As Crises



Em diversos países, no mundo inteiro, o crescimento acaba dependendo muito dos investimentos do mercado externo. As importações, em muitos casos, são as grandes responsáveis pelo avanço do país na balança internacional. Com isso, em alguns setores que demandam um maior índice de investimento próprio, o crescimento acaba sendo retardado e, assim, a população acaba sentindo, na pele, o desconforto da crise.

A crise mundial que está afetando, até mesmo, os países considerados de primeiro mundo tem um significado bem distinto. Os investimentos internos, as produções "caseiras" e as descobertas do potencial particular de cada um dos países do planeta, de certa forma, têm que gerar riquezas capazes de substituir o déficit acarretado por negociações estrangeiras. Cada país já demonstrou que é capaz de movimentar seus recursos, a fim de gerar emprego e cidadania para a sua população, sendo assim, as negociatas do mercado externo devem ser consideradas em segundo plano, uma vez que a crise, a qual muito se fala, é mundial.

Infelizmente, essa crise alarmada provêm de países que têm grande potencial industrial, que fabricam o "bem-estar" do mundo. Porém, é de se saber que a "culpa" pela crise é somente deles. Os pequenos devem buscar alternativas singulares para que essa tal crise não vire uma bola de neve.

As fichas estão sendo apostadas no governo norte americano de Barack Obama. Contudo, a crise institucionalizada nos Estados Unidos respingou nos países que, de certa forma, são dependentes da produção americana. Mas, se o atual presidente não souber aplicar a sua política de provimentos satisfatórios ao bem comum, será como chover no molhado. O desafio de Obama é bem mais complexo que acabar com os conflitos nos países do oriente médio.

O mercado externo já provou que é dependente. Os países que formam conglomerados virtuais ficam a mercê de investidas emergenciais e quando elas acontecem não resolvem o problema porque a "ferida" já está exposta. E, assim, o diagnostico acaba sendo precoce.

O Brasil, como um país subdesenvolvido, fica engatinhando em busca de saídas que revertam a sua própria crise. O governo não consegue encontrar soluções emergências que possam atender simples demanda interna, com isso o crescimento interno bruto fica estagnado. A falta de recursos, que não sejam diretamente do mercado externo, é que dificulta o avanço do país em aspectos da demanda internacional, mas isso não se refere à produção do Brasil, mesmo porque, seus próprios recursos geram riquezas que, há muitos anos, o faz soberano. O que está faltando ao Brasil é coragem para adiar negociações internacionais, que só retardam nosso próprio crescimento. O "calote internacional" pode ser uma solução para diversos dos problemas que são revertidos em crise. Se o Brasil insistir no cumprimento de negócios que movimentam apenas o mercado externo é o mesmo que tentar enganar a si próprio. Por isso, a sociedade brasileira tem que se portar de forma diferente, cada um deve fazer a sua parte. Não adianta acreditar que o governo é capaz de segurar a crise. A movimentação financeira, por parte do povo, protege o governo e faz o próprio povo endividar-se.

Embora, o Brasil apareça muito bem na foto, a coisa não é bem assim. O crescimento do país depende muito da reação e da atitude da sua população. Se o povo continuar comprando e gastando, conforme é a propaganda do Lula, o governo consegue fazer o giro do mercado externo, ou seja, honrando com seus compromissos internacionais, porém o povo acaba ficando atolado em dividas e, ainda, mais pobre.

Na verdade, está faltando um pouco mais de credibilidade por parte do povo naquilo que ele mesmo é capaz, ou seja, a produção brasileira tem que ser prestigiada, o povo tem que parar de acreditar que tudo o que importado é melhor. A indústria brasileira já provou que é sensacional o que falta é um pouco mais de fé por parte da própria população brasileira nos artigos e produtos industrializados aqui.

A "dependência estrangeira" retarda nosso crescimento e nos transforma em reféns do mercado internacional. Sendo assim, o aquecimento do produto interno tem que ser emergencial para que possamos afastar a crise e respirarmos aliviados. Nada pode impedir que a população acredite no que é fabricado pela indústria brasileira, pois o brasileiro é solidário e capaz, muito capaz.

Infelizmente, tratando-se de um período de crise, o poder de compra do brasileiro acaba ligeiramente frágil, por isso é preciso muito cuidado para comprar. Nesse período deve-se comprar somente o que é necessário para que as dívidas não se tornem astronômicas. E, pensando no aquecimento do mercado interno brasileiro, quando houver necessidade de compra, os produtos a serem adquirido devem ser genuinamente brasileiros. Assim, contribuímos com a amenização da crise e tornamos o Brasil um país com credibilidade para enfrentar, até mesmo, problemas que é, exclusivamente, do primeiro mundo. Nessa ciranda é preciso apostar no potencial dos nossos investidores, mas naqueles que acreditam no poder de compra do brasileiro e não nos oportunistas de plantão que ficam esperando o desespero do povo para apresentar ofertas que, no fundo, só enganam; preços atrativos, porém com e juros embutidos em produtos encalhados, fora da procura de mercado.

Muito embora, nessa hora muitos ficam interessados em ofertas, o necessário é investigar, pechinchar, orçar; pra não comprar o que não precisa e com preço injusto. As promoções, nem sempre são para ajudar o poder de compra do povo, pelo contrário, muitos produtos, às vezes, são colocados em forma de promoção para fazer o seu giro comercial, com isso, os produtos são negociados e as vendas aquecidas de acordo com o planejamento estratégico dos investidores e comerciantes.

Sendo assim, no intuito de colaborar com o Brasil no aquecimento do mercado interno, devemos comprar o necessário, produtos de qualidade e com preço justo. Assim, todos ganham: o país, o povo, os investidores e a vida. Sim a vida, o grande motivo para acreditarmos no futuro. Porque, com uma vida de qualidade, não há porque preocuparmos com crise. Uma boa vida não tem crise.

 


Autor: Waldir Rosendo


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