Ermo Particular



Sentindo a dor que tirava a minha paz
Dilacerado o coração e a alma, perdido no ego cinza
E das cinzas me trouxe à vida. De novo
E eu
Mesmo em meio à agitada multidão
Em meu ermo particular
Mesmo no ápice do êxtase da satisfação
E da tristeza de uma depressão absoluta
A geografia de uma vida restaurada de suas erosões
Esquecendo a paz que encobria a dor
Nadando em poças de chuva ácida
Afogado nos soluços de uma respiração ofegante
 E eu
Mesmo ainda sentindo o frio do que foi a chama
Na noite de um deserto
Mesmo no esplendor da vida
Desperdiçá-la pela vigésima sétima vez
Esquecendo do que não seria
E sendo o que jamais revelaria
Mortificando o que ainda está vivo
Anestesiando, ainda latente
Vivendo sem a própria vida
Sem mim
O meu lugar vazio reencontrar
E contar, recontar, reconquistar
Mesmo sem o fôlego extasiante de fazer a melhor escolha
Mas me perdendo dentre as alternativas
Nenhuma delas... NDA...
DNA... Congênito de alma.

Autor: Hans Myller


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