Aquecimento Global - Verdade ou 'Balela'



Atualmente muito se fala em aquecimento global, diariamente nos deparamos com notas, artigos em revistas, jornais sobre o assunto, contudo, infelizmente, poucos têm a consciência daquilo que está por vir, se não forem tomadas às devidas providências para se reverter esse quadro.

Esta semana tive a oportunidade, em uma de minhas aulas de Responsabilidade Social e Meio Ambiente, de assistir ao Documentário: Uma Verdade Inconveniente, do ex vice- presidente dos Estados Unidos, Al Gore e fiquei estarrecida com o que vi, a verdade é mais ou menos assim, você sabe que existe o "problema", mas não têm a dimensão exata do que realmente acontece, até tomar uma"chacoalhada" e foi isso que senti.

Os chamados céticos, incrédulos, dizem ser normal, as variações climáticas terem altos e baixos e acabam por não aceitar que o planeta aproxima-se de um colapso total.

É como se colocássemos um sapo dentro de um recipiente fervilhando, sua reação será saltar para fora imediatamente, porém, se o mesmo sapo for colocado no mesmo recipiente, só que agora com água morna e esta for aquecida gradativamente, ele ficará lá até que alguém o tire, mesmo sentindo o ambiente quente (exemplo citado no documentário).

Essa ilustração nos remete a um fato familiar, não é, nos remete ao fato de que estamos "cozinhando" vagarosamente e por ser lento esse processo, passa despercebido que caminhamos para a extinção, a Terra ficará tão quente que será insuportável à vida no planeta.

Quando consideramos todas as mudanças que as civilizações vêm impondo, a natureza, não há dúvidas de que a de maior impacto tem relação com a emissão de gases causadores do efeito estufa e o principal deles é o dióxido de carbono (CO²).

Estudos apontaram que em 2002, a concentração de CO² na atmosfera já atingia a marca de 370ppm (partes por milhão) e se mantidas essas tendências atuais, as projeções para 2050 são alarmantes, pois, a que tudo indica neste ano a concentração de dióxido de carbono na atmosfera será de 1000ppm (partes por milhão), ai você se pergunta – Qual a conseqüência disto?

Simplesmente haverá um acréscimo de 6°C na temperatura do planeta por volta do ano 2100, o que por sua vez causará efeitos catastróficos, modificando substancialmente as condições de vida para todas as espécies e a extinção de outras.

Em 30 anos houve uma diminuição considerável nas geleiras e em especial na Patagônia, sabemos também que quanto maior a elevação na temperatura, maiores serão as tempestades, os ventos, os furacões... E infelizmente estamos presenciando vários exemplos, como o Katrina e os Tsunamis.

O ártico sofre a cada dia com as conseqüências desse aquecimento, suas geleiras estão derretendo rapidamente, causando destruição, projeções mostram que num futuro bem próximo muitas cidades desaparecerão, devido derretimento dessas geleiras, a calota polar, grande responsável pela manutenção da temperatura terrestre, em breve, desaparecerá.

Hoje as primaveras chegam cada vez mais cedo e consequentemente os invernos cada vez mais tarde, causando desequilíbrio nos ecossistemas, temos como exemplo algumas espécies de insetos, que no inverno "desaparecem" e voltam quando o clima esquenta e em havendo uma diminuição na duração do inverno ou seu retardamento, esses insetos se multiplicam tanto que chegam a devastar boa parte da vegetação por onde passam.

O dilema se torna ainda mais agudo quando consideramos o aumento populacional, que em 2050, chegará a 3 milhões de pessoas, implicando assim no aumento da demanda do consumo em geral e na escassez de recursos.

E é por isso que em meio a tantas mudanças climáticas, precisamos nos conscientizar e procurar fazer a parte que nos cabe, é claro que para que ocorram mudanças positivas e rápidas, dependemos dos que estão "acima de nós", dos governantes, dos estudiosos, etc., para que sejam tomadas medidas mais sérias e de maiores proporções, porém se cada cidadão, por exemplo, trocar seu carro por uma bicicleta, adotar o sistema de transporte público ou as "caronas", se quando você for comprar uma geladeira, optar por um modelo energeticamente mais eficiente, evitar desperdícios, principalmente o da água (que num futuro próximo será a causa de guerras), se implantar em seu cotidiano o lema: reduzir, reusar e reciclar, já teremos significativas e positivas mudanças em relação ao aquecimento global.

Pequenas atitudes trarão grandes benefícios para as gerações futuras...

Vamos lá, mude seus hábitos, sua conduta, o Planeta agradecerá e poderá respirar aliviado, pense nisso! Boas vibrações e até a próxima.


Autor: Camila G. Meleke


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