Como Se Busca O Aprender



1. INTRODUÇÃO

Vivemos em um mundo cercado de tecnologias, de conhecimento. Desde os primeiros anos de nossas vidas precisamos estar prontos para aprender. Não sobreviveremos se desviarmos de conhecer e viver a vida. Precisamos saber das coisas que nos cercam, dos ambientes em que vivemos e das maneiras como sobreviver e interagir em nossa sociedade. A globalização dos meios tecnológicos como a Internet, a computação eletrônica, as novas descobertas físicas e químicas que a cada dia surgem no mundo nos alertam para uma necessidade básica primordial que é a busca de novos conhecimentos.

Aprender a falar, a escrever e a interpretar são princípios básicos, se quisermos participar do cotidiano de uma sociedade. Aprendemos a aprender, precisamos lidar com prazeres e dificuldades que possam aparecer em nossa caminhada. Demo (1997, p.70) afirma que: "O conhecimento, num sentido muito concreto, representa uma das aventuras mais importantes do ser humano". Neste sentido, não haveriam inúmeras dificuldades que as pessoas iriam enfrentar em busca do conhecimento que as oportunizassem  a ter uma visão mais ampla e segura de uma sociedade em ritmos cada vez mais acelerados de mudanças?

Crianças, jovens e adultos enfrentam problemas na busca do aprendizado. Esbarram em deficiências pessoais que não lhes permitem aceitar que precisam aprender. Problemas, estes de natureza psicológica, dificultam o aprendizado de todas as faixas etárias. Na observação de vivências em sala de aula estas nos trouxeram surpresas, que às vezes, não acreditamos que possam existir.

 Aspectos relacionados à própria motivação que se tem em busca do aprendizado, tanto em sala de aula como também em ambientes externos à sala, fazem com que se reflita sobre a importância dos processos metodológicos em relação ao aprendizado na escola. Para Mednick (1969, p. 49) “A motivação não se constitui apenas numa necessidade, mas é inclusive um estímulo e um dinamizador da aprendizagem”. Por isto é que se deve, sempre quando possível, avaliar as circunstâncias em que cada elemento em discussão se encontra para podermos argumentar sobre o certo ou o errado de alguma de suas ações, visto que podem ocorrer fatores e estímulos negativos ou positivos em relação ao processo de aprendizagem.

O aprender pode ser coletivo, diverge-se pela capacidade de alguns que se sentem na necessidade de aprender mais e sentem-se constrangidos em compartilhar espaços e, sobretudo, defrontar o que se tem aprendido. O aprender também é facultativo a tudo e a todos os lugares, dentro de uma sociedade. Pode-se aprender em casa, no trabalho, no supermercado, na escola, no ônibus. Não há problemas em relação a espaços, afinal desde cedo já aprendemos que podemos reclamar sobre o que não se acha adequado dentro de um contexto e pedir uma ação que satisfaça as  nossas necessidades.

Uma vez que no mundo em que estamos precisamos estar preparados a enfrentar, vivenciar e com isto, principalmente aprender como agir diante de situações boas ou ruins.

Considerando-se isto, no presente artigo, abordam-se situações que definem “em particularidades” a busca do conhecimento e do aprender.  A partir de algumas atitudes e situações tomadas pelos alunos pretendemos observar como o sujeito exerce seu poder e se motiva numa  busca acirrada e cada vez mais  impulsiva do conhecimento em todos os níveis. Também descrevemos alguns fatores que ressaltam a importância dos limites no aprendizado.

Buscamos aqui, com muita simplicidade, enfatizar pareceres que justifiquem o difícil trajeto do ser humano em busca de um aprendizado simples, prático e condizente com as suas necessidades.

2. A APRENDIZAGEM

Como salientar a grande importância que é o aprender em nossa vida? Buscando as mais diferentes formas de aprendizagem e  vivenciando-as uma a uma em diferentes níveis, Rodrigues (1976, p.70) diz que "O aprender depende basicamente dos motivos intrínsecos, ou seja, aprende-se quando se está feliz, sadio e desejado na sociedade em que se está inserido".

Podemos adquirir conhecimentos de maneira fácil e breve, mas, em alguns casos, deixamo-nos levar por dificuldades, tais como: desânimo em relação ao que estamos vivendo, desaprovação de métodos de ensino, inveja que abalam psicologicamente os horizontes que facilitam nosso buscar do conhecimento.

Há elos facilitadores que contribuem de forma significativa a todos aqueles  que precisam do dom de aprender, não só em relação  ao cotidiano de uma pessoa normal, mas também com temas ou assuntos dos mais variados e difíceis. Precisamos administrar conhecimentos adquiridos e ir em busca de outros, Snygg (1962, p. 17)  esclarece isso, quando afirma que “[...] Aprender é explorar. Seguir pegadas não nos ajuda a resolver problemas. Meramente nos ensina como seguir pegadas”.

Precisamos estar cientes de que  queremos aprender. Que tudo que absorvermos nos alimentará, que nada é impossível em vista de nossa consciência e de nosso poder em descobrir o mundo.

O questionamento pode significar aí a teimosia emancipatória, aceitar uma história dada, determinada de fora, ou condições objetivas fatais. A capacidade de questionar é a prova mais contundente do sujeito, ou seja, de um ser que não admite ser ou tornar-se objeto (Demo, 1997, p.25).

A sabedoria de algumas pessoas em questionar não está no ato de magia e sim em um trabalho de esforços, de dificuldades, de procura de soluções e,  principalmente, de superação de desafios.

Tudo o que se aprende é válido para a vida. Descobrir coisas novas é estimulante, é precioso. Desde cedo as pessoas percebem  que precisam aprender. Que se não adquirirem conhecimentos, deixarão de participar da vida em sociedade.  Demo (1997, p.25) afirma que  "a aprendizagem inova para reconstruir. Ou seja, a desconstrução não é razão de ser, mas passa necessariamente de um processo que culmine na reconstrução, ainda que esta seja provisória". Desta forma, percebemos que necessitamos aprender os conteúdos bons ou ruins,  mas somente aproveitar os que nos são úteis.

No processo de busca do aprendizado aparece   o fenômeno da motivação “que são os fatores psicológicos (conscientes ou inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si e determinam a conduta de um indivíduo” (Aurélio, século XXI). Para tudo o que se deseja há um  grau de interesse que prontifica e qualifica a todos em busca do aprender. Na visão de Mednick (1969, p.49) “[...] A motivação não se constitui apenas numa necessidade, mas é inclusive um estímulo e um dinamizador da aprendizagem”.

Motivados, garantimos facilidade de compreensão, de confronto com dúvidas e armadilhas que nos rodeiam, sem alterar nosso estímulo, ou seja, “ mudança no meio interno ou externo  que provoca uma resposta fisiológica, ou de comportamento” (Aurélio Século XXI) diante dos prazeres da vida de descobrirmos o conhecimento. Sawrey & Telford (1976, p.21) dizem  que “a motivação está ligada ao desenvolvimento das necessidades e desejos da cada indivíduo".

Ainda assim, as pessoas que estão motivadas passam pelas mesmas formas de retenção em relação ao aprender. No entanto, mesmo estando  motivadas, podem estar em dificuldades. Neste processo de aprendizagem salientamos que não se pode estabelecer punições e  recompensas, a motivação deve ser espontânea. Assim, com prazer e satisfação, com certeza, aprenderemos com maior facilidade e eficiência o que nos for apresentado como desafio. Podemos verificar isto na afirmação de Neil (1968 apud Pilleti, 1986, p.34) “[...] Acho que eu também conseguiria aprender de cor o Corão, se me espancassem para isso. Haveria um resultado, naturalmente: eu detestaria para sempre o Corão, o espancador e a mim mesmo”.

Neste processo de aprender, estando motivado, o papel do professor, do educador, é muito importante. Crianças, jovens ou adultos podem estar desmotivados, cabe ao professor propor estímulos, trabalhos que motivem, que façam crescer nas pessoas o prazer, o vivenciar de experiências e com isto adquirir inspirações para  aprender. Segundo Sawrey & Telford (1976, p.17) " A motivação é uma atividade persistente e dirigida para um objetivo".

Mas além disto podem também ocorrer inúmeros problemas na busca do conhecer, seja  de ordem física, ou de ordem psicológica. Há pessoas providas de deficiência física, pessoas que não tem a mesma facilidade e procuram seguir os mesmos caminhos de pessoas “normais”, mas esbarram em alguns problemas. Outros problemas são  psicológicos, onde a pessoa sofre distúrbios emocionais e não consegue acompanhar raciocínios e estabelecer relações sociais com a sociedade onde está inserida, a pessoa tem baixa estima, traumas e bloqueios emocionais; diferenças sociais, em função do estado social e da situação econômica; além da desestruturação familiar. Todos estes problemas podem trazer conseqüências para as pessoas, às vezes, irreversíveis.

Estando no meio social, estas pessoas tendem a entender que não podem igualar-se em níveis intelectuais as demais pessoas que a cercam, gerando com isto desavenças e, por último, desinteresse em relação à escola e até à própria vida.  Demo (2000, p.48) descreve que o que temos de aprender na vida não é propriamente a resolver os problemas, mas a administrá-los com inteligência". Todos nós passamos por inúmeras dificuldades que , às vezes, são de difícil resolução,  levando um certo tempo para serem resolvidas. Então, devemos sim,  é nos acostumarmos que elas existem, que necessitamos conviver com as mesmas e que gradativamente com o decorrer do tempo elas desaparecerão e conseguiremos nos relacionar melhor com o mundo onde estamos inseridos. Problemas fazem parte de nosso cotidiano, conviva com eles e eles deixarão de existir.

Outro grande desafio que algumas pessoas sentem é o da ambição em ter mais do que o saber e o ser. Muitas vezes, não são elas as próprias responsáveis por isto.   No entanto, desenvolvem dentro de si um sentimento falso de superioridade que os outros impõem ou estabelecem em determinadas situações da vida. Deseja-se ter mais do que os outros, imaginando que se é melhor e se têm mais possibilidades do que os outros. Afundamos nessa perspectiva, em um caminho sem retorno onde o único a perder é a própria pessoa.

Neste sentido devemos observar o amor próprio. Viver, acreditar que se pode conseguir tudo, sem restrições, pelo simples fato de se amar e de se considerar possível atingir  a tudo o que se almeja pensa ser precioso. Para Kirschner (1995, p.45) “[...]  Amar a si mesmo é puro egoísmo. Mas que mal pode haver em aproveitar-se mais de si mesmo que dos outros".

Acreditar sempre em si é uma forma de ficar disposto as mais diferentes provas de nossas vidas. Ninguém consegue se superar, se não tiver amor próprio. Precisa amar a si mesmo. Este sentimento gerará dedicação, entusiasmo em busca de novas atribuições das que já se possui.

Qualquer coisa que almejamos, se as conseguimos, estaremos orgulhosos, satisfeitos, por usarmos de amor e prazer no que buscamos, deixando de lado os problemas e as dificuldades. Se não encontramos o caminho “correto”, dificilmente atingiremos o que queremos. Nosso amor próprio não estabelecerá limites ao nosso aprender.

 Entendemos que limites precisam  existir. Não se pode obrigar crianças, jovens e adultos a fazer algo, mas também precisamos entender que  seus desejos são espontâneos. A predisposição para aprender é o manifesto da limitação de cada indivíduo.

Na infância a criança é egocêntrica, ou seja, ainda não está sujeita a comportamentos convencionais, vive para  a realidade do seu ser. Não se trata de egoísmo, nem de maldade, mas sim de uma condição natural que é desenvolver-se a partir de si para, muito depois, relacionar-se com os outros (Rodrigues, 1976, p.65).

Impulsionar as pessoas que precisam aprender não parece ser benéfico por alterar ritmos de vida, transformando desejo em indisposição. Cada pessoa possui limites condicionados as suas características. Forçar alguém a aprender não traz resultados e sim prejudica desempenhos em variáveis constantes.

Também não podemos esquecer que há quem não queira aprender e como devemos prever os limites destas pessoas. Não querer e não conseguir, parecem ser facultativos a limites que espontaneamente surgem. Aceitar e respeitar os limites de cada indivíduo é a melhor forma de respeitar os sujeitos prestes a aprender. Para Demo (1997, p.28) "a própria aprendizagem, como processo, tem seu tempo, pois passa pela elaboração, interpretação, reconstrução, e não apenas por um processo de gravação mecânica".

Pode-se aprender em ritmos variados, mas devemos ressaltar que cada pessoa tem o seu próprio ritmo e já o estabelece nas primeiras fases da vida. Demo (2000, p.50) descreve que "a idéia que se tem de aprender em ritmos acelerados com a pretensão de aprender sem erros nos direciona ao maior de todos".

Salientar que é importante mantê-los, mas é claro que para algumas pessoas  é notório que o mudemos, pois não se adaptam a certos grupos de pessoas. È claro que precisamos ter o cuidado de não ultrapassar as capacidades das pessoas. Não se pode mudar de uma hora para outra, há maneiras de fazê-lo e estas necessitam ser lentas e de acordo com a capacidade de cada um.

Uma aceleração no ritmo, pode acarretar  conseqüências inalteráveis à vida das pessoas. Estas poderão perder o estímulo de aprender e com isto se sentirem esquecidas num determinado grupo, pois cada pessoa aprende com seu ritmo já pré-estabelecido desde sua nascença.

3. O CONHECIMENTO

O conhecimento pode ser considerado como um objeto de inter-relacionamento de idéias, fatos e observações das mais variadas a respeito de diferentes assuntos existentes. Buscamo-lo dia-a-dia nos mais diferentes meios, entre estes os livros,  as revistas,  as enciclopédias e, principalmente, a Internet. Desde a infância buscamos conhecer  tudo o que existe e o que  é importante, além de  todos que nos cercam e com os quais convivemos diariamente..

A tarefa principal do conhecimento é, pelo menos até certo ponto, desfazer as verdades, para descongelar os entraves ao processo de questionamento e inovação. Se existe alguma coisa permanente em ciência, é a provisoriedade de seus resultados, ou a perenidade do questionamento (Demo, 1997, p.18).

Para nós, quaisquer manifestações, ruídos que acontecem em nossa volta são motivos de alegria, de procura e descoberta de sua função e, neste contexto, Demo (1997, p.176) afirma que “o conhecimento apresenta-se como método mais efetivo de formação da competência humana, ou, como usamos dizer, como propedêutica básica do saber pensar e do aprender a aprender".

Desde cedo nos relacionamos com a realidade de nosso mundo. Vemos que necessitamos estar preparados para conhecer tudo e a todos. Que numa sociedade cada vez mais diferenciada, de valores sociais e culturais, tudo para nós, depende de nossa valorização como cidadãos, preparados e dispostos a transpor obstáculos e a superar qualquer tentativa de separarmo-nos do convívio em sociedade.

Vemos que precisamos superar não somente a nós mesmos, mas também às pessoas que nos rodeiam. Que qualquer um poderá ser  adversário em busca de uma superação profissional e intelectual. Por isso, torna-se tão insinuante a luta entre as pessoas. Cada pessoa acha que precisa estabelecer vantagens em relação às outras. Superar um a um será um bom início para solidificar o espaço, na vitória sobre os concorrentes.

4. DESCRIÇÃO DE OBSERVAÇÕES

Apresentamos a seguir relatos de observações em sala de aula com jovens e adultos em escolas de ensino público em Jaraguá do Sul/SC. Foram observados 40 jovens entre 14 a 25 anos de idade e 30 adultos de 26 a 55 anos de idade de diferentes níveis sociais em escola de Ensino Fundamental e de Educação de jovens e adultos na cidade de Jaraguá do Sul/SC.

Os jovens em sua maioria estão limitados ao aprender. Acreditam que com o que conhecem conseguirão viabilizar seus anseios e viver a vida com facilidade. Jovens, numa escala de 15%, consideram que aprender os transformará em cidadãos de respeito, que poderão escolher melhor as coisas e, conseqüentemente, viverem em condições mais favoráveis. Para 55% dos jovens questionados, aprender é condicionado às necessidades básicas. Possuem um grau de conhecimento que adquiriram em sua vida nas variadas situações; julgam que estudar  melhora suas condições no trabalho. Desprezam em grande parte a ação dos educadores por acharem que se aprende de acordo com o que se aspira. Os outros 30% dos jovens observados estão num patamar muito triste, porque consideram não necessitarem de mais nada. Aprender para eles significa deixar de usar o tempo para fazer coisas que lhes tragam prazer. Para eles o  mundo  lhes ensina o que precisam. O respeito à vida como ela acontece é considerada como essencial ao aprender para viver em sociedade.

Para os adultos, o aprender faz parte de seu dia-a-dia. Procuram sempre valorizar seu tempo e  tudo o que conseguem; aprender aqui pode caracterizar desejo e também simplesmente um ato de necessidade. 30% dos adultos acham que aprender coisas novas multiplica a vontade de viver em sociedade. Poder vivenciar novas descobertas anima as pessoas. Podemos perceber que elas cultivam o saber que adquirem de maneira impulsiva. Outros 50% acreditam que aprender simboliza uma ação espontânea; que se aprende diariamente e usualmente,  já que se sabe quase o suficiente para a vida. Há temas abordados que os apaixonam, porém, em sua maioria são ignorados e deixados de lado. Os demais 20% estão limitados aos acontecimentos, às coisas que ocorrem em nossa sociedade. Aprender o quê? Geralmente estabelecem isto como barreira. Tentar estimulá-los é caracterizar um clima de desconforto, pois se não se quer algo não se deve obrigar.

Se compararmos as respostas dos jovens e adultos, podemos concluir que  o aprender está vinculado às necessidades básicas de sobrevivência de cada pessoa que vive em  uma sociedade, considerando que a motivação em aprender está intimamente relacionada às atividades práticas do dia-a-dia de cada sujeito observado, além disso, todos aprendem o que lhes dá prazer e se isso não ocorre, estar em uma ambiente como a escola só faz se sentirem desestimulados.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Consideramos o aprender uma virtude de quem o busca. Jamais podemos dizer que não se pode ou não se consegue aprender. As características abordadas no trabalho trouxeram algumas visões diferentes a respeito do aprendizado. Demonstrou-se que há e sempre existirão problemas para todas as pessoas, em especial para as pessoas com alguma deficiência física ou psicológica. Os problemas aí podem de alguma forma ser contornados, mas acreditamos que jamais deixarão de existir.

Um dos grandes triunfos que as pessoas tem para aprender é a motivação que estimula o aprendizado e que também as faz modificar algumas características pessoais, de acordo com as existentes na sociedade em que se está inserido. Os limites de cada pessoa devem ser respeitados, pois existem e são diferentes e variam de pessoa para pessoa.

De grande importância são os ritmos, visto que algumas pessoas conseguem aprender mais facilmente que outras e as demais não conseguirão atingir o mesmo patamar de aprendizagem.

Um grande ponto de equilíbrio que surge na caminhada de cada pessoa é o acreditar em si próprio. Amar a si próprio e ter a convicção de poder chegar a aprender o que lhes é ensinado. Viu-se que, amando-nos, podemos melhorar o equilíbrio emocional e com isto estimular um melhor aprendizado.

De acordo com as observações elaboradas na escola junto aos jovens e adultos, constatamos que em sua grande maioria eles consideram o aprender um elo de ligação de um indivíduo com a sociedade. O que se aprende em sala de aula, ligado a situações reais e a acontecimentos diários,  é maravilhoso e cativante para essas pessoas.

Também existem pessoas que consideram o aprender em sala de aula importante, mas não essencial, julgam que o conhecer adquirido já pode ser suficiente para o convívio numa sociedade.  A minoria demonstra ignorância, que aprender em sala de aula é muitas vezes perda de tempo. Estes afirmam que “são o que são” e mesmo em circunstâncias inferiores, não admitem muitas vezes a ajuda de educadores.

Constatamos que existem inúmeros problemas relacionados com o ato de aprender, necessitamos de uma revisão de pareceres, que procurem mostrar os aspectos que facilitem as pessoas a aprender ou que dificultem o mesmo. Alguns escritores apontam soluções; imaginemos que deveriam rever seus conceitos, pois seres humanos vivem em ambientes diversos e teoricamente é fácil tirar conclusões, porém, a vivência, às vezes necessária, não é realizada. Os conceitos teóricos são essenciais, mas não se conclui algo se não houver a vivência na prática.

No entanto, o trabalho sintetizou alguns aspectos que realmente ocorrem e podem ser benéficos ou problemáticos às pessoas na busca do aprendizado, tanto em escolas como também na vida afora. Segundo Heller (1998, p.162) “a modernidade caracteriza-se pela insatisfação que nos move a aperfeiçoar o existente, a criar, a perceber, a distribuir e a satisfazer necessidades”. Deste modo, podemos perceber que tudo de que precisamos  é ter dinamismo e determinação e,  que o resultado de tudo isto será uma satisfação ao vermos que lutamos e descobrimos que somos capazes de aprender as coisas úteis da vida.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DEMO, Pedro. Conhecer o aprender: Sabedoria dos limites e desafios. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

____________. Conhecimento Moderno: sobre ética e intervenção do conhecimento. Petrópolis:  Vozes, 1997.

IMBERNÓN, Francisco. A educação no século XXI: os desafios do futuro imediato. Trad. Ernani Rosa, 2ª edição.Porto Alegre: Artmed editora, 2000.

KIRSCHNER, Josef. A arte de viver feliz: com aprender a resolver seus próprios problemas. Tradução de glória Paschoal de Camargo. São Paulo: Melhoramentos, 1992.

MEDNICK, Sarnoff.  Aprendizagem. Tradução de Álvaro Cabral, revisão Geraldina Porto. 3ª edição. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.

RODRIGUES, Marlene. Psicologia educacional: uma crônica de desenvolvimento humano. São Paulo: Mc Graw-Hill do Brasil, 1976.

SAWREY, James M. & TELFORD , Charles W. Psicologia Educacional. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S.A., 1970.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3º edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1999.


Autor: Dirceu Lauermann


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