A Estrada ......



Então meus amigos, o que podemos falar ainda sobre o não sentido de tudo que já foi dito, sobre isto ou aquilo, meras palavras, não modificam em nada o destino humano, o mais terrivel de todos os destinos, talvez você me ache um tolo falando em destino, mas acredite ele existe, aliás ele é o unico que existe de fato, não existe só para nós seres pensantes não, existe para todos os seres, pois somos determinados em tudo, porque mesmo quando pensamos está construindo algo novo, na verdade nada é novo, apenas são modos diferentes de fazer e ser o mesmo.
É tão carente de sentido tudo que existe hoje, ou existiu antigamente, em qualquer época, se pensarmos nos grandes imperios, na pré-historia, nas viagens ao espaço, nas grandes pesquisas cientificas, nada tem um sentido maior, pois tudo acaba no nada, no vacuo, e o que nos resta a não ser cumprir as horas que se nos forem permitidas, é lógico que o ditos intelectuais ririam se lessem minhas idéias, mas nós rimos mesmo, porque não queremos ser autenticos, precisamos ser hipócritas, é uma questão de sobrevivencia para que se suporte o sol que nasce, ou a morte que chega.
Mas hoje eu gostaria de falar algo diferente nessa jornada opaca, amarelada, sem sentido do existir, eu quero falar sobra a loucura, o delirio, a fantasia, o devaneio, como unica possibilidade de suportarmos a realidade de não-sermos mais do que um por enquanto, para a diversão de algum ser que possa ser de verdade, porque ser de verdade só cabe como diria Parmenides, aquele que é e permanece, e não o eterno devir tão bem compreendido por Heráclito, o melancolico. Ou pelo grande Nietzsche, esse sim, tremo só de falar-lhe o nome, esse falou como ninguém do devir, do eterno retorno, do crepusculo dos deuses, da moral de rabanho cristã, como diria ele não era um homem ele era uma dinamite.
Existem momentos que estamos na estrada, no caminho, na calçada, ao pé do muro, da longa e triste estrada e nos perdemos ou melhor nos achamos no delirio, pudemos fugir por alguns momentos ou até mesmo horas do triste mundo que criamos com a cultura, então sem entendermos bem porque estamos viajando sem precisarmos fumar um baseado, e aí não precisa muita coisa, basta um perimentro de um muro, um passaro,.ou o verde de uma árvore contrastando com o azul do espaço e lá vamos nós dançando ao sabor dos sentidos e nos desvencilhamos de todas as cadeias morais, hipocritas criadas por todas as ditas sociedades e então bailamos , livres dos preconceitos e podemos ser nós mesmos em nossa insustentavel leveza de ser, e podemos ser eternos na imaginação, o peso do corpo desaparece, uma alegria indizivel se apodera de nossas celulas, tecidos, mente, o cerebro começa a transmitir circuitos eletricos que cauterizam nosso pensamento e vamos nesse rabo de cometa até os mais longiguos locais jamais pensados.
Mas é pena que daqui a pouco voltamos ao miseravel mundo humano e olhamos ao nosso lado alguem construido do mais puro preconceito e idiotice humana, e assim vamos para o trabalho, para casa, para a igreja, para a festa e para todos os artificios criados para que finjamos não saber o que de fato sabermos......
Autor: José Carvalho


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