Novas Especializações na TI e o Impacto nas Empresas




As empresas tem adotado a terceirização dos serviços de desenvolvimento de sistemas, assim dedicam-se mais à sua atividade-fim (core-business). Pequenas empresas nem tanto, apenas pagam serviços e aluguel de software.

Uma grande quantidade de organizações enfrenta hoje muita perda de energia em Gestão devido à complexidade em lidar diretamente com o assunto Informática, Tecnologia da Informação (TI) ou Telemática.

A maioria das vezes o funcionamento do negócio da empresa não é compreendido o suficiente pelos homens da tecnologia (sem prejuízo das mulheres). Ficam muito distantes do verdadeiro ambiente empresarial e são envolvidos muito especificamente com o mundo dos códigos computacionais, não contemplam a inteireza de um processo de negócio (veja o significado das dez figuras da charge inicial).

Por isso, a importância de outros profissionais especializados estarem ao lado do Analista enquanto desenvolvem um sistema, com espírito de equipe.

Vários problemas e fracassos surgem devido ao choque de complexidade entre as naturezas do Negócio e o da Tecnologia, o que pode gerar muitos dissabores administrativos. A automação está cada vez mais responsável pela sustentação e evolução empresarial, é estratégica.

Desde um simples estabelecimento comercial até uma grande multinacional enfrentam problemas com o mundo da tecnologia. Aos tecnólogos faltam os elementos básicos para entender o que significa as políticas de uma organização. Salvo aqueles analistas maduros experientes que passaram por outras funções, as demais profissões tem o papel fundamental em guiar a automação que sustenta a atividade do negócio. 

Em que pese ser recente (anos 70), o mundo educacional da TI é vasto em especializações devido à sua complexidade e velocidade incrível de produção de conhecimento entre o software e hardware.  

A TI aparece em sua empresa de um modo ou outro, com as seguintes disciplinas básicas:
  • Sistemas de informação;
  • Análise e desenvolvimento de sistemas;
  • Redes de computadores;
  • Ciência da computação;
  • Gestão de tecnologia;
  • Gestão da informação;
  • Segurança da informação;
  • Administração de sistemas;
  • Direito da informática;
  • Engenharia de software;
  • Engenharia de redes;
  • Designer, entre outros.
Se a sua empresa tiver apenas uma das especializações, com certeza ela carrega nas costas embutidamente todas as demais, a depender do tamanho da organização é o tamanho da cruz, haja coordenação!

Torna-se ainda mais complicado quando as escolas disponibilizam diferentes cursos de pós-graduação, especializações ou outras certificações técnicas para o mercado de trabalho absorver essa mão-de-obra.

São muitas empresas de software e hardware e instituições mundo afora que entram no ramo educacional, evidentemente em busca de alavancar níqueis.

As certificações técnicas emitidas por certas instituições têm validade, mas podem render tanto dinheiro quanto um diploma de graduação de escola acadêmica tradicional, qual outra profissão dá essa oportunidade no mercado?

Possuem a vantagem do candidato não precisar freqüentar os estabelecimentos, apenas fazem as provas e desembolsam bem menos.

A indústria das certificação se vale dos softwares e metodologias para serem escolas virtuais, vemos um crescente volume de pessoas que procuram títulos específicos em busca da qualidade máxima naquilo que fazem.

Em contraste, de fato, no mundo real das empresas os tecnólogos e os empresários ainda sofrem bastante para encontrar uma solução integrativa de automação, existem muitas ilhas de sistemas, sem a devida interface.

A busca do entendimento do que significa desenvolver sistemas com presteza, no prazo e principalmente acertando o alvo do que o cliente deseja, com qualidade na acepção da palavra é contínua.

Nas grandes ou felizes corporações há quem diga que as coisas estão funcionando muito bem, mas certamente gastam consideravelmente para chegar ao objetivo de automatizar os seus processos. Algum outro centro de custo arca com a conta de TI porque projetar, desenvolver e sustentar sistemas é uma ação constante.

De forma geral as organizações primam por desenvolver ou adquirir sistemas, aplicações caras ou baratas, pequenas ou robustas, a maioria sem a integração corporativa, compartilhada e necessariamente integrada, o que diminui o ciclo de vida do sistema.

As áreas de recursos humanos trabalham bastante para encontrar talentos de tecnologia, em plena crise, ainda são considerados um dos mais valorizados no mercado de trabalho. Hoje ainda sem obter o diploma da faculdade, esse profissional é um dos que mais recebe no Brasil. 

Seria útil às empresas e ao profissional de TI obter o maior nível de conhecimento possível relacionado à ciência da organização, deixado de lado muitas vezes pelo modismo tecnológico. O homem de informática precisa com urgência a visão corporativa do negócio.

Observando o contexto, percebe-se nitidamente o grande envolvimento do tecnólogo com múltiplas ferramentas, softwares, códigos, componentes e dezenas de soluções para um mesmo problema, mas geralmente voltadas para o seu próprio umbigo.

O tecnólogo sai da escola ávido por aplicar os seus conhecimentos em TI, mas é incontestável que precisam da contraparte, a principal, compreender o ambiente organizacional, geralmente composto por pessoas formadas em múltiplas disciplinas e também sequiosas por automação dos seus processos de trabalho.

Seria utópico achar que aplicando uma plataforma ERP (Interface Ressourcing Planning) ou SOA (Service-Oriented Architecture) ou CRM (Costumer Relationship Management) a maioria dos problemas empresariais seriam resolvidos, mas é o que as empresas adotam e os acionistas pedem para que as suas ações valham mais.

Trata-se de lobby muito praticado pelas empresas globais de TI. Haja dinheiro para embutir no preço dos produtos finais.

Mesmo que inconsciente, a organização procura constantemente o equilíbrio de relacionamento entre os indivíduos, processos, atividades e tarefas, objetos que sustentam o negócio, mas o maior ativo evidentemente fica por conta das pessoas formadas por um conjunto homogêneo de profissionais que persigam o sucesso do negócio.

Ocorre que o tecnólogo traz consigo da academia o conhecimento da tecnologia, dos pacotes, dos métodos e códigos computacionais e muito pouco de como funcionam as organizações, pessoas, as empresas, os negócios, a visão social, enfim, todo um conjunto de complexidades de situações em que os sistemas devem apoiar.

A comunidade de informática precisa conhecer mais ou acompanhar quem conheça sobre planejamento, comunicação, empreendimentos, estratégia empresarial, mercadologia, orçamento, finanças, contabilidade, logística, materiais, recursos humanos e processos decisórios. Enfim, trabalham em empresas e não em laboratórios de pesquisa de software.

Mas por enquanto elas são preponderantes, tais como: Microsoft, Oracle, SAP, SUN, Cisco, entre outras do ramo de metodologias: PMI, ISSO, BPMI e todas as suas redes mundiais correlatas.

Esperemos que um dia, o sistema educacional e social possa melhorar e integrar os diversos temas que envolvam as ações empresariais, mas com certeza o tecnólogo precisa com urgência caminhar em paralelo com os demais profissionais envolvidos, para a felicidade dos dirigentes.

A charge abaixo ilustra bem a situação, entenda:

Figura 01 --> como o cliente explicou...
Figura 02 --> como o lider do projeto entendeu...
Figura 03 --> como o analista projetou...
Figura 04 --> como o programador construiu...
Figura 05 --> como o consultor de negócios descreveu...
Figura 06 --> como o projeto foi documentado...
Figura 07 --> que funcionalidades foram instaladas...
Figura 08 --> como o cliente foi cobrado...
Figura 09 --> como foi mantido...
Figura 10 --> o que o cliente realmente queria.



Autor: Valdir Ferreira


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