SER OU NÃO SER?EIS A QUESTÃO!



 

Tantas vezes utilizamos palavras e expressões, que por serem tão populares e corriqueiras, passam por normais, mas que na verdade, escondem preconceitos e discriminações contra pessoas ou grupos sociais. Muitas vezes ofendemos o outro, por ressaltar suas diferenças de maneira grosseira, ou mesmo na tentativa de não ofender.

Nem sempre podemos, realmente, expressar nosso mais íntimo e único modo de ser, porque podemos ser mal interpretados, censurados etc...

No nosso dia a dia estamos sempre diante de situações do tipo: Devo sempre dizer a verdade ou existem ocasiões em que posso mentir? Será que é correto tomar tal atitude?  Essas perguntas nos colocam diante de problemas práticos que aparecem nas relações reais, efetivas entre indivíduos. São problemas que afetam não só a pessoa envolvida, mas também outras pessoas que poderão sofrer as conseqüências das decisões e ações.

O equilíbrio é a solução. Optar por agir de maneira "politicamente correta", para ser aceito, faz parte de agir com sensatez, porém, muitas vezes, ser sempre socialmente aceitável segundo os conceitos dos outros é se tolher de manifestar o seu eu verdadeiro.

Pode-se observar hoje que as condutas sociais, buscando a harmonia entre os diversos grupos, rendem-se ao que foi estabelecido como “politicamente correto”.

O que era apenas um movimento nos meios intelectuais americanos para proteger alguns grupos tornou-se uma política de boa vizinhança.  Sua função era a da vigilância lingüística, na tentativa de anular a força ideológica que a linguagem carrega.

É claro que, mantido em limites socialmente saudáveis, tal movimento pode dar voz a minorias que não seriam ouvidas de outra forma, no entanto, levado ao radicalismo, substitui um preconceito por outro. O perigo que o movimento contém, é que, geralmente ele transforma-se em autoritarismo e se torna tão ou mais intolerante quanto a intolerância que ele se propõe a combater. O politicamente correto chama um negro de afro-brasileiro, mas por que não chamá-lo de negro? O que não poderia é chamá-lo de louro. Seria melhor não chamar o deficiente visual de cego, mas, apenas trocar os termos não diminui a condição e o sofrimento dele.

O que importa é a maneira com que se trata a pessoa. De nada adianta cuidados para falar e não cuidar. Se queremos ser respeitados, devemos respeitar. No mínimo, para cumprir o princípio de que todos os homens e mulheres são iguais, independentemente de origem, cor, sexo, orientação sexual, condição social e econômica, credo religioso, filiação filosófica ou política etc.


Autor: edna ferreira


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