'REEQUILÍBRIO FINANCEIRO MUNDIAL'



Welinton dos Santos é economista e psicopedagogo

A reunião do G20 surpreendeu o mercado internacional, com propostas ousadas, aumento de recursos e regulamentações no sistema financeiro mundial.

Na prática o aporte de recursos de US$ 1,1 trilhão acontecerá no decorrer do ano, mas avanços foram conquistados na regulamentação e fiscalização dos ativos financeiros.

Acredito que a mais importante ação foi justamente o resgate da credibilidade. Nos bastidores da negociação discussões calorosas e disputa por visibilidades eram previstas.

Autoridades frente aos eventos mostram claros os efeitos positivos deste tipo de discurso, afetando elevação de ativos nas bolsas do mundo todo, ao término da reunião.

O aporte financeiro ao FMI (Fundo Monetário Internacional), do qual será capitado durante o ano de 2009 pelos países membros, nos quinhões que competem, aumentam as expectativas de crédito para países pobres na proteção social e investimentos básicos que secaram nos últimos meses.

Os bancos multilaterais de investimentos como o Banco da Ásia, o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e outros receberão aporte de US$ 100 bilhões, para o desenvolvimento de áreas estratégicas de progresso a Humanidade.

A transição para tecnologias limpas, com inovação e utilização adequada de recursos naturais, que podem gerar milhões de empregos pelo mundo, foi assinada pelo grupo como prioridade ambiental, além de ser mais um instrumento que pode sair do papel para o nosso cotidiano em ações de responsabilidades comuns e diferenciadas.

Controle sobre as agências de avaliação de risco, adequação do volume de empréstimos em níveis adequados ao de circulação de depósitos, aumento de compulsórios, respeitando padrões internacionais e sistema duro de compensação, fazem com que os Bancos Centrais do mundo tomem medidas claras e efetivas para busca de credibilidade e ao mesmo tempo manter a sustentabilidade fiscal e de preços. A partir do momento que estas promessas assinadas pelo G20 saírem do papel, haverá maior confiança no mercado, provocado pela normatização de regras financeiras nos países de maior influência econômica mundial.

O encontro permitirá a abertura para negociação de outras medidas que serão implantadas em conjunto para adequação da economia global nos próximos meses.

O mundo não crescerá mais a custa do consumo exagerado do povo americano, mas sim em atenção ao aumento de poder aquisitivo de mercados emergentes como o Brasil, China, Coréia do Sul, Turquia, Índia, outros.

Enquanto que nos EUA forte queda de venda de veículos, no mercado nacional brasileiro o número de emplacamentos de veículos novos foi de 668.314 no 1º trimestre de 2009, segundo a FENABRAVE – Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores, o melhor da história brasileira para o período.

Atenção as práticas do protecionismo e aumento da credibilidade do sistema financeiro, fazem com que o dinheiro em circulação aumente e consequentemente haja aumento de crédito em circulação, preservando e gerando empregos em várias cadeias produtivas.

A economia real não acontece no mesmo tempo da economia política, portanto toda e qualquer medida econômica leva alguns meses para ser observada no mercado de trabalho.

Com as novas expectativas de desenvolvimento do mercado global, começam a surgir fortes tendências a investimentos produtivos que criam empregos, principalmente nos países emergentes do qual, o Brasil é um dos principais interlocutores.


Autor: Welinton Santos


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