Educação E A Sociedade Consumista



INTRODUÇÃO

No presente Artigo pretendemos analisar alguns aspectos em relação ao jovem (aluno) na sociedade escolar. A partir da análise feita através de observações e entrevistas, buscaremos entender alguns signos da sociedade escolar. Procuraremos, também desvendar os motivos que levam os jovens a usarem determinados tipos de “símbolos” (adereços). Mas que símbolos são esses? Vai de um simples tênis, celulares de ultima geração, modos de vestir e seus usos e costumes. Todos esses signos que se fazem perceber ao olharmos esse jovem dos pés a cabeça. E o que levam os jovens a usarem esses símbolos e se os mesmos são provenientes da mídia.

Esse estudo sobre jovens será feito a partir da observação do “pátio” escolar como ambiente de socialização. Essa socialização se da a partir deste local, que se torna o local de encontro e ambiente de descontrações, conversas e interação com os próprios alunos e também um ambiente de estudos etnológicos. Pois percebemos que ali é um local onde os alunos socializam melhor e às vezes sem o temor da repressão que teria dentro de sala de aula. Um ambiente que torna os alunos homogêneos indiferentes da turma.

 “... A valorização da escola como instrumento de apropriação do saber é o melhor serviço que se presta aos interesses populares, já que a própria escola pode contribuir para eliminar a seletividade social e torná-la democrática. Se a escola é parte integrante do todo social, agir dentro dela é também agir no rumo da transformação da sociedade. Se o que define uma pedagogia critica é a consciência de seus condicionantes históricos - sociais, a função da pedagogia ‘dos conteúdos’ é dar um passo á frente no papel transformador da escola, mas a partir das condições existentes. Assim a condição para que a escola sirva aos interesses populares é garantir a todos um bom ensino, isto é apropriação dos conteúdos escolares básicos que tenham ressonância na vida dos alunos...”.(José Carlos Libãneo: Tendências Pedagógicas na Prática Escolar).

OS EFEITOS DA COMUNICAÇÃO DE MASSA

Estudar a comunicação de Massa é algo fundamental, pois partindo daí passamos a perceber certos vícios e virtudes que às vezes passam despercebidos ao nosso olhar. Poder conhecer a nós mesmos, como quem assiste, no espelho, a fragmentação das nossas vidas. Apresentar uma análise da antropologia social, quando busco interpretar esses usos e costumes dos jovens.  Historia cultural e antropológica parte de minha formação acadêmica. E uso da sociologia para dar uma base e conceituar o estudo desta fantasia de imagens, palavras, sons e etc.

Edward Hall foi o pioneiro da antropologia do consumo inaugurando uma abordagem antropológica dos domínios do consumo relativos ao espaço, a saber. Espaços coletivos onde os humanos se acotovelam às vezes em multidões compactas.

Sensíveis aos fatos de comunicação, inclusive sensoriais, entre os atores, as pesquisas de Hall desembocam também numa antropologia dos estilos de vida e do consumo cultural, intimamente ligada à ocupação do espaço, sendo a cultura definida como um médium de comunicação entre ocupantes de um espaço de contato dado.

Para o contexto escolar, fica evidente essa sociedade consumista, ao focar os alunos dos “pés a cabeça”. O modismo está estampado em todos os aspectos. Para começar pelo tipo de “tênis” que é um em específico contendo um tipo também detalhado de decoração ou enfeite. O celular, a roupa ou decoração atribuída a sua vestimenta. Línguas, gestos, etc., algo que se nota na maioria dos adolescentes, mas vale tanto para os ambos os sexos. São muito ecléticos nesse aspecto que varia para uma determinada faixa etária, com cores diversas, ou seja, quanto mais chamativo, mais na “moda”.

O simbólico é um domínio mais controverso que qualquer outro. É Mais controverso que o parentesco, pois podemos ver aí ora o reflexo ilusório dos delírios que mascaram as realidades fundamentais ora, ao contrario, o que há de mais profundo e de mais especificamente humano na sociedade.

O “celular” é outro objeto de consumo, não apenas dos jovens e adultos, mas também de um público que varia de crianças a idosos, que a cada dia querem ter acesso mais cedo.

Paremos para pensar, por que analisar o ambiente escolar?

Interessante por que ali (nas escolas da rede privada onde tive acesso e onde faço minhas observações), encontramos jovens e adolescente das mais variadas camadas sociais (no entanto quero estar destacando a classe média), que tem uma condição melhor para manter esse certo “luxo” para seus filhos. 

Segundo a revista Istoé, o celular virou símbolo de Status e estilo, uma peça fundamental da vida de muitas pessoas. A partir daí temos o objeto (celular) como um dos signos da sociedade escolar. Segundo Marcel Mauss,

Colocar o objeto em circulação, ou desfazer-se dele, equivale transformar a relação com o objeto numa relação entre vários sujeitos, através da reciprocidade, da distribuição ou mesmo do mercado. É produzir a sociabilidade pela alienação nos objetos, torná-los signos”.(...) (TOLRA. 1997. P. 401).

 Com relação ao simbolismo capitalista, Max Weber, coloca que o mesmo constitui-se em um instrumento que legitima o poder vigente.

(...). Por sua vez, a participação no Status influência a situação de classe no sentido que o estilo de vida exigido pelo grupo de Status de classe os leva a preferir certos tipos de propriedades ou empreendimentos lucrativos e a rejeitar os outros (Weber, 1969, p. 147).

Ainda com relação à sociedade consumista destaco outra camada social. De baixa renda no bairro próximo ao UNIFEMM. A Escola de Aplicação que é mantida pelas Faculdades FEMM, que atende um público carente desse bairro e de outros próximos. Mas nesse caso não pretendo destacar tênis importados, celulares, em específico (quero ressaltar que existem, tanto o tênis e os celulares, em menor número), mas sim uma faixa etária de alunos, referente à Fase introdutória do ciclo Básico à 4ª séries do ensino básico. Percebe – se que ao fazerem a fila para entrarem para a sala de aula todos ficam muito juntos, e a presença de uma “cor” é muito marcante: O rosa. Estampado pela grande maioria da fila.

Nas mochilas (em maior número) em detalhes nas roupas, em enfeites nos cabelos. São esses pequenos detalhes que passam despercebidos aos nossos olhares, ou seja, o consumismo, já se inicia desde muito cedo, pelas próprias crianças, que ao verem na televisão, ou Internet já são “induzidas” a entrarem naquela determinada moda.

A escola é um ambiente onde essa incidência é muito freqüente, pois estão muito reunidos na entrada para a sala de aula, no momento do intervalo. E remeto ao pátio escolar como o ambiente de sociabilizacao que o caracterizei anteriormente. E às vezes a própria família satisfaz os interesses dos filhos. Os hábitos de consumo, em matéria de alimentação, de moradia, de roupas, de adereços, de lazer, de musica, são poderosos elementos de identificação do grupo ou da etnia. O vestuário é nessa medida, uma oportunidade para estabelecer as coordenadas básicas dentro das quais um mundo que foi dividido pela cultura.

Identificar povos, culturas, movimentos através da sua vestimenta, ou seja, estudar o comportamento do jovem e algo que requer uma visão que leva aos mesmos estarem se manifestando através de algum tipo de adereço ou signo.

 ALIENAÇÃO DAS MASSAS

A sociedade de consumo nos faz apresentar uma interpretação da antropologia social e do consumo para o estudo desta fantasia de imagens, palavras, sons, movimentos cores que fascinam o cotidiano a chamada sociedade do sonho.

O universo de especulação simbólica que a comunicação de massa projeta é, provavelmente, a mais formidável máquina de criação do imaginário coletivo do nosso tempo. Isso nos conduz para uma irreversível vontade de desvendar esse mundo que passa diante dos nossos sentidos.

Nessa sociedade destacarei também a Internet, jogos em rede, o vício dos adolescentes, a informação em massa, a alienação. Era isso que Paulo Freire pretendia quando ressaltava que o aluno teria que ser um pesquisador? A pesquisa na Web é muito mais rápida e resumida, isso é um fator importante, mas de maneira que não deixa de ser uma pesquisa.  

Segundo Vani M. Kenski, a Web é um meio de interação e comunicação entre as pessoas e está totalmente relacionada ao meio cibernético. O fato de o jovem estar escrevendo mais, incondicionalmente em e-mails ou mesmo em salas de bate papo via Internet, revela algo importante: esses adolescentes conseguem comunicar-se de forma intensa e contínua.

O que quero dizer com isto é que não são as tecnologias que vão revolucionar o ensino, e por extensão, a educação como um todo. Mas a maneira como essas tecnologias serão utilizadas para mediação entre professores, alunos e as informações. Estas podem ser revolucionárias ou não. (KENSI, 2002, p. 255)

De acordo com o antropólogo Everardo Rocha as produções simbólicas localizam uma discussão típica da vida social do nosso tempo, já que sua emergência é própria e exclusiva da chamada modernidade. A Comunicação de Massa só existe na configuração de uma cultura situada no espaço e datada na história. Ela é impar nas escolhas humanas.

É importante salientar de que forma o jovem/ adolescente está absorvendo esses conhecimentos massificados. Notar o comportamento, a agressividade, principalmente esse último, que está em estudos, sobre a influência dos jogos em rede que apresentam cenas de pura violência, e esses jovens acabam absorvendo isso, para o próprio mundo real.

O que podemos analisar de maneira criteriosa é (o que Paulo Freire sempre destacou) o aluno formador de suas próprias opiniões, (...) “ele mostra a maneira como a educação se redefine na nova maneira do capitalismo de final de século (fundado no capital constante e no novo papel do conhecimento) e vê como, no novo fato educacional, poder e política irão anunciar uma nova expressão fundamental da nova realidade” (...). O capitalismo tardio foi resultado da colonização da esfera cultural (que havia mantido pelo menos uma autonomia parcial durante a era moderna anterior) por um novo capitalismo coorporativista organizado.

Segundo Maria Tereza Canesin, os novos tipos de comunicação, culturais, dos jornais, emissoras de rádio e televisão constituem práticas (...) de um conteúdo cultural arbitrário e por não conterem a possibilidade de aplicação direta de sensações aceitas e legítimas. (CANESIN, 2002, P.90).

Ainda com relação à mídia queria abrir um parêntese para discutir um pouco sobre um meio de dissipação de conhecimento, a TV. Umberto Eco, com seus apontamentos sobre televisão, destaca a função social da TV como um dos fenômenos básicos das civilizações, sociológico e estético, e como meio artístico com fim de difundir as suas produções artístico-culturais. 

 A TV sabe que pode determinar os gastos do público sem necessidade de adequar-se a eles formando um regime de monopólios. O gosto dos consumidores na maioria das vezes é feito através da mídia. Levando o consumidor a crer que o que se “passa” na TV em um determinado canal fazendo a propaganda de um produto para cabelos para uma grande rede de supermercados, seja melhor em relação ao mesmo produto que tem na mercearia do bairro onde moramos.

Nesses aspectos se concebe-se que a mídia pode influenciar a vida das pessoas de maneira a crerem que a “imagem” do produto é o fator fundamental.

Podemos concluir que a TV pode oferecer possíveis possibilidades de “cultura” estendida. Segundo Humberto Eco, a TV será elemento de cultura para o cidadão das áreas subdesenvolvidas, levando-o ao conhecimento da realidade nacional e da dimensão de mundo.

Eco ainda questiona se um dia a TV pode ser mais culta. Sabendo-se ou não, a TV tem suas características bem distintas. De um lado temos um meio de dissipar conhecimentos massificados no intuito de uma alienação encoberta pelo manto do desconhecimento.  Por outro lado temos a parte culta que transmite eventos culturais no âmbito de atingir um público que tenha um gosto mais refinado a determinados tipos de temas ligados às áreas culturais e de informação. Cada vez fica mais difícil conduzir um discurso correto sobre a televisão, suas possibilidades estéticas e seus caracteres específicos, sem distinguirmos, antes de qualquer coisa, o interior do fenômeno televisional como “serviço de telecomunicação” e suas emissoras empresas que apenas importam com a venda de seu produto independente do bem estar da audiência.  

O NOVO “OLHAR” E O CONSUMO DO SIMBÓLICO

O que se percebe hoje é que existe um novo “olhar”. Pensava-se, há muito tempo, apenas olhar para a cidade como fonte de criação e interação com o resto da população que a cerceia. A periferia, a comunidade vulgarmente chamada “favela” produzia sua própria cultura, às vezes ficando restrita e “isolada”. Com a globalização e quebra das barreiras radiofônicas e mesmo a partir das décadas de 80 e 90 temos uma difusão muito grande do Funk, Rap, Hip-Hop etc. nesse sentido temos então um hibridismo ou mestiçagens de culturas. Canclini demonstra que as culturas se chocam e cruzam formando uma cultura em um sentido lato, “mais forte”, Híbrida “(... em vários casos, o modernismo cultural, em vez de ser desnacionalizador, deu impulso e o repertorio de símbolos para a construção da identidade nacional... ‘ o modernismo e uma idéia fora de lugar que se expressa como projeto’.)” (CANCLINI, 1998).

Já Gruzinski parte do pressuposto que a mestiçagem não pode levar em consideração apenas o fator biológico, mas também os fatores culturais, dando forma e cor a uma comunidade. (“As culturas podem se misturar quase sem limites e não apenas se desenvolver, mas igualmente se perpetuar”.) (GRUZINSKI, 2001).

O “asfalto” – cidade – passou a absorver e assimilar a cultura vinda dos morros e de suas comunidades que desde muito estava encoberta pelos olhos da cidade. Sendo hoje na maioria das vezes referencias culturais, como a dança, artes, musica e a ação comunitária.

Pensar em todos os meios de comunicação hoje seria algo pra se falar a longo prazo. Hoje em dia a tecnologia acaba sendo uma ferramenta muito importante e de necessidade imediata. Seria muito difícil não acompanhar a moda ou mesmo tendências, isso na área da moda fica muito evidente, mas se pensar em design e algo emergencial. Moda e Tecnologia. Chegou a ponto de ambos se unirem, pois nesse caso o telefone celular tornou-se ferramenta também de estilo e acessório para destacar a roupa ou um adereço a mais no visual de uma determinada pessoa.

Outro dia foi realizado uma mostra de novos modelos e aparelhos tendência para o ano de 2007, no estande passaram aproximadamente cem pessoas, dessas cem, noventa eram homens. Ou seja, é um mercado que ainda os homens dominam pelo fato do Status que o celular traria para a determinada pessoa para enaltecer seu Ego.

Partindo dessa idéia a sociedade necessita a todo instante de consumir esse tipo de tecnologia, e a sua tendência é acompanhar os novos tempos e novos consumidores. A estagnação é uma coisa que não se pode pensar. E a comunicação é algo importante para essa classe de consumidores que querem se mostrar “ligados” na moda. Nesse ponto ter um celular que não tenha câmera seria fora dos padrões. E as tendências maiores serão celulares que suportem chip de dados, cada vez mais potentes para satisfazer os seus clientes.

O PROFESSOR E AS LIMITAÇÕES TECNOLÓGICAS

Pensar nos limites para rever os espaços irreconciliáveis do pensamento mágico e da lógica utilitária (pensar no “EU”) e a sociedade do “OUTRO”, para estudar a industria cultural com olhar de estranhamento. Conhecer as imagens do mundo, esta reinvenção da ordem cultural, projetada, para nós, dentro do Meio de Comunicação de Massa.

Outra questão e a velocidade dos meios de comunicação, ou seja, a dissipação da informação acontece em tempo real. Em vez de distorcer a velha realidade espaço-tempo, vivemos num “espaço-velocidade”, um espaço no qual a velocidade das novas tecnologias de informação distorce “a ordem ilusória da percepção normal. Segundo Tomaz Tadeu temos que estar preparados para lidar com as novas ”espécies“ de alunos. Cada ano que passa as inovações tecnológicas pegam muitas vezes professores despreparados sem saber como lidar com tal situação. A qualificação nesse sentido e de extrema importância. E como essas tecnologias irão influenciar os profissionais da educação em sala de aula? Realmente estamos preparados para lidar com esse novo tipo de alunos?

“As inovações economizam mão-de-obra, pois geralmente reduzem o número de trabalhadores por unidade de produção no ramo onde são aplicadas”.

 Será então a sala de aula um lugar de não mais existir o professor? Reduzir custos seria a substituição do homem pela máquina e caberia aos mais qualificados programá-la para realizar uma determinada tarefa, ou seja, ser o mediador de conhecimento para com os alunos? Hoje já existe teleconferência onde você assiste a quilômetros de distancia da presença dos professores.

Nesse contexto existe uma necessidade de entender as inovações tecnológicas, em seus impactos sobre as relações de produção, sobre o processo de trabalho, como uma relação social. A partir daí podemos entrar na questão neoliberal com o apoio as novas tecnologias. É bom lembrar que o mercado além de ter um caráter excludente e injusto, têm uma tendência para explicitar demandas educacionais restritas às suas necessidades produtivas.

 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES FINAIS

 O simbolismo do mercado está muito presente nas mentes dos jovens, os signos referem a si mesmos dentro do próprio sistema. Formam um discurso vazio de conteúdo que não fala senão de si, que perdeu todo significado. Essa virtualidade da imagem e das coisas, essas novas espécies de Cyborgs (alunos) a criação de um pânico geral em torno da cultura da mídia. Podemos levar em consideração quem são os alienígenas em sala de aula? Como lidar com essa questão? São os professores ou os alunos que os verdadeiros alienígenas? Perguntas que podemos fazer dia-a-dia, as inovações tecnológicas chegam de maneira muito rápida e às vezes não temos o preparo suficiente para lidar com certas imposições que o ambiente tecnológico nos oferece.

A educação está cheia de novos campos de abordagens temáticas e conceituais, mas o método de ensino está estagnado. E o que essas novas tecnologias podem nos auxiliar para um melhor enfoque na relação ensino / aprendizagem? O consumo é um domínio muito poderoso onde os jovens ou adultos não o largam facilmente, partindo dessa idéia existirá algo que possa reverter ou direcionar a ideologia do consumo para a aprendizagem / ensino? Estudar a vestimenta pode caracterizar uma verdadeira aula de história ou literatura. Perceber as características do século XIX através dos seus usos e costumes, fazer essas comparações da roupa das mulheres do império, da primeira e segunda república até os dias atuais. 

Fazendo essas comparações podemos usar a tecnologia ao nosso favor. Levando em consideração que a Internet (mídia) é a diversão e parceira dos novos tipos de alunos, temos que “jogar” com ela. Tornando uma poderosa aliada tanto para o professor como para os alunos. Seria um exercício básico para os alunos. Por exemplo, procurar as características dos outros paises Latinos Americanos, nos seus aspectos culturais, tecnológico, político, etc. nesse sentido é primordial a busca de parceirias com outras disciplinas como a Geografia, Literatura, Língua Estrangeira, etc.

A análise do consumo, da mídia, ou do próprio vestuário, é sabido que estamos caracterizados com um mundo cibernético e cheio de fantasias.  Em um mundo virtual onde a forma é supervalorizada em detrimento do conteúdo. Como a “indiferença da forma capitalista” a todo conteúdo substancial torna-se insuportável, o elo perdido da “qualidade sensível” dos objetos tem de ser “recriado numa alucinação”.

Essas produções simbólicas localizam uma discussão típica da vida social do nosso tempo, já que sua emergência é própria e exclusiva da chamada modernidade. A Comunicação de Massa só existe na configuração de uma cultura situada no espaço e datada na historia.

 Simmel “observava que as sociedades modernas entravam numa era de consumo de massa possibilitado pelo desenvolvimento da indústria, e que a economia monetária igualizava o status social. Em contrapartida, ele permite compreender que o consumo seja um mercador da condição social e do status em toda sociedade”. Já que estamos inseridos nesse contexto de Pós-Modernidade. Chama-se de Pós-Modernidade a condição sócio-cultural e estética do estágio do capitalismo pós-industrial, que é o contemporâneo. Teóricos e acadêmicos têm diferentes concepções sobre o termo. No entanto temos que estar acompanhando as novas tendências e ficar atento com os novos meio de dissipação de informação e parar pra pensar, em até que ponto podemos levar em consideração essa vida quase que virtual e cibernética.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS / SUGESTÕES PARA LEITURA

 ALVES, Rubem. Conversas com quem gosta de ensinar. (+ qualidade total na educação). 7. Ed. Campinas: Papirus, 2004. (Sobre Jequitibás e Eucaliptos. P. 13-37).

BOURDIE, Pierre. A Economia das Trocas Simbólicas. São Paulo: Edusp, 1996.

CANCLINI, Nestor Garcia. Consumidores e Cidadãos. Rio de Janeiro: UFRJ, 1996.

__________, Nestor Garcia. Culturas Híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. 3. ed. São Paulo: Edusp, 2000.

CANESIN, Maria Tereza. A Fertilidade da produção sociológica de Bordieu para ciências sociais e educação. In: Didáticas e práticas de ensino: interfaces com diferentes saberes e lugares formativos / {organizadores, Dalva E. Gonçalves Rosa, Vanilton Camilo de Souza}; Daniel Feldman... [et al.]. – Rio de Janeiro: DP&A, 2002. (P. 85-102)

DaMATTA, Roberto. Relativizando; uma introdução a antropologia social – Rio de Janeiro: Roço, 1987.

DINIZ, Cláudio Lúcio de Carvalho. Neoliberalismo, Educação e consumo nos Parâmetros Nacionais Curriculares. 2001. 41 Folhas. Pos – Graduação Latu Sensu. – Unidade de Minaçu, Universidade Federal de Goiás, Minaçu, 2001

DURKHEIM, Émile. Educação e Sociologia; como um estudo da obra de Durkheim pelo prof: Paul Fauconnet; 11ª Ed – São Paulo, Melhoramentos: 1978

ECO, Humberto. Viagem na Irrealidade Cotidiana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.

FREIRE, Paulo: Ética, utopia e educação – Petrópolis, Rio de Janeiro: Voze, 1999.

_______, Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 18. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001. Capítulo 1: (Não há docência sem discência).


Autor: Lamark Serafim


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