Ainda Ontem Pensei Em Cora...
Ainda ontem pensei em Cora...
Não lembrei de Cora Coralina pela sua obra, embora muitos digam que se vão os homens e ficam os seus feitos. Lembrei de Cora pela simplicidade, humildade, sabedoria que exalam de seus versos. “Versos...Não”/ “Poesia...Não”/ um modo diferente de contar histórias.”
Como falar de Cora sem mencionar suas poesias? Estas são extensão vivificante de sua essência. Cora Coralina fala-nos do seu mundo. Das suas dificuldades. Da rotina de doceira, de poetisa das ruas de Goiás. Poetisa de versos através dos quais se expressam a força da continuidade.
Diz Cora Coralina a cada escrito: ‘Não pare! A vida continua e você também!’
Foi-se a poetisa, ficou sua eterna alegria menina. Cora Coralina escreveu sua primeira obra aos 14 anos. Estudou apenas até a 4ª. série e, na época, com a Mestra Silvina, educadora da região. Casou-se com um advogado, morou em São Paulo, criou seus 6 filhos vendendo doces e livretos. Vinte anos após, retorna para a antiga Vila Boa de Goyas. Doceira, poetisa.
Da janela de sua casa, respira Vila Boa. Vila de gente, vila de tradições. Vila alegre. Aquele era o mundo de Cora Coralina.
Sua casa, hoje, é museu. Lar representativo de uma cidade cantada em seus versos. E, ainda hoje, ressoa saudosa a voz que dizia: ‘(...) todas as vidas dentro de mim: na minha vida (...)’ (Velho Sobrado).
Procuro minha vida em Cora. E, desde então, descobri que Cora mora em mim.
Autor: Geórgia Freitas
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