dá geralmente entre os 20 e aos 30 anos, embora os sintomas ocorram por vezes ao final da infância ou início da adolescência. Cerca de 50% dos pacientes com transtorno bipolar têm dificuldades de desempenho profissional e no funcionamento psicossocial.

Mania e Hipomania

Os altos do transtorno bipolar podem envolver mania ou hipomania. A mania se caracteriza por:

-    Alegria

-    Euforia

-    Agitação ou irritabilidade

-    Hiperatividade

-    Pensamento e discurso rápido

-    Sexualidade exagerada

-    Diminuição do sono

-   Hipomania designa um humor expansivo, elevado ou agitado, que se assemelha à mania, mas não é tão intenso e não apresenta sintomas psicóticos. Em alguns pacientes a hipomania não causa problemas nas atividades sociais ou no trabalho. Em outros, porém, os episódios hipomaníacos podem ser problemáticos. Sem tratamento adequado, esses episódios podem evoluir para uma mania grave ou passar à depressão.

Os transtornos bipolares ocorrem em três tipos principais:

-    O transtorno bipolar I – é a forma clássica e mais grave da doença. O paciente tem episódios maníacos ou episódios mistos (com sintomas tanto de mania como de depressão)

-    No transtorno bipolar II – o paciente não apresenta mania grave, mas em vez disso tem episódios mais leves de hipomania alternando-se a episódios depressivos.

-    No transtorno ciclotímico o paciente tem uma historia de numerosos episódios hipomaníacos entremeados a numerosos episódios depressivos que não satisfazem os critérios para episódios depressivos maiores.

 

Sinais e Sintomas

-     Os sinais e sintomas que podem aparecer durante a fase maníaca incluem:

-     Humor expansivo, de grandeza ou excessivamente irritado.

-     Atividade psicomotora aumentada, como agitação, andar de um lado para outro ou torcer as mãos

-     Extroversão social excessiva

-     Curto limite de atenção

-     Fala rápida, com freqüentes mudanças de tema (fuga de idéias )

-     Menor  necessidade de sono e alimento

-     Impulsividade

-     Alteração do juízo crítico

-     Distrai-se facilmente

-     Resposta rápida a estímulos externos, como ruídos no ambiente ou um telefone tocando.

 Durante o episódio depressivo do paciente pode relattar ou apresentar

-     Baixa auto-estima

-     Inércia avassaladora

-     Retraimento social

-     Sentimentos de desespero, apatia ou auto-reprovação

-     Dificuldade em se concentrar ou em pensar (sem desorientação ou distúrbio intelectual evidente)

-     Retardo psicomotor (lentidão de movimentos físicos e atividades)

-     Lentidão da fala e das respostas

-     Disfunção sexual

-     Distúrbio do sono (tal como dificuldade em pegar no sono ou em permanecer dormindo ou despertar precoce)

-     Diminuição do tônus muscular

-     Perda de peso

-     Marcha lenta

-     Constipação intestinal

 

Tratamento

-    O tratamento do transtorno bipolar exige farmacoterapia. O lítio é muito eficaz tanto na prevenção como no alívio de episódios maníacos. Ele refreia a  aceleração dos processos de pensamento e o comportamento hiperativo, sem os efeitos sedativos das drogas antipsicóticas. O lítio também pode impedir a recorrência dos episódios depressivos (embora não seja eficaz no tratamento da depressão aguda)

-    O lítio tem uma estreita margem de segurança e pode facilmente causar toxicidade. O tratamento deve ser iniciado cautelosamente, com uma dose baixa que é ajustada devagar quando necessário. O paciente tem de manter níveis sanguíneos terapêuticos por 7 a 10 dias.

Outras drogas:                      

 

-   O médico pode prescrever ácido valpróico (depakote) para indivíduos de ciclos rápidos ou para pacientes que não consigam tolerar o lítio. A carbamazepina (tegretol) pode ser útil  no tratamento da mania, embora ainda não tenha sido aprovada para o transtorno bipolar.

Intervenções de enfermagem

-    As intervenções de enfermagem apropriadas variam de acordo com a fase do transtorno bipolar.

-    Mantenha um ambiente calmo e proteja o paciente em relação à estimulação excessiva, como de grandes grupos ruídos altos e cores vivas

-    Alerte a equipe de cuidado prontamente quando o comportamento de atuação aumentar. É mais seguro ter-se ajuda disponível antes de precisar dela do que tentar controlar sozinho um paciente ansioso ou assustado

-    Preveja a necessidade de verbalização excessiva

.

-    Durante um episódio depressivo

-    Lembrar-se que um paciente depressivo necessita de reforço positivo contínuo para aumentar sua auto-estima. ( terapia de grupo).

-    Assuma um papel ativo na comunicação

-    Evite atropelar o paciente com expectativas.

-    Se o paciente estiver fazendo uso de um antidepressivo, fique atenta quanto a sinais e sintomas de mania.

 

TRANSTORNOS DE ABUSOS DE DROGAS

-   O abuso de drogas afeta homens e mulheres de todas as idades e classes sociais, acarreta dependência física e psicológica, e causa comportamento poucos saudáveis, produzindo alterações na percepção, humor e comportamento.

Álcool

-   O álcool é um depressor do SNC. É a droga mais comumente abusada e pode causar: adaptação biológica, perda do controle ou consequências não adaptativas.

-   É responsável por 25% das mortes prematuras em homens e 15% em mulheres.

-   Se o nível de álcool no sangue ultrapassar a 400mg/dl a intoxicação pode ser fatal.

COMPLICAÇÕES DO ABUSO DE ÁLCOOL

-   CARDIOPULMONARES: arritmias, miocardiopatias, hipertensão, DPOC;

-   GASTRINTESTINAIS: diarréia crônica, úlceras gástricas, sangramento GI;

-   HEPÁTICAS: hepatite alcoólica, cirrose;

-   NEUROLÓGICAS: demência, alucinações, suicídio;

-   OUTRAS COMPLICAÇÕES: hipoglicemia, úlceras de pernas e pés.

ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA

-   Chamado de Delirium Tremens, caracteriza-se por uma pertubação causada pela cessação da ingesta de álcool.

-   Ocorrem distúrbios motores, distúrbios do sono e apetite, alucinações, taquicardia, sudorese e possíveis convulsões.

COMO ESSE CLIENTE CHEGA A UE

-   Por trauma (acidentes automobilísticos);

-   Agressão física;

-   Tentativa de suicídio;

-   Inconsciente ou em coma.

TRATAMENTO

-   Suporte respiratório, reposição de líquidos, glicose IV, correção da acidose e medidas de emergências para traumas.

-   O cliente deve ser abordado sem discriminação e sem atitudes que o façam se afastar.

MACONHA

-   Embora o uso seja relativamente comum em muitas faixas etárias, o abuso é mais comum entre os adolescentes e jovens.

-   Em usuário crônico a avaliação urinária pode revelar a presença de maconha até 21 dias após o seu uso.

-   A intoxicação se resolve dentro de 4 a 6 horas se o cliente for mantido em ambiente tranqüilo.

COMO ESSE CLIENTE CHEGA A UE

-   EFEITOS RESPIRATÓRIOS: DPOC, tumores;

-   EFEITOS CARDIOVASCULARES: taquicardia, hipotensão;

-   EFEITOS DISFÓRICOS: pânico, desorientação, oscilações de humor

TRATAMENTO

-   O tratamento se baseia nos sintomas. Pode ser prescrito um benzodiazepínico se a ansiedade for muito grande.

 

COCAÍNA

-   É uma das mais antigas drogas conhecidas. Os efeitos são quase que imediatos e desaparecem em minutos os horas.

-   O usuário se sente cheio de energia e coragem.

COMPLICAÇÕES DO ABUSO DE COCAÍNA

-   O abuso de cocaína pode ter consequencias devastadoras:

-   Problemas cardiovasculares agudos, infarto;

-   AVC;

-   Insuficiência respiratória aguda;

-   Convulsões;

-   Morte súbita.

COMO ESSE CLIENTE CHEGA A UE

-   EFEITOS CARDIOVASCULARES E RESPIRATÓRIOS:

-   A cocaína pode elevar ou baixar a PA, causar fortes dores no peito, taquicardia, fibrillação ventriculares ou parada cardíaca, taquipnéia, respiração profunda, rápida ou com esforço, ou parada respiratória.

SINTOMAS DE ABSTINÊNCIA

-   Ansiedade;

-   Irritabilidade;

-   Depressão;

-   Fadiga;

-   Naúseas e vômitos;

-   Dores musculares;

-   Elevação do segmento ST.

TRATAMENTO

-    Os sinais vitais devem ser monitorados atentamente.

-    Tipicamente se usa Propranolol para diminuir a taquicardia e anti-convulsivos em casos de convulsão.

-    Caso o cliente tenha ingerido, proceder a indução de vômito ou lavagem gástrica. Dependendo da dose e do tempo transcorrido deve-se incluir a diurese forçada.

-    Se necessário realizar ressuscitação cardiopulmonar, ou desfibrilação ventricular.

ABUSO DE ALUCINÓGENOS

-   Os alucinógenos (designados por vezes como drogas psicodélicas ) ,  produzem alucinações ou distorções profundas na percepção da realidade, provocam também drásticas alterações de comportamento.

-   Essas drogas abrangem uma ampla gama de substâncias como LSD e ECSTASY.

PORQUE AS PESSOAS USAM ESSAS DROGAS?

-   Algumas pessoas usam essas drogas para intensificar sensações corporais e conduzir gratificação sensorial. Sob efeito dessas drogas a música pode soar melhor, as cores podem parecer mais vivas e o orgasmo sexual pode parecer mais intenso.

SINAIS E SINTOMAS

Variam de acordo com a droga usada

-      LSD

-      SENTIMENTO DE DESPERSONALIZAÇÃO

-      GRANDEZA

-      ALUCINAÇÕES

-      DISTORÇÃO DE PERCEPÇÃO DE TEMPO OU DO ESPAÇO

-      NAÚSEAS, VÔMITOS, DIARRÉIA, CÓLICAS ABDOMINAIS.

-      ARRITMIAS, PALPITAÇÕES, TAQUICARDIA E HIPERTENSÃO.

-      CALAFRIOS

-      TONTEIRAS

-      XEROSTOMIA

-      FEBRE

-      SUDORESE

-      PERDA DO APETITE

-      HIPERPNÉIA

-      SALIVAÇÃO AUMENTADA

-      MIALGIA

 

-     ECSTASY

-     DISTRAIBILIDADE

-     VIGILÂNCIA AUMENTADA

-     IRRITABILIDADE

-     CONFUSÃO MENTAL

-     EUFORIA

-     MAIOR SENSIBILIDADE AO TATO

-     SEXUALIDADE AUMENTADA

-     AUMENTO DA FORÇA E DA ATIVIDADE MOTORA

-     AUMENTO DA FREQUÊNCIA DE PULSO

-     AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL

-     PUPILAS DILATADAS

-     ALTERAÇÕES PERCEPTIVAS

-     MÚSCULOS DA MANDÍBULA RETESADOS, RANGER OU CERRAR DOS DENTES.

-     AUMENTO DA TEMPERATURA CORPORAL

-     DIAFORESE

-     ALUCINAÇÕES, DEPRESSÃO, PARÁNOIA E COMPORTAMENTO IRRACIONAL.

TRATAMENTO

-      UM PACIENTE APRESENTANDO UMA REAÇÃO AGUDA DE PÂNICO DEVE SER COLOCADO EM UM QUARTO TRANQUILO COM UM MÍNIMO DE ESTÍMULO E ASSEGURADO DE QUE OS EFEITOS VÃO DESVANECER EM ALGUMAS HORAS.

-      UM PACIENTE QUE ESTEJA PERIGOSO PARA SI MESMO E PARA OUTRAS PESSOAS PODE SER CONTIDO FÍSICO OU QUIMICAMENTE. DEVE SE EVITAR UMA CONTENSÃO PROLONGADA OU EXCESSIVA PORQUE PODE CONTRIBUIR PARA HIPERTERMIA E EXARCEBAR A PARÁNOIA

-      UM PACIENTE COM HIPERTERMIA PODE NECESSITAR DE MEDIDAS DE RESFRIAMENTO.

-      BENZODIAZEPNICOS SÃO ADMINISTRADOS SE O PACIENTE ESTIVER ANSIOSO OU AGITADO, OU APRESENTAR HIPERTENSÃO E TAQUICARDIA.

 

-      NA HIPERTENSÃO OU TAQUICARDIA GRAVE PODE SER INDICADO NITROPRUSSIATO OU NIFEDIPINA.

-      DIAZEPAN SE ADMINISTRA EM CASOS DE CONVULSÕES.

ABUSO DE ANFETAMINAS

-   As anfetaminas aumentam a ativação, reduzem e podem fazer uma pessoa se sentir mais forte, mais alerta e mais decidida.

-   Muitos usuários usam a devido a seus efeitos estimulantes, eufóricos ou para combater a sensação de baixo astral do álcool e dos tranqüilizantes.

SINAIS E SINTOMAS

-      -EUFORIA

-      -HIPERATIVIDADE E VIGILÂNCIA AUMENTADA

-      -DIAFORESE

-      -RESPIRAÇÃO SUPERFICIAL

-      -PUPILAS DILATADAS

-      -XEROSTOMIA (boca seca)

-      -EXAUSTÄO

-      -ANOREXIA E PERDA DE PESO

-      -NÁUSEAS E VÔMITOS

-      -TAQUICARDIA

-      -HIPERTENSÄO

-      -HIPERTEMIA

-      -TREMORES

-      -CONVULSÖES

-      -ESTADO MENTAL ALTERADO

-      -AGITAÇÄO OU PARANÓIA

-      -COMPORTAMENTO PSICÓTICO

INTOXICAÇÃO POR ANFETAMINAS

-   -ARRITMIAS

-   -INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

-   -HEMORRAGIAS SUBARACNÓIDES

-   -AVC

-   -HEMORRAGIAS CEREBRAIS

-   -COMA

-   -MORTE

ABSTINÊNCIA A ANFETAMINAS

-   PODE VARIAR DESDE A LETARGIA ATÉ O COMA.

TRATAMENTO

Um paciente com intoxicação aguda pode necessitar de:

 

-     CONTROLE DE VIAS ÁEREAS

-     RESSUCITAÇÃO LÍQUIDA OU MEDIDAS VIGOROSAS DE RESFRIMENTO

-     AS ARRITMIAS PODEM TORNAR NECESSÁRIO A CARDIOVERSÄO, DESFIBRILAÇÄO E O USO DE DROGAS ANTI-ARRÍTIMICAS.

-     OS SINAIS VITAIS DEVEM SER MONITORADOS FREQUENTEMENTE.

-     SE A DROGA TIVER SIDO INGERIDA, SÃO INDUZIDOS VÔMITOS OU É FEITA LAVAGEM GÁSTRICA.

-     PODE SER NECESSÁRIO REPOSIÇÄO LÍQUIDA E SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS VÍTAMINICOS.

-     OS SEDATIVOS PODEM SER USADOS PARA INDUZIR O SONO.

-     AS DROGAS ANSÍOLITICAS PODEM SER USADAS PARA AGITAÇÄO GRAVE E TRATAMENTO SINTOMÁTICO DAS COMPLICAÇÖES.

-     AGENTES ANTICOLINÉRGICOS E ANTIDIÁRREICOS PODEM SER USADOS PARA ALIVIAR O  DESCONFORTO GI.

REABILITAÇÄO

-   PODEM SER USADOS PROGRAMAS HOSPITALARES, AMBULATORIAIS QUE DURAM GERALMENTE 1 MËS E PODEM INCLUIR PSICOTERAPIA INDIVIDUAL, DE GRUPO E DE FAMÍLIA.

ABUSO DE SEDATIVOS, HIPNÓTICOS OU ANSÍOLITICOS

-   As drogas sedativas hipnóticas e ansíoliticas produzem sedação , aliviam a ansiedade e relaxam os músculos, muitas delas são classificadas como benzodiazepínicos.

MOTIVOS PARA USO:

-   Algumas pessoas usam benzodiazepínicos para se intoxicar, outras tomam doses excessivas intencionais ou acidentais.

-   Usuários de heroína podem usar benzodiazepínicos quando não conseguem obter heroína ou quando querem intensificar seus efeitos.

A INTOXICAÇÃO POR DOSES EXCESSIVAS DE BENZODIAZEPNÍCOS PODE INCLUIR TAIS SINTOMAS:

-     TONTEIRAS

-     ALTERAÇÕES DO ESTADO MENTAL VARIANDO ATÉ O ESTADO DE COMA

-     VISAO TURVA

-     ANSIEDADE E AGITAÇÃO

-     NISTAGMO

-     ATAXIA

-     ALUCINAÇÕES

-     FALA PASTOSA

-     HIPOTOMIA

-     FRAQUEZA

-     DISTURBIOS DE COGNIÇÃO

-     AMNÉSIA

-     DEPRESSAO RESPIRATÓRIA

-     HIPOTENSÃO.

SINTOMAS DE ABSTINÊNCIA:

-   ASSEMELHA-SE A ABSTINÊNCIA DE ÁLOOL, PODE SER GRAVE E SE TORNAR NECESSÁRIA A HOSPITALIZAÇÄO.

TRATAMENTO:

-     MONITORAMENTO CARDÍACO

-     ADMINISTRAÇÄO DE LÍQUIDO IV

-     OXIMETRIA DE PULSO

-     MONITORAMENTO DOS SINAIS VITAIS

-     QUANDO HÁ DIFICULDADE RESPIRATÓRIA PODE SE TORNAR NECESSÁRIA VENTILAÇÄO ASSISTIDA.

-     O ÚNICO ANTÍDOTO ESPECÍFICO PARA BENZODIAZEPNÍCOS É O FLUMAZEMIL (um antagonista gaba), ELE REVERTE A SEDAÇÃO, OS DISTÚRBIOS DE MEMÓRIA E PSICOMOTORES E A DEPRESSÄO RESPIRÁTORIA.

TRATAMENTO PARA ABUSO CRÔNICO:

-   É FEITO, NUMA BASE AMBULATORIAL OU EM UM CENTRO PARA REABILITAÇÄO DE DROGAS.

Uso da contençao mecânica

-   A contenção mecânica deve ser prescrita  pelo médico ou pelo enfermeiro e deve se considerar que, do ponto de vista ético e legal, aumenta a responsabilidade da equipe sobre o contido, visto que perde a autonomia e a equipe assume a tutela do paciente, agora considerado indefeso de outrem.

Cont.

-   Artigo 11 da resolução do CFM nº 1.598, de 9 de janeiro de 2000;

-   Tempo de contenção;

-   Procurar não verbalizar na hora da contenção;

-   Comissão de ética do hospital;

-   Medicações prescritas.

 

 

-   Temos que reforçar que o fato da associação imediata entre doença mental e violência é, no mínimo, descabida, pois não tem base real ou científica. O indivíduo psicótico pode tornar-se agressivo, especialmente se estiver alcoolizado; no entanto, o não-psicótico também.

Avaliação e intervenções de Enfermagem

-    Um serviço de emergência, que atenda as situações de crise psiquiátrica, deve entender a crise como uma complexa experiência existencial e de extremo sofrimento. Dessa forma, deve equipar-se com instrumentos e recursos complexos para a tutela e o acolhimento ao paciente no momento de um sofrimento psíquico tão importante.

Equipe

-   A equipe para atender de forma apropriada à emergência psiquiátrica e obter sucesso deve atuar de forma integrada e planejada. Todos os pacientes devem ser acolhidos; no entanto é preciso reforçar a necessidade das pessoas portadoras de transtorno mental, visto que, neste momento, apresentam-se desestruturados e sem vínculos.

 

Admissão

Verificar:

-   Patologia;

-   Ferimentos;

-   Hematomas;

-   Manchas na pele;

-   Edemas;

-   Queixas de dor;

-   diarréia. 

-   Os responsáveis do paciente psiquiátrico trazido por ambulâncias, pelo resgate ou pela polícia devem aguardar a avaliação da equipe do PS;

-   Avaliar a causa aparente para as alterações apresentadas (uso de álcool, drogas, transtorno mental psicótico) e iniciar a intervenção;

-   Manejo verbal;

 

 

Referências

-       Dalgalarrondo, Paulo; Psicologia e Semiologia dos Transtornos Mentais, ed:Artemed, Porto Alegre, Sul, 2000.

-      Mills, John, Emergências Médicas: diagnóstico e tratamento, ...(et al), traduzido sob a supervisão de José de Fellipe Jr.,Rio de Janaeiro:Guanabara Koogan, 1985.

-      Oulles,J.: Neurologia e Psiquiatria para Enfermeira, Organização Andrei , Ed:Ltda, São Paulo, 1985.

-      Calil, Ana Maria; Paranhos, Wana Yeda; O Enfermeiro e as Situações de Emergência, ed Atheneu, São Paulo, 2007

-      Lisboa, Marcia Tereza Luz; DINIZ, Fernando; Enfermagem Psiquiátrica – Série Incrivelmente Fácil, ed Guanabara Koogan, 2005.

 


Autor: Ivania Matsumoto


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