Saiba mais sobre ronco e apneia do sono.



Dr. Fausto Ito (RJ) - Ipanema (21) 2512 5151.
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1. Por que o sono é importante?
O sono é uma função básica essencial para a manutenção da saúde e considerado necessidade vital. Dormir bem é essencial não apenas para ficar acordado no dia seguinte, mas para manter-se saudável, melhorar a qualidade de vida e aumentar a longevidade. Durante o sono ocorrem processos metabólicos, que se forem alterados, podem afetar o equilíbrio de todo organismo. Quem dorme menos que o necessário tem menos vigor físico, envelhece precocemente, está mais propenso às infecções, à obesidade, à hipertensão e ao diabetes.
O fato de ficar sem dormir afeta a coordenação motora, compromete a capacidade de raciocínio e o organismo deixa de cumprir uma série de tarefas importantíssimas.
É importante esclarecer que não há fórmula para definir qual deve ser a duração adequada de um bom sono noturno. Cada pessoa tem um apetite inato de sono que provém de sua programação genética.

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2. O que é ronco?
É a forma mais comum do organismo se expressar diante de uma dificuldade respiratória que ocorre durante o sono. É caracterizado pelo ruído produzido pela vibração dos tecidos moles da garganta, mais especificamente, a úvula (“campainha”). 

3. Quais são suas causas?
O ronco pode ser ocasionado pela posição da pessoa ao dormir, geralmente de barriga para cima. Quando o indivíduo deita dessa maneira, a boca se abre e o queixo desloca-se para trás juntamente com a língua pressionando a garganta. Isso facilita a ocorrência do barulho. Em relação ao ronco rítmico, que não tem ligação com a postura ao deitar, são vários os fatores que influenciam, como adenoides e amígdalas muito grandes, alergias (rinites), desvio de septo, pólipos nasais e, principalmente, mandíbula pequena. Diversos desses problemas provocam a obstrução do nariz e a pessoa respira pela boca. Mesmo obstruções menores podem obrigar a pessoa a desenvolver a respiração bucal, o que sempre representa uma solução ruim, embora necessária nesses momentos. O álcool e calmantes são outros motivos que podem gerar o ronco, pois levam ao relaxamento dos músculos da faringe. Por fim, a obesidade também contribui muito para o aparecimento do problema, pois a faringe é passível de infiltração gordurosa, e isso agrava a obstrução.

4. Quais os riscos que o ronco traz à saúde?
No ronco caracterizado por grandes vibrações e ruído intenso, além do desconforto provocado nos outros, existe a possibilidade de ocorrerem pequenas interrupções na respiração - ocasionadas pelo fechamento das vias aéreas. E as conseqüências são quadros mais graves de sobrecarga cardiocirculatória, sonolência durante o dia, baixo rendimentos intelectual, sexual e no trabalho, além de cansaço e irritabilidade persistente. A apneia é um estágio avançado do ronco, quando há parada respiratória provocado pela obstrução das vias aéreas durante o sono. No adulto, considera-se apneia após 10 segundos de respiração interrompida. Como a criança tem uma reserva menor, às vezes, depois de dois ou três segundos, o sangue já está pobre em oxigênio.

5. Como chegar a um diagnóstico?
A pessoa que ronca deve procurar orientação médica. O exame chamado polissonografia pode ser solicitado para auxiliar no diagnóstico. Este exame é feito em clínicas do sono, na qual a pessoa dorme e seu sono é monitorado durante toda à noite.

6. Quais são os tipos de tratamento?
Existem algumas modalidades de tratamento para o ronco e a apneia do sono. Dentre elas estão o CPAP (máscara nasal), os aparelhos bucais de avanço mandibular e as cirurgias.
Associações entre essas terapias somadas à higiene do sono e fonoaudiologia são frequentemente utilizadas para potencializar os resultados.

Algumas considerações básicas sobre o tratamento do ronco e da apneia do sono: