O 'MAPA DA MINA'



O "MAPA DA MINA"

Desde a "Saída" do Cristo da Terra, que já começou a deturpar a Sua Mensagem. E Ele, percebendo isso, convocou Paulo de Tarso - quando da inenarrável Aparição ao discípulo na estrada de Damasco - que o levou enveredar por "caminhos" inexoravelmente antagônicos aos quais havia percorrido até então. Dentre as orientações do - agora disseminador das idéias do Rabi da Galiléia - Paulo escreveu: "Ainda que Eu falasse as línguas dos homens e dos Anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Mesmo que Eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência: mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria! Ou seja: na "cara" de Paulo aos corintos, o apóstolo dedica todo um capítulo (13) para enfatizar - eu diria que - a essência da Doutrina de Jesus. E até que ponto os ditos seguidores do Cristo entenderam o "recado" do apóstolo? Porque, desde aquela época, a "mensagem" vem sendo deturpada, distorcida; modificada. Toda a "estrutura" dos Evangelhos, vem sendo colocada no campo das tendências, nas preferências, no interesse da igreja; que a princípio, não era nem a de Roma; era a igreja grega. Então aparti daí vem sendo arraigada a "cultura" da violência. Que nada mais é, do que o não compromisso com a "caridade"; das nossas manifestações diárias, que começou há séculos, quiçá milênios! Justamente nas nossas tendência! Desde criancinhas, inconscientemente, nossos pais já nos "incentivavam" a tais atitudes; senão vejamos: Começa com as cantigas de ninar. O caro leitor relembra de alguma delas? Como já passei da adolescência - risos - lembro de algumas: "Nana nenê que a cuca vem pegar". Acredito, saia uma das primeiras canções que as crianças começam a ouvir. Onde está a caridade, com o fictício "animal"? Então, vem: "boi, boi, boi... boi da cara preta, pega essa criança que tem medo de careta". Coitado do animal. Naquela época um dos principais aliados do homem nas tarefas cotidianas. Ou então: "atirei o pau no gato" - e ainda se lamentam, porque o bichano não morreu! Quanta "caridade"! E por aí vai... Na atualidade, é diferente: as preferências são pelos "brinquedos eletrônicos" no computador, em sua maioria, pois quem não os possui, tem acesso assim mesmo, através das "lan houses". E a televisão! Os programas de maior audiência, são - via de regra - os que incitam a violência; ou melhor: são de verdadeira "exaltação" a dita cuja. Quanta "caridade"! Concordam comigo? Entendo que, para começarmos a RESGATAR os ensinamentos Daquele que veio pregar a paz, o amor, a caridade, necessariamente, teríamos que começar a "popularizar" a pedagogia do afeto. Sim, porque é aparti do afeto, que se chega ao amor; e seu ápice é a caridade para com o próximo. Mas a "cultura" da violência está tão arraigada que nem sequer nos "damos ao luxo" de nos exercitar nos pilares do desenvolvimento humano saudável, denominado afeto. Quanto mais o amor ao próximo! O afeto, assim como o amor, e todos os sentimentos, precisam ser exercitados. Grandes lendas dos tempos modernos, nos transmitiram exemplos extraordinários; só prá citar alguns: Francisco de Assis, Dom Elder Câmara, Frei Damião, Chico Xavier, Irmã Dulce, Gandhi, Dalai Lama - só prá citar alguns - e olha que quase todos os que frisei, professavam diferentes denominações religiosas; mas todos estes, sem exceção, pregaram o amor. Já o nosso afeto, pelo contrário, é de conformidade com os nossos interesses. Somos afetuosos; ou deixamos de ser, de acordo com as circunstancias. Precisamos urgentemente exercitar todos os sentimentos oriundos do amor, se quisermos falar de paz por exemplo. Porque é a ausência de valores; éticos morais, que fomentam tais mecanismos, como: indisciplina, medo, ansiedades, perdas, - traumas as vezes irreversíveis... Parece que de há muito perdemos, na prática, esse "elo" com a Divindade. E imaginar, que Deus é tão generoso para conosco, que enviou Seu Filho em Pessoa! Para nos ensinar a viver, a nos comportar, como seres racionais que somos. Diferentemente dos outros animais, que são apenas emocionais. Ante a tantos desrespeitos aos nossos semelhantes, coloquemo-nos aos pés do Divino Mestre Jesus, para reaprender com Ele; revendo os nossos conceitos; reformulando a nossa forma de enxergar a vida. Tentemos amontoar tesouros onde a traça não... como disse Jesus, não tenha acesso; o ladrão não pode chegar. Não tenhamos dúvidas, que serão tesouros tão preciosos que mesmo que quisermos nos desfazer deles, jamais conseguiremos. Quando começarmos a entender a "caridade", ao invés de necessitarmos construir muros cada vez mais altos e ou cercas eletrificadas, passaremos a construir pontes; de afeto; que nos aproximará mais e mais dos nossos irmãos em Cristo Jesus. Porque o amor em paralelo, em evolução, a semelhança do conhecimento real, é um tesouro inesgotável; que quanto mais a gente o dar, mais e mais ele se multiplicará. Eis a fórmula ensinada e exemplificada exaustivamente pelo Mestre da Galiléia.


Autor: Manoelf Limaneto


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