O tempo



(Carlos Santana 07/01/09 – 1º poema deste ano).

Queria poder parar o tempo;

Quem sabe fazê-lo descansar

Ou quem sabe evitar seus desmandos.

Queria poder deter os ponteiros do tempo;

Segurá-los com o desejo de que não girasse tão assim

Ou quem sabe quebrá-los, evitar seus enganos.

Queria poder deter as horas, filhas do tempo,

E poder, quiçá, fazê-las irem mais devagar

Para eu sentir você com mais ardor e menos pudor;

Sem me preocupar se acaba, se a hora passa.

Queria poder atravancar o tempo no momento de um beijo

E sentir nele o fogo do teu nome

E poder compará-lo ao sol que queima lá em cima

E entender do Lácio a língua que aquece o beijo e te nomeia.

Queria poder, ainda que por ínfimos e efêmeros instantes, parar o tempo,

O sol e o fogo que é de ti e estar aí... pulsando.

Queria poder ser senhor do tempo, dono de todos os ponteiros;

Destruir os totens e ampulhetas, cegar o saber do andarilho

E ordenar às horas, aos minutos e segundos que parem!

Queria... sempre que estivesse ao teu redor.


Autor: Joel Carlos Santana Santos


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