Skinner: teoria da aprendizagem



 

 

                              (*) Nelson Valente

 

            Inúmeros autores atribuem a Skinner o início dos estudos mais profundos sobre a aprendizagem humana que nos levariam a uma tecnologia comportamental.

            Burrus Frederick Skinner nasceu em 1904, num povoado rural do nordeste da Pensilvânia, Estados Unidos. Doutorou-se em psicologia em 1931, pela Universidade de Harvard.

            De linha behaviorista, Skinner realizou inúmeras experiências sobre comportamento animal, em laboratório, transferindo posteriormente suas pesquisas para a área da aprendizagem humana.

            Em sua teoria, Skinner sugere algumas formas de controle para o processo de aprendizagem através de arranjos das contingências do reforçamento (situações arranjadas com o intuito de possibilitar ou aumentar a ocorrência de uma resposta a ser aprendida-condicionada).

            É o próprio Skinner quem esclarece:

“Tanto quanto aqui nos ocupa, ensinar é simplesmente arranjar contingências de reforço. Entregue a si mesmo, em dado ambiente, um estudante aprenderá, mas nem por isso terá sido ensinado. A escola da vida não é bem uma escola, não porque ninguém nela aprende, mas porque ninguém nela aprende, mas porque ninguém ensina. Ensinar é o ato de facilitar a aprendizagem: quem é ensinado aprende mais rapidamente do que quem não é. O ensino é, naturalmente, muito importante, porque do contrário o comportamento não apareceria.”

 

            A função mestra do professor, no processo da instrução, é arranjar as contingências de reforço. Skinner enfatiza que o importante para o professor não é procurar ou encontrar reforços outros do que aqueles que já existem na situação do dia-a-dia, mas sim armar e arranjar as contingências desses reforços em relação às respostas desejadas.

            As idéias básicas sobre a apresentação de estímulos para a aprendizagem, em Skinner, estão condensadas em dois instrumentos: as máquinas de ensinar (criadas por volta de 1920 por Sidney Pressey e posteriormente desenvolvidas por Skinner) e a instrução programada.

            Tanto a máquina de ensinar quanto a instrução programada buscam levar o aluno a estudar individualmente, sem intervenção direta do professor, por meio de material previamente elaborado, à base de fracionamento mínimo da matéria, adaptado às possibilidades do educando, segundo seu ritmo próprio, maturidade e conhecimentos anteriores.

            O propósito da instrução programada é aumentar ao máximo a frequência de reforçamento e reduzir ao mínimo as conseqüências aversivas que acompanham o erro. Ela se baseia nos seguintes princípios: pequenos passos; resposta ativa; avaliação imediata; ritmo próprio; progressão lógica e graduada; reforço constante; verificação da aprendizagem.

 

(*) é professor universitário, jornalista e escritor


Autor: Nelson Valente


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