Informática Educativa em uma Ação Social



Informática Educativa em uma Ação Social

O atual mercado de trabalho busca um profissional cada vez mais experiente e qualificado. As tecnologias avançam e, com elas, precisamos estar prontos a aprender, buscar o nosso conhecimento, para inovar e fazer a diferença nesta disputa. Ao mesmo tempo, faz-se extremamente necessário que as empresas dêem às pessoas a oportunidade de crescer e de serem valorizadas como seres humanos pensantes que são, com os mesmos direitos e valores, independente de classes sociais, de modo que possam ter espaço para desenvolver seu potencial.

Estas transformações provocam mudanças em toda a sociedade, o que exige de quem pretende se manter nesta "nova realidade", a busca por tal conhecimento, no intuito de construir uma nova identidade social. Trabalhar com a EJA, para mim, especificamente, tem valor emocional, além de profissional. Já fui aluna do SEJA (Serviços de Educação de Jovens e Adultos) e, através dele, tive oportunidade de voltar a estudar, em 2001. Naquela época, estavam sendo implantados os laboratórios de informática nas escolas do município. Lembro que havia um técnico da SMED (Secretaria Municipal de Educação) para cada laboratório.

Apesar de estar tão próxima dessa nova realidade, não tive a oportunidade de utilizar tais recursos, pois estudava à noite, período no qual o laboratório ficava fechado.

Lembro também da curiosidade que meus colegas e eu tínhamos, ao ver o laboratório de informática. Queríamos mexer nas máquinas e aprender, mas isso, infelizmente, não aconteceu. Aquela turma se formou, me aproximando ainda mais dos meus sonhos de aperfeiçoamento pessoal, e continuei estudando, mas meu coração e meu pensamento, a bem da verdade, nunca deixaram a Educação de Jovens e Adultos.

Mais tarde, no ensino superior, ao longo do curso de Pedagogia Multimeios e Informática Educativa que realizei na Faculdade de Educação da PUCRS, percebi o quão precário era o atendimento nos laboratórios de informática escolares, não só em EJA, mas nos níveis Fundamental e Médio, em geral. Já chegara à conclusão de que não basta um técnico em Computação e/ou em Análise de Sistemas, para atender às necessidades dos alunos, nessa área, mas avancei na constatação de que, nestes espaços, faz-se necessário o trabalho consciente de um profissional familiarizado com a tecnologia, mas que também possua suporte metodológico para saber usá-la, isto é, alguém com conhecimento de base pedagógica.

Hoje, volto à EJA, mas desta vez, estou do outro lado, ensinando pessoas que valorizam meu trabalho, independente do fato de ser mais nova ou mais velha que eles, estando frente a frente com uma realidade que já foi a minha.

Com esta visão, fiz a escolha de trabalhar com a Educação de Jovens e Adultos em projetos de Ação Social, para agregar os conhecimentos construídos durante o curso às experiências que cada aluno traz consigo e, assim, ajudá-los a também perseguir seus objetivos, principalmente porque podem se apoiar no testemunho de vida de quem, como eu, vem conseguindo alcançá-los depois de percorrer a mesma trajetória...


Autor: Kátia Giovana Viegas Angrezani


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